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No sábado, 31 de janeiro, ocorreu o encerramento da 18ª Mostra de Cinema de Tiradentes e nesta data foram anunciados os vencedores da Mostra. Ao todo, foram exibidos 128 filmes nacionais, em três espaços da cidade, além de 28 debates que discutiram, entre outros assuntos, o lugar do cinema brasileiro e as perspectivas para o audiovisual em 2015.

O vencedor da Mostra Aurora foi o longa “Mais do que eu possa me reconhecer”, de Allan Ribeiro. O filme levou o prêmio Itamaraty no valor de R$ 50 mil. “A mostra Aurora foi o melhor lugar para esse filme estrear, porque é onde esse tipo de obra encontra crítica e público de uma forma muito especial para nascer”, destacou Ribeiro.

Na categoria Melhor Longa, o filme que documenta a vitória do Clube Atlético Mineiro na Libertadores, “O dia do Galo” levou o prêmio. Já o Melhor Curta eleito pelo público foi “De castigo”, de Helena Ungaretti. Eleito pelo júri jovem na Mostra Transições, o longa “O tempo não existe no lugar em que estamos”, de Dellani Lima foi o vencedor.

“Estátua”, de Gabriela Amaral Almeida foi eleito pela crítica e recebeu a premiação na Mostra Foco. O Prêmio Aquisição Canal Brasil foi para o curta “Outubro Acabou”, de Karen Akermane e Miguel Seabra Lopes, além do prêmio de 15 mil reais, o curta ainda pode concorrer ao Grande Prêmio Canal Brasil no valor de R$ 50 mil.

Texto Felipe Chagas

Imagens Divulgação Universo Produções

Dentro da temática da 18ª Mostra de Cinema de Tiradentes as opiniões sobre o lugar do cinema brasileiro são diversas. Em uma conversa mais ampla com realizadores mineiros a dúvida era: Qual o papel do cinema em Minas?

Conversamos com alguns diretores mineiros, que estão com filmes sendo exibidos nessa mostra, para saber deles como é fazer cinema em minas e como levar as produções do estado para todo o país.

Assista às entrevistas.

texto Felipe Chagas

imagens Natalie Matos e Yuran Khan

Em busca de resposta para as perspectivas para o audiovisual brasileiro em 2015, cineastas e produtores de diversas regiões do país participaram  na segunda, 26, do debate  com Rodrigo Camargo, coordenador do departamento de fomento da ANCINE – Agência Nacional do Cinema -, ligada ao Ministério da Cultura. A discussão teve como mediador o critico de cinema Pedro Brecher.

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Rodrigo Camargo destacou algumas realizações nos últimos anos da Agência  e citou os quatro principais eixos de ação para o FSA (Fundo Setorial de Audiovisual): o desenvolvimento, a produção, a exibição e difusão e a capacitação.  Rodrigo aproveitou o espaço para divulgar editais que estão com inscrições abertas. São editais para produção e desenvolvimento de projetos audiovisuais. “Esses editais  contemplam não só projetos de cinema, mas, como o desenvolvimento de séries de tv, series para vídeos por demanda e formato de programa de televisão também”, destacou.

Rodrigo falou também de editais contínuos, que ficam abertos durante o ano todo e que são destinados a produções independentes, complementação de recursos e verba para lançamento de filmes: “ a perspectiva é de produzir trezentos longas metragens , 400 obras seriadas dando um total de duas mil horas de programação, o equivalente a toda a exibição de tv paga no ano de 2012”.

Os realizadores presentes lamentaram a ausência do presidente da ANCINE Manoel Rangel, anunciado na programação do evento, pois, buscavam uma discussão sobre  a política nacional para o audiovisual. Durante o debate,  apresentaram problemas  que encontram como o alto grau burocrático para aprovação de seus projetos, e o baixo incentivo para exibição de filmes independentes. Algumas questões não puderam ser respondidas por Rodrigo. “O que a gente vê é um distanciamento da ANCINE  para essa conversa com o setor de audiovisual no Brasil, e  quando o presidente não vem e manda um representante ele é só um representante,  e aqui é um local de interlocução”, lamentou Karen Abreu, vice-presidente do Congresso Brasileiro de Cinema e membro do Fórum Mineiro de Audiovisual.

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O Presidente do Congresso Brasileiro de Cinema, Frederico Cardoso,  levantou questões negativas presentes no próprio relatório anual da ANCINE. Entre elas, o baixo número de espectadores nas exibições de filmes brasileiros no cinema. E aproveitou para tentar mobilizar os cineastas, “quero convocar os realizadores a se unir e pensarem juntos em politicas publicas efetivas para o setor”.

Texto e reportagem: Felipe Chagas
Fotos/imagens: Yuran Khan

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Com a pergunta “Qual o lugar do cinema?” como tema central, teve inicio na última sexta-feira a 18ª Mostra de Cinema de Tiradentes. O evento trouxe como homenageada a atriz paraense Dira Paes, em celebração aos 30 anos de sua carreira. Ela ainda participou da pré-estreia internacional do filme Órfãos do Eldorado, dirigido por Guilherme Coelho, em que atua.

Em seu discurso de abertura, a coordenadora geral da mostra Raquel Hallak, falou da maioridade da Mostra e de todas as mudanças e conquistas do cinema brasileiro desde o seu inicio. Raquel levantou ainda várias questões, como a necessidade de fazer com que as produções nacionais dialoguem com as diferentes tecnologias e alcancem os mais diversos públicos e mercados: “o audiovisual apresentado aqui tem todos os olhares e sotaques brasileiros, vê o presente com confiança e tem muito a contribuir para o futuro do nosso pais”.

Raquel comenta ainda como é desafiador produzir uma mostra como esta: “chegar aqui todos os anos é sempre um grande desafio, quase uma aventura, erguer toda essa infraestrutura para sediar uma programação cultural abrangente e gratuita requer ousadia e persistência. É sinônimo de trabalho coletivo e determinação”.

Em inicio de seu mandato à frente da Secretaria de Cultura do Estado de Minas Gerais, o secretário Ângelo Oswaldo esteve no evento e falou sobre importância e perspectivas do cinema para o estado: “nós esperamos muito para o cinema de Minas, temos muito o que investir e buscar parcerias para que nós possamos ter um grande programa de cinema por aqui”.

Texto Felipe Chagas

Imagens site oficial da mostra/ Yuran Khan

A “VI Mostra de Cinema: Cultura Arte e Poder” traz a Belo Horizonte filmes consagrados e as produções dos novos talento do cenário cinematográfico brasileiro, e mais um longa do diretor cabo-verdiano Tambla Almeida, conhecido como “Ulime”, de  2010.

O evento começará exibindo, no Sesc Palladium, entre essa sexta (16),e domingo (18), às 19h, três sessões do filme “O lobo atrás da porta”, do diretor Fernando Coimbra. O filme, que estreou no cinema em 2014, recebeu vários prêmios, entre eles o de Melhor Filme e Direção, no “31st Miami Film Festival”. Em fevereiro, de 6 a 12, a mostra exibirá curtas, longas e documentários, alternando entre nomes consagrados e novos talentos do mercado.

Sávio Leite, 43, responsável pela curadoria do evento, conta que a importância de agregar nomes já consagrados no evento é “primeiramente para reconhecer e legitimar a mostra, mas também para chamar a atenção do público”. Ele relata que “desde o início (da Mostra) temos essa meta na cabeça. Apresentar jovens realizadores através de uma sessão que chamamos de ‘perspectiva’”.

Com o cenário mineiro tendo eventos voltados à área durante todo o ano, Leite afirma que “todo evento de cinema é importante para divulgar essa produção, que muitas vezes está afastada da televisão, e é pouco conhecida”. Segundo o curador, esse evento tem em especial o poder de jogar uma luz sobre uma produção recente em cinema, que muitas vezes foi pouco vista e mostrada.

Confira a programação completa

Por: Ítalo Lopes

A 8ª CineBH – Mostra internacional de cinema e 5º Brasil CineMundi foi aberta na noite de quinta-feira, 16, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). A noite de estreia apresentou o longa-metragem “Deserto Azul”, do mineiro Éder Santos. O diretor subiu ao palco com toda sua equipe de produção, incluindo os atores Odilon Esteves e Chico Diaz, protagonistas do filme.

Durante a apresentação, Éder pediu para que todos deixassem os celulares ligados. Sua equipe montou quatro redes de wifi com o nome do filme e distribuíram um código para que pudessem digitar. Durante a projeção, o público pôde obter informações adicionais sobre o que estava sendo exibido, criando assim, uma forma de interação entre os espectadores e o filme em exibição.

O cineasta argentino Santiago Loza, foi surpreendido antes da sessão. A produção preparou uma singela homenagem. “Faço filmes pequenos, muito pessoais e intimistas, não esperava por isso, não imaginava que meus filmes seriam tão reconhecidos”, comentou Loza. A programação aprensenta uma retrospectiva pela carreira  do cineasta.

A sexta-feira, 17, começou agitada no Palácio das Artes. Com 21 convidados internacionais, o 5º Brasil CineMundi – International Coproduction Meeting apresentou uma série de seminários e debates. Entre os temas, “Mercado Audiovisual Brasileiro – Políticas Públicas, Avanços e Perspectivas”, contou com a presença de representantes da Ancine, SAV (Secretaria do Audiovisual) e ABTIV (Associação Brasileira de Produtoras Independentes de Televisão), com mediação do crítico e jornalista Pedro Butcher, no qual debateram diretrizes públicas, ações de intercâmbio e coprodução do audiovisual brasileiro.

Santiago Loza apresentou uma masterclass onde relembrou toda a sua carreira, que passa pelo cinema, literatura e teatro. O crítico mais aguardado da CineBH e Brasil CineMundi foi Tag Gallagher, que também ministrou uma masterclass. Tag, é conhecido no meio do audiovisual como um dos maiores nomes da crítica cinematográfica em atividade, mas ninguém conhecia o rosto dele, nem a produção, nem seus próprios admiradores.

A CineBH e Brasil CineMundi se estende até dia 23 de outubro. Filmes, seminários e oficinas são gratuitos.

Mais informações: https://www.cinebh.com.br/

Por Lívia Tostes