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Tarso Brant (Foto: Reprodução)

Por Bianca Morais

Você já ouviu falar em Tarso Brant? Se não, provavelmente já escutou sobre Tereza Brant. Falo com tal propriedade porque ele já apareceu em muitos programas da televisão brasileira e fez participação especial na novela A Força do Querer, que está sendo reprisada pela emissora Rede Globo no horário das 21 horas.

No ano de exibição da trama o assunto surgiu ainda como um tabu na mídia e na sociedade. Até então, muito pouco se sabia sobre transexuais, que é termo usado para definir as pessoas cuja identidade de gênero difere daquela designada no nascimento. A novela foi transmitida em 2017, hoje, 2021 a aceitação continua muito baixa, porém o conhecimento do significado da sigla T de LGBTQIA + já vem se disseminando.

Tarso Brant na novela A Força do Querer (foto: reprodução)

O Brasil é um país preconceituoso. E sim,  isso é uma afirmação. Pela 13° vez, o Brasil é o país que mais mata pessoas trans e travestis no mundo. Entre 1º de janeiro a 30 de setembro de 2018, 271 transgêneres foram mortos em 72 países. Desses, 125 foram só no Brasil. Três dessas vítimas morreram em decorrência de tortura, enquanto quatro foram decapitadas ou tiveram seus corpos esquartejados.

Mas chega de falar de algo desagradável, vamos falar de algo bom, e com bom eu quero dizer: Tarso Brant, que em meio a tantas dificuldades e intolerâncias, ele vence e luta todos os dias por igualdade. Quando se trata de aceitação trans, questionado sobre se identificar como ativista da causa, ele afirma “eu sou a causa”. E pronto, esse texto poderia acabar aqui, porque é exatamente disto que se trata, enquanto existir o Tarso Brant, o Elliot Page, o Thammy Miranda, a Duda Salabert, ou qualquer outra pessoa trans e travesti vivendo, respirando e resistindo, essas pessoas serão a causa, elas vão incomodar muitos, mas serão exemplo e inspiração para muitos outros não desistirem.

E o texto não acabou ali. Foi modo de me expressar mesmo. Aqui, agora, vamos falar de algo muito bom que é a existência de Tarso Brant. Homem trans, 27 anos, aquariano, modelo e ator, natural de Belo Horizonte. Quando chegou ao mundo no dia 7 de fevereiro de 1993, Tarso Brant se chamava Tereza Brant e ocupava o corpo socialmente dito como de “menina”.

Desde criança, Tarso, sentia esse desconforto referente a sua aparência física, não se sentia bem naquele corpo de “menina”, aquela pele lisa, cabelo comprido, nunca foi fácil se olhar no espelho e não gostar do que via, por isso, sem saber o que fazer se adaptava com o que podia, usando roupas mais largas e acessórios.

Foi na sua adolescência que veio a mudança drástica. Tereza Brant foi colocado em um grupo criado por João W.Nery, cujo nome era “FTM Brasil (feminino trans masculino Brasil)”. Para quem não sabe, João W. Nery foi um psicólogo e escritor brasileiro conhecido por ter sido o primeiro homem trans a realizar a cirurgia de redesignação sexual no Brasil. Ali, o jovem Tereza Brant percebeu que não era o único. Dentro desse grupo ele teve acesso a importantes informações sobre hormônios e como poderia administrá-los para ter o efeito desejado.

Tereza iniciou essa busca por si mesmo, sozinho. Era um segredo apenas dele, não se abria nem com a família e muito menos com os amigos, até o momento em que percebeu que determinadas mudanças seriam mais acentuadas. Nesse instante tomou a decisão de que era hora de contar para seus pais. Brant não contou aos seus pais de primeira, disse apenas que estava tomando “algumas coisas” para melhorar seu desempenho na academia e isso poderia alterar um pouco seu corpo. Aos amigos, ele não fazia muita questão de dar satisfações e o diálogo era sempre o mesmo:

-“Nossa você tá diferente. O que tá tomando”?

-“Tô me alimentando bem e me exercitando”.

-“Mas a sua aparência tá diferente”.

-“Impressão sua”.

-“Você não acha que é feio para mulher”?

-“Tô me sentindo bem, não se preocupe”.

A verdade é que nada daquilo interessava a ninguém a não ser a ele mesmo. Tarso sentia uma vontade que o movia incessantemente, não ligava para obstáculos ou criticas. Desistir? Jamais. Ele queria se encontrar e faria o que fosse necessário para aquilo acontecer.

Amar é aceitar o outro como ele é. E foi isso a base da força que o moveu. Os pais não sabiam detalhes desse tratamento, mas sabiam que não iriam lhe fazer mal, que ele estava tendo o acompanhamento necessário, então o que ficava a cargo dos pais era dar amor, carinho e apoio, isso nunca faltou. Se você  é pai de um ser humano, sua obrigação é estar ali para o seu filho, amar independente, se o seu filho não está fazendo nada que o prejudique ou prejudique outra pessoa, ele não está fazendo nada de errado, por isso, sua única missão é amá-lo.

Você é homem ou mulher? Nunca precisou disso. Nunca foi necessário. Os pais de Brant sempre tiveram esse tato com ele, uma sensibilidade de estar ali e dar apoio.

Foi com muito amor que Tarso iniciou seu processo de transição hormonal.

Lá entre os seus 19 e 20 anos ele começou o uso de hormônio, essa fase inicial foi sem dúvidas para o jovem algo desafiador e muito conturbado. Hormônios são por natureza substâncias importantes para o controle e bom funcionamento do organismo. Esses hormônios fizeram com que características psicológicas afloracem de uma forma incrível, o que fez com que Brant se redescobrisse. Os três primeiros meses foram marcados por picos de excessos: humor, libido, confusões mentais, uma verdadeira explosão de energia sem igual.

Conforme os meses iam se passando as características físicas apareciam mais e mais. No quinto mês já era possível ver os pelos no rosto, a voz mais grave, músculos rígidos e muita fome. Que bom que os pais do jovem são cozinheiros de mão cheia e além de dar todo amor e apoio davam também algo muito relevante nesse processo, comidinhas boas. Filho único e mimado pelos pais. Bom demais.

Do sexto mês adiante o rapaz já estava mais adaptado àquele processo invasivo, dessa forma estava na hora de cuidar de mais um detalhe importante, a mente. Ele buscou um pouco de paz no espiritismo e seus ensinamentos. O processo de autoconhecimento é algo bem extenso e que dura a vida inteira, manter contato com terapeutas, prezar por saúde mental é de suma importância para qualquer indivíduo.

Agora se você leu isso tudo até aqui e se lembrou de algumas das cenas da novela A força do querer é porque Tarso Brant (na época com nome Tereza), foi consultor exclusivo de Glória Perez para escrever a personagem Ivana, e pode ter certeza que assim como nas novelas ele terá um final feliz.

Depois do final de seu primeiro ano de tratamento, a aparência já estava completamente do gênero masculino. Brant já se via no espelho com seu jardim particular, que deve ser aparado no mínimo uma vez por semana, e sim, eu estou falando de sua barba.

Tereza Brant sempre vai fazer parte do Tarso Brant, mas chegou uma hora que aquele nome feminino não cabia mais, com tantas mudanças e evoluções estava na hora de assumir de vez uma nova identidade. Tarso entrou com o processo de pedido para averbação referente ao seu nome e gênero, após oito meses teve o retorno. Tarso foi o nome que sua família lhe deu.

Tarso Brant é um ser inquieto, aventureiro, destemido, curioso, pensante. Gosta de tocar com DJ em festas, jogar basquete, andar de patins, correr, dançar, cantar, tocar instrumentos, escrever. Tarso já namorou menino antes da transição, Tarso já fugiu correndo da mãe de uma ex-namorada enquanto ela o perseguia de carro tentando atropelá-lo. Tarso gosta de ouvir bem alto Power of two, música da sua banda favorita Indigo Girls. Tarso é grato por tudo que já conquistou na sua vida. Tarso ri, Tarso chora, Tarso é igual a mim e a você que está lendo esse texto. Tarso erra e acerta. Tarso está todos os dias em busca de ser melhor como ser humano.

Quando o assunto é transexualidade, um dos pontos que mais devemos nos lembrar é que todos somos humanos, de carne e osso. Erramos e acertamos. Se você encontrar o Tarso na rua, ficar confuso e acabar o chamando de ela por nervosismo, ele não vai te xingar ou te ofender, ele vai dar uma risada descontraída e te orientar do que é certo. Todo dia é um novo dia para aprender e se tornar uma pessoa melhor.

Hoje, Tarso Brant está bem consigo mesmo, mais consciente e mais maduro. Se arrepende apenas do que ainda não fez, e isso tudo porque ele é quem ele sempre sonhou ser.

“Nunca diga nunca, pois os limites são como os medos: sempre são apenas ilusões”. Quem disse isso foi uma das inspirações de Tarso e o nome dele é Michael Jordan. Ex-jogador na NBA, Jordan é também um grande motivador, autor de vários livros sobre superação, ele ensina que é preciso tentar e fazer acontecer.

Foto: Reprodução

A liberdade de ser quem se é de verdade não tem preço.

Vamos voltar um pouco no exemplo da Ivana de A Força do Querer. Uma das cenas que eu mais gosto de toda sua jornada é o momento em que ela se assume trans para os pais e finalmente vira ele. O grito que solta, o grito que ficou anos entalado dentro de si e que finalmente pôde pôr para fora. Ver aquilo me passou uma sensação tão boa, tão libertadora, é aquelas cenas de arrepiar, sabe? Quando a ficção se mistura com a realidade, aquilo que nos faz sentir.

Durante essa cena existe outro detalhe importante a ressaltar, a mãe de Ivana chorando após ver a filha com os cabelos curtos, chorando de tristeza por estar perdendo sua filha, sua princesinha como ela dizia. Não era tristeza que ela deveria estar sentindo, mas isso a personagem entenderá mais para frente.

Sabe quem devemos nossas lágrimas de tristeza? A cena da Camila de laços de família. Ok leitores aqui vocês percebem que sou uma noveleira, mas não vamos perder o raciocínio. Em um dos maiores sucesso de Manoel Carlos, a personagem Camila tem leucemia, um câncer, uma doença que mata milhares de pessoas todos os anos, isso sim era cena de chorar de tristeza, inclusive você também consegue revê-la no a tarde no vale a pena ver de novo. Agora tratando de Ivana, a única lágrima que pode ser derrama pelas madeixas perdidas pela personagem é de alegria e felicidade, por ver ele finalmente se olhando no espelho e se reconhecendo como sempre quis.

Ser transexual não é doença, mas mesmo assim acaba matando milhares de pessoas no Brasil todos os anos. Lamentável se pensar nisso. Deplorável saber que a perspectiva vida de um indivíduo trans é de 35 anos, e isso não é por conta dos hormônios e toda essa mudança, porque sabendo cuidar a estimativa de vida é muito maior, o que mata transexual no Brasil é a transfobia, atos de violência física, moral ou psicológica. É preciso ter mais compreensão sobre a causa, é necessário mais educação sobre esse tema nas escolas e dentro de casa, é imediato a necessidade de romper o preconceito.

A sua verdade não é absoluta, respeito se deve a todos. “Ame o seu próximo como a si mesmo”. Essa frase poderia ter sido dita pelo M.Jordan mas é um pouco mais antiga que ele, e, na verdade, foi dita por um ídolo também muito conhecido por muitos. Essa frase e seu autor eu deixo no ar, mas adianto que para ela só existe uma interpretação e não está relacionada a preconceitos.

O mês da visibilidade trans foi em janeiro, mas o respeito deve ser praticado todos os dias.

*Agradecimento especial a Tarso Brant por ter colaborado com a matéria.

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*Por Bianca Morais

A Mostra de Cinema de Tiradentes chega à sua 24°edição com versão totalmente online e gratuita, devido a pandemia do novo Coronavírus. A programação diversificada estará em cartaz de 22 a 30 de janeiro.  

O evento é considerado o maior do cinema brasileiro contemporâneo e apresenta sempre o que há de mais inovador e promissor na produção audiovisual brasileira, em pré-estreias mundiais e nacionais, uma trajetória rica e abrangente que ocupa lugar de destaque no centro da história do audiovisual e no circuito de festivais realizados no Brasil.

A Mostra Tiradentes deste ano exibirá um total de 114 títulos de 19 estados brasileiros. Os filmes estão em pré-estreias nacionais e foram selecionados por um forte grupo de críticos e pesquisadores. Os longas-metragens ficaram a cargo dos críticos Francis Vogner dos Reis e Lila Foster. A curadoria dos curtas foi assinada por Camila Vieira, Tatiana Carvalho Costa e Felipe André Silva.

Felipe André Silva é um dos curadores do evento, para ele essa experiência tem sido muito instigante e curiosa, principalmente por se diferenciar das que já trabalhou. Felipe já foi cineclubista por alguns anos e depois colaborou na seção de longas do Janela  Internacional de Cinema do Recife.

“Esses dois trabalhos têm em comum o processo intuitivo e complexo de ir buscar os filmes, pesquisar o que acontece de interessante, tentar criar uma linha coerente a partir de uma proposta puramente pessoal. Já Tiradentes é um trabalho mais “tradicional”, no que diz respeito a seguir o protocolo de avaliar apenas filmes inscritos, e a partir desse universo restrito tentar dar conta do que acontece de interessante na produção nacional durante aquele período”, conta ele.

O curador acredita que a seleção de curtas deste ano conseguiu cumprir sua missão apesar dos diversos problemas que vive tanto o cinema brasileiro quanto do resto do mundo. “Felizmente ainda estávamos num período transicional, por assim dizer, então muitos filmes tradicionalmente narrativos, e experimentos curiosos surgiram para nós, mas fica a dúvida do que será essa próxima etapa do cinema brasileiro, estagnado tanto pela pandemia quanto pelo desmonte das políticas de fomento” complementa.

A Mostra de Cinema é um evento muito além do audiovisual, é uma manifestação artística que conta com uma programação cultural extensa. Mostras temáticas, homenagem, oficinas, debates, seminário, mostrinha de cinema, exposições, live-shows, performance audiovisual, encontros e diálogos audiovisuais e atrações artísticas são alguns dos exemplos do que está presente.

Assim como nos anos anteriores, a mostra irá contar com o Encontro com o filmes e os debates. Nos Encontros com os Filmes, críticos e pesquisadores convidados irão discutir alguns filmes em exibição com a presença dos realizadores e dos espectadores. Nos debates, discussões conceituais em diálogo com a temática deste ano e a produção brasileira contemporânea.

O tema desta edição é “Vertentes da Criação”, proposto pelos curadores Francis Vogner dos Reis e Lila Foster, reflete como realizadores audiovisuais se relacionam com a construção das imagens e sons na busca pela poética de seus filmes.

“O convite a esse exercício de pensar os caminhos do cinema pode criar um léxico, novas palavras, acionar o campo de expressão das experiências particulares do trabalho de criação, um trabalho que não está isolado dos processos mais amplos do mundo (econômicos, técnicos, políticos), mas dele toma parte ativa com mais proximidade ou com uma calculada e necessária distância”, afirma Francis Vogner dos Reis.

A abertura do evento terá a exibição do filme inédito e em finalização “Obstinato”, dirigido pela homenageada Paula Gaitán. A cineasta é uma artista incontornável do cinema brasileiro, ela é a pura representação do tema da edição, uma vez que seus filmes se empenham sempre em buscas distintas. Além de cineasta é também artista plástica, fotógrafa e poeta. Paula está por trás de grandes obras cinematográficas, Vida, Agreste, Exilados do Vulcão, Memória da Memória, Noite, o videoclipe Mulher do Fim do Mundo da Elza Soares, É Rocha e Rio, Negro Léo, Sutis Interferências, entre outras.

O encerramento, no dia 30, terá a pré-estreia de Valentina, de Cássio Pereira dos Santos.

A programação completa do evento já está site oficial, confira.

 

 

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Nutricionista e Preparador Físico falam sobre cuidados para manter o corpo saudável 

Por: Amanda Gouvêa e Camila Toledo

A pandemia global do novo coronavírus, fez com que várias pessoas trocassem a sua rotina normal de trabalho pelo “home office” (teletrabalho) e pelo ensino remoto, no caso das universidades. Além disso, essas mudanças também afetaram as formas de lazer e de se exercitar, impactando diretamente na saúde física e emocional de diversas pessoas pelo país.

Muitos estabelecimentos comerciais (bares, restaurantes, academias e afins), estão com funcionamento reduzidos ou fechados, com isso, as pessoas cada vez estão a procura para alternativas de consumo, o que contribuiu significamente para o aumento de pedidos de delivery e, consequentemente, o sedentarismo.

Com o intuito de entendermos as consequências da má alimentação e da falta de exercícios físicos, conversamos com Clara Marcelle, nutricionista que atua na rede pública de Vespasiano, e com o preparador físico da equipe feminina de vôlei do Itambé/Minas, Alexandre Marinho, sobre os impactos e cuidados que devem ser tomados devido ao isolamento social ocasionado pela Covid-19.

Cuidados com a alimentação

Clara, Quais os hábitos que devem ser evitados durante esse período de isolamento social?

CM: Você deve evitar criar “falsos hábitos” Mudar horário do sono, alimentação, trabalho, você mesmo que esteja em casa, tente manter os hábitos e horários, da sua vida habitual antes.

A crise que vivenciamos devido a pandemia da Covid-19 influencia na formação de comedores compulsivos?

CM: O período de quarentena que estamos vivenciado influencia muito na nossa alimentação. Quando estamos em casa e ansiosos nossos hábitos compulsivos afloram, por este motivo é importante tentar manter os horários habituais.

Como se alimentar em tempos de pandemia? Quais alimentos ajudam no fortalecimento da imunidade?

CM: Precisamos ficar atentos a algumas fontes que podem fortalecer nosso sistema imunológico. A vitamina C por pode ser encontrada na acerola, limão, goiaba, caju, laranja, brócolis, pimentão, espinafre, salsinha e tomate. Estas opções podem ser incluídas em saladas, sucos, temperos e consumo in natura. Podemos inserir o Zinco na alimentação através de semente de girassol, abóbora, chia, farelo de aveia, castanhas e nozes – que podem ser adicionadas em vitaminas, sucos, bolos, na preparação de alguma refeição ou consumidas in natura, e carnes em geral. É importante incluir também o Ferro no cardápio, consumindo carnes e vegetais verdes escuros, e Vitamina A, presente nos alimentos alaranjados como cenoura, mamão, abóbora, além de ovos, manga, couve, espinafre, pimentão vermelho, leite e derivados.

Uma boa hidratação é essencial para combater infecções virais, por isso alerta-se para o consumo diário de no mínimo dois litros de água potável evitando assim a desidratação. Lembrando que uma alimentação equilibrada não é cura para o vírus, mas fortalecerá o sistema imunológico.

Com o isolamento social as pessoas tem pedido com mais frequência comida em Delivery. Existe algum tipo de dica pra que isso não afete tanto na saúde das pessoas?

CM: A dica é: se for pedir um Delivery, evite sanduíches, pizzas e outros tipos de massa, dê preferência a pedidos de comidas in natura, frutas, legumes frescos e sucos naturais.

Existe uma forma correta para a higienização dos alimentos?

CM: Sim, a forma correta é: Para cada 1 litro de água, coloque 1 colher de sopa de hipoclorito de sódio (água sanitária), e deixe verduras e legumes imersos nesta solução por 15 minutos. Para produtos embalados, você deve borrifar álcool líquido sobre as embalagens lacradas. Nunca faça isso com embalagens abertas. Caso prefira usar álcool em gel, você deve adicionar um pouco do álcool em um pano limpo e passar sobre toda a embalagem.

Cuidados com o corpo

Alexandre, em meio ao isolamento social devido à pandemia de Covid-19 muitas pessoas só estão saindo de casa em casos muito necessários, então, até atividades simples praticadas no dia-a-dia – como subir escadas no trabalho ao invés de usar o elevador e preferência à caminhada ao percorrer distâncias curtas, por exemplo – foram paralisadas. Como as pessoas podem inserir atividades em seus cotidianos sem sair de casa?

Hoje a gente tem várias opções, os profissionais estão cada vez mais criativos e estão elaborando treinos de acordo com as coisas que as pessoas têm em casa: é possível transformar toalhas em TRX – que é um treinamento de suspensão – amarrando na porta, por exemplo, e (utilizar) principalmente o peso corporal que, com a criatividade de quem está prescrevendo, a gente consegue variar bastante o tipo de estímulo: pranchas, puxadas, flexões de braço, agachamentos são alguns dos exemplos que conseguimos fazer em espaços bastante limitados. É a criatividade de quem prescreve (os exercícios) que vai mandar, pensando também na individualidade para conseguir ajustar essas cargas em função da demanda da pessoa

Qual a importância da mobilidade para quem está trabalhando em home office?

AM: A mobilidade e a flexibilidade são alguns dos pilares do treinamento em casa no período de pandemia, então é fundamental que a pessoa se preocupe com esse tipo de exercício porque a tendência é ficarmos cada vez mais parados. Muitas pessoas estão casa, então os deslocamentos são pequenos e as atividades do dia-a-dia estão cada vez menores.

Quais prejuízos de se ficar muito tempo sentado em uma única posição?

AM: Nada que é exagerado é bom, então ficar na mesma posição pode gerar dores nas pernas, na região lombar, na região torácica. Manter uma mesma posição durante muito tempo é prejudicial em relação à dor e obviamente ao ficar muito tempo sentado você diminui ainda mais o gasto calórico. O ideal é, mesmo dentro de casa, se locomover o máximo possível.

Quais os efeitos do isolamento no corpo de um atleta com a paralisação das atividades dos clubes? E nas pessoas não atletas, qual a diferença?

AM: O atleta tem várias demandas físicas, a qual depende da modalidade. Independente de qual esporte é praticado, as perdas são muito grandes: força muscular, potência, agilidade, velocidade, além de mudanças ruins na composição corporal, ou seja, ele tende a perder massa magra e ganhar gordura. Isso porque o tipo de estímulo que a gente dá em casa está longe de ser o estímulo que ele, o atleta, trabalha no clube com disponibilidade de equipamentos, com a intensidade do treino.

Nós não conseguimos reproduzir isso de uma forma ideal para a demanda de um atleta. Uma pessoa normal, como ela não tem a mesma demanda, tem perdas um pouco menores, mas elas existem também. Se você para de treinar, começa a se alimentar mal – e a tendência é comer mais. Assim, a composição corporal vai variar de uma forma muito ruim, então temos que estar atentos a isso.

O Minas Tênis Clube têm realizado lives no instagram e preparado vídeos no Youtube com exercícios físicos instruídos por seus profissionais de cada área. Qual a importância disso nesse momento?

AM: A importância dessas lives nas redes sociais é minimizar essas perdas que vão ocorrer, não tem jeito, o período é muito extenso. No vôlei feminino, por exemplo, eu dou férias de inatividade de uma semana apenas para as atletas, já estamos estendendo muito o tempo. Se não fizer nada, a perda é muito grande. Então, a ideia dessas lives é minimizar as perdas das capacidades físicas e, no caso das atletas, prepará-las para retornar em uma condição melhor.

Quais os perigos de se fazer um exercício sem a instrução devida de um profissional?

AM: A pessoa adequada, para instruir os exercícios, é o profissional de educação física, porque ele organizará a sua demanda, seus problemas e eventuais lesões. Não recomendo as pessoas pegarem vídeos de blogueiros, porque, estes podem fazer coisas erradas e passando treinos sem ver quem está do outro lado, perdendo a orientação. Fazer qualquer coisa é melhor do que nada? Nesse momento, sim. A orientação é mover-se, mas com cuidado. Temos muitas opções tecnológicas para um preparador físico ou um personal trainer conseguir, virtualmente, ajudar. Não é o ideal, mas conseguimos ajudar sim.

Como está trabalho com as atletas do Minas? Quais as recomendações e dicas você e sua equipe estão passando para as jogadoras?

AM: No momento, não só para as atletas, mas para a população em geral, a gente tem que se exercitar, mas é preciso alguns cuidados. Não é a hora de fazer exercício extenuante, em altíssima intensidade ou exercício muito prolongado. A gente sabe que o nosso sistema imunológico pode sofrer e não é a hora dele estar debilitado.

Exercícios moderados a moderado intenso são mais curtos, via de regra hoje eu recomendo em torno de 45 minutos – talvez um pouco mais, um pouco menos, mas por volta disso. Esse é o principal recado que eu passo para as atletas porque elas acham que, como está parado, tem que se dedicar ao máximo e não é bem assim. Tem que se dedicar fazendo o que é para ser feito, mas com os devidos cuidados. Elas vêm treinando, algumas tem a estrutura própria que facilita (as atividades), e eu personalizo o treino, mando vídeos explicativos com as todas as variáveis do treinamento e, pra quem não tem estrutura, eu passo um treino com peso corporal, utilizando o menor espaço possível. Tudo isso dentro da base que eu disse, que é estimular o gasto calórico, diminuir as perdas das valências físicas, de potência, de força. Então é um pouco nesse sentido.

 

 

*A entrevista foi revisada por Italo Charles e Daniela Reis

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Dependência dos animais em relação aos tutores pode desencadear ansiedade da separação ao final da quarentena

*Por Camila Toledo

Quem tem um animal de estimação sabe que ele precisa – além de muito amor – de cuidados com a saúde. Porém, muitas vezes, alguns comportamentos indicativos de problemas psicológicos podem passar despercebidos. E não se trata apenas de cães e gatos: pássaros, roedores e outros animais exóticos também têm suas particularidades e necessitam de ainda mais atenção. Falta de espaço, alojamento inadequado e apresentação de um novo companheiro de forma brusca podem acarretar uma série de problemas que vão desde a perda de apetite do animal à automutilação.

Foi o caso da Calú, a calopsita da Milena Hanazaki, de 20 anos, que conversou com a gente sobre o assunto. “Percebi que tinha algo errado com a Calú quando ela começou a se coçar muito, deixava de comer e brincar pra ficar se coçando. Ela não sabia se coçava as costas, a barriga, o rabo, se pudesse coçava tudo ao mesmo tempo. A princípio suspeitei de ácaros ou piolhos, que acabam sendo comuns nas aves, mas como o medicamento não teve efeito, o veterinário indicou exames suspeitando alguma alergia ou protozoários internos, mas todos deram negativo. Ela se coçava a ponto de machucar e, como não parava, as feridas não curavam fácil.”

Histórias como a da Calú não são casos isolados. Bruno Campos, que é médico veterinário formado pela UFMG e instrutor em medicina comportamental e psicologia canina do Núcleo de Treinamento e Adestramento de cães (NUTRA) da PMMG, explica que o estresse de um animal pode se agravar quando o dono e o veterinário não identificam comportamentos anormais, normalmente confundindo os sinais que um pet pode dar de que está estressado com problemas fisiológicos:

“As aves quando se encontram em estado de estresse tendem a arrancar as próprias penas, ingerir menos água, comer menos e ter estereotipias (movimentações compulsivas), como forma de aliviar o estresse. Algumas podem ficar balançando de forma rítmica de um lado pro outro na gaiola. Podemos encontrar na internet vídeos de pássaros fazendo isso e os donos filmando e achando bonitinho, quando na verdade isso é um sinal que o animal apresenta de que está estressado. Inclusive, existem animais que se automutilam na tentativa de drenar essa frustração. Casos como o da Calú são comuns em meus atendimentos principalmente pela dificuldade em se fazer um diagnóstico preciso do problema comportamental por aquele colega que não tenha essa casuística em sua rotina de trabalho.

Alguns animais podem ter repercussões fisiológicas como vômito, queda de pelos, diarreia e inapetência. Muitos tutores no intuito de resolverem rápido o quadro clínico buscam saídas medicamentosas para o problema, mas vale ressaltar que os psicofármacos devem ser usados com critério e serem prescritos por um veterinário. Geralmente ajustes na rotina e no enriquecimento ambiental podem ser suficientes na resolução sem lançarmos mão de métodos mais invasivos.”

Sem diagnóstico do veterinário, Milena foi quem percebeu que Calú estava acuada por causa de seu companheiro de gaiola: Nick, que havia chegado já adulto à sua casa quando Calú tinha nove meses. Segundo a tutora de Calú, os dois viveram juntos por um ano até tudo começar a acontecer:

“Eu não sabia mais o que fazer, até que um dia eu vi o Nick – minha outra calopsita – avançando na Calú enquanto ela comia e surgiu a hipótese de estar incomodada com a presença dele. Fui direto conversar com o veterinário sobre essa possibilidade e ele confirmou que era possível que a mudança de comportamento dela fosse devido a estresse. Primeiro decidimos fazer um teste tirando o Nick de casa, levei ele pra casa da minha mãe e no segundo dia a Calú já mudou o comportamento, apesar de não ter parado de se mutilar porque o estresse estava em um grau muito elevado. Quando percebi a melhora rápida da Calú, decidi com muito pesar doar o Nick. Hoje ela está curada e feliz, mas ao todo foram 11 meses de tratamento intenso, muitos remédios para tratar as feridas, anti-fungos, anti-inflamatórios, entre outros.”

Quando se trata de cães e gatos não é diferente: uma mudança no ambiente pode causar problemas por muitos meses se o tutor não entender o comportamento e as necessidades do seu animal, como explica Bruno:

 “Qualquer coisa que altere a rotina de um animal é passível de evocar nele o estresse. Barulhos que ele não tenha sido acostumado, alterações da rotina – muitos clientes entraram em contato comigo já durante essa situação de quarentena dizendo que o cão está apresentando um comportamento diferente, e isso se deve ao fato de que ter os tutores em casa todos os dias, o tempo todo, não fazia parte do contexto de vida deles.  

Nesse período de isolamento que estamos vivendo eu prevejo um aumento exponencial dos casos não só de estresse, mas também de ansiedade da separação, que é quando o animal não lida psicologicamente bem com a ausência abrupta do tutor, e isso vai ocorrer ao fim dessa quarentena. Eu recomendo aos tutores nesse momento proporcionar momentos de autonomia emocional aos pets para que eles possam brincar sozinhos, ter prazer em estarem sozinhos, e pra isso é muito importante o enriquecimento ambiental específico pra cada animal. Não precisam ser muitos brinquedos, mas sim brinquedos que estimulem o cognitivo deles e os aproximem daquilo que teriam na natureza.”

Além do relacionamento do pet com o tutor, a convivência de um animal com outro que viva no mesmo ambiente também deve ser observada. O instinto de dominação, por exemplo, pode desencadear uma série de problemas entre animais, principalmente se houver interferência – mesmo que involuntária – do tutor nessa ordem natural, como destaca Francisco Daniel Schall, médico veterinário pela FEAD – MG, que também é membro da ONG Asas e Amigos e trabalha no Zoológico de Itabirito:

“Os próprios cães definem quem vai ser o dominante, então quando o tutor percebe que um animal está mais tenaz, a recomendação é para que o cão dominante seja o primeiro a receber carinho, comida, para deixar a dominância bem estabelecida entre os animais e evitar que aconteçam brigas. Se o tutor bagunça essa ordem, o cão dominante tende a bater no outro pra ficar na frente.”

Já a médica veterinária Anna Luiza Machado Sampaio, graduada pela Universidade Federal do Pampa, ressalta que os gatos são mais facilmente estressáveis do que os cães, porém se divertem com pouco:

“Gatos são animais que só vão mostrar que estão doentes em último caso, então o tutor precisa estar atento a qualquer mudança de comportamento. Eles se estressam muito fácil, então precisam de enriquecimento ambiental, brinquedos – e não precisam ser coisas caras, pode acontecer de você comprar um brinquedo novo e o gato gostar mais da caixa em que ele veio. Além disso, precisam também de um cuidado especial ao apresentar um novo animal.

Os felinos são animais muito sensíveis e podem ter uma descarga de adrenalina que resulte numa parada cardíaca em um pico de estresse – o que também pode acontecer com cães de pequeno porte. Eu já atendi um caso em que o gato desenvolveu uma cistite – que é a inflamação da bexiga – emocional porque os tutores mudaram os móveis da cozinha de lugar.”

Animais de zoológico, exóticos, também estão são suscetíveis ao estresse, na maioria das vezes pelo fato de estarem confinados, como explica Daniel Schall:

“O comportamento de animais estressados por estarem presos num zoológico é semelhante a uma pessoa que está na cadeia, procurando o que fazer e alguns reproduzindo ações repetitivas. Os macacos, por exemplo, mexem no cadeado, uma vez que relacionam a entrada de alguém na jaula com aquele objeto, destroem tronco de árvores e objetos do recinto, mordem gravetos.”

De acordo com um estudo realizado em 2010 pelo periódico científico Ciência Rural, da Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande de Sul, tendo como amostra 101 médicos veterinários de hospitais e unidades de atendimento veterinário de faculdades e universidades de todas as regiões do país, 90,2% dos profissionais afirmaram serem mais consultados sobre distúrbios de comportamento em cães do que em gatos (5,4%), e 4,3% dos médicos veterinários não identificaram a espécie com maior frequência para esse tipo de queixa.

Nesse estudo também foi perguntado aos entrevistados qual comportamento mais motiva o proprietário a abandonar ou solicitar a eutanásia do seu cão: 58,7% caracterizaram a agressão como muito frequente e 41,3% dos médicos veterinários indicaram os comportamentos destrutivos como muito frequentes.

É importante salientar que toda espécie de animal tem sua particularidade e precisa de cuidados específicos. Por isso, antes de ter um pet, é imprescindível que você pesquise sobre o que seu novo bichinho precisa para viver saudável e feliz.

*A matéria foi produzida sob a supervisão de Italo Charles e Daniela Reis

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*Por Camila Toledo

Há algumas semanas, conversei com minha avó por telefone. A voz dela parecia sem esperança de dias melhores, conformada com toda a dificuldade do momento – não bastando todas as que a vida a fez passar. Não nos víamos, pessoalmente, há mais de um mês, por causa da pandemia, e a distância me fez refletir sobre o que fizemos com nosso tempo enquanto podíamos. Parece que a raiva causada pelo isolamento não é, necessariamente, por estarmos presos – quem pode se dar a esse luxo – em casa, mas, sim, porque somos alvejados com verdades dolorosas demais a partir das limitações impostas pelo surgimento dessa doença.

Eu, por exemplo, já fiquei um mês sem visitar minha avó, quando tudo ainda era “normal”. Dava mil e uma desculpas, de que tinha algo mais importante para fazer, quando, na verdade, preferia gastar meu tempo jogando videogame e comendo besteiras a me levantar e caminhar os quinze minutos que separam minha casa da dela, a fim de lhe dar um abraço. Agora que não posso fazê-lo quando eu quiser, porém, isso me incomoda muito.

Penso em como devem se sentir os idosos, privados de envelhecer em paz, como deveriam, por causa de uma doença nova, que os fez de alvo, uma vez que compõem o grupo de risco. Lembro-me ainda mais de pais e mães, avôs e avós de quem não pode parar de trabalhar porque são as principais fontes de renda numa casa onde os idosos não se aposentaram como previam, devido à reforma da previdência, em 2019. Há, também, os que, sem família e sem amparo do governo, saem às ruas para vender as verduras que plantam na pequena horta atrás da casinha de dois cômodos, ou as máscaras feitas com retalhos costurados à mão, expondo-se ao risco de não acordar no próximo dia, para ter o que comer na próxima refeição.

O isolamento é necessário, mas, assim, também, é o cuidado com a parcela mais necessitada da população. Talvez, a situação fosse melhor caso o panorama se revelasse diferente, caso nos importássemos mais uns com os outros e estivéssemos dispostos a lutar por uma causa que – no momento – não era nossa, mas que pode vir a ser. Escrevo isso de uma cadeira giratória suficientemente confortável, num computador suficientemente funcional, sob um teto que me ampara suficientemente da chuva e do sol. Mas, e se fossemos nós os que não têm o suficiente para viver dignamente? É preciso reconhecer nossos privilégios, para não minimizar as dores do outro.

Fui visitar meus avós no dia das mães, junto a minha mãe. Ao contrário dos tios, que, mesmo de máscara, se aglomeraram na casa dela com seus esposos, esposas e filhos, minha mãe preferiu que fôssemos quando a casa estivesse vazia. O que eu não sabia era que minha mãe havia feito essa escolha para – além de resguardar meus avós – ter privacidade e se emocionar em paz. Diante daquela cena, era realmente impossível segurar as lágrimas. Minha avó apareceu do lado de dentro do portãozinho da varanda, de máscara, e a realidade pareceu nos acometer: não haveria abraço naquele dia das mães. Doeu em mim cada fonema do “eu te amo” de minha mãe para minha avó.

O céu daquele domingo enganava, em seu mais puro azul, limpo, claro. Clareza essa que não temos acerca dos dias que virão. O cachorro – Marley, como o do filme, mas chamado por meus avós de Marlêi – queria meu carinho. Minha avó disse que ele sentia saudades de mim. Naquele momento, contudo, achei que ele sentia saudades de gente, uma vez que sempre me estranhava em minhas idas até lá: latia e rosnava como se eu fosse uma completa estranha. Bem… Pensando melhor, parece que Marley, de alguma forma, viu que era eu quem precisava de afeto e fez o que todos deveríamos fazer: reconhecer e se importar com a necessidade do outro, independentemente de ser ou não um estranho.

Tivemos de nos adaptar, de aprender a viver de forma diferente à que estávamos acostumados. Então, por que não procuramos ser a melhor versão de nós mesmos? Ouvimos, por anos e anos, algo sobre “fazer do mundo um lugar melhor”. Parece que, de tanto esperar, o mundo resolveu que era hora, e não há para onde fugir. Agora, mais do que nunca, precisamos uns dos outros porque a guerra é contra um mesmo inimigo, mas a batalha é mais difícil para alguns de nós.

 

*A crônica foi produzida sob a supervisão do professor Maurício Guilherme Silva Jr.

Foto: Gabriel Peixoto

O Carnaval acabou, mas o feriado está cheio opções para se divertir. Não perca a nossa #FDS.

Sexta-Feira/ 16 de fevereiro

 

  • Amores e Dores no País das Flores

Data: 16.02.2018 – 15:00

Local: Sede do Crepúsculo – Centro de Desenvolvimento Humano (Rua Sertões – 147 – Prado)

A Crepúsculo Cia de Dança através do Projeto Manutenção do Crepúsculo apresenta o Grupo Residência de Teatro, direto de Ouro Preto, com o espetáculo:

Amores e Dores no País das Flores
As desventuras de amor, dinheiro e poder de sete personagens: Hortelino ama Tiadorim, a filha do prefeito, que ama Romeu que também é amado por Hérmia, que é amada por Juvenal, que é cúmplice dos planos de Décio para roubar a fortuna de seu patrão, Joaquim José da Silva Xavier, que ama seu dinheiro, que misteriosamente sumiu.

https://www.facebook.com/events/1217526008380096

Telefone: 31 3225-0040

Entrada Franca

 

  • Sexta No Quintal – Ressaca De Carnaval

Data: 16.02.2018 – 19:00

Local: Quintal do Chalé – Av. Professor Mário Werneck, 530 – Buritis

E para quem pensou que a melhor época do ano tinha acabado, se enganou!
Sexta no Quintal – Ressaca de Carnaval, o seu happy hour na levada do axé!

https://www.facebook.com/quintaldochale/

  • Carla Gomes

Data: 16.02.2018 – 19:00

Local: Suricato (Rua Souza Bastos, 175 – Floresta)

Em 2014, poucos meses após lançar seu primeiro álbum, “O Tempo Sou Eu”; recebeu indicação de Melhor Cantora, no 26º Prêmio da Música Brasileira, ao lado de cantoras já consagradas da MPB.

Natural de Belo Horizonte, Carla Gomes é cantora, interprete e compositora. Vem se destacando no cenário musical por sua voz forte, mas, que traz suavidade singular tendo o violão como aliado, despertando interesse do público e da crítica especializada. Trabalhou com figuras importantes da música brasileira como, o produtor musical Liminha, a banda Cidade Negra, Marco Suzano, Mauricio Tizumba, Sérgio Perere e Titane entre outros.

Nesta sexta-feira, Carla se apresentará acompanhada de seu violão, em um show intimista com bastante swuing, simpatia e sensibilidade, marcas registradas em seu trabalho. O show conta com a participação dos músicos e amigos Junim Ribeiro (Violão) e Débora Costa (Percussão). No repertório Carla Gomes apresenta composições próprias do seu álbum “O Tempo sou Eu” e releituras inusitadas de compositores já conhecidos do grande público e que influenciam o seu trabalho.

https://www.facebook.com/events/147632972549558/

  • Estamira

Data: 16.02.2018 – 19:30

Local: MIS Cine Santa Tereza

(Marcos Prado | Brasil | 2006 | Documentário | 116 min)
Estamira é a história de uma mulher de 63 anos que sofre transtornos mentais e que durante 20 anos viveu e trabalhou no Aterro Sanitário de Jardim Gramacho.
Carismática e maternal, Dona Estamira convive com um pequeno grupo de catadores idosos num local renegado pela sociedade, que recebe diariamente mais de oito mil toneladas de lixo produzido no Rio de Janeiro.

Informações Adicionais:

Classificação indicativa: 10 anos

A retirada de ingressos é gratuita e acontece trinta minutos antes de cada sessão. Sujeito à lotação.

https://www.facebook.com/miscinesantatereza/?ref=br_rs

Telefone: 31 3277-4699

Entrada Franca

Sábado/ 16 de fevereiro

  • Anime Festival BH 2018 Summer

Data: de 17.02.2018 até 18.02.2018

Local: Colégio Pio XII – Rua Alvarenga Peixoto, 1699 – Santo Agostinho

Feira de quadrinhos, desenhos animados japoneses, mangás, games. Gincanas e atrações ligadas ao verão, férias onde a meta é a integração de todos os fãs que nos prestigiam vindos de várias regiões do interior de Minas Gerais e de outras cidades do país. Tradicional concurso Cosplay, onde fãs mostram suas melhores fantasias de desenhos animados japoneses, seriados americanos, filmes, desenhos animados americanos e ou europeus.

https://www.animefestival.com.br

Telefone: 11 4107-4540

Email: [email protected]

Promoção: Animecon Promoção de Eventos

Realização: Animecon Promoção de Eventos

  • Projeto Feito em Casa – Edição especial Ressaca de Carnaval

Data: de 17.02.2018 – 11:00 até 17.02.2018 – 18:00

Local: Power Shopping Centerminas

A folia em Belo Horizonte não acaba com o fim dos festejos carnavalescos. No dia 17 de fevereiro, sábado pós-carnaval, os belorizontinos têm um encontro marcado na primeira edição do ano do Projeto “Feito em Casa”, do Power Shopping Centerminas, edição especial ‘Ressaca de Carnaval’, com marchinhas e muito mais.

Durante o dia, no estacionamento aberto do 1º piso do mall, o público poderá conferir boa gastronomia, cervejas artesanais e música de qualidade. A edição do Projeto Feito em Casa vai contar ainda com um Espaço Kids para a criançada se divertir de montão.

O Projeto Feito em Casa tem crescido e se consolidado na capital como uma ótima opção de lazer ao ar livre, no estacionamento aberto do Power Shopping Centerminas. O objetivo principal do projeto é fomentar a cultura e proporcionar momentos de alegria para o público por meio da música, gastronomia e movimentos artísticos.

Telefone: 31 3140-4195

Entrada Franca

  • Experimente fevereiro – Let’s Rock!

Data: de 17.02.2018 – 11:00 até 17.02.2018 – 18:00

Local: Praça Quatro Elementos: Rua Kenton – Jardim Canadá

Depois de quase uma semana de festa, chegou a hora de comemorarmos com um gênero musical muito especial para nós. Na edição pós-carnaval, o projeto EXPERIMENTE irá celebrar o Rock n’ Roll. Coloque a blusa de sua banda favorita e venha curtir com a gente!
Para entrar no evento, será necessário levar 1kg de alimento não perecível, que será revertido em doação para uma instituição de caridade.

https://www.facebook.com/Projeto.Experimente/

Promoção: Bruno Lins

Realização: Bruno Lins

  • Sábado Especial de Carnaval |Fantasia Original

Data: 17.02.2018 – 11:30

Local: Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte

Leitura compartilhada do poema “O Vampiro Argemiro”, de Dilan Camargo, seguida de criação de máscaras e rimas de carnaval.
Mediação: Wander Ferreira
Público: livre

Telefone: 31 3277-8658

Email: [email protected]

Entrada Franca

  • Ressaca de Carnaval – MC G15 + Convidados

Data: 17.02.2018 – 16:00

Local: Land Spirit BR 356, km 7,7, 7575, Olhos d’Água

MC G15, Chama o Síndico, Du Monteiro + Convidados

https://www.sympla.com.br/ressaca-de-carnaval—mc-g15–convidados__233551

  • Bloco do Oi de Gato

Data: de 17.02.2018 – 17:00 até 17.02.2018 – 22:00

Local: Do Chef Espetos – São Bento

Nada melhor que aquele agito final para se despedir do Carnaval de Belô.
O Do Chef e a Banda Oi de Gato se unem mais uma vez para fechar com chave de ouro o carnaval 2018, tocando os melhores enredos de carnaval ao ritmo de samba. O evento é gratuito e para todos os gostos e idades.

Entrada Franca

  • Festival de Pizza Veganas e Vegetarianas

Data: 17.02.2018 – 19:00

Local: Iskcon – Sociedade Internacional da Consciência de Krishna

Neste sábado acontecerá mais uma edição do tradicional Festival de Pizza Beneficente da Iskcon com a grande e crescente variedade de pizzas veganas e vegetarianas!

Programação do Festival
Kirlana Yoga – 19h
Palestra sobre a filosofia trabalhada no local – 19h30
Festival de Pizza – 20h

https://www.facebook.com/events/402782436849860/

Telefone: 31 3337-7645

Entrada Franca

  • Texas Party- Baile de Carnaval

Data: 17.02.2018 – 22:00

Local: Sítio Canabrava- Rua Paquetá, 1200

https://www.sympla.com.br/texas-party—baile-de-carnaval__196940/

 

Domingo/ 18 de fevereiro

  • Desblocados Toca Raul

Data: 18.02.2018

Local: Rua Moeda, 128 – Santa Inês

Bloco temático de tributo a artistas.

https://www.facebook.com/desblocadosoficial

Telefone: 31 98471-2606

Email: [email protected]

Promoção: Guilherme Melo

Realização: Guilherme Melo

  • BH é da gente | Savassi

Data: de 18.02.2018 – 09:00 até 18.02.2018 – 13:00

Local: Trechos das avenidas Cristóvão Colombo e Getúlio Vargas

Passado o período do carnavalesco, o programa “BH é da Gente” retoma as atividades na Savassi neste domingo, dia 18.
O programa é promovido pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), por meio da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (Smel).
As atividades desenvolvidas pela PBH estão programadas para ocorrer das 9h às 13h. Para as crianças estarão disponibilizados brinquedos infláveis, camas elásticas, mesas de pingue-pongue e totó, petecas, cordas, arcos e utensílios para colorir.
Sem distinção de faixa etária, o público poderá ter acesso a tabuleiros de jogos de dama, xadrez, dominó e futebol de botão. Outra atração será a apresentação da banda DaPENHA.

Programação
Oficina Tiro com Arco 
Das 10h ao meio-dia, os atletas olímpicos e paralímpicos da Federação Mineira de Tiro com Arco farão uma demonstração da prática milenar da arquearia, que requer do atleta concentração, estabilidade e consistência. Eles estarão à disposição dos usuários do programa para ensinar como praticar a atividade.

Samba
Das 10h30 às 11h30, a banda Fita Amarela vai movimentar o BH é da Gente com muito samba. Formada em 2012 com o intuito de interpretar o tradicional samba de raiz utilizando recursos modernos e de diversas vertentes do samba, a Fita Amarela tem em seu repertório músicas de Noel Rosa, Cartola, Paulinho da Viola, Chico Buarque, Nelson Cavaquinho, João Bosco e Adoniran Barbosa, entre outros. Composta por Guilherme Leão: voz, violão e cavaquinho; Rayana Toledo: voz; Camila Rocha: contrabaixo e voz; e Wesley Moura:percussão,a banda carrega o nome inspirado na música “fita amarela” de Noel Rosa, um clássico do samba que foi reconhecido e fez muito sucesso no carnaval de 1933.

Rock 
Das 11h30 às 12h30, a banda DaPENHA fará apresentação com um repertório de canções que mesclam influências do tradicional rock and roll e de ritmos tipicamente brasileiros, como samba e o baião. O grupo lançou em meados de 2016 o primeiro álbum, “Da Troça ao Trampo”, com músicas 100% autorais. Entre os músicos do conjunto estão Marcelo Marte (vocal), Marcio Martins (guitarra e vocais), Ronan Zarattini (contrabaixo), Alexandre Messias (guitarra), Wesley Moura (percussão) e Dudu Corrêa (bateria).

  • O Carnaval vai continuar

Data: de 18.02.2018 – 11:00 até 18.02.2018 – 13:00

Local: Praça Carioca, entrada da Vila Acaba Mundo, próxima à Praça JK.

Com o tema “ O Carnaval vai continuar” a Associação Querubins, que atende os moradores da Vila Acaba Mundo no bairro Sion, vai promover junto com a comunidade , com apoio da Fia – Fundo da Infância e da Adolescência e patrocínio de percussão, pela Sicepot, um grito de carnaval.
A animação ficará por conta das bandas Mala Bacana e Querubloco que prometem muito batuque a alegria. O objetivo deste carnaval fora da data é divulgar a Associação Querubins
para os moradores de Belo Horizonte aproveitando a visibilidade do carnaval da cidade, além de inserir os alunos do Querubins em um evento social, valorizando seus trabalhos desenvolvidos na Associação.

https://www.facebook.com/ProjetoQuerubins/

Promoção: Associação Querubins

  • Fecha a Santa 2018

Data: de 18.02.2018 – 14:00 até 18.02.2018 – 21:00

Local: Praça Raul Soares

A Frente Autônoma LGBT e o coletivo Beijo no seu Preconceito se juntaram aos blocos para celebrar a época mais brilhante do ano!
E nesse evento, Bloco Angola Janga, Bloco Alô Abacaxi!, Bloco Corte Devassa e Bloco Garotas Solteiras vão colocar o bloco na rua e fazer uma bateria unificada.

https://www.facebook.com/events/192965374789028/

  • After Carnaval

Data: 18.02.2018 – 17:00

Local: Los Mariachis – Mexican Bar

A festa continuará com um after super caliente no Los Mariachis!
Line Up:
– Dj Vini Brown

Informações Adicionais:

Retirada de ingresso pelo Sympla.

https://losmariachismexican.com.br/

Telefone: 31 4111-0123

Entrada Franca

Fonte: Agenda BH