Cultura

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Foto/Divulgação: Instagram.

A primeira edição do evento, idealizada pelo Coletivo Cio da Terra, acontece entre os dias 21 e 24 de julho em vários pontos da capital mineira

Para visibilizar e celebrar a arte e cultura de migrantes residentes em Belo Horizonte, a capital recebe, entre os dias 21 e 24 de julho, seu 1º Festival Migrante. Com programação diversa e espalhada pela cidade, o evento contará com atividades de música, dança, teatro, circo e cultura popular. Totalmente protagonizado por artistas vindos de diferentes países do mundo, o festival é idealizado e promovido pelo Coletivo de Mulheres Migrantes Cio da Terra, com apoio do Studio Cosmo, da Casa Circo Gamarra, e realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte. 

Entre as atividades programadas, destaca-se a realização de oficinas de formação artística, um encontro virtual (live) sobre o tema “Mulheres e migrações” e um festival de rua, além de uma mostra migrante, composta por performances artísticas diversas. Entre os quatro dias de evento, a programação também inclui show da cantora Cláudia Manzo e da banda Unión Latina, além da feira de artesanato e gastronomia “Sabores do Mundo”, promovida pelo Cio da Terra.

Para Denise Fantini, artista argentina, integrante do Coletivo Cio da Terra e proponente do Festival, o evento é um marco para a cena cultural da cidade. “Belo Horizonte recebe um grande número de pessoas migrantes há muitos anos, e quem está trabalhando na área artística, muitas vezes tem muita dificuldade de ser visível, seja porque é profissional e trabalha em grupos em que a questão da migração não é levantada, seja porque essa temática não é geralmente destacada na agenda política e cultural”, avalia Fantini.

Para além de festejar a diversidade e promover intercâmbios culturais, o evento busca visibilizar os temas da migração e refúgio, evidenciando as contribuições das comunidades migrantes para a capital mineira e os desafios que permeiam os processos migratórios para o Brasil. As atividades do Festival Migrante são gratuitas e abertas ao público de todas as idades. A programação completa e mais informações sobre o evento podem ser encontradas nas redes sociais do Festival: Instagram: @festivalmigrante e Facebook: /festivalmigrante

Foto/Divulgação: Instagram.

O evento, que tem a entrada franca, acontece nos dias 21, 22, 23 e 24 de julho de 2023. Locais: CRJ de Belo Horizonte (Rua Guaicurus, 50 – Centro), Centro Cultural São Geraldo (R. Silva Alvarenga, 548 – São Geraldo), Centro Cultural Venda Nova (R. José Ferreira dos Santos, 184 – Comerciários) e Casa Circo Gamarra (R. Conselheiro Rocha, 1513 – Santa Tereza).

Sobre o Coletivo Cio da Terra

O Coletivo de Mulheres Migrantes Cio da Terra foi fundado em 2017, com o objetivo de fortalecer a autonomia e autoestima de mulheres migrantes, refugiadas e apátridas que residem em Belo Horizonte e região. O grupo é formado por mulheres de distintas origens, como Peru, Colômbia, Argentina, Venezuela, Haiti, Chile, República Democrática do Congo, entre outras. As atividades do grupo envolvem áreas como o ensino de Português como Língua de Acolhimento para mulheres migrantes, geração de renda e emprego, incidência e formação sociopolítica, promoção e valorização das culturas, além de apoio jurídico e acompanhamento social bilíngue.

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Por Eduarda Boaventura e Pedro Soares 

“A festa Dengue foi muito legal, comemorando seus 10 anos de marco, muita tradição, do vogue no Brasil, especificamente em Belo Horizonte onde que começou no nosso país. Como sempre foi bem alegre, animado, as pessoas gostam de estar ali e ver. Fico encantada com as possibilidades de improviso que as pessoas têm e como, mesmo sendo um duelo, não parece ser uma competição. É muito bonito ver a reciprocidade que as pessoas têm umas com as outras.”

Essa fala foi de Ana Clara Souza, que participou de umas das maiores referências de Ballroom no Brasil, a Dengue. Você já ouviu falar do Ballroom? E da cultura do vogue? Vogue não só da música da Madonna mas de toda uma história de luta e pertencimento. Uma comemoração por um grupo excluído que finalmente achou seu lugar em uma sociedade tão julgadora e maldosa.

De acordo com o google, a Ballroom é descrita como “um movimento político e de entretenimento que celebra a diversidade de gênero, sexualidade e raça, eventos nos quais as pessoas se reúnem e performam categorias e ganham prêmios por elas”

Criado por drag queens negras e latinas nos EUA no final da década de 80 e início da década de 90, a cultura Ballroom surgiu como meio de refúgio para pessoas que naquela época sofriam não só com a homofobia, mas também com o racismo e xenofobia. Uma personagem muito importante pela luta contra os padrões raciais no mundo da Ballroom foi a Crystal Labeija, que além de drag queen era uma mulher trans negra, que se revoltou e, criou o primeiro baile exclusivo para queens negras e foi a pioneira em fazer um ball feito por uma house.

Foto/Divulgação: Chantal Regnault/Alma Preta
Houses e Balls

Essa cultura é dividida pelas houses e as ball, onde a primeira, assim como sua tradução, são as casas dos participantes, em todos os sentidos. As houses é onde se encontra o acolhimento e pertencem a uma família, com a mesma hierarquia: mothers e fathers, principalmente nesta época em que muitos jovens eram expulsos de casa e se sentiam envergonhados pelas pessoas com quem conviviam. As balls são espaços para celebrar a beleza que tanto foi marginalizada, admirar o que era comum esconder, criando um ambiente único para aqueles que se sentiam diferentes do restante da sociedade.

Na Ballroom, não é só uma competição relacionada à moda e dança, é muito mais do que só o seu “jeito de se vestir” ou sua forma de performar, e sim de como você quer se mostrar ao mundo. Um ball é além de uma festa convencional, onde se tem as competições sendo as mais famosas o Runway (categoria de desfile), Face (rosto mais expressivo), Best Dressed (melhor caracterização) e Sex Siren (avalia a sexualidade dos participantes).


Ball Vera Verão. Foto/Divulgação: Instagram.
Dengue, umas das pioneiras na América Latina

Em 17 de junho, aconteceu o evento que foi descrito no início da reportagem, a Dengue, um fenômeno que esse ano está comemorando seu décimo evento. A festa é umas das pioneiras da cena vogue na América Latina e coloca Belo Horizonte como a capital nacional da dança em um cenário antes inimaginável. A capital mineira é referência quando se fala do Ballroom, com um crescimento forte e a cultura já sendo conhecida fora da bolha que antigamente tinha, não restringindo a quem pode assistir e enaltecer sua riqueza.   

Aqui em Belo Horizonte, a cultura Ballroom ganha vida em 2013, através desta mesma festa, que acontecia em um espaço de arte colaborativa que tem como objetivo difundir a arte contemporânea. O ‘Espaço Cultural Gruta’ pode ser chamado de berço da Ballroom em BH e fica localizado no bairro Horto.

A Dengue não é uma house, mas sim uma ball, que acontece mensalmente. Cada uma das festas tem um tema diferente, e cada edição é marcante para os participantes de formas distintas. Para Iara, de 24 anos, é considerado o nascimento de seu alter ego Amerikana.

“Eu considero que o aniversário da Amerikana é no Halloween.”

Amerikana para o Halloween da festa Eleganza. Foto: Instagram/Divulgação.

Esse foi o tema de sua primeira participação em uma categoria em uma ball, que inclusive foi coroada com a vitória.

Disputas de voguing

Com a popularização da Dengue e a expansão das disputas de voguing, dois anos depois surgiu o BH Vogue Fever, organizado pelo Trio Lipstick (Maria Teresa Moreira, Paula Zaidan e Raquel Parreira). O festival promoveu workshops com referências internacionais da dança voguing e trouxe influências diretas da ‘ballroom scene’, como é chamada em Nova York.

A organização do festival chamou a atenção de toda a comunidade vogue do Brasil e também atraiu olhares internacionais, principalmente após confirmarem a presença de Archie Burnett, conhecido como “Grandfather” da House of Ninja é considerado uma das maiores lendas do vogue mundial. Ele também é um dos responsáveis por essa cultura acontecer em BH, já que é padrinho do Trio Lipstick.

Archie foi um dos motivos do sucesso do evento, fazendo com que dançarinos de diversos lugares do Brasil e da América Latina estivessem presentes na capital do estado, que tem 42% dos eleitores conservadores. Em entrevista para o jornal O Tempo, Maria Teresa Moreira, uma das fundadoras do Trio Lipstick, comenta sobre esse grito de resistência que é a Ballroom. 

“Acho fantástico que isso aconteça logo em nosso Estado, terra da tradicional família mineira, onde ainda há muito conservadorismo. Porque o vogue é esse grito, essa vontade de se expressar e exigir respeito.”

Trio Lipstick. Paula Zaidan, Quel Parreira e Tete Moreira. Foto: Instagram/Divulgação.
Capital do vogue

Em 2019, a festa Dengue deixou de ter uma sede fixa, levando seus eventos para diversos lugares diferentes da capital mineira, como o Sesc Palladium, Galpão Cine Horto, Casa Matriz, Mineirão, Parque Municipal, Viaduto Santa Tereza, Praça da Liberdade, FIT – Festival Internacional de Teatro, Virada Cultural, entre outros. Essa descentralização da festa, somada ao sucesso do BH Vogue Fever, fez com que a cultura se expandisse cada vez mais na capital, ecoando ainda mais alto esse grito de resistência.

Após tanto sucesso nos eventos realizados aqui e ao alto nível de engajamento na comunidade brasileira, Belo Horizonte começou a ser chamada de capital do vogue. Para celebrar ainda mais esse grupo de pessoas, no mês de junho deste ano, em que a festa Dengue comemora seus dez anos de existência, o Memorial Vale anunciou a festa e uma série de programações como parte do memorial, apoiando a realização da festa e uma série de workshops e oficinas gratuitas.

Por Júlia Garcia

O fim de semana em Belo Horizonte está repleto de eventos para todos os gostos. Confira hoje a agenda que o Contramão separou para você curtir o final de semana.

Sexta

Depois de mais de cinco anos longe dos palcos, a banda NX Zero se reúne para a turnê Cedo ou Tarde. Celebrando uma história de sucesso e que acumula hits, Di Ferrero, Gee Rocha, Filipe, Conrado Grandino e Daniel Weksler estão viajando pelo Brasil para matar a saudades do público fiel. E hoje, sexta-feira, a banda chega na capital mineira para mais uma apresentação. O show acontece no Expominas, a partir de 20h. Os ingressos estão disponíveis no Eventim.

Sábado

E Belo Horizonte recebe mais uma edição do Pandora Festival. O evento que reúne os melhores DJs da cena eletrônica nacional, surpreende a cada ano. Com uma estrutura tecnológica de outro planeta e mais de 20 atrações, você poderá curtir 12h de muita música. O Pandora Festival 2023 acontece no Mineirão, a partir das 15h. Para garantir o ingresso basta acessar o Sympla.

E para curtir o restinho da semana do rock em grande estilo, vem aí mais uma edição do Prime Rock BH, o festival dos clássicos do rock nacional. Neste ano, o Prime Rock desembarca na Esplanada do Mineirão. Com um line-up surpreendente, o Prime Rock vai reunir Biquini, Paula Toller, Paulo Ricardo, Nenhum de Nós, as participações especiais de Léo Jaime e Fernanda Abreu e muito mais. O evento começa às 13h, e os ingressos podem ser adquiridos pela plataforma BlueTicket.

Domingo

E no domingo você poderá curtir a feijoada porcão! Muita comida, muita bebida e um convidado super especial, Dudu Nobre. Além do cantor, o evento vai reunir o Beiço do Wando, Baile do Magua e os Magnatas do Samba. Curtiu? O evento acontece no Estacionamento Porcão, a partir de 12h. Corra pra garantir seu ingresso no Sympla!

E para encerrar a semana, as crianças e familiares poderão ser transportados para um universo cheio de fantasia. Isso porque Belo Horizonte recebe o Gato Galactico Space Show. Com muita música e criatividade, o YouTuber Ronaldo Souza, o Gato Galactico, chega à capital com sua turnê que faz parte das celebrações de 10 anos do canal. O espetáculo acontece no Minas Centro, às 17h. Os ingressos estão disponíveis no Sympla.

Por Júlia Garcia

No último sábado (8), a cantora Ludmilla reuniu 60 mil pessoas no Estádio Nilton Santos, o Engenhão, para mais uma apresentação do seu projeto de pagode. A artista prometeu o maior ‘Numanice’ de todos os tempos, e pela repercussão nas redes sociais, conseguiu cumprir. O show foi composto por luzes, fogos e drones e reuniu vários fãs e figuras públicas como Vini Jr. e Bruna Marquezine. 

Repertório, convidados e estrutura

Ludmilla cantou diversas canções de seu repertório e regravações. Inclusive, quem estava no show, pôde curtir outras atrações. A artista dividiu o palco com Baco Exu do Blues, Preta Gil, Mumuzinho e L7.

Baco Exu do Blues, Ludmilla e L7 no Numanice. Foto: Instagram/Divulgação.
Mumuzinho, Ludmilla e Preta Gil. Foto: Instagram/Divulgação.
Bruna Marquenize e Vini Jr. no Numanice. Foto: Instagram/Divulgação.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Na plateia, famosos e fãs aclamavam a Rainha da Favela, que agora, está em grande destaque na cena do pagode. E por falar em palco e plateia, Ludmilla não mediu esforços para entregar uma ótima estrutura. O espaço foi dividido em cinco setores: open bar, front stage, pista, cadeira inferior e superior. 

De acordo com Rodrigo, fã da cantora, a organização foi a melhor que já viu. No bar não havia filas e para pegar bebida era fácil. “Que estrutura! Disparado a melhor organização de todos os eventos que já fui. A locomoção estava bem facilitada entre bar e banheiro. A higienização do banheiro também estava impecável”, conta.

Numanice no Engenhão. Foto: Instagram/Divulgação.
Numanice feat Hemorio

Antes mesmo do dia do evento, essa apresentação já era a maior de todos os tempos. A cantora realizou a campanha, em parceria com o Hemorio e anunciou em suas redes, que quem doasse sangue entre os dias 5 e 7 de julho, ganharia um ingresso para o show. O  ‘Numanice tá no Sangue’ bateu recordes! Foram mais de 1600 doações em três dias. 

Ludmilla no Hemorio. Foto: Novela Mais/Divulgação.

Em entrevista ao O Globo, Luiz Amorim, diretor-geral do Hemorio, afirmou que a campanha salvou o mês de julho e que as doações vão durar no máximo duas semanas. “Precisamos de mais iniciativas como essa para conscientizar as pessoas. Ficamos muito felizes, torcendo para que isso vire um hábito”, diz. Amorim acredita que a campanha de Ludmilla foi uma ótima maneira de atrair os jovens, faixa etária que menos doa sangue.

Sensação e realização 

Eu já curti um Numanice e posso dizer com toda certeza que foi uma experiência incrível. Para Ani, admiradora da artista, o evento trouxe várias sonoridades e diversidade. “Sensação de ter participado da história sendo construída por uma das maiores artistas brasileiras, e um pedacinho da grandeza de pura musicalidade festiva que é esse evento”, afirma.

Já para Rodrigo, que havia ido ao show de pagode de Ludmilla, ambas as experiências foram surreais. “Esse foi o meu segundo Numanice, porém nessa de agora, senti que consegui viver melhor tudo que o evento pôde proporcionar”, relembra.

Público no Numanice. Foto: Instagram/Divulgação.

Ao serem questionados sobre o que mais gostaram no evento, os jovens rasgam elogios sobre o show. Para Rodrigo, foi lindo ver a forma que a Ludmilla contagia o público com suas composições e regravações.“A forma com que a cantora conseguiu mesclar seus lançamentos pop com versões de pagode, ficaram perfeitos”, conta.

Já para Ani, o que mais gostou foi o ambiente do Numanice.“Todo o contexto do evento e viver essa experiência é algo único, um misto de sentimentos”, diz.

Tour Numanice

E os fãs de outros estados, que não conseguiram prestigiar o Numanice do Engenhão, estão ansiosos para a chegada do evento em suas cidades. Sebastian, que é belorizontino e fã da cantora, está com expectativas altíssimas. “A tour já começou em outras cidades e a cada show novo a ansiedade só aumenta, a Lud vai entregar um show incrível para os mineiros”, conta.

Além da ansiedade para receber mais um Numanice em BH, as especulações sobre quais serão os convidados também são grandes. A cantora costuma dividir momentos no palco com artistas regionais, e para Sebastian, o que não falta em Minas são cantores incríveis. “Gostaria muito de ver a Marina Senna, o Chris MC, Akatu e Djonga, são mineiros incríveis”, diz.

E se você não pôde comparecer no maior Numanice de todos os tempos, fique tranquilo! Ludmilla preparou uma tour e irá passar por vários estados. Confira na imagem abaixo.

Divulgação da Tour Numanice. Foto: Instagram/Divulgação.

Por Júlia Garcia

O fim de semana em Belo Horizonte está repleto de eventos para todos os gostos. Confira hoje a agenda que o Contramão separou para você curtir o final de semana.

Sexta

O mês de julho já se foi, mas os arraiás continuam em julho. E nesta sexta-feira você pode separar sua bota e sua camisa xadrez para a 7ª edição do Arraiá de São José. O evento está repleto de comidas típicas, quadrilhas, música ao vivo e muita diversão para toda a família. A festa, que iniciou às 16h, vai até às 22h e acontece no Pátio do Santuário São José, no centro de BH.  Se não puder ir hoje, pode ficar tranquilo, o Arraiá de São José continua no sábado e domingo. 

Se você quer terminar sua sexta-feira com bastante alegria, pode conferir o espetáculo “Aperte o play e só… ria”. Protagonizado pelos atores Kayete e Carlos Nunes, o espetáculo é uma mistura de cenas engraçadas, conduzidas com humor e inteligência. Kayete e Carlos interpretam diversos personagens no decorrer dessa hilariante história. A comédia acontece hoje, às 20h, no Teatro Raul Belém Machado. Para comprar os ingressos, basta acessar o site ou aplicativo Sympla.

Sábado

E se você é amante do rock, e quer iniciar as comemorações para o Dia Internacional do Rock, se prepare! No sábado, acontece o Rock no Parque, evento em que evidencia a força do rock em BH. O evento reúne diversas atrações, de bandas da capital mineira. Shows com: Orquestra Mineira de Rock, Putz Grilla, Banda Cianna e muito mais. Para garantir os ingressos, é só abrir o Sympla. O evento acontece no Parque Municipal, a partir de 10h. 

A partir de 16h você pode curtir o Arraiá Casa Lagoa Eventos de 2023. O evento, que é 100% open bar e open food, convida os Barões da Pisadinha e Gabi Martins como atrações. Serão oito horas de festa, com muitas comidas e bebidas. O arraiá acontece neste sábado, no espaço CASA LAGOA EVENTOS. Os ingressos estão disponíveis no Sympla

Domingo

Domingou com a 24ª Parada do Orgulho LGBT+ de BH. E o tema escolhido deste ano é  Democracia: Liberdade e direitos para todes! A luta pela democracia não deve ser seletiva. O evento acontece na Praça da Estação, a partir das onze da manhã e é totalmente gratuito. Todos, todas e todes, devem se unir, em uma voz coletiva, para combater a opressão e o preconceito. 

 

Evento é considerado a maior manifestação popular de massa de caráter social de Minas Gerais e uma das mais antigas do país

Por Gustavo Meira

Acontece no próximo domingo (09), a 24ª edição da Parada do Orgulho LGBTQIAPN+ de Belo Horizonte, com o tema ‘’Democracia: Liberdade e Direito para Todes’’.  Um evento de luta coletiva para combater a opressão, o preconceito e a invisibilidade presente dentro da própria comunidade. A concentração é a partir dàs 11h na Praça da Estação, onde haverá um palco principal para a apresentação de mais de 50 atrações. 

Multidão de pessoas reunidas na Parada do Orgulho na Praça da Estação. Foto: Cellos MG.

A artista drag Mannu Mallibu interpretada por Daniel Gerth é uma delas. Ela se apresentará pela primeira vez na Parada do Orgulho da capital, o maior palco em que já se apresentou. A inspiração da performance ao lado de duas amigas será em ‘’RuPaul’s Drag Race’’, programa que tem um significado pessoal à artista, que a influenciou diretamente em sua carreira. 

‘’Ser uma das atrações do palco principal da Parada me traz uma sensação de muita felicidade. De saber que alguma pessoa, nem que seja uma só, vai me ver e vai pensar ‘nossa, eu queria estar lá!’. Então, eu acho que a importância que tem pra mim, é de ser vista como possibilidade para alguém de algo real, que é válido, que é possível. Que ser drag queen é algo que é, que pode e que deve ser celebrado’’, diz.  

Artista Mannu Mallibu, interpretada por Daniel Gerth. Foto: redes sociais/divulgação.

A celebração contará também com cortejo de cinco trios elétricos que agitam o público durante todo o percurso com músicas que tem como destino final a Praça Raul Soares, no Barro Preto. Segundo a Prefeitura da capital, são esperadas 250 mil pessoas, 100 mil a mais do que na edição do ano passado, que aconteceu em novembro.

Além da Parada do Orgulho LGBTQIAPN+ ser um movimento de resistência, luta e celebração, ela serve também para dar visibilidade às drags queens ‘’Além do Carnaval, a parada provavelmente é o lugar em que um artista drag mais vai ter público. É você estar em um lugar que majoritariamente entende e celebra a arte que você faz, a arte drag. É como uma validação’’, é o que explica Mannu Mallibu.

Alto investimento 

Esta edição da Parada contou com o investimento de R$ 300 mil do município e R$ 50 mil de emendas parlamentares vindas da Câmara Municipal. Todo o valor foi investido na estrutura do evento, que é organizado pelo Centro de Luta Pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais (Cellos MG).

O Brasil continua a liderar o ranking dos países que mais matam LGBTQIAPN+. De acordo com levantamento do Grupo Gay da Bahia (GGB), a partir da análise de notícias publicadas nos meios de comunicação. Foram apontados 242 homicídios e 14 suicídios ao longo do ano passado, ou seja, uma morte a cada 34 horas. Este movimento é em prol dessas pessoas, que sofrem e morrem todos os anos por simplesmente serem quem elas são. Além da celebração, é a luta pelo respeito.

A diversidade é um dos pilares fundamentais de uma sociedade democrática. Cada indivíduo merece ser reconhecido e respeitado em sua individualidade, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero. A luta pela liberdade e pelos direitos da comunidade é um reflexo do desejo de criar um mundo mais inclusivo e justo para todos.

 

Parada do Orgulho LGBTQIAPN+ de 2022, na Av. Amazonas, BH. Foto: Cellos MG.