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Por Daniela Reis 

Ayrton Senna foi um dos maiores ídolos brasileiros, piloto de Fórmula 1, fez história nos autódromos do mundo. E nosso TBT de hoje relembra sua trajetória de sucesso! 

Há exatos 30 anos, Senna conquistava o tricampeonato mundial de F1. O feito aconteceu no GP de Suzuka, no Japão. Esse dia ficou marcado na memória dos brasileiros, afinal marcou não só o último título de Senna na F1 como também o último do Brasil na categoria. 

Senna foi o grande responsável pela paixão de milhares de brasileiros pelas corridas aos domingos. Famílias inteiras se reuniam para torcer pelo piloto, numa época quando o Brasil enfrentava grandes problemas com a alta inflação, era ele que trazia alegria para a nação. 

O tricampeonato

Em 20 de outubro de 1991, Ayrton Senna viu o erro de Nigel Mansell no início da etapa de Suzuka para fazer uma prova controlada, terminar em segundo após ceder a vitória ao companheiro de McLaren Gerhard Berger, e conquistar seu tricampeonato.

Com seis vitórias no ano, incluindo uma sequência impressionante de quatro triunfos nas quatro primeiras corridas do campeonato (Phoenix, Interlagos, Ímola e Mônaco), Senna chegava à Suzuka com folga na liderança do Mundial, tendo 85 pontos contra 69 de seu único rival no ano, Nigel Mansell.

Mesmo com o britânico acordando na segunda metade da temporada e emplacando cinco vitórias nas oito corridas que antecederam Suzuka, incluindo na etapa anterior em Barcelona, Senna vinha em boas condições para garantir o título com uma prova de antecedência. Era o início do que viria a ser a Williams ‘de outro mundo’ que o esporte viu em 1992 e 1993, com os títulos do próprio Mansell e o tetracampeonato de Alain Prost.

Na classificação, a McLaren já mostrou sua força, com Berger fazendo a pole, quase dois décimos à frente de Senna, enquanto Mansell saía logo atrás, na terceira posição com a Williams.

Berger seguiu mostrando sua força no domingo. Com uma boa largada, o austríaco rapidamente começou a abrir, deixando Senna para bloquear Mansell. Para manter suas chances de título vivas, o britânico precisava vencer a qualquer custo.

Vendo Berger disparar, Mansell começou a pressionar Senna, contando que o brasileiro cometeria um erro. Mas o que aconteceu foi exatamente o contrário. Foi o “Leão” que acabou rodando no início da décima volta em meio a problemas com seu freio. Sem ter condições de voltar, Senna garantia o tricampeonato, mesmo com muita corrida ainda pela frente.

Para garantir de vez o título, a McLaren adotou as ordens de equipe, pedindo a Berger que deixasse Senna passar com a promessa de que, caso os dois seguissem em primeiro e segundo na volta final, o brasileiro cederia a vitória ao companheiro de equipe.

Senna e Berger fizeram uma prova dominante do início ao fim e, na volta final, o brasileiro cumpriu sua promessa, abrindo caminho para que o austríaco passasse para conquistar sua primeira vitória pela McLaren, terminando apenas 0s3 à frente de Senna.

Apesar da vitória em plena madrugada, a celebração no Brasil foi enorme. Em um momento em que o país sofria de um jejum de mais de duas décadas no futebol, as conquistas de Senna ajudavam ainda a aliviar outros problemas que o país vivia, como a crise econômica.

Por Keven Souza

Cidade grande é foda! Sinto que acordo quando me preparo para a primeira competição do dia, a caminho do meu trabalho luto por pequenas satisfações como conseguir sentar em um metro de plástico estofado para completar a carga horária de sono que é impossível de fazer a noite, pois, chego tarde e saio cedo. Porque a cidade grande é foda!

Com muitas janelas, poucos com muito e muitos com pouco (tipo eu), com luzes batendo em frestas e diversos barulhos, observo a movimentação já dentro do ônibus. Estou estressado por estar em pé – afinal a cidade parece ter pressa – comecei a observar que faz tempo que não vejo o sol queimar minha pele e sentir o calor em meu rosto. Talvez, seja porque meu privilégio é apenas sentar em um banco de ônibus e ter o corpo bronzeado é privilégio demais para o proletariado. Deixo isso restrito para meu patrão, que me faz bater ponto às 6h da manhã para enriquecer o bucho dele, que tem pressa para que eu chegue, mas não tem pressa para chegar. 

O trânsito está caótico, dentro no ônibus um rebuliço, são vários como eu que percebem a pressa da cidade e que estão cansados demais para acompanhá-la. É notável o semblante de cansaço, a sensação é de que estou em um filme de zumbi. Cochilando em pé me esbarro em uma moça segurando uma bolsa cor vinho que ocupa grande espaço no ônibus, peço perdão, mas não sou ouvido já que a próxima parada é a sua descida, e como havia falado: a cidade tem pressa! 

Um momento de alívio, ufa! Consigo me sentar. Usufruir do conforto desse assento é o que ainda me resta, mas continuar o cochilo que completa a carga horária de sono é o que mais quero agora, porém, será impossível. 

Vejo que se aproxima da minha parada, e o meu corpo segue inexpressivo, mas tenho que tirar forças de dentro para conseguir vencer mais um dia e suportar toda pressão de cobranças do meu patrão. Essa é a realidade do trabalhador na cidade grande no dia a dia. Dormir pouco e trabalhar muito, é a mesma rotina de sempre, porque no final das contas ela tem pressa.

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Filme A grande Luta, de Júlio Sales

O evento acontece a partir do dia 21 e as ações acontecem presencialmente e online 

Por Keven Souza

Entre os dias 21 e 28 de outubro, acontecerá a 8ª Edição do Festival de Cinema Lumiar, organizado por professores do curso de Cinema e Audiovisual do Centro Universitário Una. O evento deste ano pretende discutir a produção do cinema universitário feita por estudantes de toda a América Latina, que além de integrar e abordar os filmes elaborados pelos discentes, compreende as inovações estéticas diante o cenário cinematográfico das diferentes Américas. Nesta edição, o Lumiar, sucederá de modo híbrido por meio da plataforma Coioteflix e Zoom – com transmissão também no Youtube, e através de algumas sessões presenciais no Una Cine Belas Artes, seguindo todos os protocolos de segurança contra a Covid-19. Os interessados poderão participar de ambos os meios de forma totalmente gratuita. 

O festival teve sua primeira edição em 2014, e desde então vem sendo reconhecido em toda a América Latina, se superando e crescendo a cada ano para abranger e estimular estudantes de diferentes países e universidades, a mostrarem suas produções cinematográficas para concorrerem, por meio do festival, em busca do Troféu Lumiar de melhor curta-metragem universitário.  “O Lumiar é um festival escolar. Todas as etapas de produções contém a presença de alunos e digo que vai além de um espaço de exibição do curso de Cinema e Audiovisual da Una. É um espaço de troca e de intercâmbio mútuo entre estudantes da América e sua comunidade local”, define o professor e um dos coordenadores, Daniel de Lima Veloso, sobre o Festival.

Este ano a equipe de curadores foi composta pelos professores José Ricardo Júnior, Eduardo Rocha, Sávio Leite, pela professora Raquel Pelegrinni e pelas alunas Amanda Luz, Maria Eduarda Guimarães e pelo aluno Michael Nascimento. Durante o edital desta edição, que geralmente permite o envio de um curta-metragem de qualquer gênero, formato e temática, houveram cerca de 90 inscrições de curtas-metragens vindos do Brasil, Argentina, Chile, México, Cuba e Colômbia. 

Através do edital, a equipe selecionou 15 destes para a Mostra Competitiva Interamericana que farão parte do propósito de exibir um panorama da produção cinematográfica universitária das Américas. O cartaz dos indicados contém um reduto de filmes ricos e diversos, e para a sessão de abertura haverá duas produções: o filme “Eu te amo é no sol” de Yasmin Guimarães e Daniela Cambraia, vendedor do edital de produção do LUMIAR e o curta-metragem “Rua Ataléia” do consagrado realizador André Novaes, que também lançará o seu livro “Temporada” que narra o processo de feitura do longa homônimo.

Confira a programação de 2021:

21/10 – QUINTA-FEIRA

19H – Sessão de Abertura | Filme vencedor do Edital Lumiar Eu te amo é no sol de Yasmin Guimarães e Daniela Cambraia (MG, 2021, 19″) – Filme convidado Rua Ataléia de André Novaes Oliveira (MG, 2021, 11″) | Live no Youtube e CoioteFlix

22/10 – SEXTA-FEIRA

10H – Debate Realizadores Competitiva 1 | Zoom com transmissão no youtube

19H – Debate com Helena Solberg | Convidados especiais: Mariana Tavares e David Meyer | Mediação: Carla Maia | Zoom com transmissão no youtube

23/10 – SÁBADO 

10H – Lançamento do Livro Temporada, de André Novaes | Zoom com transmissão no youtube

15H – Oficina Videoclipe com Arthur Senra | Zoom para inscritos

24/10 – DOMINGO

15H – Oficina Videoclipe com Arthur Senra | Zoom para inscritos

25/10 – SEGUNDA-FEIRA

15H – Oficina Videoclipe com Arthur Senra | Zoom para inscritos

19H – Debate realizadores Competitiva 2 | Zoom com transmissão no youtube

26/10 – TERÇA-FEIRA

19H – Debate realizadores Competitiva 3 | Zoom com transmissão no youtube

27/10 – QUARTA-FEIRA

10H – Debate realizadores Competitiva 4 | Zoom com transmissão no youtube

19H – Oficina de Design de Personagens com Conrado Almada | Zoom para inscritos

28/10 – QUINTA-FEIRA

19H – Encerramento (Anúncio e exibição dos filmes premiados) | Zoom com transmissão no youtube

Além da Mostra Competitiva, o Festival conta com uma programação extensa que inclui palestras, lives, oficinas, sessões, bate-papos, entre outros. Neste ano, estão no cronograma três oficinas destinadas a abrilhantar e difundir o conhecimento cinematográfico em todo o público interessado, incluindo alunos e alunas. Uma delas é a oficina de videoclipe ministrada pelo realizador Arthur B. Senra, que será seguida também de uma mostra especial sobre videoclipes com curadoria da produtora e ex-aluna Gabriela Barbosa. Outra oficina sobre o processo de criação do filme “Rua Guaicurus” com seu realizador João Borges e a última sobre animação com realizador Conrado Almada. 

A expectativa é de que a 8º edição aconteça de forma brilhante e enriquecedora, para trazer, novamente, um importante espaço de resistência, discussão e aprendizado para a formação de cinema nos países latino-americanos. “A expectativa é muito boa, porque é um festival consagrado no meio universitário de Belo Horizonte e também no Brasil. Espero que as pessoas participem e assistam, acho que essa edição vai ser interessante para pensarmos nesse tipo de cinema – universitário – que está em pé de igualdade do cinema profissional”, diz o professor e curador do Festival, Sávio Leite.

Para mais informações acesse o site disponível ou o Instagram do Lumiar. 

Cine Una Belas Artes

Gonçalves Dias, 1581 – Lourdes, Belo Horizonte

(31) 3252-7232

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Por Keven Souza

Ninguém nasce sabendo, não é mesmo? Embora o homem seja um ser pensante, não é segredo que construímos o nosso saber ao longo da vida. O ato de lecionar é uma tarefa árdua desempenhada por um indivíduo que acredita na educação, como arma poderosa, e a sua capacidade de transformar todo o seu redor. 

Além dos pais ou responsáveis, que nos ensinam desde criança como agir e se comportar, o professor é aquele apto a transmitir conhecimentos mais amplos sobre o mundo, a sociedade e a profissão que iremos seguir. É através dessa docência que surgem brilhantes profissionais e grandes gênios do mercado, e se torna talvez uma das profissões mais essenciais do mundo quando se fala em formar relações humanas, competências socioemocionais e estimular o sucesso profissional e pessoal. 

No atual cenário, ser professor é muito mais do que ministrar aulas. É ser um profissional que representa e sintetiza a capacidade de “criar” seres pensantes que poderão melhorar o mundo, um papel que ocupa lugar de destaque na vida de inúmeras pessoas, porque o verdadeiro mestre não se limita apenas ao intelectual. 

No Centro Universitário Una é aquele profissional engajado e próximo do estudante, que o enxerga em sua integralidade, levando em consideração seus traços e contrastes como indivíduo único. É a pessoa que propicia um ambiente amistoso, capaz de permitir uma jornada acadêmica de maneira mais leve e empática. Um cargo solene que transcende o ensinar e abrange o amar. E para comemorar o Dia dos Professores, que foi no último dia 15, o Jornal Contramão traz uma matéria muito especial. Afinal, são eles que auxiliam na trajetória de sucesso de vários estudantes e profissionais, como também escrevem a da história da Una, essa instituição de grande reconhecimento. 

Danielle Luciana Meira Miranda, 19 anos , é aluna do último período de Design de Interiores da intituição, ela declara que, o companheirismo de seus professores lhe engaja e torna sua trajetória acadêmica mais enriquecedora. “Minha relação com os professores é ótima! Sempre mantemos o contato dentro e fora de aula, pois quando preciso de ajuda é a eles que recorro. E é total companheirismo! É sempre bom ter apoio de um profissional tão bem qualificado na área, a relação entre professor e aluno é enriquecedora para mim. Sem eles essa trajetória de aprendizado seria muito mais difícil”, conta.  

Ela ressalta ainda que, além da força de vontade e o companheirismo dos professores, ambos têm deixado, ao longo do tempo, de ser os detentores do saber e têm assumido o papel passivo de mediadores do conhecimento, onde se forma uma figura que dizima os obstáculos pessoais e educacionais dos alunos.  

E que no presente, vão além da posição de mútuo e incontestável, se tornando aqueles que criam laços para além da sala de aula e trabalham em prol da confiança e do afeto recíproco.“Para mim, professores significam sem dúvidas, conhecimento! Estar em uma sala de aula e absorver conteúdos ricos de pessoas que se dedicam a ensinar é inspirador. Jamais conseguiria desenvolver habilidades sem eles, sem os feedbacks, sugestões e críticas construtivas que me passam”, explica a aluna. 

 

Tempos de pandemia 

A pandemia do Coronavírus trouxe impactos em diversos âmbitos profissionais e camada sociais. Na classe dos docentes, não foi diferente. Professores se depararam com a mudança de rotina após o fechamento dos ambientes presenciais e tiveram que se adaptar a uma nova realidade – de forma síncrona, se desdobrado para assessorar o aprendizado de cada estudante, onde foi colocado a prova a sua capacidade de se modificar como profissional independente de qualquer situação ou cenário. 

De acordo com uma pesquisa feita pelo Instituto Península (IP), que tem acompanhado a realidade e a visão de futuro de educadores durante a pandemia, em uma mostra representativa de todo o Brasil, apenas 28% dos alunos estão motivados a fazer as atividades escolares em casa. O que deixa claro e evidente o grande esforço por parte dos docentes de fazer com que a qualidade do ensino fique excepcional durantes os encontros remotos, além de dar indícios da busca incansável por buscarem ferramentas que estimulem a participação ativa dos alunos. 

Apesar de estar em um contexto sensível, segundo alunos, é possível perceber que na Una, o corpo docente tem se dedicado com garra e coragem, trabalhando afincadamente para personificar a segurança de um aprendizado ávido e representar a certeza de um futuro melhor. Amanda Daniela de Oliveira Serafim, que é estudante do quarto período de Publicidade e Propaganda, explica que possui dificuldades de atenção inerentes ao aprendizado durante as aulas de modo síncrono e afirma que, em nenhum momento seus professores cederam ou perderam prazer de dar aula diante ao atual cenário pandêmico. 

“Tenho certa dificuldade com atenção, então acho mais complicado aprender de modo síncrono mesmo. Mas ao mesmo tempo, ficou evidente o quanto os professores se esforçaram para se adaptar e manter o ensino com a melhor qualidade possível, o que ajudou bastante no processo”, afirma.

Segundo a aluna, a desenvoltura do profissional está sendo de vital importância no auxílio de seu aprendizado e de todos os graduandos de quaisquer que sejam as áreas. “Os professores são essenciais tanto presencialmente quanto remotamente. Na pandemia entrei em contato com professores incríveis que mesmo diante das circunstâncias ofereceram assistência completa e aulas incríveis durante todo o semestre, sem eles não teríamos conseguido nem metade do progresso que fizemos até aqui”, diz a aluna. 

Para o estudante Ítalo Charles Rodrigues Santos, aluno do sétimo período de Jornalismo, sua trajetória acadêmica foi atordoada por medos e inseguranças de não ser bom o suficiente em suas diferentes produções jornalísticas que vieram a ser produzidas durante a graduação. “Em alguns momentos senti medo, por desconhecer alguns assuntos e assim acreditar que não seria capaz de produzir bem e consequentemente ser um bom profissional”. 

No entanto, foi por meio da presença dos docentes que conseguiu aplicar conceitos e desenvolver técnicas, e assim reduzir suas hesitações. “É através do ambiente harmonizo que o professor permite, que o aluno se sentirá confortável e confiável para aprender a desenvolver suas habilidades, a partir das trocas e aprendizados”, explica o aluno. 

Ambos são o esboço da habilidade dos professores de se transformarem em vários aspectos para levar o conhecimento, independente da circunstância, em sua totalidade. A arte de ensinar é primordial para continuar a instigar o estudante a ter gosto e vontade de aprender, uma tarefa que não é fácil, mas que é significativa para formar grandes indivíduos e profissionais mais preparados no mercado.  

De fato, a pandemia impactou a sociedade, que talvez não seja mais a mesma daqui alguns anos, mas o papel do educador permanece relevante em todo o processo de aprendizagem e também para além dele.

Com a palavra do coordenador dos cursos de Comunicação e Artes da Una campus Liberdade

“De todas as características humanas, a que mais me encanta é a capacidade plástica dos indivíduos, podemos ser o que a gente quiser, dado o alto grau de adaptabilidade que apresentamos. Talvez por isso a educação seja um lar para mim, poucas coisas me sensibilizam tanto quanto a partilha e a multiplicação do conhecimento na transformação da vida da gente. Neste dia tão especial, quero render toda a minha admiração para cada professora e cada professor que trabalha nesta nossa casa. Em um tempo complexo e barulhento como o nosso, sigamos na coxia, certos de que há muito por fazer por este mundo, e que é junto dos nossos alunos e alunas que a mudança real e vital de fato acontece” – diz Antônio Terra, em recado para todos os docentes da instituição em comemoração ao Dia dos Professores.

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Por Bianca Morais 

O Jaleco é um equipamento de proteção individual utilizado por profissionais da saúde. A cor branca foi escolhida por representar a bondade, a limpeza e a tranquilidade, características essenciais a um trabalhador responsável por atender pessoas em uma questão delicada.

Um jaleco branco representa um profissional cuidadoso e preocupado com seus pacientes, proporcionando a eles um atendimento excelente.

A Cerimônia do Jaleco é o nome dado a uma celebração tradicional em várias universidades ao redor do país que tem como intuito ensinar os calouros a como utilizar o EPI da maneira correta. Nela os alunos recebem dicas e são orientados em quais aulas e lugares podem utilizá-los. 

Na cerimônia os estudantes vestem o jaleco pela primeira vez, é o início de um grande ciclo que ele irá começar, é a expectativa de que, dali alguns anos ele irá se tornar um responsável pela vida e saúde de muitas pessoas.

Entrar em uma faculdade não é algo fácil, existe o vestibular, o dinheiro investido e toda uma dedicação por parte do estudante, principalmente quando se trata de cursos da área da saúde, o jovem chegar ali é uma vitória por isso, a Cerimônia do Jaleco, muito além de sinalizar os calouros como utilizar o jaleco da forma correta, é uma conquista. 

No Centro Universitário Una, a cerimônia do Jaleco é um evento que acontece semestralmente nos cursos de saúde da Faculdade UNA Pouso Alegre. Idealizada pelas professoras Mariana Pereira Borges e Gabriela Yanagihara, do curso de Fisioterapia e potencializada pela coordenadora Paula Rocha, a cerimônia do jaleco teve sua primeira edição em 2020/02.

O evento é destinado a todos os alunos da saúde que iniciarão o estágio curricular obrigatório no semestre seguinte. São convidados professores do curso para celebrarem o momento e proferirem palavras de incentivo aos discentes que iniciarão suas atividades profissionais. Os educadores instruem os estudantes a convidarem seus padrinhos da graduação, ou seja, aquele familiar, amigo, parceiro que ele considera muito importante durante sua trajetória na universidade.

Para a cerimônia, a Faculdade UNA Pouso Alegre presenteia os estudantes com um jaleco bordado do curso para que ele possa usar durante suas atividades de estágio.

Um cerimonialista é convidado para realizar a narração do evento que se inicia com uma abertura oficial, além da fala da direção e da coordenação. Posteriormente, acontece a homenagem dos professores de cada curso e esse é um momento emocionante, pois normalmente são convidados docentes que estiveram com a turma desde o começo do curso, e suas palavras se comportam como um “envio” desses alunos e um voto de confiança de que estão preparados para a atuação profissional.

O terceiro momento acontece com o proferimento do juramento de cada curso. Nesse momento, um professor profere o juramento e os estudantes simbolicamente fazem o gesto. Depois do juramento, os padrinhos convidados ajudam o aluno a vestirem seus jalecos o que simboliza a confiança depositada neles e o orgulho pelo caminho que trilharam.

Ao final do evento, os estudantes são convidados a se expressarem e a adesão é muito alta. “Podemos presenciar momentos de alegria, emoções, testemunhos e falas que tocam nossos corações. Houveram momentos que os familiares tomaram a fala e homenagearam os alunos”, diz a coordenadora Paula Rocha.

A cerimônia se encerra com uma apresentação com música e fotos das turmas, preparada pela comissão de organização do evento.

“Diferente de outras faculdades, em que a cerimônia do jaleco acontece no início do curso, nós da Faculdade UNA Pouso Alegre realizamos ao final, pois entendemos que esse é um momento marcante para a entrada do aluno no campo de estágio. É um momento personalizado para a turma e que eles esperam com muita ansiedade. Acreditamos que realizar a cerimônia como celebração dessa ponta final do curso é algo muito especial e que tem cativado os estudantes”, completa Paula.

As duas edições realizadas foram remotamente dada a questão da pandemia, o que permitiu ser aberto para familiares e amigos. Para as próximas edições o desejo é realizar em ambiente presencial, a depender do número de alunos.

“Para nós, da Una, esse evento é nossa marca. É o momento mais importante da vida e sonho do nosso aluno e, portanto, nossa missão cumprida”, conclui a coordenadora.

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Após mudança de nome, a cafeteria fechou parceria com a Una a fim de auxiliar na inovação da marca visando mais requinte e sofisticação.

Por Keven Souza

Existem alguns pequenos prazeres na vida, para os amantes de café, não há explicação lógica que atenda à dimensão do sentir o aroma e sabor da bebida. Não importa se a pessoa é entendedora de grãos, se acrescenta açúcar ou chantilly, o que realmente conta de fato é a qualidade e as distintas sensações que o café pode fornecer. Tem quem goste de cafés especiais, aqueles que seguem padrões de qualidade, diversidade e processo. Para este estilo, são exigidos cuidados especiais de cultivo e preparo por conter propriedades intrínsecas, a fim de oferecer uma bebida “premium” com aspectos sensoriais.

Em Belo Horizonte, a Manní Cafés Especiais é uma cafeteria que tem como propósito oferecer interações sociais, além de uma experiência em cafés com diversidade de origens e de métodos de preparo. Carrega consigo a sustentabilidade dos produtos que comercializam, além de trazer com excelência e com procedência, a vocação natural para produzir grãos de qualidade e incentivar o comércio direto entre o produtor e toda a cadeia de valor do café especial. 

Por estar dentro da Una Cine Belas Artes não só acreditam em pessoas, como também se movimentam por elas e para elas, é um espaço que valoriza todo o caminho da bebida e o que está além da xícara. Nesta perspectiva, entende que assim como pessoas, marcas tendem a se mover e precisam evoluir. Por isso, ao existirem para representar a essência do café premium, a cafeteria passou por uma reformulação de identidade visual a fim de inovar a marca visando mais requinte e sofisticação. 

Na decisão, a Fábrica (coletivo dos laboratórios de economia criativa da Una), através da Agência Luna, trabalhou junto ao diretor criativo e profissional referência do negócio, Renato Falci, a fim de auxiliar no rebranding da marca, pensando em conceitos, valores e referências, para ‘repaginar’ a cafeteria sem se quer perder os seus princípios que os fazem ser únicos. A ação denominada de “Rebranding do café Paladar Espresso” teve início em abril deste ano e foi finalizada em julho.

O projeto contou com a participação de Leonardo Cândido, como cliente, Renato Falci, enquanto diretor criativo e profissional referência do negócio, Victória Moura e Giulia Cortesi, no papel de alunas do curso de Publicidade e Propaganda e diretoras de criação e arte do time, Letícia Dias, bem como líder do Núcleo de Moda Una com a gestão de parcerias e Larissa Santiago com a direção técnica, na função de coordenadora do projeto.

Leonardo da Silva Ferreira Cândido, que é administrador da cafeteria, explica que, a proposta da parceria acontecer junto à Fábrica, decorreu pela a sinergia entre a Una e o Cine Belas Artes, que já havia sido instaurada pelo patrocínio do Grupo Ânima. Com isso, surgiu a ideia de se aproximar ainda mais da faculdade, para que, por meio do branding da Manní, os alunos pudessem acompanhar na íntegra o processo de desenvolvimento de reestruturação de identidade do espaço.

“Cheguei a contratar um especialista em gestão de projeto de branding, no caso Renato Falci, para desenvolver uma marca nova para a minha cafeteria. O mesmo sugeriu que eu entrasse em contato com a Una, para que os alunos acompanhassem de perto o processo de desenvolvimento do projeto, pois a ideia era se aproximar da instituição, uma vez que estava estabelecida a parceria com o cinema”, explica o responsável pela cafeteria. 

Desde 2019, a cafeteria estava operando com o nome de Paladar Espresso, no entanto após o projeto, o espaço passa a ser chamado de Manní Cafés Especiais. De acordo com Leonardo, foi a experiência de Renato como gestor de projetos de branding e sua atuação no mercado de cafés especiais, junto ao suporte das alunas da Una, que facilitou o desenvolvimento dos conceitos da atual marca e consequentemente trouxe efeito positivo no resultado final. “O atual nome tem inspiração na região que deu origem ao café e a estética da logomarca tem como referência e inspiração as artes dos povos originários que estão localizados dentro do cinturão do café”, salienta Leonardo.

O que muitos não sabem é que, ao possuir características extensionistas, o projeto condiz com o posicionamento da Una, de se empenhar para impulsionar seus estudantes a serem protagonistas do seu próprio futuro. Larissa Santiago, que é publicitária especialista em Inteligência de Mercado e foi coordenadora dos alunos nesta ação, afirma que, o fato das estudantes terem atuado a favor de desenvolver um projeto de marca para uma empresa real, voltada ao setor de vendas, é de grande valia para proporcionar a autonomia de ambas em atividades requeridas no mercado, além de estimular a construírem um portfólio rico e diverso. 

“Durante o processo, puderam aplicar metodologias aprendidas em sala de aula na prática e ter a orientação dos profissionais com experiência no mercado envolvidos. Isso tudo de forma online, ou seja, se desenvolveram enquanto profissionais com soft skills para enfrentar modelos de trabalho do futuro – híbridos e remotos”, afirma Larissa, sobre as habilidades estimuladas aos alunos.

Ela explica que as principais funções das estudantes aconteceram em várias etapas, entre elas a criação do nome e do design da marca, onde acompanharam e contribuíram com o desenvolvimento do projeto liderado por Renato. E que foi desenvolvido, junto ao profissional, a construção de missão, visão e valores da empresa; o manifesto, arquétipo e linguagem visual da marca; o processo de Naming e o benchmarking; além do estudo e pesquisa para apoiar na criação da logo; entre outras funções. 

Para a estudante Victória Moura, que foi uma das alunas atuantes no projeto, a palavra que sintetiza sua participação ao longo do processo, é a gratidão. Ela decidiu entrar para ação com intuito de aplicar seus conhecimentos adquiridos em sala, mas muito antes da sua participação, havia em si mesma a inquietação para atuar em novas áreas profissionais e foi durante o projeto que a decisão de migrar de Social Media para estrategista de marca, de fato aconteceu. “Entrei com intenção de aplicar algumas leituras e cursos que concretizei e claro, desenvolver o projeto como um passaporte de entrada para o mercado”, diz a aluna.

Sua função, ao lado de sua colega Giulia Cortesi, foi trabalhar no backstage a favor de auxiliar na parte estratégica da marca com a elaboração de conceitos e ideias essenciais para definir a identidade visual final. Uma tarefa que, não só a ajudou a ampliar sua compreensão sobre técnicas e habilidades do universo do designer gráfico e publicitário, como também, abriu novas oportunidades de trabalhar em novos projetos como freelancer. 

“Absorvi uma gama muito mais ampla de técnicas e ferramentas de planejamento de marca, que proporcionam atuar em vários aspectos de uma mudança visual. Isso certamente mudou o rumo da minha formação, que com certeza agora é mais robusta e de cunho mais especialista. Talvez um diferencial, que me abriu portas para fechar projetos de marcas acima dos quatros dígitos financeiros”, ressalta a aluna. 

Após a finalização do projeto, a Manní Café Especiais, tem se esforçado para pensar em um cardápio variado que harmonize com o café, seja ele em qual método ou estilo for. Hoje, a atual marca trouxe melhorias no delivery e estima-se possuir, atualmente, maior frequência por parte de clientes que consomem tanto pelo site, quando retiram ou solicitam no local. 

O resultado da nova identidade visual tem sido sucesso, principalmente pelos amantes do café, onde se percebe toda a ligação com a marca e o produto. “Há maior compreensão por parte das pessoas, de que somos mais do que uma cafeteria de cafés especiais e isso tem feito toda a diferença. Já tenho clientes vindo exclusivamente para o café por causa da diversidade dos nossos grãos e premiações”, define Leonardo da Silva Ferreira Cândido, sobre a finalização do rebranding