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As exibições dos filmes A arte de andar pelas ruas de Brasília (Brasil, 2011, 17min) e Não quero voltar para casa sozinho (Brasil, 2010, 17min) encerram a mostra Todxs Diversx, em Belo Horiozonte no Espaço TIM UFMG do Conhecimento a partir das 19h. Ao longo do mês de novembro a mostra organizada pelo Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT da UFMG (NUH/UFMG), em parceria com curso de Cinema e Audiovisual do Centro Universitário UNA reuniu e debateu filmes com a temática relacionada a diversidade sexual. “É o último dia do evento aqui em Belo Horizonte, em dezembro ela vai para o Vale do Jequitinhonha. Os filmes exibidos promoveram uma discursão importantíssima ligada a transexualidade”, afirma Tatiana Carvalho, cineasta e organizadora da mostra, cujo filme TransHomemTrans (Brasil, 2012, 19min) foi exibido ontem.

Hoje, o evento recebe como convidados o coordenador executivo do projeto Educação sem Homofobia, Igor Monteiro, e o mestre em psicologia social pela UFMG, Leonardo Tolentino, para comentar as exibições.

Eu Não Quero Voltar Sozinho

O curta, que foi censurado no Acre após ser considerado com Kit Anti-Homofobia (material didático organizado pelo Ministério da Educação, cuja distribuição foi proibida), conta a história do adolescente Leonardo que com deficiência visual vê sua vida mudar totalmente cm a chegada de Gabriel em sua escola. A partir daí, nasce uma história de descoberta e amor homoafetivo entre os dois adolescentes.

O curta-metragem ganhou diversos prêmios nacionais e internacionais desde sua estreia em 2010. Com direção de Daniel Ribeiro, o filme fazia parte do Cine Educação – projeto que exibe filmes em escolas com parceria da Mostra Latino-Americana de Cinema e Direitos Humanos.

Segundo Lufe Steffen, 37 anos, cineasta paulistano, a proibição foi obviamente um absurdo, “foi mais uma agressão dos hipócritas e oportunistas contra a arte, transformando um filme em pretexto para que os “censores” se beneficiem politicamente”, critica o cineasta. “Quanto ao filme em si, acho uma obra muito bonita, independente da questão gay. É um belo filme”, completa.

A arte de andar pelas ruas de Brasília

O filme conta a história de duas garotas, muito amigas, que moram em Brasília. Uma das garotas começa a se questionar se o que há entre elas é apenas amizade, porém a pressão psicológica que a mãe de uma delas faz usando a religião sob a menina faz com que a garota comece a policiar seus atos do dia a dia temendo o castigo de Deus.

Por Ana Carolina Nazareno e Rafaela Acar

Foto: divulgação do filme Não quero voltar para casa sozinho

A mostra Ver e voltar a ver: a cidade dos alunos do mestre Guignard faz parte das comemorações dos 50 anos do BDMG. As obras compõem o acervo da exposição À Cidade e o Artista – Dois Centenários, produzida por 26 ex-alunos do pintor Alberto da Veiga Guignard, em 1995. Naquele ano o projeto foi criado para homenagear o centenário do pintor e da cidade de Belo Horizonte. “Pensamos em chamar alunos do Guignard que ainda estivessem em atividade e então, pedimos a eles que pintassem Belo Horizonte como eles enxergavam na época”, explica a diretora do BDMG cultural em 1996 e curadora da exposição, Marília Salgado.

Segundo a curadora está exposição foi marcante por relembrar acontecimentos de Belo horizontes em épocas passadas. “Foi muito prazeroso para o público ver aquela exposição, foi interessante ver também que, mesmo os artistas tendo o mesmo professor, tinham formas de se expressar bem diferentes”, comenta.

Chanina – Festa em BH – Eduardo Eckenfels
Álvaro Apocalypse – Homenagem ao Bom Gavino – Eduardo Eckenfels

Percussor da arte moderna em Belo Horizonte Guignard teve papel importante para a arte na capital mineira. Marília Salgado relembra que foi uma exposição do artista que inaugurou a galeria de arte do BDMG. “Pedimos a colecionadores que cedessem as obras. Eu mesmo fui a casa do pessoal escolher as peças”, relembra.

As obras ficam expostas na galeria de arte BDMG cultural até o dia 23 de dezembro e a entrada é gratuita.

Por João Vitor Fernandes e Rute de Santa

Foto: Divulgação BDMG

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Após cerimônia de comemoração do Dia da Consciência Negra, nesta quarta-feira (21), a ministra Luiza Bairros, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, disse que o governo estuda a criação de cotas para negros no serviço público federal. De acordo com a ministra a proposta ainda não foi apresentada à presidente Dilma Rousseff, porém, na solenidade, Dilma afirmou que a política de cotas é um dos grandes avanços do país. Na cerimônia de hoje, a presidente citou a já existente cota de vagas para afrodescendentes nas universidades públicas e disse que a medida contribui para a construção de um país mais igual e menos discriminatório.

 “A presidente Dilma, conforme ela afirmou aqui hoje, tem uma posição inequívoca sobre a importância das ações afirmativas e mais particularmente das cotas como instrumento fundamental para se superar a desigualdade racial no Brasil”, relatou Luiza Bairros. A ministra também contou que o estudo está em fase inicial. Segundo ela, a expectativa é que até o fim do ano a proposta seja finalizada.

Brasil terá Cotas para negros no serviço público federal

Segundo a Folha de São Paulo, a medida faria com que pelo menos 30% das vagas fossem preenchidas por afrodescendentes. A ação iria afetar tanto os cargos comissionados quanto os concursados.

 Já em vigor no TST

Desde ontem (20), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) deverá reservar 05% das suas vagas de trabalho para negros. O ato foi assinado pelo ministro João Oreste Dalazen, presidente da corte.

Segundo Dalazen, a adoção de políticas afirmativas, como as cotas no mercado de trabalho, justifica-se, pois várias pesquisas revelam que a população negra tem sido excluída de diversos cenários sociais. Por conta disso, todos editais de licitação para a contratação de empresas continuados e terceirizados no TST deverão exigir a mesma porcentagem em seus contratos.

Por Rafaela Acar

Fotos: Rafaela Acar

Ilustração : Diego Gurgell

O Cine Humberto Mauro recebe, a partir de hoje, mais uma edição do Festival do Filme Documentário e Etnográfico e Fórum de Antropologia e Cinema (ForumDoc). A abertura será com a exibição do documentário Xapiri, produzido coletivamente por brancos e índios. “Nossa expectativa é que tenhamos um bom público. Muitas pessoas nos acompanham desde as primeiras edições”, afirma o organizador Ewerton Belico.

O ForumDoc comemora nesta edição 20 anos da demarcação da terra indígena Yanomami (maior do Brasil) e também destaca a atual luta dos índios Guarani Kaiowá pela demarcação de seu território no Mato Grosso do Sul. Ainda de acordo com a organização, “a intenção do evento é promover um debate sobre cinema e documentário, mas sempre com um espaço reservado para a cinematografia indígena”.

Até o dia 2 de dezembro várias mostras serão promovidas. O destaque é a mostra A Mulher e a Câmera, que exibirá somente filmes dirigidos por mulheres. Além do Cine Humberto Mauro, os documentários serão exibidos na UFMG e em Inhotim. Durante o evento ocorrerão sessões comentadas com a presença dos diretores, além de oficinas. A sessão de abertura ocorrerá hoje às 19:30h no Cine Humberto Mauro. A entrada é franca e os ingressos devem ser retirados com 30 minutos de antecedência.

Por Marcelo Fraga e Paloma Sena

Foto: Internet

O Dia da Consciência Negra é celebrado em rememoração ao dia da morte de Zumbi dos Palmares, líder do maior quilombo existente no Brasil. O quilombo ficava na Serra da Barriga em Alagoas e ficou marcado como o maior símbolo da resistência da luta dos negros pela liberdade e fim da escravidão.

Aqueles que se lembram da data acham importante o dia, pois é um marco na história do Brasil. “O Dia da Consciência Negra, historicamente, é uma data muito importante por ser uma luta contra o preconceito”, afirma a estudante de engenharia ambiental, Amanda Lima.

Outras pessoas acham que ainda é preciso fazer muito não somente em relação aos negros. “Acho que no Brasil, a questão das mulheres e dos índios não tem tanta repercussão como a questão racial e a homossexual.”, aponta a estudante de direito, Gabriela Araujo.

Há o reconhecimento de uma necessidade em tornar as políticas contra a desigualdade social mais efetiva. “A luta contra a desigualdade social, no Brasil, está muito mais no papel e nos dizeres que, propriamente, nas ações de todas as pessoas.”, diz Lima.

O Brasil é a segunda maior nação negra do mundo, ficando apenas atrás da Nigéria. Segundo o site Portal Brasil, os afrodescendentes constituem 51,1% da população brasileira; em 2009, 6,9% das pessoas informaram ser pretas e 44,2% de autodeclararam pardas, o que representa 51,1% dos brasileiros.

Por Ana Carolina Vitorino e Hemerson Morais

Foto Hemerson Morais

A exposição  SerTão Minas – do Grande Sertão à Pampulha ,  proporciona ao público perceber um pouco na nossa mineiridade do interior do estado. A mostra que está exposta no espaço multiuso CentoeQuatro desde o dia 16, integra o circuito de exposições da Bienal Universitária.   “Percebemos que está cada vez mais difícil jovens artistas mostrarem seu trabalho então começamos o projeto para possibilitar que jovens artistas mostre seu trabalho” explica o coordenador da Bienal Fabrício Fernandino.

Retratar Minas Gerais através de sua gente e sua história é o desafio do artista Walmir Alexandre. Em suas obras ele foca na figura humana com traços marcantes no rosto e a forte impressão de movimentos.

Para Fabrício Fernandino, a qualidade das obras tem agradado ao público. “Temos muitas coisas boas na Bienal e, a medida que ela avança vamos atraindo mais público. Tenho certeza que alcançamos nosso objetivo”, relata o curador.

Programação

EXPOSIÇÃO
:: De 16 a 27 de novembro de 2011
Terça a sábado | 14 às 22h
Domingo | 12 às 18h
Entrada gratuita

OFICINA
Dias 19 e 20 de Novembro de 2011
Horário: 14h às 18h
Inscrições gratuitas abertas até 17/11. Os interessados devem enviar e-mail para [email protected] com o assunto Oficina de cerâmica

Por João Vitor Fernandes e Rute de Santa

Foto: Divulgação