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A exposição “Cabeça”, do artista carioca Milton Machado, considerada como uma das dez melhores de 2014, pelo jornal O Globo, permanece em Belo Horizonte até o dia 30 de março, no CCBB. O acervo que celebra os 45 anos de carreira do multiartista, reúne mais de 100 obras, desde 1969 até os dias atuais. Fazem parte da exposição: desenhos, pinturas, fotografias, vídeos e esculturas.

O trabalho é apresentado pela organização por elementos em séries, que faz com que os espaços da galeria tenham características de instalações e o público, a sensação de estarem em um labirinto, já que as obras são poligonais.

As obras de Milton Machado questionam nosso entendimento sobre arte e o que esperamos dela hoje. Além de guardar a particularidade de transitar não só entre diferentes linguagens, mas também nas distintas concepções que moldaram a arte das últimas décadas.


O artista

Milton Machado de Assis é pintor, desenhista, escultor, crítico, fotógrafo e professor. Cursou arquitetura e urbanismo entre 1965 e 1970 na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro – FAU/UFRJ. Obteve conquistas como uma medalha de prata no Concurso Internacional de Escolas de Arquitetura em 1969, e o título de mestre em planejamento urbano e regional pela UFRJ em 1985. Em 2000, concluiu o doutorado em artes visuais no Goldsmiths College University of London, e em 2002 passou a lecionar história e teoria da arte na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro – EBA/UFRJ.

Texto e fotos: Victor Barboza

 

Durante o Carnaval, muitas ruas de Belo Horizonte ficam tomadas por foliões, entre mineiros e turistas. Mas a capital não oferece apenas o melhor carnaval de rua, durante o feriado a cidade está cheia de atrações que fogem um pouco da folia. Para quem quer ficar longe do barulho e da intensa programação de blocos e bailes carnavalescos, o Jornal Contramão listou algumas opções para aproveitar o feriado:

Curtir um bom filme no cinema.

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Nada de filas, barulhos ou risadas no cinema. Durante o carnaval as salas de cinema que costumam ficar vazias, irão exibir filmes para todos os gostos, como a estreia: “Cinquenta Tons de Cinza”, dirigido por Sam Taylor-Johnson. O longa é baseado na trilogia de livros de mesmo nome, que hoje, é um grande fenômeno de vendas em todo mundo.

Veja outros filmes que estarão em cartaz entre 13 e 18 de fevereiro:

“Bob Esponja: Um Herói Fora d’Água” Assista o trailler:

“Dívida de Honra”; “Um Santo Vizinho”; “James Brown”; “Corações de Ferro”; “O Destino de Júpiter”; “O Imperador”; “Tinkerbell e o Monstro da Terra do Nunca”; “O Duplo”; “Annie”; “Eco Planet 3D” e
“O Jogo da Imitação”

Clássicos do Cinema

Sexta Feira 13? Para os amantes de filmes de terror, a mostra  “O fascínio do medo: terror anos 70”, é prato cheio. A abertura da mostra acontece na sexta-feira, 13, no Cine Humberto Mauro. Serão exibidos os filmes: “O Despertar dos Mortos” (1978), do diretor George A. Romero, “O Exorcista” (1973), do diretor William Friedkin e “Hallowen – a noite do terror” (1977), dirigido por John Carpenter. Prepare-se! O terror é gratuito!

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Passeios ao ar livre

Para valorizar o céu aberto da cidade, existe em BH, ótimos espaços para passear com a família e tomar um ar fresco. Uma ótima opção é o Parque Municipal Renné Giannetti, localizado no centro da capital. O parque tem 180 mil metros quadrados de vegetação e conta, ainda, com quadra de tênis, lagos com barcos a remo e pedalinhos, aparelhos de ginástica, bar, lanchonete, bosques e trilhas com bancos e jardins.

Selecionamos outros locais para um passeio agradável:

  • Jardim Zoológico e Botânico;
  • Praça da Liberdade;
  • Parque Ecológico da Pampulha;
  • Mirante Mangabeiras;
  • Parque Municipal das Mangabeiras;
  • Parque do Inhotim;

Esportes: Que tal acompanhar um jogo de basquete?

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Mesmo que você não possa mais ver Michael Jordan em quadra, ou ver de perto astros como Lebron James ou Kobe Bryant. Aqui no Brasil você pode acompanhar de perto bons jogos de basquete. Para quem é fã do esporte, no dia 13 de fevereiro, sexta-feira de carnaval, ocorre a disputa entre Minas e Paulistano, às 20:00 hrs na Arena Vivo; Rua da Bahia, 2244, Lourdes. A partida acontecerá pela 23ª Rodada da Liga nacional de Basquete.

Se refrescar em alguma cachoeira próxima a BH.

Minas não tem mar, mas têm cachoeiras. Selecionamos algumas cachoeiras próximas da capital, para você se refrescar durante o feriado.

 

Cachoeira da Ostra –  Brumadinho
Cachoeira dos Marques – Piedade de Paraopeba
Cachoeira dos Carrapatos – Piedade de Paraopeba
Cachoeira Chica Dona – Rio Acima
Cachoeira de Santo Antônio – Morro Vermelho
Cachoeira do Paiolinho – Serra da Moeda
Cachoeira do Bené – Jaboticatubas
Cachoeira do Maluco – Ipoema
Cachoeira Grande – Serra do Cipó
Cachoeira Véu da Noiva – Serra do Cipó
Cachoeira dos Prazeres – Lavras Novas
Cachoeira da serra do Caraça –  Catas Altas
Cachoeira do Chuvisco – Santo Antônio do Rio Abaixo

Exposições de arte

Os amantes de arte, poderão visitar exposições por toda a cidade. O Centro Cultural Banco do Brasil (Praça da Liberdade, 450, Funcionários), traz, do dia 4 de fevereiro a 30 de março, a exposição “Cabeça”, do artista carioca Milton Machado. O trabalho caracterizado pela organização de elementos em série , foi considerado pelo jornal “O Globo”, como uma das dez melhores exposições de 2014. Vale a pena conferir!

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Outras exposições espalhadas pela cidade:

João Lelo – Tropikania
Sesc Palladium – Centro

Paulo Werneck – Muralista Brasileiro
Museu de Arte da Pampulha – Pampulha

Mostrar – Mostra de Artefatos 2014
Plugminas – Horto

Demasiado Humano
Espaço do Conhecimento UFMG – Savassi

Texto: Victor Barboza
Imagens: Divulgação

 

Hoje foi o último dia da programação especial de férias, do Memorial Minas Gerais Vale. A edição do Férias Divertidas no Memorial trouxe para as crianças, espetáculos infantis, visitas mediadas e ações interativas durante o período de férias.

A oficina “Fábrica de Monstro” encerrou a programação, estimulando o potencial criativo das crianças, utilizando papeis e materiais diversos para traçar as características únicas de cada criança.

Na tarde desta sexta-feira, a parte externa do memorial transformou-se em uma praia, em que crianças vestidas com roupas de banho, brincavam e faziam performances. Os óculos de sol, bolas e objetos de praia, chamaram a atenção de quem passava pelo local. De acordo com os organizadores, a ideia foi fazer uma “praia do memorial”. A coordenadora do Educativo Memorial Minas Gerais Vale, Mabel de Melo Faleiro brinca ao dizer: “A Praça da Estação tem a praia da estação, aqui nós temos a praia do memorial”. Segundo ela as atividades que estão acontecendo do lado de fora do memorial era resultado de uma oficina de Inter criação. Além de interagir com os espaços, a proposta era permitir que as crianças tivessem um olhar diferente sobre a arte que esta espelhada pela cidade.

Também do lado de fora do memorial, os educadores deixaram com que as crianças experimentassem a magia da criação. Ao elaborarem um quadro com grafites. “Nessas atividades selecionamos duas coisas: entender as artes da performance a o grafite. Essas atividades integram as crianças no museu. Começar com uma brincadeira para que elas entendam mais e aprendam. Eles veem além da própria ‘coisa’, escolhem o que querem fazer, tem que ser livre”, destaca o educador David Chech, 22 anos.

Texto e Foto: Victor Barboza

Residente no Brasil desde 1971, o pintor espanhol Carlos Carretero, teve suas obras destruídas na segunda-feira, 12. As obras que estavam expostas em seu ateliê no Centro de Cultura Flamenca “Los Del Rocio”, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, foram danificadas e objetos de decoração quebrados. Estipula-se que o valor do dano, no ateliê chegue a R$ 100 mil.

De acordo com o artista, a galeria já havia sido invadida outras vezes, sendo vítima de furtos em certa ocasião, levaram computadores e telefones.  Segundo o pintor, desta vez não levaram nada.

Nos atos de vandalismo, foram escritas frases como “família, paz e sexo”, em alguns quadros do artista.  A obra “Crucificado”, uma das preferidas do autor, recebeu a frase “mais amor, menos crack”, com corações vermelhos.

Para Carlos, as frases são estranhas e sem conexão. “Não há nenhuma relação entre as obras danificadas, destruíram de forma aleatória. Colocaram massa corrida nos manequins e em muitas pinturas. Salas do ateliê foram pichadas com as palavras “Bertini” e “Ber”, acredito que possam ter relação com o autor do ato.”, desabafa.

Segundo Carlos Carretero, estão sendo pensadas medidas para evitar novos ataques. Quando encontrou as obras danificadas e a bagunça no ateliê, foi um choque. Já que não é apenas proprietário, mas também autor das artes. Para ele a primeiro momento foi impactante, mas agora, já olha de outra forma.

Novo olhar

Pensando em mudar o cenário atual do ateliê, Carlos revela um futuro projeto, baseado-se na ideia de um amigo próximo, “ele (amigo) propôs expor as obras danificadas e as fotografias das pichações no ateliê e depois tentar recuperá-las”.

Texto: Victor Barboza
Foto: Ítalo Lopes

Conexão BH está chegando ao fim de sua 14ª edição. A programação extensa seguiu por toda a Copa do Mundo. Durante os meses junho e julho, o projeto vem conectando diversos estilos musicais e ocupando lugares inusitados, como as Estações do BRT-Move, Mercado do Cruzeiro, Mercado das Borboletas, Casa dos Jornalistas e o já conhecido, Parque Municipal Américo Renné Giannetti.

“A ocupação da cidade em 27 dias em lugares distintos, contou com uma programação descentralizada, dando oportunidade tanto para os artistas se apresentarem em locais que nunca imaginaram e para o público que nunca pensaria em ver um show numa estação, por exemplo,” diz o produtor Maurílio Kuru Lima. A programação foi focada na cena musical e cultural da capital mineira, tendo em vista sua diversidade, a produção do evento buscou “conectar” forró, samba, rock, música eletrônica, rap e vários outros estilos em uma extensa programação agradando a todos.

 A tradição do Conexão BH no Parque Municipal não poderia ter sido melhor! Em três dias de programação, a estrutura contava com dois palcos, um espaço de música eletrônica, barracas de restaurantes e uma feirinha. O show mais esperado, segundo o público, era do cantor e percussionista pernambucano Otto. “Não é a primeira vez que o Otto toca em BH, mas é sempre como convidado de outra banda. Agora ele está aqui, com um show só dele, isso é fantástico”, ressaltou a estudante Mariana Rios.

 Além da grande atração do Parque, bandas independentes e de outros países puderam se apresentar. Durante os intervalos dos shows, o Samba da Meia Noite com todo seu batuque fazia um cortejo pelo Parque, acompanhado pelo público que sambava e se divertia. Durante 27 dias de programação, 130 atrações ocuparam a cidade.

 Conexão consciente!

 Nesta 14ª edição, foi pensado uma campanha de conscientização ambiental #MeuCopoEco. Um sistema de empréstimo de copos reutilizáveis, onde o público tem a opção de comprar ou alugar o um copo no valor de R$ 5,00 reais. Ao final do evento, quem alugou, pode devolver e pegar o dinheiro de volta ou levar o objeto como recordação.

O Conexão BH chega ao fim no dia 13 de julho. Para comemorar o dia mundial do Rock, a programação de encerramento será no Mercado das Borboletas, com o evento chamado Virada do Rock.

 Mais informações: https://www.facebook.com/conexoeslivres?fref=ts

Texto: Lívia Tostes

Foto: Luis Gustavo Lima

“O artista é o criador de coisas belas.

O objetivo da arte é revelar a arte e ocultar o artista.

O crítico é aquele que sabe traduzir de outro modo ou para um novo

material a sua impressão das coisas belas.” – Oscar Wilde.

O artista plástico Alexandre Pastor, o Pastor, conforme a assina, veste um jeans surrado e cheio de manchas de tintas e uma camisa de malha branca furada no ombro esquerdo e também manchada de tinta. As mãos firmes e, ao mesmo tempo, leves e hábeis, esboçabam, na tela redonda, a fonte e o coreto da Praça da Liberdade. “Fiz apenas um esboço, pois preciso ver a fonte funcionando e a forma da água  subindo”, explica. O Pastor se descreve como um amante da beleza. “O artista vê o mundo como uma obra divina, e tenta passar a mesma emoção que sente ao ver alguma paisagem ou obra, se impressiona com as cores e formas”, define.

Um homem religioso e pai de um um filho chamado Davi sua paixão que reside na cidade de Búizios (RJ), Pastor sofreu represálias quando comunicou a sua família que viveria das artes. “Minha família queria me preder, e perguntavam se ele já tinha escolhido a praça que iria viver”, relembra. Mas não desanimou com a adversidade, persistiu.“É difícil fazer o que você gosta, mas é mais difícil você fazer o que você não gosta”, afirma.

O Pastor inciou sua relação com as artes aos seis anos, hoje, aos 47, o artista abandonou a profissão como estamparista de moda. Ele prefere pintar quadros de praças e paisagens e tem isso como profissão desde dos 20 anos. “Eu trabalhava numa estamparia, mas procurando sempre estar perto das artes, mas chegou um momento em que decidi focar somente nas pinturas. Larguei a vida que tinha e parti para São Paulo”, lembra.

Na capital paulista, Pastor conheceu seu mentor, o arquiteto e pintor Eduardo Pederneiras Mascarenhas que era amigo da familia e passou a frequentar o seu ateliê. “Eu chegava lá por volta de das 9h da noite e saía de lá de madrugada”, lembra. “Mascarenhas me passou conhecimento o tinha, os livros que ele lia e me indicava materias de leitura  e estudo. Juntos analisávamos obras que eu fazia. Nós analisávamos as as obras um do outro”, revela.

O Pastor não frequentou a Escola de Belas Artes e se considera autodidata. “Tenho formação autodidata, mas acho importante o estudos das artes. O ideal é se formar, caso não tenham a sorte que tive de encontrar alguém no caminho como eu conheci. Não fiquem esperando por isso, não. Vão atrás  de formação e aprendam a técnica, pois ela viabiliza muitas coisas, o conhecimento das cores, perspectiva, desenho, saber o que já se fez”, recomenda.

Por: Gabriel Amorim e Juliana Costa

Imagem: pinturas do Pastor