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Um híbrido entre ficção e documentário, o longa “A cidade é uma só?” traz a história e as consequências do passado sobre a cidade satélite de Ceilândia e seus moradores. O filme retrata a cidade nos dias atuais e como seus habitantes se relacionam com sua história e seu estado atual. Em 1971, por excesso de pessoas morando em barracos e em condições deploráveis de habitação, foi criada a Campanha de Erradicação das Invasões (CEI). Dai o nome da cidade Ceilândia. O conflito que o título do filme traz é intensificado pelo olhar dos personagens sobre a realidade. A todo momento, o espectador é questionado se Ceilândia e seus moradores pertencem a Brasília ou não.

Sob as sombras das eleições, o filme é de total relevância para  a memória dos cidadãos, abordando o que aconteceu, o que acontece e o que poderá ser feito com as pessoas que vivem sob o jugo do poder eleito. Com muito humor, é mostrada a candidatura do personagem Dildu a deputado distrital pelo fictício PCN (Partido da Correria Nacional). O passado de Nancy e suas consequências também é ponto de destaque no documentário, assim como Zé Antônio, que protagoniza uma das maneiras que os moradores encontraram para ganhar o pão de cada dia.

Não há porque acreditar que o acontece em Ceilândia fica em Ceilândia. “O todo está no pouco”, já dizia o filósofo Anaxágoras e, através da pequena Ceilândia, vemos a história do descaso de um país.

Por William Gomes

Imagem: Divulgação do filme

O Palácio das Artes realiza de 26 de setembro até 3 de outubro, no Cine Humberto Mauro, uma mostra que destaca o trabalho de um dos maiores nomes do cinema mundial, o norte-americano Clint Eastwood. Serão exibidos 11 longas-metragens, todos dirigidos por Eastwood. “A mostra tem o intuito de mostrar o quanto Clint é um diretor clássico, capaz de frequentar os mais diversos gêneros cinematográficos”, afirma o gerente de cinema da Fundação Clóvis Salgado, Rafael Ciccarini.

Apesar de ser conhecido principalmente como ator, Clint Eastwood tem uma longa carreira como diretor. Já dirigiu um total de 35 filmes, e ganhou por quatro vezes o mais importante prêmio do cinema mundial, o Oscar. Ainda de acordo com Ciccarini, os filmes escolhidos para exibição na mostra são da fase mais madura da carreira de Eastwood. “São os filmes mais íntegros dele. Onde ele foi mais capaz de emprestar, de maneira muito vigorosa, a linguagem do cinema à narrativa”, comenta.

O gerente conta que teve também com a idealização da mostra, a intenção de destacar a face política-cinematográfica de Clint Eastwood, uma vez que os Estados Unidos vivem um período de eleições presidenciais e o diretor tem uma forte ligação com a política americana, inclusive recentemente deu uma declaração defendendo o Partido Republicano. “Isso traz uma reflexão entre a posição política do Clint e sua valoração humana. Nos obriga a pensar política de uma maneira mais poética”, analisa Rafael Ciccarini.

O Cine Humberto Mauro fica no Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1537 – Centro), a entrada para os filmes da mostra é gratuita, e os ingressos devem ser retirados na bilheteria do cinema meia-hora antes do início de cada sessão. A programação completa está disponível no site da Fundação Clóvis Salgado (www.fcs.mg.gov.br).

Por Marcelo Fraga

Imagem: Menina de Ouro (Clint Eastwood) / Fundação Clóvis Salgado – Divulgação

 

O Passeio Ciclístico “Vá ao museu de bike”, faz parte da 6° Primavera de Museus e será realizado no próximo sábado 29, pela Secretaria de Estado de Cultura através da Superintendência de Museus e Artes Visuais (Sumav).  “A ideia surgiu do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) como uma forma de atrair as pessoas aos museus”, declara a assessora de comunicação Angelina Gonçalves.

O objetivo é “fazer com que as pessoas deixem o carro em casa, saiam de bicicleta e tenham um local para deixa-las enquanto visitam os museus. Que elas vejam em uma maneira sustentável de se locomoverem, uma forma diferente de verem a cidade e pedalarem buscando a cultura”, ressalta Angelina Gonçalves.

Para facilitar, os ciclistas serão divididos em grupos para irem até os museus do Circuito Cultural da Praça da Liberdade. Logo após irão para o Museu Histórico Abílio Barreto e serão recebidos para uma visita, então retornarão para a Praça.

A concentração do passeio será no Museu Mineiro a partir das 13h e a saída está marcada para as 14h em direção à Praça da Liberdade.

Por Paloma Sena

Os visitantes do principal parque de Belo Horizonte, o Parque Municipal, localizado no centro da cidade, podem, além de apreciar a natureza do local, fazer atividades de ginástica nos 12 equipamentos que foram instalados este mês. Segundo a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (SMEL), o projeto chamado Academia a Céu Aberto visa atingir todas as idades, mas, prioritariamente, o público da terceira idade, com equipamentos implantados em espaços de fácil acesso.

Os aparelhos estão localizados próximo à portaria que dá acesso à Rua da Bahia e ao viaduto Santa Tereza. O aposentado Lucílio Pereira, 68, conta sobre seu primeiro contato com os equipamentos. “Sempre passo aqui pelo parque, mas é a primeira vez que venho fazer ginástica. Tenho um problema no joelho e acho que os exercícios podem me ajudar a melhorar”, declara.

Há também quem já se tornou um frequente utilizador dos aparelhos, como a açougueira Cleonice Rodrigues, 44. “Adoro ginástica, acho ótimo, maravilhoso. Ainda mais ao ar livre. Venho aqui sempre no meu intervalo para almoço.”, comenta.

Ainda de acordo com a SMEL, a capital já conta com 14 Academias a Céu Aberto e a previsão é que mais 40 sejam instaladas até o fim deste ano.

Por Marcelo Fraga

Foto: Marcelo Fraga

A Fundação Clóvis Salgado realiza o Projeto Cineminha que consiste em proporcionar as crianças de escolas públicas, com idades entre 8  e 11 anos, um primeiro contato com o cinema e com outras artes. “O Palácio das Artes é um ambiente cultural. Um momento diferente para essas crianças, que são de baixa renda, e muitas não estão acostumadas a espaços como este”, explica Cristiane Reis, coordenadora de uma das escolas participantes, localizada no bairro Heliópolis, região norte da capital.

Quando as crianças chegam ao jardim interno do Palácio, participam de algumas atividades recreativas antes de seguir para o Cine Humberto Mauro, onde ouvem um pouco da história do cinema. Logo depois, vem o tão esperado momento em que as luzes se apagam e começa a exibição de um longa-metragem infantil.

A coordenadora conta que há tempos leva os alunos de sua escola para o projeto. “Venho trazendo os alunos há mais de quatro anos. É muito importante que eles conheçam a sétima arte. E ainda há a intervenção dessas pessoas aqui do Palácio das Artes, o que agrega bastante no crescimento deles”, comenta Cristiane.

Para participar do projeto, as instituições devem se inscrever através do telefone (31) 3236-7389 e fazer o agendamento. As sessões acontecem às 08:15h e às 14:00h. São disponibilizadas 136 vagas a cada sessão e a entrada é gratuita.

Por Marcelo Fraga

Foto: Marcelo Fraga

Já imaginou o Parque Municipal aberto à noite toda, com direito a cardápio especial, café da manhã e, ainda, com todos os brinquedos liberados gratuitamente? Essa é a proposta do Noite Branca, evento promovido pela Fundação Clóvis Salgado de forma pioneira no país. Na sexta-feira, 14, a partir das 18h até às 4h de sábado, 15, o Parque e o Palácio das Artes abrigarão apresentações artísticas e musicais, mostra de vídeos, e exposições.

Uma das apresentações da noite será do Grupo de Percussão da Escola de Música da UFMG. O grupo foi fundado pelo professor Fernando Rocha, em 1989. Os alunos da Escola de Música fazem percussão como pratos, freios de carro e o com próprio corpo. A equipe musical de percussão traz para o Noite Branca arranjos do compositor, multi-instrumentista e contador de histórias Hermeto Pascoal.

Segundo o professor Fernando Rocha, o grupo preparou, exclusivamente, para o evento músicas que utilizam a marimba e o vibrafone, o que gera uma harmonia e melodia bem cativante. O Grupo de Percussão da Escola de Música da UFMG se apresenta às 20h30.

Por  Heberth Zschaber, Perla Gomes e Rute de Santa

Foto: Internet