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Por Keven Souza

Vinícius Vieira Costa, que é pesquisador e doutor em Química, trabalhou por muito tempo como professor e coordenador acadêmico da área de Engenharias. Foi diretor de negócio das unidades centrais de Belo Horizonte, onde fortaleceu, através da sua eficiência operacional, a Elaboração de Planos de Desenvolvimento Institucional e Processos de Autorização e Reconhecimento de Cursos a favor de prospectar melhores resultados voltados ao ambiente interno da Una. 

Com vasta experiência no mercado, Vinícius, é hoje, diretor microrregional das unidades educacionais da instituição localizadas em Conselheiro Lafaiete, Itabira e Pouso Alegre, no qual  trabalha na Gestão de Processos, Desenvolvimento de Pessoas e no Marketing de relacionamento B2B. Em entrevista para o Contramão, Costa, comenta sobre sua trajetória junto à Una  e compartilha vivências de vida e mercado. Confira!

Como surgiu o convite para ingressar na Una e por quê decidiu fazer parte da instituição? 

Entrei na Una como professor em fevereiro de 2015. Havia uma vaga em aberto, quando soube logo enviei meu currículo e participei do processo seletivo. Mais tarde recebi a notícia de que me deram a oportunidade de entrar para a instituição. Sou muito grato a Una, porque é onde eu desenvolvi minha carreira de fato. Antes disso, eu já era pesquisador, trabalhava com química, especificamente com fragrância, só que em 2016, como a vida nos surpreende, com muito orgulho acabei entrando para a área acadêmica. Assumi a coordenação e em um ano e meio acabei sendo promovido a coordenador de curso. Digo que é como se tivesse ganho na loteria, porque a empresa não me conhecia 100%, então confiar em mim para atuar como gestor da Una Aimorés foi uma experiência incrível. 

Afirmo hoje que, é algo que me trouxe visibilidade na instituição e me recordo que desde o início, o que me encantava na Una, foi o nicho de projetos extensionistas. Acredito na importância de trabalhar com este viés, que tanto a Una, quanto a Ânima, como todo, estão se fortalecendo para trazer essas atividades, ao lado sociedade. Lembro que no passado não era assim e hoje, graças a nossa matriz, os projetos estão fortes e partem da premissa de serem extensionistas.

Você está há quase 7 anos junto à Una, o que a instituição representa para você? 

Em 2018, após anos como professor e coordenador, acabei assumindo o cargo de diretor, desde o inicio minha carreira teve uma ascensão muito rápida e sou expressivamente grato ao meu líder atual, Rafael Ciccarini, e agradeço a todos os meus líderes passados que acreditaram no meu trabalho. Na minha visão, gratidão é a palavra que resume a Una para mim,  poder trabalhar numa instituição de ensino como esta é estar em volta de inúmeras pessoas, de diferentes áreas, se agregando e enriquecendo culturalmente, somando-o à nossa carreira de forma brilhante. 

Quais foram as principais ações e projetos que realizou a favor das unidades da Una?

Digo que participei de inúmeros projetos que vieram a somar bastante à Una como instituição de ensino, um deles se chamava i-Polinovar. Lembro que o apresentei numa entrevista com outro professor, logo quando entrei na Una Liberdade. O projeto foi criado para atuar com oito cientistas e pesquisadores, durante oito minutos debatendo diversos assuntos. Trabalhei também na integração e imigração dos cursos da Av Raja Gabáglia e Barro Preto para o campus Aimorés. Assumi, como desafio, projetos e ações de cidades do interior. Participei também da troca de marca da Unibh da Cristiano Machado para a Una. Uma trajetória extensa e cheia de ações. 

Por muito tempo você foi professor, o que te motivou a exercer o cargo? Esse papel lhe traz orgulho e boas lembranças? 

No que diz respeito a docência,  sempre gostei de atuar em vários âmbitos, minha trilha para trabalhar em sala de aula aconteceu em torno do acaso, porque não imaginava e nem pensava em ser professor, mas nunca disse também que não seria. Lembro que para escolher qual graduação cursar, a decisão de entrar para química foi difícil, pois gostava de história, engenharia, biologia… E em um certo momento algo me direcionou para aquela área e da mesma forma aconteceu com a docência. Após fazer a licenciatura em química, houve uma maior convergência para atuar de fato na área acadêmica.  A princípio lecionava projetos, cursinhos e aulas para o EJA, algo que me aconteceu organicamente e de forma natural. 

Hoje tenho planos de trabalhar em treinamentos empresariais, voltando mais para a área técnica, onde me especializei de fato, pensado por aí atuar como químico também, sem deixar de prosseguir com a parte acadêmica. 

Na sua visão, a mudança da grade curricular da Una para o novo modelo de ensino de UCs é pensada como uma evolução e transformação no ensino superior? 

Como químico tenho propriedades para dizer que todo modelo de ensino tem seus pontos fortes e suas fragilidades, e na educação usamos este modelo para passar de maneira eficaz o conhecimento, mas de todos os que já presenciei, o modelo atual da Ânima, que trabalha em forma de unidades curriculares (UCs) integradas a favor do Ecossistema de Aprendizagem circular, é um  dos mais assertivos e futuristas. 

É normal levarmos um tempo para entendermos a ideia do novo currículo, mas a proposta dele vem para avançarmos no quesito de proporcionar ao aluno o antecipamento de certificados e aplicação imediata de conhecimentos específicos ou teóricos ainda na graduação. Esse método em um processo seletivo, por exemplo, é de vital importância para colocar nossos estudantes à frente no mercado e afinal isso condiz com nosso posicionamento. 

Em relação ao seu atual cargo, como está sendo a experiência de administrar as unidades da Una em diferentes cidades? 

Incrível e ao mesmo tempo muito interessante! Por estar trabalhando direcionado a unidades do interior, voltado a cidades diferentes com múltiplas culturas e realidades, há uma absorção extrema da riqueza e diversidade regional de cada lugar. Como disse, gosto de explorar e conhecer novos lugares, poder estar em Itabira, Conselheiro Lafaiete e Pouso Alegre é estimulante, porque continuo residindo na capital e transitando por esses municípios, não como turista, mas sim como profissional. E não me imagino estar em um ambiente estável sem novidades e por sorte na Una as coisas são dinâmicas. E isso para mim é gratificante.

Como você avalia sua trajetória no mercado e seu crescimento profissional até hoje? 

Acredito que a minha jornada foi pautada por um crescimento instantâneo. Parto da premissa de que nossa carreira profissional não começa aos 18 anos e se finaliza na aposentadoria, penso que somos seres constantes e particularmente possuo planos ao lado da Ânima e também fora dela. Talvez seja possível trabalhar futuramente em projetos e consultorias, algo mais pontual, que aconteça paralelamente a vida acadêmica.

Vejo o emprego, atualmente, como dinâmico, o que vimos na pandemia só concretiza essa tese, você pode contratar um profissional excelente que resida em outro território, por exemplo, que por meio do uso da tecnologia o trabalho acontece da mesma forma. Então analiso a questão da carreira de forma bem otimista e processual, precisamos preocupar com a nossa trilha profissional e não focar no cargo em si, porque o cargo é fluído, a gente muda de posição a qualquer momento, comigo foi assim na Ânima e sempre será assim, gosto disso, pois é uma oportunidade de traçar novos horizontes e assumir vieses paralelos. 

Em sua trajetória profissional, você se tornou pesquisador, essa é uma área importante e necessária para o Brasil? 

Como já trabalhei com ciências desde a minha graduação, tive muitas oportunidades envolto da pesquisa de vanguarda e afirmo que é uma área necessária e que carece de crescimento econômico e desenvolvimento tecnológico no país, além de uma triangulação flexível entre a universidade, a pesquisa e o mercado. 

A pesquisa tem que ser aplicada e direcionada à atender as necessidades do mercado com propósito de desenvolver a ciência pelo seu ser. É super importante visualizamos a carência que nosso país sofre de desenvolvimento público. O mercado possui hoje mais interesse nesse investimento, então falta esse casamento entre universidade e empresa, para termos a oportunidade de contar com o dinheiro privado e possuir mais recursos de financiar as pesquisas e não sermos totalmente dependentes do dinheiro público. Acredito dessa forma e precisamos correr neste eixo. Além disso, vejo a Ânima mais próxima da linguagem do mercado, o relacionamento que temos com o canal empresa abre muitas possibilidades de desenvolvermos pesquisas de forma aplicada e eficaz. 

Na sua opinião, a educação vem sendo um instrumento poderoso que transforma, por meio do conhecimento, diferentes realidades sociais? A Una acredita nesse propósito?

O nosso país é vasto, temos uma extensão territorial enorme a nível continental, só que é uma Federação carente e diante disso, o posicionamento da Ânima é acreditar na transformação da sociedade por meio da educação. Vestir essa camisa, principalmente no Brasil, é entender que não é transformar a elite por meio da educação e sim, transformar a massa e o país como um todo. O que inclui pessoas de baixa renda, que observam na educação a oportunidade de desenvolverem sua ascensão profissional, pessoal, econômica e cultural. 

E afirmo que é um posicionamento ousado e muitas vezes difícil, posto que é indispensável uma acessibilidade aos diferentes perfis de brasileiros que se tem no país, mas que motiva a todos nós que trabalhamos para a empresa, a prezar e priorizar a qualidade acadêmica, algo que estamos alcançando cada vez mais. 

Como foi e como está sendo ser diretor de unidades da Una? 

É simples, quando se é professor você tem ao seu alcance o poder de transformar as ideias em nível local, através de uma turma, e como coordenador você consegue mudar uma gama de cursos com um olhar mais macro. Sendo diretor seu olhar é voltado ao microrregional, onde se faz um trabalho traçado em relacionamento de equipe, direcionamento e entrega de resultados. Ou seja, você sai de uma visão técnica para uma visão gerencial e estratégica.

E por causa disso, acredito que, por vim da área técnica, a bagagem dos antigos cargos possam ter me ajudado a desenvolver o braço de gestor. As promoções de assumir como coordenador e diretor, foi a oportunidade de aumentar e expandir minha visão sistêmica. Reafirmo o que disse, as competências são desenvolvidas quando você busca experiências diferentes para atuar de forma mais solene e ávida. 

Estando onde você chegou, por meio da educação, qual conselho você daria para os alunos que pretendem alcançar o sucesso profissional em suas respectivas áreas? 

Aproveitem todas as oportunidades. Temos um ecossistema educacional bem diversificado culturalmente e regionalmente, então façam parte das ações e desenvolvam a autonomia de correr atrás e usufruir dos nossos diferenciais. Sejam proativos!

A Una completa seus 60 anos em outubro, deixe um recado para marcar essa data tão especial. 

Todos esses grandes marcos, como 50, 60 e 100 anos, são períodos interessantes para fazermos uma reflexão da nossa trajetória. Essa data, por si só, está sendo demasiadamente importante, pois estamos passando por uma pandemia e mesmo assim tivemos grandes evoluções ao longo desses anos, como a atualização da matriz, a mudança na forma de agir com o mercado e parceiros, o crescimento exponencial da nossa companhia (Una). Somos a Una que começou com poucos cursos no início e hoje se tem diversificação em áreas. 

Então é o momento de refletirmos sobre nossa história e prospectar os próximos caminhos, como os 70 anos. E vamos em frente, para continuarmos sendo reconhecidos como uma instituição diferenciada e disruptiva. 

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Por Bianca Morais

O câncer de mama é o tipo mais comum da doença entre as mulheres em todo o mundo, e não apenas elas, como também os homens, são acometidos por essa doença. O Outubro Rosa é uma campanha de conscientização com o objetivo de advertir as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e mais recentemente sobre o câncer de colo do útero.

No Brasil, por mais que pensem que o câncer de mama está diretamente ligado ao fator genético, ele representa apenas 10% dos casos. Sua maior porcentagem está ligada a estilo de vida como exemplo, a má alimentação. Uma dieta balanceda e saudável vai muito além de manter o corpo em forma, mas ajuda a prevenir muitas doenças e é essencial a todos. 

Nesse Outubro Rosa, o Jornal Contramão traz uma entrevista com Lorena Nogueira, nutricionista clínica do Hospital Sofia Feldman e mestre em Ciências da Saúde, que explica o quanto um cardápio rico em nutrientes pode fortalecer o organismo, dar disposição e contribuir para o restabelecimento da saúde em casos de mulheres que enfrentam a batalha contra o câncer de mama.

Lorena Oliveira – Nutricionista

Tratamentos como a quimioterapia costumam causar enjoos e perda de apetite, impedindo as mulheres de se alimentarem adequadamente. O que pode ser feito nessa situação?

Mesmo com os enjoos e a falta de apetite, é muito importante que a paciente continue se alimentando bem. Alimentos nutritivos combatem a fadiga, a fraqueza e auxiliam o corpo a se recuperar.

Algumas dicas podem ajudar:

– Prepare seus alimentos favoritos. Como o apetite está reduzido, uma preparação que te apetece pode fazer a diferença.

– Coma porções menores. É melhor comer pequenas quantidades várias vezes ao dia do que se forçar a comer grandes porções de uma vez.

– Dê preferência a alimentos mais práticos. Quando estiver bem, pique as frutas e deixe na geladeira, deixe alguma refeição pronta congelada, para que nos dias de fraqueza e desânimo, a refeição já esteja pronta.

– Tente se hidratar ao longo do dia. Com pequenas quantidades por vez.

– Evitar frituras e alimentos gordurosos. São de difícil digestão e podem causar desconforto.

– Algumas preparações podem ser enriquecidas com azeite extra-virgem, ovos, queijos, etc, de acordo com a orientação de seu nutricionista. Durante a perda do apetite, alguns suplementos podem ser utilizados, também de acordo com a orientação individualizada de uma nutricionista.

– Em caso de enjoos e vômitos, dê preferência para alimentos secos. A inclusão de gengibre na alimentação também pode ajudar, como chás de frutas com gengibre. Também é importante identificar os alimentos e cheiros que causam as náuseas para evitá-los.

 

Quais são os alimentos mais indicados para fortalecer o organismo das mulheres com câncer?

De uma maneira geral, comida de verdade.

Variar os alimentos também é importante para aumentar e fortalecer a imunidade, além de uma boa hidratação.

 

Quando o caso é falta de apetite, existe algo que possa ajudar a abri-lo?

Preparar alimentos que sejam da preferência da paciente, pode ajudar.

Oferecer pequenas porções é sempre mais interessante do que encher o prato.

Alimentos mais leves e com maior digestibilidade também têm melhor aceitação. Vitaminas ou sopas podem ser boas opções.

Além disso, alimentos em temperatura ambiente ou frios tem maior aceitação, como frutas, água de coco e iogurtes.

 

Quais as principais reclamações feitas por elas em relação à alimentação no período de tratamento?

Além das náuseas/vômitos e da perda de apetite, algumas pacientes relatam diarreia ou intestino preso, alterações no olfato e no paladar e boca seca.

 

E como você as aconselha?

Aconselho sempre a ouvir o que o nosso corpo está dizendo e acolher esta informação. Vamos por partes, dia após dia. Pensando em estratégias que possam gerar mais conforto de acordo com cada demanda específica.

 

O que é preciso evitar e por quê?

Alguns alimentos e bebidas podem ser vetores de substâncias específicas que atuam como carcinogênicas. Alguns exemplos são: carne vermelha em excesso, salsicha, presunto, linguiça, bebidas alcóolicas e refrigerantes.

De maneira geral, é preciso evitar:

– alimentos ultraprocessados (fast food, bolachas recheadas, macarrão instantâneo, carnes processadas, entre outros);

– bebidas alcóolicas;

– carne vermelha em excesso.

 

Quais hábitos alimentares podem prejudicá-las?

Consumo frequente de fast food, carnes processadas como a salsicha e os embutidos, bebidas alcoólicas, alimentos pobres nutricionalmente falando como os ultraprocessados que não agregam em nada na imunidade e pelo contrário, debilitam o nosso organismo e diminuem a nossa capacidade de reagir e combater o câncer.

 

Estudos mostram que uma dieta deficiente em certos alimentos pode levar ao câncer de mama. Por que isso acontece? E quais são esses alimentos?

Ter uma alimentação deficiente em alimentos de origem vegetal como frutas, legumes, verduras, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, e rica em alimentos ultraprocessados, como aqueles prontos para consumo e as bebidas açucaradas, pode aumentar os riscos do desenvolvimento do câncer.

Os alimentos saudáveis possuem antioxidantes, fornecendo ao organismo substâncias imprescindíveis para combater os radicais livres que atacam as células.

Alguns antioxidantes e onde eles podem ser encontrados:

– Vitamina A – Encontrada nos alimentos alaranjados, amarelos e vermelhos. 

– Vitamina C – Encontrada nas frutas cítricas. 

– Vitamina E – Encontrada nos óleos vegetais, grãos e nozes. 

– Zinco – Mineral encontrado nas castanhas. 

– Selênio – Mineral presente nas carnes, leite, nozes e castanhas. 

 

Quais fatores atribuídos a nutrição estão ligados a consequência do câncer?

Existem alguns mecanismos biológicos que podem estar associados à incidência do câncer como por exemplo:

– A associação do consumo excessivo da carne vermelha e processada e o risco aumentado de câncer: o cozimento de carnes a temperaturas elevadas resulta na formação de aminas heterocíclicas e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, que têm potencial mutagênico e têm sido associados ao desenvolvimento de câncer em estudos. O alto teor de sal da carne processada pode resultar em danos ao revestimento da mucosa do estômago, levando à inflamação, à atrofia e à colonização por Helicobacter pylori.

– Bebidas alcoólicas: são vários os mecanismos pelos quais o consumo de álcool pode levar ao câncer. O acetaldeído, um metabólito tóxico da oxidação do etanol, pode ser carcinogênico para alguns tipos de células, por exemplo colonócitos, em razão da conversão de etanol em acetaldeído pelas bactérias do cólon. O maior consumo de etanol pode induzir estresse oxidativo por meio do aumento da produção de espécies reativas de oxigênio, que são genotóxicas e carcinogênicas. O álcool também pode atuar como um solvente para a penetração celular de carcinógenos dietéticos ou ambientais, por exemplo tabaco, ou interferir nos mecanismos de reparo do DNA.

 

O que uma boa alimentação pode ocasionar na vida de uma pessoa que está enfrentando um câncer?

Uma alimentação saudável e rica em antioxidantes fortalece o sistema imunológico e favorece uma melhor e mais rápida recuperação.

 

Como nutricionista, como você enxerga a relação dos pacientes com câncer com os alimentos?

De modo geral, os pacientes com câncer começam a entender melhor a relação das boas escolhas alimentares com uma melhor recuperação e também para diminuir o risco de reincidência da doença.

Passada a fase de falta de apetite e enjoos, a tendência é de melhora da qualidade do que se come.

 

Pacientes em tratamento de câncer notam alguma alteração no paladar? (Algumas medicações tende a dar um gosto metálico na boca)

A alteração do paladar é um efeito colateral comum da quimioterapia. A ação de algumas medicações podem deixar a paciente com gosto de metal na boca. Nestes casos, tentamos utilizar panelas de vidro e utensílios e talheres de plástico para minimizar este desconforto. Outra sugestão é marinar a carne a ser consumida em sucos de frutas.

 

Muitos pacientes nessa fase perdem peso. É indicado algum suplemento a eles?

Qualquer suplemento ou aumento da densidade calórica nas refeições deve ser calculada de forma individualizada para cada paciente.

 

Além da alimentação, o que você aconselha as mulheres com câncer?

Acredito que seja o momento de uma reflexão mais ampla. Além de uma alimentação saudável, é preciso eliminar ou reduzir bastante a exposição a agentes cancerígenos como o tabaco, por exemplo. Se houver liberação para a prática de atividades físicas, mesmo que leves, também é muito importante. É preciso cuidar da saúde mental! Acompanhamento com psicólogos e uma rede de apoio verdadeira podem fazer a diferença.

 

Em caso de mulheres saudáveis, existem alimentos que podem auxiliar na prevenção do câncer?

Ter uma alimentação saudável é uma das formas de se evitar o câncer, como já foi dito. Alimentos de origem vegetal como frutas, legumes, verduras, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, são ricos em antioxidantes e fibras que podem ajudar na prevenção da doença.

Por outro lado, a obesidade e os modos de vida sedentários podem alterar o ambiente metabólico sistêmico do organismo, de modo que originam microambientes celulares que conduzem ao desenvolvimento do câncer. Exercite-se!

Outro conselho importantíssimo: AMAMENTE. O ato de amamentar, principalmente de forma prolongada (até os dois anos ou mais) protege as mulheres contra o câncer de mama, além de proteger a criança contra a obesidade.

 

Nesse Outubro Rosa, na sua visão de nutricionista, o que você acredita que pode ser feito para ajudar essas mulheres?

É preciso ser rede de apoio para estas mulheres. Facilitar (fazer compras e preparar) refeições práticas e saudáveis pode fazer a diferença no dia a dia de quem luta contra o câncer.

Mas divulgar a importância de uma boa nutrição na PREVENÇÃO da doença também se torna algo que devemos fazer. Espalhar informações de qualidade e baseadas em evidências científicas é fundamental.

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Por Daniela Reis 

Um diagnóstico que muitas vezes assusta e amedronta. Uma doença que interfere no corpo e na autoestima da mulher. O câncer de mama é uma doença que atinge mulheres de diferentes faixas etárias e que tem outubro como o mês destinado à sua conscientização. Hoje o Contramão traz uma matéria especial com dados e entrevistas que mostram que é possível vencer essa enfermidade. 

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) no triênio 2020/2022 devem ser diagnosticados mais de 66,2 mil casos de câncer de mama no Brasil. No ano de 2018 ocorreram 2,1 milhões de novos diagnósticos no mundo, o equivalente a 11,6% de todos os cânceres estimados. 

A doença acomete pacientes do sexo feminino e masculino, porém é muito mais incidente entre as mulheres e ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer entre pacientes do sexo feminino no país, com taxa de mortalidade ajustada (que mede os riscos em termos percentuais) por idade, pela população mundial. Para 2019, de 14,23 por 100 mil habitantes. As maiores taxas de incidência e de mortalidade estão nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.

Mesmo com números tão elevados de mortalidade, a médica ginecologista e integrante do corpo clínico da Rede Consultar, Nathalie Fantoni, explica que o diagnóstico precoce é um fator que contribui muito para a recuperação. “Quanto mais cedo identificamos um problema de saúde, maiores são as chances de cura e mais simples são os tratamentos necessários. Por isso, é importante que os exames de rastreio sejam realizados. Os exames de rotina não evitam o câncer de mama, mas evitam que, uma vez que a doença ocorra, ela cause ainda mais complicações de saúde”.

Ainda de acordo com Fantoni, o câncer é uma doença multifatorial e seu surgimento está relacionado a fatores genéticos, ambientais e fisiológicos. “Maus hábitos como tabagismo, falta de atividade física e ingestão regular de álcool estão associados ao maior risco dessa doença no geral. Especificamente no câncer de mama, outros fatores de risco são: idade, menarca precoce, menopausa tardia, não ter tido filhos, exposição à radiação, terapia de reposição hormonal, obesidade e história familiar”, ressalta

Apesar de, mais de 70% dos diagnósticos acontecerem em mulheres na faixa etária dos 50 anos, a médica alerta que mulheres jovens também podem sofrer com a doença, é  importante o autoexame e os controles periódicos com o(a) médico(a) ginecologista. “Por isso é essencial conhecer o próprio corpo e passar por exame clínico periódico mesmo antes dessa idade”. Ela salienta que em pacientes mais novas os exames de imagem só serão solicitados se houver sintomas. “Não há rastreamento previsto para mulheres jovens sem fatores de risco e com exame físico normal”, finaliza. 

 

Sintomas

É importante que todas as mulheres conheçam o próprio corpo e realizem o autoexame para verificação de alguma anormalidade nas mamas e também visitar seu médico uma vez ao ano. “A consulta de rotina com o ginecologista deve ser anual, para passar por exame clínico e tirar dúvidas. A coleta do preventivo e a solicitação de mamografia serão feitos de acordo com a periodicidade dos protocolos do Ministério da Saúde, mas a consulta é fundamental”.

Cada tipo de câncer de mama manifesta diferentes tipos de sintomas, que variam de paciente para paciente. Mas segundo a médica os mais comuns são: nódulo duro, irregular e geralmente indolor, saída de secreção espontânea do mamilo (se a paciente não estiver amamentando), alteração da pele da mama ou do mamilo e inversão do mamilo.

Mulheres que possuem casos na família também devem ficar alertas. “Familiares de primeiro grau do sexo feminino com câncer de mama é fator de risco. Se houver algum parente homem com câncer de mama na família, é considerado fator de risco em qualquer grau de parentesco. Nesses casos, o acompanhamento médico deve ser mais criterioso e o rastreio é iniciado mais precocemente”, completa a ginecologista Nathalie Fantoni.

 

Histórias que inspiram

Apesar do susto do diagnóstico e da rotina pesada de tratamentos invasivos, é possível encarar o câncer de maneira mais leve e confiante, como mostram Roberta Albuquerque e Liosdete Bonaccelli. Ambas dividiram conosco as suas histórias para inspirar outras mulheres. 

 

Roberta Albuquerque 

A luta de Roberta começou em 2016, quando ela foi diagnosticada com carcinoma lobular invasivo, o segundo tipo mais comum de câncer de mama. “A notícia foi uma bomba. E embora a doença seja assustadora, o que mais me preocupava era meu filho portador de necessidades muito especiais. Autismo severo e síndrome de down, altamente dependente de mim pra tudo! Naturalmente qualquer mãe em uma situação como essa se apavora”, conta.

A falta de uma rede de apoio para auxiliar Roberta com o filho, fez com que ela adiasse o tratamento. “Tive que internar meu filho em uma clínica, visto que, eu não tenho família em BH. Mas só o fiz depois de fazer uma criteriosa pesquisa. Durante 5 meses, com um tumor enorme, enfim encontrei o local. Então eu já podia fazer minha cirurgia tranquilamente”.

Ela fez a retirada total das duas mamas, cirurgia denominada mastectomia radical e logo depois iniciou o tratamento. “Fiz o procedimento nas duas mamas, embora o tumor estivesse apenas em uma, eu não queria correr o risco de ter que passar por tudo novamente. Iniciei logo em seguida o tratamento, quimioterapia e depois radioterapia”, explica.

A maior preocupação era como mãe, Roberta pedia a Deus por sua vida, ela não queria partir e deixar seu filho especial sem suporte e sem o amor materno. Mesmo sendo especial, o garoto não tinha problemas sérios de saúde, porém na mesma semana em que ela perdeu todo o cabelo, consequência comum nos tratamentos de câncer, seu filho partiu do plano físico para o espiritual. 

Sem a família por perto, ela recebeu apoio à distância de seus entes queridos e explica a importância de se sentir amada em um momento tão difícil. E ao perguntar de onde ela tira tanta força a resposta é: “Deus! E a certeza de que ninguém vai embora antes da hora. Acordar com saúde é um privilégio negado a muitos”.  

O câncer ainda a assombra, ela continua sua luta de cabeça erguida e acreditando sempre no melhor. E quis compartilhar conosco um texto que ela postou no ano de 2020 em suas redes sociais e que diz traduzir o sentimento dela em relação à doença. 

“O câncer me ensinou que momentos valem ouro, que nosso corpo é nosso templo, que a vida pode ser curta e que não podemos depender de ninguém pra ser feliz. 

O câncer me ensinou o lugar das coisas, das pessoas e o meu lugar no mundo. 

Me ensinou a gostar das coisas simples, me deu um lugar de fala e de pertencimento. 

Não virei Santa e nem mais sábia, sou apenas alguém que entendeu a oportunidade que lhe foi dada, sendo assim, eu vivo com exagero toda minha simplicidade… A vida é o agora!”

 

Liosdete Bonaccelli

O diagnóstico de Liosdete aconteceu em janeiro de 2021. A descoberta veio através de um exame de mamografia após ela sentir uma coceira insistente na auréola de uma de suas mamas. “Eu recebi o resultado do exame e dia 13 tive certeza absoluta com a confirmação do médico. Descobri o câncer através de uma coceira que tive na auréola do meu seio esquerdo. Como já havia feito mamografia no início de 2020 e não havia dado nenhum nódulo, resolvi, então, pedir uma nova mamografia a minha Endocrinologista, pois o médico ginecologista havia dito que eu tinha feito uma mamografia no início do ano, e não me deu novo pedido”, explica. 

Ela conta que na sua família há anos atrás duas primas também sofreram com o câncer de mama e que havia informado isso à técnica que realizou uma das suas mamografias, mas que mesmo assim a profissional não deu importância a esse fator e nem as manchas que acusaram no seu exame. Então, quando o médico lhe deu o diagnóstico, não houve espanto. “Para mim, não foi uma coisa assustadora. Não chorei e também não me desesperei, o médico até perguntou “Não está surpresa?” Eu disse: Não, porque eu estava suspeitando, por causa da coceira e meu cabelo estava caindo. Pensei comigo “Agora é cuidar, seguir em frente e colocar nas mãos de Deus.” Pois na vida, nada acontece por acaso. A minha preocupação era em comunicar a minha família, pois perdi um sobrinho no mesmo dia que descobri o câncer”.

Segundo Liosdete, a parte mais dolorosa de tudo isso é o tratamento de quimioterapia. “A quimioterapia que enfraquece, que transforma você em um ser sem vida. As injeções que são em veias invisíveis, praticamente. O enfraquecimento das pernas, a dor estomacal, a perda do olfato e do paladar, um pouco de perda de memória, fora o cansaço físico”, afirma.

O tratamento doloroso influencia muito na rotina de pacientes e com Liosdete não foi diferente. Ela que tinha paixão por cozinhar, parou de preparar suas delícias, pois não aguentava sequer o cheiro da comida. Também parou com o curso que fazia e até atividades prazerosas foram prejudicadas. “Com a colocação do cateter não posso fazer natação ou hidroginástica, que era um dos objetivos para esse ano. Já não saio mais de casa, por medo de contrair doenças oportunistas, pois a imunidade com o tratamento fica muito baixa. Ainda peguei covid-19 através de visitas que vieram em minha casa e infelizmente estavam contaminadas”.

Mas, as mudanças não são apenas negativas. A doença trouxe uma nova visão de vida. “Me vejo hoje, uma pessoa melhor a cada dia. Me sinto uma pessoa mais perseverante, mais independente, com uma nova visão da vida, tipo: não deixe para amanhã o que pode fazer hoje, me apeguei mais aos amigos e procurei aqueles que há muito não via. Coloquei a família, irmãos, primos, sogra, cunhadas(os) em segundo lugar e em primeiro lugar veio a minha saúde que nunca deixei de cuidar, mesmo na pandemia, faço meus exames frequentes. Então, a vida me ensinou que nós devemos viver, sermos mais humanos, mais amigos, mais chegados, ter mais fé, confiar mais em Deus e acreditar que tudo passa”, ressalta

E com essa energia positiva ela deixa um recado: “Eu diria que, na vida, enquanto pessoas, estamos sujeitos a tudo e a todo tipo de doença. Mas, não devemos colocar obstáculos na nossa frente pois tudo passa. Devemos erguer a cabeça e continuar porque ainda que venham as dores do tratamento, somos mais do que vitoriosas e não devemos desistir. Devemos pensar na família, se tivermos filhos, nos filhos. E que essa experiência só nos faz melhores seres humanos. Que olhem para dentro de si e vejam a força que existe em cada uma de nós. Eu ainda estou fazendo tratamento, e depois de passar pela quimioterapia vejo como eu fui, através da minha dor, e talvez até do meu egoísmo, em pensar só em mim, em desistir, o quanto fui covarde. Vendo nos olhos de quem me ama como família e amigos, o choro da sinceridade com que eles me abraçavam e choravam por mim. Então, eu só digo: Não desistam. Essa é uma luta de todas nós, com gosto de vitória”.

 

 

Por Daniela Reis 

No dia 30 de setembro do ano de 1917 nascia Abelardo Barbosa, o famoso Chacrinha. Grande comunicador da TV, ficou famoso pela sua descontração e irreverência. Criador da famosa frase “na televisão, nada se cria, tudo se copia”, o apresentador alcançou popularidade, sobretudo, com os programas de calouros na TV.

Importantes nomes passaram pela buzina do debochado comunicador, como Fagner, Joana, Beth Carvalho, Jorge Ben, Nelson Ned, Wanderléa, Moraes Moreira e Fábio Júnior. E bordões como “Teresinha!”, “Vocês querem bacalhau?” , “Eu vim para confundir, não para explicar!” ocupam até hoje a memória de muitos brasileiros.

Sua história  foi repleta de intensos momentos. Desde sua estreia na TV Tupi, com a Discoteca do Chacrinha, sua passagem pela TV Rio, Rede Globo, retorno à Tupi, passando pela Bandeirantes e, até enfim, voltar à Globo, nas tardes de sábado.

DÉCADA DE OURO

A partir de 1945, trabalhou em várias emissoras de rádio apresentando o programa Cassino do Chacrinha, no qual lançou sucessos como Celly Campello com “Estúpido Cúpido”. Mesmo depois de se tornar sucesso na TV, Chacrinha nunca abandonou o trabalho em rádio.

A estreia na televisão aconteceu em 1956, na TV Tupi, com quatro programas: Festa no ArraialMusical Selo de OuroSucessos Mocambo e Clube da Camaradagem. Em seguida, estreou o infantil Rancho Alegre, paródia aos filmes de faroeste, no qual interpretava o xerife. Também começou a apresentar a Discoteca do Chacrinha, na mesma emissora. No início dos anos 1960, apresentou sua Discoteca na TV Paulista, TV Rio e TV Excelsior, sempre com grande sucesso.

DISCOTECA DO CHACRINHA

Chacrinha foi contratado pela Globo em 1967, para apresentar dois programas: a Discoteca do Chacrinha, às quartas-feiras, e A Hora da Buzina, rebatizado em 1970 como Buzina do Chacrinha, aos domingos.

Apesar da boa repercussão, em dezembro de 1972, voltou para a TV Tupi. Em seguida, foi para a Record e retornou para a TV Tupi. E em 1978, mudou-se para a TV Bandeirantes. Só voltou à Globo em março de 1982, dessa vez para apresentar, nas tardes de sábado, seu maior sucesso, o Cassino do Chacrinha. Mistura de programa de auditório com atrações musicais e show de calouros, o Cassino tinha a direção de José Aurélio “Leleco” Barbosa, filho do apresentador, e de Helmar Sérgio, e permaneceu na grade de programação da Globo até a morte do apresentador, em 1988.

Em seus programas, o “Velho Guerreiro”, exerceu seu talento único para a comunicação através de uma persona extravagante que o tornou um ícone da televisão brasileira. Até o início dos anos 1960, vestia-se de terno e gravata para apresentar os programas. Depois, passou a se apresentar com figurinos excêntricos – o primeiro deles incluía um boné de disc-jóquei e um enorme disco de telefone para pendurar no pescoço – ou fantasiado das maneiras mais espalhafatosas, como baiana estilizada, telefone gigante, noiva ou mulher-maravilha.

 

ALÔ, TEREZINHA!”

Durante o programa, fazia soar a buzina de mão que usava para desclassificar os calouros nos concursos que promovia. Tinha o hábito de apontar para o próprio nariz quando queria enfatizar uma de suas frases, ao mesmo tempo debochadas e insólitas, que se tornavam bordões instantâneos, como: “Alô, Terezinha!”, “Quem não se comunica se trumbica”, “Na TV nada se cria, tudo se copia” e “Eu vim para confundir e não para explicar”. O apresentador também “distribuía” gêneros alimentícios para a plateia, arremessando bacalhaus, farinha, abacaxis, pepinos, etc.

Os programas de Chacrinha contavam ainda com as chacretes – dançarinas que faziam coreografias durante as atrações e tinham nomes exóticos como Rita Cadillac, Fernanda Terremoto e Fátima Boa Viagem – e com o seu corpo de jurados, do qual fizeram parte figuras marcantes como o produtor musical Carlos Imperial, a cantora Aracy de Almeida, a transformista Rogéria e a atriz Elke Maravilha.

Chacrinha e suas Chacretes

CENSURA

Por conta de seu comportamento anárquico, Chacrinha teve problemas com setores mais conservadores da sociedade e com a Censura Federal. Foi importunado pelos censores que não permitiam que as câmeras mostrassem os corpos das chacretes e procuravam inibir suas brincadeiras, especialmente as frases de duplo sentido. Numa ocasião, o apresentador se sentiu desrespeitado na maneira de ser abordado nos bastidores do programa e chegou a escrever à Censura Federal, reclamando formalmente dos maus-tratos recebido pelos censores.

Todos os anos, Chacrinha lançava marchinhas de carnaval que ficaram famosas. Em 1987, foi homenageado pela Escola de Samba carioca Império Serrano, com o enredo “Com a boca no mundo: quem não se comunica se trumbica”. Chacrinha fechou o desfile, no alto de um carro alegórico, cercado de chacretes e acompanhado da jurada Elke Maravilha e do seu assistente de palco, Russo.

ÚLTIMO CASSINO DO CHACRINHA

Em 1988, a saúde de Chacrinha começou a dar sinais de que não ia bem. O humorista João Kléber chegou a apresentar alguns programas em seu lugar. Em junho, o apresentador voltou ao comando do programa, mas, ainda não totalmente restabelecido fisicamente, precisou da ajuda de João Kléber. O último Cassino do Chacrinha foi ao ar no dia 2 de junho de 1988. Chacrinha faleceu naquele ano, em 30 de junho, aos 70 anos, vítima de câncer no pulmão.

 

 

 

 

 

 

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Por Bianca Morais

Nesse mês de setembro, a unidade da Una no Barreiro, completa seus 15 anos, mesmo ano em que o Centro Universitário Una completa seu sexagenário. O campus localizado na região do Barreiro, uma das mais movimentadas da capital mineira, é sem dúvidas um local que abriu portas e oportunidade para aquela localidade.

Atualmente a região, que se industrializou em meados do século XX, se modernizou, expandiu e entre as regionais de Belo Horizonte é uma das mais populosas, com cerca de 300 mil habitantes, distribuídos em 54 bairros. Caso fosse emancipado, o Barreiro estaria entre uma das maiores cidades do estado.

Agora imagine, um belo horizontino, que carrega consigo a vontade de fazer uma faculdade, que vive e trabalha na região, precisar se deslocar para o centro da capital ou lugares mais distantes para estudar. Um dos lemas do Grupo Ânima, mantenedor da Una, é “Transformar o país pela educação”, oferecendo um aprendizado de excelência, com os melhores profissionais do mercado, incluindo inovações e melhorias, e foi dessa maneira que há 15 anos a instituição chegou no Barreiro.

A Una Barreiro está localizada dentro do Via Shopping, o principal centro comercial da região, e próximo a importantes indústrias. O aluno tem a sua disposição no lugar, modernos laboratórios de informática, laboratórios de empresas simuladas, áreas de convivência e biblioteca com amplo acervo. São mais de 3 mil estudantes, distribuídos em mais de 36 cursos de graduação das áreas de saúde, ciências agrárias, humanidades, engenharias, Tecnologia, Ciências Jurídicas e Gestão.

 

O início de tudo

A unidade inaugurou com os cursos da área de Gestão, sobretudo, tecnólogos como Processos Gerenciais, Gestão de Recursos Humanos, Comercial, da Qualidade e Logística, além dos cursos tecnólogos da área de tecnologia como Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Em seguida, diante da autorização do MEC e da grande demanda, iniciaram os cursos de Engenharias: Civil, Mecânica e Produção.

Os cursos tecnólogos de gestão e tecnologia tinham alta procura, mas a oferta dos cursos de engenharias foi o grande marco do crescimento da unidade, chegando a formar seis turmas simultâneas. Durante a trajetória do campus existiram alguns marcos de aumento procura divididos por áreas. No começo foi na área da gestão, com os cursos tecnólogos e depois de bacharelado, como o curso de Administração. 

Os cursos de engenharias deram seu pontapé inicial em 2012, com uma grande busca na região do Barreiro e do entorno, iniciando o semestre com a entrada de aproximadamente 300 alunos apenas nestes cursos: Engenharia Civil, Engenharia Mecânica e Engenharia de Produção. Posteriormente, a área da saúde iniciou no campus trazendo muita demanda e aumento do portfólio de nossos cursos possibilitando a oferta de serviços à comunidade com a Clínica Integrada da Saúde.

Atualmente os cursos mais procurados são os da saúde, Direito e Psicologia. 

“A UNA Barreiro teve um crescimento de portfólio de cursos permitindo o acesso da comunidade local em cursos superiores de qualidade. O campus além da sua grande ampliação foi projetado de forma que a comunidade fizesse parte com possibilidade de prestação de serviços como clínica integrada da saúde, NPJ, Bureau”, conta Tatiane Puiati, diretora do campus.

 

Os projetos da unidade

A unidade se localiza em um polo industrial em constante crescimento, por isso, está sempre promovendo projetos que contribuem com o despertar dos jovens para o conhecimento científico, como é o caso do “Viver Ciência”.

O projeto Viver Ciências iniciou através do discurso de um palestrante no simpósio dos professores, que relatou a experiência do aluno do ensino médio de vivenciar a ciência dentro de uma universidade, com a vivência e orientação dos professores do ensino superior e a proximidade de vivenciar uma universidade, despertando o interesse de um cursar uma faculdade. 

A então coordenadora, Iracema Campelo, idealizou o projeto com os professores da área de engenharia, visando contribuir para o desenvolvimento dos alunos da rede pública do ensino fundamental na área de ciências, pensando no aprendizado baseado na experiência do aluno.

O projeto inicialmente foi direcionado aos cursos de engenharias com a oportunidade dos estudantes vivenciarem práticas nesta área, podendo ser ampliado para outras possibilidades como gestão e tecnologia. Ele permite uma formação dos alunos de ensino médio de comportamento, soft skills, raciocínio lógico e práticas em química e física possibilitando o aprendizado na prática.

Além do projeto Viver Ciência, a Una Barreiro procura estabelecer uma relação com a comunidade de parceria e oferta de serviços como a Clínica Integrada da Saúde com atendimentos na área de nutrição, fisioterapia e psicologia. Inclusive, a inauguração dela será feita de forma presencial como uma das comemorações do aniversário de 15 anos, a clínica já está em funcionamento, no entanto, em função da pandemia, ainda não tinha ocorrido.

“Temos o serviços de jurídico através do núcleo de práticas jurídicas. A UNA Barreiro também oferece atendimento de serviços através do Beta – Bureau (Escritório) de Engenharia, Tecnologia e Arquitetura com atendimento de revitalização de praças junto às prefeituras, projetos de arquitetura e civil, desenvolvimento de sites e aplicativos e assessoria nessas áreas”, explica Tatiane.

Tendo parcerias com a prefeitura de Belo Horizonte, Ibirité, Sarzedo, Comunidade Viva do Barreiro e todas as empresas da região, a Una Barreiro oferece atendimento em todas as áreas do conhecimento como:

– Clínica de psicologia

– Clínica de Nutrição

– Clínica de Saúde

– Serviços Jurídicos através do NPJ

– Serviços Financeiros e Contábeis através do NAF

São atendimentos gratuitos e desenvolvimento da comunidade, escolas e empresas da região através dos mais de 30 projetos de extensão realizados pelos alunos e professores a cada semestre.

Os 15 anos

Nesse aniversário de 15 anos da Una Barreiro, a unidade pretende valorizar a comunidade local que faz parte da história do campus, dos alunos e professores. 

“Estamos investindo cada vez mais na infraestrutura, qualidade acadêmica e na área de saúde e ciências agrárias”, conclui a diretora.

Com a palavra, os alunos

Geisiane Bonifácio Andrade

“Ingressei na UNA em agosto de 2018 através de prova vestibular, no curso de Administração – LF Administração de Empresas. Estou na reta final, cursando o 7º período do curso. Escolhi o Campus Barreiro, pela proximidade da minha casa, já que moro no bairro Diamante.

Consigo estudar, graças a oportunidade do programa Pravaler. Eu não teria condições de pagar a mensalidade integralmente e, pelo que sei, é um programa que outras universidades não tem. A UNA tem me atendido muito bem nesses 3 anos e meios que estou por aqui, sempre que precisei foram atenciosos e dedicados a resolverem os problemas. Gosto da liberdade de expressão e criação que eu tenho dentro da Una, posso criar, posso projetar, posso propor e isso é algo que pra mim, faz toda a diferença.

Sempre tive uma boa referência do Centro Universitário Una. Ouvia conhecidos dizendo que a qualidade de ensino era muito boa e que a faculdade estava preparando profissionais para um mercado de trabalho que estava cada vez mais competitivo. E eles tinham razão, nesses 3 anos e meio de curso, a UNA vem de fato me preparando na prática para o mundo lá fora, desenvolvendo em mim as competências de hard e soft skills, tão necessárias para se competir no mercado.

Na UNA eu sou líder de turma há 6 períodos, há mais ou menos um ano me tornei também representante do curso no colegiado do MEC. Criei uma relação de carinho, admiração e respeito com meus professores e meu coordenador. Se eu puder citar: Wander Moreira, Fabiana Almeida, Paloma Xavier, Patrícia Nascimento, Cláudia Martins, Frederico Vargas e meu coordenador Flávio Santos que, desde a primeira vez que pude ouvi-lo em sala, falando sobre administração e o poder da gestão, eu me senti inspirada e sabia que tinha acertado na escolha do meu curso, porque era exatamente o que eu queria. Por diversas vezes me coloquei pessoalmente para eles, com questões de trabalho, projetos, desenvolvimento de carreira e etc. Eles sempre ouviram e apoiaram da melhor maneira possível.

Recebi menção honrosa em Maio de 2021 da UNA Barreiro pela arrecadação de alimentos na campanha Drive Thru solidário.

Participei de muito eventos bacanas na universidade, mas três, são bem marcantes para mim:

  •   Summaê da Gestão
  •   La Casa da Gestão
  •   Rei & Rainha das Exatas

Participei também, por dois semestres consecutivos, do Canal Integrado da Gestão que traz uma vivência muito marcante de como é a realidade de diversas empresas. No projeto, realizamos uma consultoria com as empresas. Ouvimos suas dores, visualizamos os problemas e com base no conhecimento adquirido em sala, de modo analítico, criamos soluções, projetos de melhoria e apresentamos aos empresários. E é uma alegria imensa, você, ainda que estudante, possa ajudar um empresário a tocar melhor seu negócio e dar para ele e sua empresa uma nova perspectiva. Nesse projeto de extensão, tive a chance de ajudar duas empresas.

Nos projetos interdisciplinares (semestrais), fui muito marcada pelo grau de dificuldade e desafio que os professores sempre propuseram, mas também, sobretudo, pelo resultado alcançado. Três projetos me marcam muito:

  1. Elaboração de Plano de Negócios, de acordo com a cartilha do Sebrae no 5º período. Nós elaboramos o plano de um PETSHOP – Vida Animal, foi muito difícil pensar em todas as variáveis que um empreendedor precisa ter em mente antes de abrir uma empresa, mas por fim, elaboramos um plano interessante, capaz de gerar uma lucratividade palpável.
  1. Criação de uma empresa Sustentável, no 4º período. Nós criamos uma empresa de roupas chamada AMBIENTE. As matérias primas como algodão orgânico, seriam utilizadas na confecção, para além de reutilização da água utilizada na fabricação do Jeans. E no mundo de hoje, é difícil imaginar a sustentabilidade né? Foi desafiador, mas por fim conseguimos unir o Sustentável com o Rentável.
  1. No meu 2º período tivemos liberdade para escolher a proposta de trabalho. Eu sou muito ligada ao social, sendo voluntária e engajadora de alguns projetos que têm ajudado centenas de pessoas a ter dignidade. Pensando nisso, quis fazer algo para levar o conhecimento adquirido em sala para outras pessoas. Pensei no nicho de jovens e criamos o projeto “Financial Umbrella Academy” para jovens do ensino médio, em regiões de alta vulnerabilidade social do Barreiro. Esse projeto se mantém hoje suspenso, por conta da situação de pandemia, mas, após o segundo período, continuamos indo às escolas, palestrando e mudando vidas com aulas práticas, um material didático totalmente adaptado a linguagem do público-alvo e aplicação de conteúdo lúdico através de um jogo de tabuleiro que criamos, para deixar a abordagem mais divertida. Esse, sem dúvidas, é o projeto que mais me marca. A UNA apoiou muito esse projeto, inclusive se disponibilizando a fornecer certificados para os alunos participantes e brindes”.

 

Fabrício Adriani

 “Entrei na Una Barreiro em agosto de 2018 para o curso de Administração de Empresas, escolhi a unidade por morar na mesma região, e atualmente, está atendendo minhas necessidades. Neste 2º semestre de 2021, estou no 7º período.

Desde quando eu entrei na Una sempre procurei estabelecer um bom networking tanto com meus colegas de sala quanto professores e coordenadores. Flávio, por exemplo, sempre foi meu coordenador e me deu vários conselhos em relação a carreiras e processos seletivos. Teve uma matéria que ele nos ministrou sobre gestão de pessoas, onde eu peguei várias insights chaves sobre comportamento humano, relacionamento entre colaboradores e colegas de trabalho, ele é uma pessoa ímpar e realmente entende desse assunto e sempre me ajuda em vários pontos.

Até hoje eu pude participar de projetos de extensão que instigaram habilidades de colocar em prática o que aprendi em sala de aula, além de participar de palestras que me trouxeram insights importantes para minha trajetória.

Um projeto de extensão que eu gostei bastante de fazer foi no semestre passado onde nós colocamos em prática realmente aquilo que aprendemos com a professora, foi um projeto de marketing digital onde tivemos que fazer uma consultoria com uma pessoa, realmente pegamos ali na prática, no dia a dia, para entendermos exatamente o que acontece nesse processo de consultoria de marketing digital. Foi uma experiência incrível e uma ótima oportunidade para aprendermos.

De modo geral, tenho uma boa relação com meus professores e colegas de sala, e é justamente isso que eu acredito que uma faculdade mais agrega: o networking construído”.

 

Gabriel Alves Ferreira

“Eu gosto muito de falar que a UNA me encantou, em um primeiro momento, ingressei na faculdade pelo PROUNI, que sem dúvida, nas condições que vivia, era a única forma de conseguir dar o primeiro passo para a construção do meu currículo e trajetória no mercado de trabalho. Sempre acreditei que a faculdade engrandece o currículo de qualquer profissional, possibilita um leque de novas oportunidades, torna cada vez mais possível ser um profissional apto para a disputa do mercado, e junto a isso auxilia o amadurecimento na exploração do melhor potencial pessoal.

Durante a minha trajetória dentro da faculdade obtive a oportunidade de vivenciar momentos ímpares, que ao longo do caminho me tornaram mais maduro com os desafios de ser universitário. Aprendendo a conciliar, trabalho, estudo e vida pessoal.

Das aulas presenciais até a chegada das aulas remotas, sem dúvida foi o maior desafio durante esses anos na faculdade. Contudo, a instituição me trouxe a proximidade de ter aulas remotas como qualquer uma que fosse lecionada no presencial. O fácil acesso ao corpo docente e áreas de apoio, trouxe a tranquilidade em encarar esse novo momento de forma abraçada.

Toda essa experiência vivenciada dentro da UNA, fez com que minha vida profissional pudesse experimentar novas oportunidades. Diante das aptidões que agreguei durante a minha graduação, me trouxe o crescimento profissional, que me permitiu assumir novos papéis dentro da minha corporação, total ligado à área de gestão. Proporcionando executar tudo aquilo que aprendo no meu dia a dia na universidade.

O curso de Gestão Comercial por ter um viés interdisciplinar nos faz sair um pouco da perspectiva de formação muito específica – com o currículo extremamente rico oferecido pela UNA, é possível construir conhecimentos relativos tanto à gestão comercial quanto à gestão de empresas, aumentando assim a empregabilidade do egresso, construindo uma visão mais crítica do mundo e, a partir daí, a maturidade para enfrentar desafios profissionais e pessoais.”

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Por Keven Souza

O ato de brincar é um comportamento presente em todas as culturas, cada qual com suas particularidades, trás por meio da brincadeira o desenvolvimento intelectual, afetivo e social da criança, como uma linguagem importante que resulta positivamente na fase infantil. Além de ser um direito dos pequenos, a brincadeira é uma atividade lúdica, em que a criança relaciona ideias, estabelece relações, forma conceitos, reforça as habilidades sociais, desenvolve a expressão oral e corporal, reduz a agressividade, constrói o seu próprio conhecimento e integra-se na sociedade.

A Brinquedoteca da Una Itabira está sendo desenvolvida com reflexo nessas nuances, para compreender, de maneira eficiente, o quão necessário é obter um espaço destinado a facilitar o ato de brincar para estimular a criatividade, imaginação e comunicação dos pequenos através de jogos pedagógicos, brincadeiras populares, brinquedos diversos, leitura de livros de histórias infantis e a produção dos seus próprios brinquedos.

O projeto, com metodologia extensionista, já acontece de modo online e tem por objetivo propiciar um ambiente de aprendizagem multidisciplinar com referência para o desenvolvimento de atividades lúdicas na infância, além de fomentar a pesquisa acadêmica, por meio de estudos e reflexões, direcionado aos alunos que queiram compreender as principais teorias que fundamentam o espaço criativo.

Encontros virtuais da brinquedoteca Una Itabira

 

A importância do ‘cantinho’ lúdico

A primeira ideia do espaço criativo surgiu em Los Angeles, em 1934, com a pretensão de resolver o problema de uma loja de brinquedos que estava sendo furtada por crianças de uma escola pública da vizinhança. Naquela época, a solução foi criar um serviço de empréstimo de brinquedos para toda a comunidade. Hoje, estão espalhadas por todo o mundo. Começaram em espaços educacionais como as escolas, foram modelos padronizados para os centros médicos e, finalmente, chegaram nos espaços residenciais, sendo ponto de encontro das crianças da vizinhança do bairro ou dos condomínios que dispõem dessa infraestrutura, além de estarem no ambiente acadêmico como metodologia de estudo e pesquisa para inúmeras áreas que se interessam pela educação infantil.

Desde então, a brinquedoteca tem sido um dos maiores instrumentos pedagógico educativo na interação e vivência das crianças, que por meio dela, podem explorar um mundo mágico, onde é permitido o “faz de conta” impregnado de criatividade, manifestações de afeto e apreciação pela infância de forma harmoniosa e prazerosa.

Nessa perspectiva, o projeto Brinquedoteca tem o papel fundamental de informar a comunidade local sobre a importância do brincar dos pequenos. Sendo a segunda vez ofertado aos alunos, é hoje liderado pela professora Cristina Garcia, que está a frente da extensão desde seu início em março de 2021, direcionada a orientar e coordenar as diferentes ações propostas na extensão. 

“O projeto tem por objetivo criar um ambiente de aprendizagem de referência para o desenvolvimento de atividades lúdicas na infância, valorizando o ato de brincar e contribuindo na formação de professores e outros profissionais para a atuação na educação infantil”, explica a professora  Cristina Garcia, sobre a idealização do projeto. 

Neste semestre o foco será a organização e montagem do ambiente de fato da brinquedoteca, com acervo de brinquedos, jogos e materiais pedagógicos. Cristina Garcia, afirma que existe uma articulação para promover o espaço efetivo da brinquedoteca e que houve uma expectativa positiva por parte da comunidade. “A partir das atividades desenvolvidas no semestre anterior foi possível perceber a necessidade da criação de um espaço dedicado às atividades lúdicas do brincar. Tivemos um bom retorno da comunidade sobre as ações promovidas no Instagram, isso motivou bastante nossos alunos. Acreditamos conseguir uma participação e envolvimento significativo da comunidade nas ações futuras desse projeto”, explica. 

A partir daí da criação do espaço, no campus da Una Itabira, será oferecido um local estratégico e pensado inerente à aprendizagem infantil, apropriado para professores e acadêmicos planejarem e vivenciarem propostas recreativas com crianças da Educação Infantil, da rede pública e privada da cidade e região. Todas as ações estão ainda em projeção e serão pensadas de maneira a permitir o desenvolvimento cognitivo e intelectual dos menores.

Além da estruturação do espaço criativo, o projeto vem atuando a favor do saber entre a universidade e a comunidade mediante ações desenvolvidas que permitem aos alunos colocarem em prática todo o conhecimento adquirido em sala de aula. Desde seu início, tem operado de forma online, devido a sua inauguração ter acontecido durante a pandemia de Coronavírus, por meio da produção de conteúdo na plataforma do Instagram. Entre as principais atividades dos alunos, estudantes de quaisquer cursos da Una Itabira podem se inscrever e participar, realizando funções de pesquisa, planejamento de atividades infantis, criação de materiais didáticos e divulgação do projeto de modo online. 

O protagonismo dos alunos extensionistas no planejamento e execução das atividades é que o diferencia de outros projetos ativos na instituição. Laércio Francisco de Souza Alves Júnior, que é estudante do quarto período de Pedagogia e extensionista do projeto desde o início do ano, afirma que, a Brinquedoteca trouxe a oportunidade de desenvolver um trabalho educacional diferenciado e significativo, capaz de produzir resultados eficazes na sua formação acadêmica e para a realidade escolar que se tem hoje. “O trabalho do pedagogo remonta à criatividade, como uma maneira de viabilizar processos educacionais. Em vista disso, fica claro que a abordagem desse projeto colabora de modo significativo para a minha formação acadêmica”, diz o aluno. 

Suas ações dentro da extensão eram destinadas a criar e desenvolver a produção de conteúdo online através das redes sociais do projeto, ao lado de seus colegas, em que trabalhava com publicações periódicas acerca da temática infantil, acompanhadas de lives ministradas por profissionais do segmento educacional. Com isso, criava e revisava as postagens e as publicavam, além de convidar profissionais para debates e roda de conversa.

Para o estudante, a satisfação é o sentimento que simplifica sua participação e ressalta o quanto é imprescindível atuar ao lado de uma equipe de educadores proativos. “Digo que esse projeto abarca uma proposta singular. De modo geral, o sentimento que representa a minha participação é a satisfação. Satisfação em integrar uma equipe de educadores que, ainda em formação, já almejam uma educação que caminhe sempre rumo aos melhores cenários”, explica ele.

 

 

*Essa matéria foi produzida sob a supervisão da jornalista Daniela Reis.