Meio Ambiente

Depois de 116 dias sem chuva, chega à Belo horizonte a primeira frente fria que, segundo os meteorologistas, o fim do período seco. Na rua da Bahia, os termômetros registraram 21°C. A previsão de que a chuva diminua, mas deve ocorrer pancadas isoladas no decorrer das tardes ao longo da semana.

Para o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), Kleber Souza, em Belo Horizonte a chuva se encontra de forma moderada e instável. “Hoje, será o dia mais chuvoso segundo as previsões do INMET, pois a frente fria está posicionada em cima de toda a região da capital”, explica. “A partir de amanhã, se deslocará para a Bahia, poderá aparecer sol, mas há o risco de chuva fina durante toda a semana”, afirma o meteorologista.

A chegada da chuva mudou o ânimo das pessoas, principalmente, porque a qualidade de vida melhora com a umidade. A massa de ar quente que se encontrava até ontem, incomodava muita gente. “Com o ar seco, para mim, é impossível plantar. Os preços dos hortifruti aumentaram, eu espero que com a chuva, eu possa economizar ”, diz a aposentada Ignalda Furtado.

Para o jornalista Audrin Iglesias, o tempo chuvoso proporciona uma respiração agradável, tornando a qualidade de vida equilibrada. “Está melhor o clima na cidade, porque aumenta a umidade do ar e, com isso, o nosso nariz agradece”, ressalta.

Jornalista Audrin Iglesias
Jornalista Audrin Iglesias

Texto: Marina Costa e Bruno Sady

Foto: Bruno Sady

Em uma época em que as pessoas andam apressadas, preocupadas com o trabalho e em conseguir acender socialmente, pouco resta tempo para cuidar da saúde e manter hábitos saudáveis. O stress do cotidiano numa cidade como Belo Horizonte é uma das grande motivações para surgimento de doenças. Na busca de uma melhor qualidade de vida, há quem procure mudar o endereço de residência, redefinir a alimentação, reprogramar o horário de trabalho, dedicar ao exercício de uma boa leitura e apreciação da cultura, tirar umas boas férias e se entregar às terapias milenares de relaxamento.

O 4º Festival Internacional Andando de Bem com a Vida discute essas questões que gravitam em torno do bem estar. O conceito central do evento é o de rede: todos os fatores externos, como a preservação do meio-ambiente, a educação, a reeducação alimentar e a utilização de fontes alternativas de energia estão diretamente ligados a um melhor aproveitamento do espaço em que se vive e um melhor funcionamento de todos os organismos, incluindo, os seres humanos.

Para amenizar o quadro que projeta uma sociedade negligente em relação às questões de saúde e respeito ao planeta, o idealizador do festival, Ulisses Martins, acredita que “o contato com conhecimento é a única ferramenta capaz de mudar o ser”. Professor e médico, Ulisses diz que “é o momento de se repensar e modificar o estilo de vida, essa redescoberta é fundamental para as novas gerações, de modo que elas possam viver num mundo de múltiplas possibilidades no que tange a busca da qualidade de vida”.

Ulisses Martins, idealizador do festival
Ulisses Martins, idealizador do festival

A estrutura do festival começou a ser montado hoje e ele terá uma programação ampla com workshops, palestras, diálogos científicos, aplicações de massagens e outras técnicas para o bem estar e conexão com o planeta. A abertura será na sexta-feira, 24, às 17 horas na Praça da Liberdade e segue até o dia 26, com a abordagem dos mais diversos assuntos relacionados à “Biodiversidade Cultural”, tema do evento. A entrada para todas as atividades é gratuita. Mais informações no site do evento.

Ana Silvia Rabelo conserva hábitos saudáveis como passear com os seus cães
Ana Sílvia Rabelo, 17, estudante, conserva hábitos saudáveis como passear com os seus cães

Por Felipe Torres Bueno

Fotos: Felipe Torres Bueno

Pessoas que sobem e descem a Rua da Bahia. Pés apressados e um buraco na calçada. Uma combinação que pode render acidentes. Na esquina da Rua da Bahia com a Bernardo Guimarães, os buracos atrapalham a circulação de pessoas, principalmente crianças, idosos, cegos e pessoas com deficiência física.

Veja a opinião dos cidadãos que passam pela Rua da Bahia e se deparam com esse problema todos os dias no vídeo abaixo.


O que fazer?

Para registrar uma reclamação sobre os buracos nas calçadas e outras questões relacionadas à acessibilidades nas ruas de BH, deve ligar para 156. A reclamação é encaminhada para um departamento técnico da Operação Tapa Buracos. O prazo para a vistoria com o envio da notificação e o tempo para os responsáveis resolverem as irregularidades é de 90 dias úteis.

dsc_3591

Por Felipe Bueno, Thaline Rachel e Vanessa C.O.G.

Fotos: Felipe Bueno

Cerca de cem crianças do ensino fundamental, do Colégio Claretiano Dom Cabral, fizeram uma passeata na tarde desta segunda-feira, 6 de junho. A iniciativa teve como inspiração o Dia do Meio-Ambiente, comemorado, ontem, dia 5. O tema da passeata foi o melhor destino para o chamado lixo eletrônico.

O grupo percorreu a Rua da Bahia até a Praça da Liberdade, onde os alunos apresentaram os trabalhos escolares e participaram de dinâmicas voltadas para conscientização ambiental. Os alunos seguravam cartazes e folhetos que continham frases como: “o lixo eletrônico não é virtual. Ele existe e agride a natureza” e “Pela preservação da vida: se ligue nesse assunto”.

A coordenadora pedagógica, Adriana Quintão, explica a importância de não se desfazer do lixo eletrônico junto ao lixo domiciliar e de encaminhá-lo aos órgãos competentes, ouça:


O aluno do 5º ano, David Ge-Paulo, 11, avalia a iniciativa como importante para o meio ambiente pois estimula a reciclagem.

O aluno David Ge-Paulo

A professora do maternal, Luciana Lagares, destaca que é importante as crianças aprenderem sobre preservação do meio ambiente na escola, ouça:


Texto: Bárbara de Andrade

Foto: Marina Costa

Áudio-edição: Marcos Oliveira

A Prefeitura de Belo Horizonte e o Movimento Respeito por BH promoveu nesta sexta-feira, 20, a abertura da exposição fotográfica “Cidadão – cuidando do que é de todos”. A abertura aconteceu às 15h, na Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, anexo Professor Francisco Iglesias, na Praça da Liberdade, que teve a presença de alunos de escolas públicas, professores, representantes do Governo e Prefeitura, além de apresentações infantis e da banda da Guarda Municipal.

Apresentação Infantil

O projeto tem o apoio da Prefeitura de Belo Horizonte, Ministério Público Estadual, Polícia Militar, Polícia Civil, OAB e setores da sociedade civil. A exposição sugere 122 registros das ações de despiches (limpeza de pichações) e a mobilização popular e dos órgãos públicos resgatando o espaço urbano, reconstituindo e cuidando do patrimônio da capital.

Um dos saldos positivos nesta campanha de combate ao vandalismo foi o esforço da população contra a pichação. Moradores, pais, alunos, professores, comerciantes, instituições e demais participantes reuniram esforços, para limpar os muros castigados pelo vandalismo.

Solange Soares que passava pelo local e que trabalha como Serviços Gerais no Memorial Minas gerais – Vale, disse que a ideia do movimento é ótima. “Eu acho uma boa iniciativa, isso poderia acontecer mais vezes em belo Horizonte”, afirma.

O Movimento Respeito BH salienta o ordenamento e a correta utilização do espaço urbano. A exposição é o registro da mobilização popular e o apoio dos órgãos públicos a estas iniciativas que resgatam o espaço urbano, reparam e protegem o patrimônio da cidade de Belo Horizonte.

A Diretora da Biblioteca Pública Luiz de Bessa, Thais Queiroz Brescia defende que a preservação é muito importante para a cultura e que é nosso dever manter a cidade limpa. “É direito de todo cidadão viver em lugar limpo e preservado”, completa.



Explica ainda sobre a importância das escolas terem acesso a este tipo de informação.



Demonstração de limpeza

Representantes da empresa Sauber Jet estiveram no local para uma demonstração de limpeza de uma parede pichada. Roberto Medeiros que é um dos parceiros da empresa, disse que movimentos como este é muito importante para a conscientização das crianças. “Este tipo de educação tem que começar na infância e isso é fundamental”, recomenda.

A remoção da pichação dura de 10 a 15 minutos, usando um sistema que não utiliza produtos químicos ou água, realizando a seco e sem geração de resíduos.

Despiche

Texto por Anelisa Ribeiro e Raphael Jota

Foto por Thaline Rachel

Audio por Raphael Jota

Conhecida pela beleza arquitetônica e por proporcionar espaço à prática diária de exercícios físicos, a Praça da Liberdade abriga diariamente diversos animais (rolinhas, pombos e até micos!). Diariamente, o aposentado e freqüentador, Domingos Souza, 89, alimenta diversas aves ao longo da praça e quando não pode comparecer, sempre envia alguém para realizar esse trabalho, garantindo que os animais não fiquem sem a alimentação.

Natural da cidade Além Paraíba, Zona da Mata, o aposentado se recorda da época em que vivia em uma fazenda, nos anos 1940, e destaca que o homem é a principal causa da degradação ambiental. “O próprio homem está destruindo o meio onde vive e junto com ela a natureza vai se esgotando. Será que o homem não compreende que tem que cuidar da natureza, e que as espécies estão tentando sobreviver aos nossos costumes?”, indaga.


Domingos jogando alimento para os pássaros.
Domingos jogando alimento para os pássaros.

Os aliemntos são comprados pelo próprio aposentado.
Os alimentos para os pássaros são comprados pelo próprio aposentado.

Belo horizonte é uma capital que possui expressiva diversidade de aves em seu território. Fatores importantes contribuem para a riqueza de espécies do município, como a grande variedade de habitat: lagos, lagoas, fragmentos de mata, campos rupestres, parques, praças, ruas arborizadas e pastagens.

O desmatamento desses espaços faz com que espécies migrem em outros lugares. “Vários pássaros estão saindo de seu habitat em busca de alimento, pois não estão encontrando em outros lugares, estou contribuindo para que os animais não sumam de nossa paisagem”, conclui Domingos.


Por: Marina Costa

Foto: Bárbara de Andrade