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Por Daniela Reis 

Há 11 anos o nome do goleiro Bruno Fernandes e da modelo Eliza Samúdio estamparam as manchetes dos jornais em todo o país. O desaparecimento da jovem julgou e condenou culpados, porém mesmo após tanto tempo ainda paira no ar a pergunta: Onde está o corpo de Eliza Samúdio? 

As investigações e os depoimentos de testemunhas e envolvidos levaram à prisão o goleiro e os cúmplices Macarrão e Bola além da emissão de uma certidão de óbito, mesmo sem a principal prova do crime, o cadáver da mulher. Esse documento atesta que ela foi morta por esganadura no município de Vespasiano, localizado na região metropolitana de BH. 

Relembre

A modelo Eliza Samudio tinha 25 anos quando desapareceu misteriosamente em junho de 2010. A jovem passava por uma fase turbulenta devido a uma disputa por pensão alimentícia do filho com o goleiro Bruno Fernandes, do Flamengo. De acordo com a Justiça, ela foi levada à força do Rio de Janeiro por Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, amigo de Bruno, para um sítio do goleiro, em Esmeraldas (MG), onde foi mantida em cárcere privado junto com o filho bebê. 

Na noite de 10 de junho de 2010, Eliza foi levada para a casa do ex-PM Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola. A investigação policial concluiu que a modelo foi espancada e asfixiada até a morte.

Bruno ainda nega participação na morte da ex-amante. “Não mandei matar ninguém”. 

Após uma intensa investigação policial, além de buscas fracassadas pelo corpo de Eliza e a fase processual, os réus foram levados a júri popular no Fórum de Contagem, na Grande Belo Horizonte. 

Desfechos 

Bruno foi condenado, em 2013, por sequestro, ocultação de cadáver e por ser o mandante da morte de Eliza. A pena inicial era de 22 anos e três meses de prisão. Anos depois, o jogador de futebol teve a pena reduzida pela Justiça para 20 anos e nove meses. 

Dayanne Rodrigues, ex-mulher de Bruno, foi julgada ao lado do goleiro, mas absolvida por quatro votos a três pelo júri popular pela acusação de participação no sequestro e cárcere privado de Eliza. 

Macarrão foi condenado a 15 anos de prisão por envolvimento no crime, mas já cumpre a pena em regime semiaberto

Bola foi condenado a 22 anos de prisão no caso da morte da ex-namorada do goleiro Bruno. Atualmente, ele trabalha durante o dia e volta para a Casa de Custódia de Polícia Civil, em Belo Horizonte, para dormir. Em março de 2020, o detento foi autorizado a ir para o regime domiciliar devido ao risco de contaminação pelo novo coronavírus no sistema prisional. A medida vale por 90 dias. Em 2016, o ex-PM foi condenado a 12 anos de prisão pela morte do carcereiro Rogério Martins Novelo, ocorrida em 2000, na cidade de Contagem

Fernanda Gomes Castro, ex-namorada de Bruno, também foi condenada por participação no sequestro e cárcere privado da modelo. Ela foi sentenciada a cinco anos de prisão em regime aberto. Em 2013, Fernanda foi aprovada em vestibular para o curso de Direito, mudou o visual e começou a trabalhar em um escritório.

Hoje, o goleiro Bruno mantém os treinamentos para voltar ao futebol, seu grande objetivo. Em 2020, Bruno esteve perto de assinar contrato com o Fluminense de Feira (BA) e o Operário (MT). No entanto, ambos os clubes desistiram da contratação. Bruno não se abala com a opinião popular sobre a participação dele na morte da modelo. Atualmente, ele cumpre pena em regime semiaberto e tenta voltar ao futebol.

Bruninho, filho do relacionamento do goleiro com Eliza Samudio, está com 11 anos. Atualmente, o garoto vive com a avó materna, em Campo Grande (MS). A mãe da modelo, Sônia, ainda luta para saber o que houve com a filha e descobrir o paradeiro do corpo. O menino não tem contato com o pai. 

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Por Bianca Morais 

O curso de Gastronomia do Centro Universitário Una é referência não apenas em Minas Gerais, como em todo o Brasil e muito se deve à postura que a faculdade e seu corpo docente assumem em buscar maneiras diferenciadas de conectar o aluno com o mercado. 

Dentro dessa proposta de empregabilidade ao aluno, nasceu o GastroUna, o principal evento de Gastronomia da instituição. Com dez edições bem-sucedidas, o projeto propõe aos estudantes do último período do curso a elaborar um projeto técnico científico, que consiste na criação de um negócio, que envolve desde nome, logomarca, plano de negócio, planejamento estratégico, ações de marketing, construção de cardápio, definição do público-alvo e execução. A mostra acadêmica é uma proposta com visão empreendedora que tem a função apresentar e inserir os participantes no mercado de trabalho, sua realização acontece sobre três eixos temáticos, sendo eles: visão empreendedora, sustentabilidade e a inovação.

Todo semestre, os estudantes se reúnem em grupos e trabalham em seus projetos, no dia do evento, eles se apresentam à bancada de jurados, que é sempre composta por grandes nomes da Gastronomia, o que proporciona a eles além da experiência, a possibilidade de estabelecer uma rede de contatos, uma verdadeira vitrine para quem está ingressando na área.

O GastroUna sempre foi um trabalho interdisciplinar, que permite aos alunos fazerem essa ligação com os vários campos que a academia oferece, e para isso, eles contam com o auxílio não só dos professores, mas com toda uma rede de colaboradores da Una. O curso de Cinema, por exemplo, é muito ativo no evento, sempre produz vídeos que são divulgados antes, durante e após o evento. Já no dia, o Cinema une-se ao Jornalismo para realizar a cobertura, entrevistando alunos, júri e convidados. Atendendo as demandas dos alunos eles também recorrem a cursos como Publicidade e Propaganda e Design Gráfico para construção dos negócios e o que for necessário para o sucesso de suas apresentações.

O início de tudo

Rosilene Campolina é chef de cozinha e professora do curso de Gastronomia, além disso é idealizadora do projeto GastroUna. Em 2016, ela ministrava a matéria de Projeto Interdisciplinar e foi quando teve a ideia de renovar aquela disciplina que trazia em sua ementa a inovação. “Já que trabalhávamos nesses projetos com foco no empreendedorismo, nada mais interessante do que fazer essa conexão, estabelecer essa ponte entre o aluno e o mercado de trabalho, com profissionais da área todos envolvidos”,  explica Rosilene.

No começo, o GastroUna era um evento apenas com barraquinhas distribuídas no pátio da instituição, onde cada grupo preparava sua receita e vendia para o público. Rosilene guarda boas lembranças da época e da “Gastrourna”, uma urna onde o público depositava seu voto de melhor prato. “Os alunos vendiam, as pessoas compravam e existia uma disputa entre os grupos, era uma adrenalina danada, porque todo mundo queria vender muito para ganhar”, conta a idealizadora.

O projeto cresceu, saiu daquele modelo mais tímido e tomou conta do auditório da unidade João Pinheiro, ganhando ali um caráter mais objetivo e focado. “Mudamos o formato de feira para a mostra acadêmica, até porque às vezes o aluno focava muito em vender, queria ser o melhor e esquecia um pouco da gestão, da parte administrativa do negócio”, completa a professora.

O GastroUna é um trabalho científico, com apresentação e conceitos bem definidos, além da prática que acontece no dia do evento, por trás os alunos realizam um denso trabalho de pesquisa e fichas técnicas de todos os produtos, obedecendo as ordens da ABNT, com o principal objetivo de tornar aquele estudante um profissional capaz e proativo. 

Segundo Rosilene em dez edições, somando-se a participação de forma direta ou indireta, seja de pessoas assistindo, de empresas patrocinadoras, de professores, alunos de gastronomia e até de outros cursos que atuam de outras formas no evento, como os de arquitetura, comunicação, gestão de negócios, marketing, se tem cerca de 9 mil pessoas que passaram por ele. 

Os parceiros

O GastroUna se consagra como uma vitrine de empreendedorismo para o mercado e envolve o cenário gastronômico, hoteleiro e turístico de BH. Desde a sua primeira edição, o júri técnico, responsável por julgar os trabalhos junto com o popular, conta com parceiros renomados e bem eclético. O evento busca trazer o melhor do mercado, dos setores público e privado, com a intenção de dar aos alunos a abertura para diversas áreas. 

Um deles é o chef Eduardo Maya, idealizador do Comida di Buteco e da Feirinha Aproxima, parceiro consagrado do GastroUna, presente desde a primeira edição do projeto, está sempre proporcionando grandes oportunidades, não apenas aos vencedores, mas a todos os alunos que participam.

Em uma das edições, o grupo “Bom Caldin”, foi convidado por ele para participar do “Uaini Night”, na Casa Fiat de Cultura, festa que Eduardo estava planejando para um público de cerca de 500 pessoas. “Ele tinha montado muitos stands no jardim da Casa Fiat para vender os pratos que fossem acompanhar os vinhos, gostou tanto dos caldos que esse grupo fez, que me perguntou se eles dariam conta de participar do evento, todos ficaram muito empolgados de atuarem em um evento grande, fizeram muito bonito e venderam tudo”, relembra Rosilene.

Eduardo Maya também já convidou os vencedores do evento para participarem da feira gastronômica Aproxima, e do festival Django Beer, em todos eles os alunos têm a oportunidade de vender os pratos que fizeram e o lucro fica com a equipe

“É um projeto inovador, muito bem executado e elaborado, ele procura transportar os alunos para o universo real, a vida real, o emprego real, o trabalho real e a empresa real, gosto muito desse projeto”, comenta Eduardo Maya.

Márcia Nunes, do restaurante Dona Lucinha, é outra jurada de peso que sempre marca presença no GastroUna. Marcia seguiu o legado da mãe que dá nome ao estabelecimento, administra o restaurante, é escritora e historiadora. Desde a primeira edição, o conceituado restaurante de Belo Horizonte, proporciona aos vencedores um almoço ou jantar para toda a equipe.

“É surpreendente o envolvimento dos estudantes dentro desse projeto, porque o que traz de experiência para eles do ponto de vista de maturidade, de conhecimento para empreender logo quando estão se formando, é um preparo, um pé no terreno daquilo que será a realidade prática deles. A academia fornece todo suporte teórico, mas eles precisam compreender o mercado, então a Rosilene teve uma sacada muito genial de trazer o mercado para dentro da academia”, reforça Marcia Nunes.

Além dos jurados que sempre apoiam o projeto, ele ainda tem parcerias muito importantes, como da Prefeitura de Belo Horizonte, Belotur, Abrasel, Capim Cheiroso, Sabará e Sabor, Sabarabuçu, Emater-MG, entre outros.

Alunos de sucesso

O Gastrouna já cumpriu seu dever na vida de muitos dos estudantes que passaram por ele, além de terem tido a oportunidade de trabalhar em diversos festivais gastronômicos, como o Festival de Sabará, de Congonhas, Caxambu, e criar um imenso network, muitos alunos conseguiram também se emplacar no mercado.

Carol Silva, é uma dos exemplos de sucesso, hoje a campeã de 2018 do GastroUna administra um buffet, um delivery, além de ser distribuidora de uma marca de utensílios de cozinha, a Royal Prestige, multinacional americana, que conheceu através do evento.

No ano em que venceu, ela e seu grupo foram convidados para participar do Arraial de Belo Horizonte. Na época, estavam selecionando os melhores grupos de cada faculdade de Gastronomia, a seleção da Una foi através do GastroUna, assim eles foram escolhidos para venderem seus pratos juninos na festa, participaram dois finais de semana consecutivos, ganharam ingressos, foram entrevistados pela imprensa, uma grande visibilidade.

“Meu prato foi um dos premiados, através dessa premiação eu tive visibilidade em vários jornais e isso foi muito importante para o meu crescimento como profissional, isso me fez crescer muito”, conta Carol.

A chefe de cozinha garante que o GastroUna foi um divisor de águas em sua vida, é muito grata com tudo, já que para ela foi uma experiência muito importante e que trouxe grandes ensinamentos

“Ele me ajudou muito no quesito de gestão de negócios, me preparou para ser a empreendedora que eu sou hoje, então foi muito importante para mim, abriu muito meus olhos para o negócio, abriu várias portas, me ensinou muito a como me comportar, buscar parcerias. Cresci muito como empresária, como mulher, como chefe de cozinha, e tudo através do GastroUna”, completa ela.

Carol Silva é apenas um dos vários talentos revelados pelo GastroUna.

O formato online

O evento sempre aconteceu de forma presencial, que dava ao júri e plateia a experiência gastronômica de provar todos aqueles pratos incríveis produzidos pelos grupos. No entanto, com o início da pandemia, ele precisou se adequar, e suas últimas duas edições virtuais foram de muito sucesso.

O formato remoto proporcionou novas propostas ao evento, como a participação, por exemplo, do chef Paulo Rodrigues, chefe da embaixada brasileira no México e diretor da federação latina americana de gastronomia, que apenas pode ser pelo padrão online, o evento também foi transmitido pelo youtube com intérprete de libras, e por isso teve um alcance muito grande sendo assistido por pessoas de todo o mundo. 

Nessa última edição online, ainda teve o lançamento do primeiro e-book do GastroUna em comemoração a décima edição, onde foram divulgados as receitas dos grupos e seus empreendimentos.

“Essas iniciativas são muito importantes, porque os alunos já aproveitam seu repertório, aquilo já faz parte do seu sonho, e a gente tá aqui, como mediador, para ajudá-los a realizá-lo, o ajudando a criar portfólio e contatos” acrescenta Rosilene.

O reconhecimento

Em 2017, o GastroUna foi tema do terceiro Congresso Nacional de Metodologias Inovadoras no ensino superior, o GIZ, realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais. Rosilene foi representar a Una, com o projeto que nasceu pequeno com a feira e hoje é uma mostra acadêmica que a cada ano se supera em números e participações.

Em sua última edição, o evento recebeu uma honraria concedida pela Prefeitura de Belo Horizonte, através da Secretaria Municipal de Assistência Social, Alimentar e Cidadania, a professora Rosilene Campolina, foi agraciada com o certificado de mérito por colaborar com o desenvolvimento da gastronomia no município, entendendo que o GastroUna contribui para a cadeia produtiva da gastronomia, com formação que potencializa inovação, empreendedorismo, responsabilidade social e o uso sustentável dos alimentos, unindo tradição e modernidade. Com essa trajetória o GastroUna contribui e fortalece o título de cidade criativa da gastronomia de Belo Horizonte. 

“Eu fico com um sentimento de mãe, de realização e satisfação, de um projeto que deu certo, que acreditei nele, começou pequeno mas com as buscas por parcerias de pessoas que eu conhecia de dentro do mercado foi crescendo, motivando alunos. É um evento trabalhoso, mas que é muito gratificante e eu espero que ele possa continuar colhendo bons frutos”, complementa a idealizadora.

O GastroUna é o encerramento do ciclo da aprendizagem do aluno na faculdade e a sua entrada no mercado de trabalho. Dentro de suas principais contribuições, inclui-se destaque dado ao planejamento dessas aulas com tecnologias inovadoras, utilizando visita técnica, conexão com o mercado, promovendo a interlocução entre a produção acadêmica e a prática da gastronomia sustentável, com visão empreendedora, o diálogo interdisciplinar, para atender essa complexidade da formação do aluno, aprofundamento dos conhecimentos acadêmicos e a interface de culturas locais e globais, contemplando a dimensão científica a ética, estética e produtiva no contexto da gastronomia.

O GastroUna é mais um dos projetos Una, que há 60 anos busca envolver o aluno a experimentar sua área de atuação, a inclusão social e o desenvolvimento local transformando o seu redor.

 

Edição: Daniela Reis 

Hoje o Contramão traz o artigo opinativo da nossa ex-estagiária de jornalismo, Joyce Oliveira. Ela que conclui sua graduação ainda esse semestre e atua como social média e produtora de conteúdo.

A mudança das redes sociais

Por Joyce Oliveira

Em 2020, o mundo se deparou com uma realidade completamente atípica. A chegada da Covid-19 forçou a sociedade a mudar sua rotina e as formas de relacionamento. Isso, obviamente, influenciou na maneira como as pessoas utilizam as redes sociais. A distância física fez com que os indivíduos procurassem se conectar ainda mais virtualmente, a ponto de comerciantes, empreendedores e empresários buscarem, no ambiente on-line, uma maneira de se reinventar. Todo esse ciclo tem transformado os padrões de consumo na internet e a presença das pessoas nas redes sociais.

Essa necessidade de conexão tem explicação na psicologia. De acordo com tal campo de estudo, as pessoas precisam se conectar umas às outras para manter qualidade de vida e boa saúde mental. Portanto, estar presente nas redes, em um momento de distanciamento físico, tornou-se a forma mais fácil de manter as relações e, também, de aliviar um pouco da saudade e da solidão.

Esse movimento acelerou ou adiantou mudanças nos padrões de uso e consumo da sociedade. O marketing digital e as estratégias de mídia mostraram, às pessoas, que a enorme necessidade de conexão com o outro acabou se tornando algo rentável– e até as empresas começaram a buscar humanização.

Por falar em negócios, até as próprias redes sociais iniciaram uma corrida sobre quem alcançaria mais pessoas e quais atualizações poderiam fazer para que o público ficasse cada vez mais “preso”. Só no último ano, o TikTok ganhou mais de 600 milhões de novos usuários, o Instagram aderiu a mudanças na plataforma– incluindo “Reel” e “Instagram Shop” – e muitas outras alterações no algoritmo. O que nos leva a pensar que são estratégias para tornar o público cada dia mais dependente das plataformas, além de mostrar que elas podem ser extremamente versáteis, tanto para posts pessoais, quanto para compra e venda de produtos e serviços, criando a sensação de uma realidade paralela, na qual é possível encontrar tudo em um só lugar.

A cada dia, está mais claro que toda essa transformação causada pela pandemia, mundo afora, não é uma coisa temporária. Na verdade, há novos padrões que, provavelmente, sofrerão mudanças e avanços, mas farão parte de nossa rotina, ou, como costumamos chamar, nosso “novo normal”. Cabe a nós aprender e nos adaptar a esse turbilhão de informações, que, agora, mais do que nunca, circula por todas as redes sociais. Precisamos, também, entender se estamos preparados para acompanhar tudo. Mas, isso é assunto para outra conversa.

 

 

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Hoje é dia de escrita criativa aqui no Contramão! A Produção é de uma aluna de Publicidade e Propaganda, se liga no textão!

Ela não vai mais voltar

Por Larissa Medeiros 

Fala pro seu coração desistir de disparar toda vez que o celular vibrar

Ela não vai mais voltar

Provavelmente é só um colega da faculdade, chamando pra tomar uma cerveja

Jurando que essa noite você vai esquecê-la

Mas você prefere ficar em casa

Lendo o livro de poesias que ela gostava

Pra ver se assim consegue encontrar algum código, decifrar algum enigma

E entender o porquê de ela ter partido.

Você pode parar de ensaiar suas falas no espelho

Ela não vai mais voltar

Você não vai precisar fazer esse discurso

Sobre como as últimas noites foram tão mais frias sem os batimentos cardíacos dela sobre seu peito

Sem os cabelos dela no travesseiro ao lado

Ou a gargalhada dela que enchia o quarto, o apartamento e a sua vida.

Pode parar de deixar a porta do quarto destrancada

Ela não vai mais voltar

Ela não vai entrar na ponta dos pés e se aninhar a você

Tranca a porta, dorme com a solidão por hoje

E amanhã, quando acordar

Não precisa comprar a geleia que ela gostava de comer no café

Afinal, só vai servir pra vencer na geladeira, porque você sabe

Ela não vai mais voltar.

Pode jogar todos os discos dos Beatles dela fora

Vender os livros num sebo

Dar as roupas dela pra caridade

E até adotar um gato, já que ela não vai estar lá pra reclamar da alergia

Eu sei que ela jurou amor eterno

E que garotas podem ser más às vezes

Mas também sei de outra coisa

Ela não vai mais voltar

Então toca sua vida como todo mundo faz

Com um lado da cama vazio

Um coração cicatrizando

Mas com uma boa história de amor pra contar.

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O mês mais gostoso do ano é junho, quem concorda? Caldos, milho verde cozido, pipoca, cachorro quente, quentão e canjica, é claro! E é no clima junino a nossa receita de hoje, afinal mesmo que em casa a gente não pode deixar de comemorar as festas juninas!

E quem nos agraciou com essa deliciosa receita de canjica foi a chef de cozinha e professora do curso de Gastronomia da Una, Rosilene Campolina.

Canjica Deliciosa 

Ingredientes:

  • 500g de milho para canjica (eu uso o amarelo)
  • 1 bom pau de canela
  • 6 cravos
  • 1 anis estrelado(se tiver)
  • 2 xícaras de açúcar branco ou mascavo
  • 1 lata de leite condensado
  • 2 litros de leite
  • 1 vidro de leite de côco
  • 200 g de côco ralado
  • 200g de amendoim torrado sem pele triturado
  • casca e raspas de 1 laranja (sem a parte branca)
  • uma boa pitada de sal
  • coco queimado ralado Qualicy para finalizar

Modo de Preparo:

Pegue 500g de milho para canjica (eu uso o amarelo), depois de lavado e escorrido, coloque-o para cozinhar em panela grande de pressão junto com 1 bom pau de canela, 6 cravos, 1 anis estrelado(se tiver) e água até cobrir toda a canjica, ultrapassando 4 cm. Feche a panela e deixe cozinhar por cerca de 30 a 40 minutos, observando sempre se ainda tem água na panela (cuidado p/ não deixar queimar).

Verifique o cozimento e a água entre 15 a 20 minutos. (se quiser diminuir este tempo, deixe o milho de molho por algumas horas) assim que o milho estiver cozido e quase sem água, retire os cravos, a canela e o anis e adicione a casca da laranja, o açúcar, a lata de leite condensado e 2 ½ litros de leite colocados aos poucos, mexendo sempre para não agarrar. Deixe encorpar. Retire a casca de laranja e adicione leite de côco, o côco ralado e o amendoim (prefiro triturar à moer) desta forma o amendoim fica mais granulado e percebe-se mais a textura e sabor!

Mexa tudo sempre com uma colher de pau e coloque casca de 1 laranja (sem a parte branca) e uma boa pitada de sal para quebrar o doce!

Prove a canjica e acerte o doce a seu gosto! Se quiser menos doce, e uma canjica menos grossa, coloque menos açúcar e mais leite. Retire a casca da laranja, o pau de canela e os cravos. Acrescente as raspas da laranja. Sirva quente em ramequins ou canecas, polvilhadas com côco queimado e canela em pó.

Aguarde os elogios! Com certeza nem o frio irá resistir!

Toque de chef: se quiser substituir o açúcar branco pelo mascavo, a sua canjica terá um toque “caipira” que lembrará a velha e boa “rapadura”!

 

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Por Daniela Reis 

O TBT de hoje é uma grande conquista para os casais homoafetivos do mundo e vem para fechar a última quinta-feira do mês do Orgulho Gay.

No dia 26 de junho de 2016, a Suprema Corte dos Estados Unidos aprovava, em decisão histórica, a união de pessoas do mesmo sexo em todo o país. Naquela época 13 estados ainda proibiam o casamento gay, mas a votação de cinco votos contra quatro determinou a sentença para todos os 50 estados americanos.

A luta dos movimentos LGBT para oficializar o casamento entre pessoas do mesmo sexo já perdurava por mais de 40 anos. Em 1971, a Suprema Corte recebeu pela primeira vez um caso do tipo por parte de um casal homossexual de Minnesota. Em 1996, o Congresso americano aprovou a lei – depois assinada pelo então presidente Bill Clinton – da Defesa do Casamento, que proibia o reconhecimento federal de casamentos entre pessoas do mesmo sexo. O Estado de Massachusetts se tornou em 2004 o primeiro do país a legalizar o casamento homossexual.

A decisão

Os juízes tinham que considerar se os estados americanos seriam constitucionalmente obrigados ou não a emitir licenças matrimoniais e a reconhecer casamentos gays realizados fora das fronteiras estaduais.

Até então, a Lei de Defesa do Casamento impedia o governo federal de reconhecer casamentos de pessoas do mesmo sexo. Esses casais eram proibidos, por exemplo, de desfrutar de benefícios de programas federais, como pensões públicas e outros benefícios sociais, se seus parceiros morressem.

Comemoração entre famosos

Barack Obama, presidente dos EUA, no Twitter: “Casais de gays e lésbicas têm agora o direito de se casar, como todas as outras pessoas. #Oamorvence”.

Ellen DeGeneres, humorista e apresentadora, no Twitter: “O amor venceu. #Igualdadeparacasamentos”.

Hillary Clinton, pré-candidata democrata à presidência dos EUA, no Twitter: “Nosso novo mapa favorito. Dá RT se você mora em um estado em que o casamento gay é lei”. [No post, havia uma mapa dos EUA em que todos os estados são indicados como favoráveis ao casamento gay.]

J.K. Rowling, escritora conhecida por “Harry Potter”, no Twitter: “Uau. Mais um dia histórico para #IgualdadeParaCasamentos”.

Mark Zuckerberg, criador do Facebook, no Facebook: “Nosso país foi fundado sob a promessa de que todas as pessoas são criadas igualmente, e hoje nós demos mais um passo na direção de cumprir essa promessa. Estou muito feliz por meus amigos e todos da nossa comunidade que finalmente podem celebrar seu amor e ser reconhecidos como um casal perante a lei. Ainda temos muito o que fazer para atingir a igualdade total para todos em nossa comunidade, mas estamos caminhando na direção certa”.

Matt Bomer, ator assumidamente homossexual, no Twitter: “#Oamorvence. Hoje aconteceu um gigantesco passo adiante para o nosso país, e para minha família. Estou tão grato e feliz!”.

Mia Farrow, atriz, no Twitter: “Estou aqui sentada e chorando, e eu nem tenho uma mulher incrível com quem me casar. Ainda. Mas eu estou TÃO feliz por todos. E orgulhosa dos EUA #Igualdade”.

Shonda Rhimes, criadora de séries como ‘Grey’s anatomy’, no Twitter: “Igualdadeparacasamentos!!! Um passo gigante para que nosso país seja um lugar melhor para se viver”.

Neil Patrick Harris, ator de “How I met your mother”, no Twitter:
“É um novo dia. Obrigado à Suprema Corte. Obrigado ao juiz Kennedy. Sua opinião foi intensa, em mais formas do que você sabe”.

Cyndi Lauper, cantora, no Twitter:
“E sim! O amor vence! Obrigada”

Ricky Martin, cantor, no Twitter:
“URGENTE! Acaba de ser anunciada a igualdade para casamentos neste país”

Anna Kendrick, atriz, no Twitter:
“Hoje é lindo”

Tim Cook, CEO da Apple, no Twitter:
“Hoje marca uma vitória para a igualdade, perseverança e amor. As pessoas que são loucas o suficiente para achar que podem mudar o mundo são aquelas que mudam”

Michael Moore, cineasta, no Twitter:
“NUNCA MAIS vamos chamar de ‘casamento gay’. Agora chamamos de ‘casamento’.”

 

Revisão: Bianca Morais