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Por Bianca Morais 

Todo começo de um novo ano as pessoas estabelecem metas para atingir ao longo dele, alguns planejam começar uma dieta, fazer um exercício físico, entrar na faculdade ou tirar a carteira de motorista. Existem aqueles, no entanto, que diferente de metas, idealizam sonhos e sonham alto. 

Tem aquela estudante que desde pequena tem vontade de fazer um intercâmbio, onde poderá colocar em prática o inglês que aprendeu ao longo da vida, conhecer uma nova cultura e se aventurar no desconhecido. A noiva que foi pedida em casamento pelo amor de sua vida e planeja para aquele ano seu casório perfeito que irá reunir toda a família e amigos. Existe também aquela fã número 1 de uma banda, que esperou por muito tempo para finalmente assistir eles ao vivo, cantar bem alto suas canções preferidas em couro com outros milhares de fãs. 

Sonhos de uma vida inteira e tudo planejado para acontecer em um ano, 2020. Aquele era para ser apenas mais um no calendário de todos, muitos sonhadores com seus planos já agendados. Janeiro é o mês de férias, verão, sol, praia, fevereiro carnaval, o ano, pelo menos para o brasileiro começa a engrenar depois de março, porém o 2020 preparava uma desagradável surpresa que faria o sonho de muitos serem adiados. 

No final de 2019, os primeiros casos de um novo vírus de origem chinesa começaram a ser divulgados na mídia, porém muito pouco se sabia dele. Em janeiro de 2020, o mundo teve conhecimento do novo coronavírus, mas até então ele não tinha chegado ao Brasil e a vida do brasileiro continuava conforme os planos, ou seja, em ritmo de férias e carnaval. Passado essas duas grandes datas o primeiro caso de COVID-19 no país foi identificado e o resto da história todos sabem.

Pandemia, quarentena, home office, aula online, serviços não essenciais proibidos de abrir, fronteiras fechadas. Há mais de um ano o mundo vivencia um isolamento social intenso para conter a disseminação desse vírus letal que já levou milhares de vidas, adiamento de planos, cancelamentos de ações, afim, o mundo parou e a gente teve que se adaptar. 

Aos poucos a humanidade tem enxergado uma luz no fim do túnel, um fim para todo esse sofrimento. A chegada das vacinas, a diminuição no número de infectados. A frustração foi grande mas é necessário ser positivo.

Buscando por pensamento positivos em um momento de tanta incerteza, o Jornal Contramão trás a série de reportagens “Sonhos adiados”, onde apresentamos histórias de pessoas que tiveram seus sonhos interrompidos, mas que não deixaram de acreditar que uma hora vai acontecer, que o sonho não acabou apenas foi adiado.

Iremos conhecer a história de Jordania, Enza, Mayura e Isabella, quatro jovens que tiveram que adiar seus planos mas têm consciência de que nada está perdido.  

E como diria Walt Disney: “Todos os nossos sonhos podem se realizar, se tivermos a coragem de persegui-los”.

O intercâmbio dos sonhos

Jornania no Uruguai

Jordania Larissa Santos é uma jovem de 22 anos, que tem entre seus hobbies favoritos viajar, por isso, um de seus maiores anseios sempre foi fazer intercâmbio, pois além de aprender o inglês que é uma língua a qual tem muita dificuldade, ela iria adentrar em outros países e em culturas diferentes.

Ela tinha tudo preparado para embarcar com destino a Inglaterra em seu primeiro intercâmbio, no dia 11 de julho de 2020, porém um pouco antes daquela data, mais precisamente dia 26 de maio, véspera de seu aniversário, recebeu a notícia que seria impossível fazer a viagem naquele momento. Devido à pandemia, diversas passagens de avião haviam sido canceladas, países de todo o mundo fecharam suas fronteiras, a fim de conter o vírus e não foi diferente para Jordania, sua passagem foi suspensa.

Os eternos 15 dias

No começo daquele 2020, a jovem viajante fazia sua primeira viagem do ano, um cruzeiro, e jamais imaginaria que dentro de alguns meses viajar seria uma palavra bem distante de sua realidade. “Na televisão do navio passava notícias de todo o mundo, em um dos canais passou a pandemia na China, meu pensamento ali era que isso nunca chegaria no Brasil”, comenta. 

Veio o mês de março e com ele o primeiro caso no Brasil. Esperançosa, a garota ainda acreditava em uma melhora naquela situação, então veio o primeiro caso em Minas Gerais, depois em Belo Horizonte, e por fim decretado a quarentena. “Primeiramente eu disse a mim mesma, quarentena, vai ficar todo mundo em casa 15 dias e vai passar”, conta ela.

Com tudo preparado para a viagem, roupas de calor compradas para o verão europeu e expectativas a mil, porém infelizmente aqueles 15 dias, que ela acreditava que durariam o lockdown, se estendeu mais 15 e mais 15 e no final ela foi informada que precisaria adiar aquele sonho.

“Na época eu lembro que chorei muito, fiquei extremamente chateada, eu não queria acreditar. No fundo eu sabia que isso ia acontecer, mas não queria acreditar, eu falava vou conseguir, só que em maio do ano passado a gente não tinha dimensão do que era a pandemia como temos hoje”, desabafa.  

Surto e desespero

Essas são as palavras que mais descrevem a sensação que Jordania teve quando aceitou que não teria outra escapatória a não ser adiar seu tão almejado intercâmbio. 

“Foi uma mistura de sentimentos, surto, desespero, sensação de estar velha, porque na época que eu fechei o intercâmbio, na minha cabeça era para eu estar agora no meu terceiro. Eu não queria ir para os países simplesmente para conhecer, eu queria estudar e enriquecer meu currículo futuramente”.

Nos planos da jovem incluíam um intercâmbio aos 20, 21 e outro agora aos 22 anos, mas nem tudo sai conforme o planejado, e Jordania já sabia disso, afinal não foi a primeira vez que ela que ela teve adiar esse sonho. Seu pacote havia sido fechado primeiramente no ano de 2019, porém sua faculdade entrou em greve e o calendário atrasou, por esse motivo, o final de seu semestre conciliaria com a data da viagem.

“Eu tive que escolher, ou eu ia para o intercâmbio ou abria mão do meu semestre. Na minha cabeça eu pensava, tenho uma vida inteira para vivê-lo, o mundo está normal, se eu não for nessas férias, vou nas próximas”.

As próximas férias dela eram em janeiro de 2020, verão no Brasil, porém inverno rigoroso na Europa, ela resolveu então adiar um ano. E um ano se passou, a pandemia veio e ela ainda não embarcou.

O tempo perdido

Jordania assim como milhares de adolescentes ao redor do mundo estão vendo o tempo passar e sem poder fazer nada para que ele renda. Não apenas em seu intercâmbio, mas em sua faculdade ela também sente essa perda. 

Ela faz geografia, o curso em si já tem tudo a ver com sua personalidade, e para a estudante o intercâmbio complementaria seus estudos de uma forma enriquecedora, com a troca de território, a vivência com novas culturas. A garota sempre teve dificuldades em aprender inglês em cursos e aulas, por isso, a viagem serviria para aprender na marra uma língua tão fundamental. Morando fora ela vivenciaria inglês o dia todo, então por mais que não voltasse fluente de primeira, voltaria bem melhor do que havia ido.

Em sua graduação, constantemente ela se depara com textos em inglês e se sente desamparada ao lembrar que a essa naltura, caso tivesse realizado o intercâmbio que queria, já estaria muito mais avançada.

“Eu faço licenciatura, logo vou me formar e dar aula. Só que esse é o pensamento de um estudante comum e a minha visão não é comum, eu sempre quero mais. Quando entrei na faculdade me deparei com textos que complementariam meu aprendizado, porém todos em inglês, se você sabe ler bem, se não tem que se virar”, desabafa.

O tempo segue passando, sua graduação acontecendo e a estudante ainda sem realizar o intercâmbio que tanto quer.

“Em geografia ainda existe muito material não traduzido, assuntos extremamente interessantes e que ainda não existem na língua portuguesa, sem contar que caso eu queira fazer uma pós o inglês é fundamental, por isso queria ir o mais rápido possível”, completa.

A importância de buscar auxílio profissional 

Foi sozinha, que há dois anos, a jovem começou a pesquisar sobre intercâmbios, isso sem comunicar aos pais, já que acreditava que eles não teriam condições de bancar esse sonho, que para ela era algo fora de sua realidade. “Comecei a olhar como eu deveria me planejar no meu trabalho e com meu salário, para saber o que eu precisaria para poder ir”, relata.

Posteriormente sua mãe descobriu e depois de conversarem decidiram que a melhor maneira de embarcar nessa experiência seria com o apoio de uma agência.

“Não me arrependo de ter procurado auxílio profissional, foi onde me ofereceram os melhores preços e oportunidades, me explicaram o que me esperava lá fora, vi que eles não queria apenas ganhar meu dinheiro, e sim me oferecer uma experiência inesquecível” explica ela.

Jordania também compartilha que estar respaldada por uma agência diminuiu e muito seus prejuízos. “Principalmente com a chegada da pandemia eles foram essenciais, se eu tivesse que remarcar tudo sozinha, passagem, moradia, escola, eu não daria conta”, acrescenta.

Os planos para o pós pandemia

Atualmente, alguns países voltaram a receber estrangeiros, como é o caso da África do Sul, local inclusive, para onde Jordania adquiriu um novo pacote de intercâmbio durante a pandemia. “Achei as condições bacanas, depois eu estava no meio de uma pandemia, sem o que fazer, já que não podia sair, achei que uma boa coisa seria investir em educação”. 

Como a África do Sul está aberta e a Inglaterra, por enquanto, não tem previsão de reabertura, Jordania cogita realizar a viagem para a África antes da tão sonhada Europa, porém alguns receios ainda rodeiam a mente da jovem que vive a realidade de um país onde a Covid-19 está longe do fim.

“Tenho medo de chegar lá e simplesmente não quererem me receber e eu ter que voltar para trás, ou falarem que está tendo um novo surto e vou ter que ficar de quarentena em um hotel, arcando com as despesas e ainda perder metade da minha viagem isolada”. 

Todo o mundo se encontra em uma situação bem delicada, o uso de máscara ainda é obrigatório em vários lugares e muitas pessoas ainda não foram vacinadas. A realidade de um intercâmbio consiste em imergir em uma nova cultura a fim de aprender uma nova língua, agora imagine a busca de contato em meio a uma fase que o ideal é manter distanciamento das pessoas como proteção.

“Aprender uma nova língua já é extremamente difícil, pensa numa situação dessa, tendo que conversar de máscara. Se fosse para eu ficar uma quantidade de tempo maior acharia viável, agora pouco tempo não compensa”.

Jordania na Casa Rosada – Argentina

Desistir jamais

Se antes Jordania levava inglês na brincadeira, desde que teve a maturidade de entender a importância dele a garota passou a se empenhar em seus estudos e visualizar seu futuro. Apesar de todos os perrengues que passou e de ainda não ter conseguido embarcar em seu sonho, ela nunca pensou em desistir ou cancelá-lo, ao contrário afirma que pode levar até 10 anos que ela vai conhecer a cidade de Eastbourne, no interior da Inglaterra.

Antes da pandemia, quando seu sonho ainda estava vivo, Jordania se encontrava empolgada, estudava bastante o inglês e pela primeira vez estava de fato empenhada. O foco, entretanto, se perdeu depois que ocorreu o adiamento da viagem.“Foi um pouco frustrante no início, lembro que eu fiquei 4 meses bastante abalada, tipo assim, eu vou estudar para que o mundo está acabando em pandemia”.

Com esperanças e energias renovadas depois de um período de desânimo, Jordania voltou a dedicação ao inglês, desta vez abandonou o cursinho e passou a fazer aulas de conversação. “Eu preciso me aprimorar de qualquer maneira”, completa.

A estudante de geografia sempre teve afinidade com o google maps, em função disso, quando ainda planejava a viagem, pegou o mapa de Eastbourne e marcou todos os lugares que deveria ir. “Eu gosto muito de fazer isso, ser uma pessoa planejada, ter roteiros. Quando eu pesquisei a cidade que eu iria, lá em 2019, tinha muita pouca informação, então pensei em disponibilizar isso de algum jeito”, comenta.

Dessa forma, nessa época, Jordania criou um Instagram de viagens, em um primeiro momento ela pretendia postar sobre o intercâmbio, como adiou, passou a fazer postagens sobre as diversas viagens que já fez, isso claro, para ocupar seu tempo enquanto a hora de partir para o exterior ainda não chega.

“O foco principal do Instagram sempre foi e sempre será meus intercâmbios, porque acredito que dentro dele eu posso juntar tudo que eu mais gosto: viagens, estudos e geografia”, compartilha a jovem.

Só a educação pode mudar o mundo

Para além da Inglaterra e África do Sul, ainda está guardado na gaveta de Jordania o seu sonhado intercâmbio para a Irlanda. Desde o começo era sua ideia principal, porém o país que é um conhecido destino entre os intercambistas por oferecer estudo e trabalho, é bem restrita a aceitar alunos que não irão para ficar mais de seis meses.

Como Jordania ainda está na faculdade, o período não lhe atendia, mas isso é questão de tempo. “Na teoria minha graduação terminaria no meio do ano, então eu me formo e no restante do ano vou para lá, estudar e esfriar um pouco a cabeça da faculdade, me dedicar ao inglês e trabalhar com algo que eu jamais trabalharia aqui no Brasil, aí sim voltar e ingressar na profissão que eu quero que é dar aula”, conta a garota.

Se tem algo que dá forças e incentivo para ela não desistir de seus planos é a educação. Como futura profissional, a estudante acredita que apenas ela é capaz de transformar as pessoas.

“Não pretendo nunca desistir do meu sonho de fazer intercâmbio, demore o tempo que for, porque a educação é a única coisa que existe que pode mudar o mundo, principalmente o país, se você está procurando alguma coisa para investir, invista na educação, porque conhecimento é algo que ninguém pode jamais tirar de você”, conclui a jovem. 

Jacqueline Nayara Martins, 29 anos, é gerente de vendas da agência de intercâmbios CI, em Betim. Ela está no mercado de intercâmbios há 6 anos e em meados de 2020, viu pela primeira vez, uma pandemia mundial mudar o rumo do negócio que administra há tantos anos. 

A CI intercâmbios é uma empresa que está no mercado há muitos anos e em um momento de tantas incertezas, precisou criar estratégias para não deixar o cliente na mão. 

Em um primeiro instante, eles ofereceram a todos os intercambistas a primeira alteração gratuita, sendo assim, eles receberam um crédito no valor total de seu pacote, para usar na mesma escola que escolheram inicialmente ou também a possibilidade de trocar o programa de intercâmbio para um outro de sua escolha, já que alguns países como Austrália e Nova Zelândia, segue fechados e sem previsão de reabertura e outros como Dubai estão abertos.

Em entrevista ao Jornal, Jacqueline relata com detalhes e propriedade, de quem esteve a todo momento, desde o início da pandemia, acompanhando diversos jovens que tiveram seus sonhos de intercâmbios interrompidos, como tem sido essa fase tão difícil e como ela não desiste de alimentar as esperanças de que muito em breve eles estarão decolando em busca de todo esse tempo perdido.

Jacqueline Nayara

1. Quando você se deu conta da gravidade da pandemia do coronavírus e como isso poderia atrapalhar seus negócios?

Em março de 2020. Eu havia acabado de voltar de um treinamento em São Paulo, e na mesma semana iniciamos o lockdown no Brasil. Ainda havia muitos estudantes no exterior e começamos na mesma época um trabalho de “resgate” deles, pois muitas escolas estavam sendo fechadas por causa também do lockdown em seus respectivos países e tinham poucos voos operando naquele momento. Desde então, nossa primeira atitude foi dar assistência aos estudantes no exterior e concomitantemente iniciamos as alterações dos intercâmbios de estudantes que estavam com embarque mais próximo.

2. Trabalhando dentro da área, você acredita que a maioria das pessoas optaram pelo cancelamento ou adiamento do intercâmbio? E por qual motivo?

Felizmente, nossa taxa de cancelamento foi mínima e aumentou um pouco no início de 2021, mas no geral, a maioria alterou a data do intercâmbio. 

Acredito que viver um tempo fora, estudar e estar imerso a uma nova cultura é o sonho de vida de muitos, e apesar de não termos clareza de quando isso tudo irá passar, nós sabemos que uma hora isso vai passar. 

Muitos estudantes já estão com o intercâmbio todo pago, outros alteraram para novos destinos, pois há países que já estão abertos (como é o caso dos Emirados Árabes e da África do Sul) então, creio que é mais uma questão de tempo para que eles possam realizar esse sonho. A empresa tem mais de 30 anos de mercado e vejo que os nossos estudantes confiam muito no trabalho desenvolvido por nós.

3. Vocês da área do intercâmbio sentiram o peso financeiro causado pela pandemia? Se sim, de que forma?

Sem dúvida, o nosso setor foi um dos mais atingidos pela pandemia, vejo que vários outros setores também sofrem com os reflexos dessa situação. Contudo, é exatamente nestes momentos de dificuldade que percebemos que estamos fazendo um bom trabalho, pois após um ano de pandemia, nós ainda permanecemos no mercado, estamos assistindo nossos clientes, e estamos com os processos comerciais e de vendas ativos, nos reinventando todos os dias. Nossa demanda não cessou e as pessoas valorizam a educação internacional, elas sabem o quanto é importante essa vivência na vida e carreira delas. Vejo todos os meses a empresa crescer e estou muito feliz com os nossos resultados.

4. Quais têm sido as principais reclamações vindas dos intercambistas?

O principal ponto é a ansiedade que essa espera cria em muitos deles, principalmente nos estudantes mais jovens, alguns lidam melhor do que outros com essa expectativa. Temos uma relação muito amigável com os nossos clientes e isso ajuda a lidar com essas frustrações, vejo que eles também nos ajudam muito, se colocam em nosso lugar, pois nesta situação, não há culpados.

5. Como vocês da empresa de intercâmbio têm dado apoio a esses jovens que tiveram de adiar seus sonhos?

Como disse anteriormente, nós temos uma relação muito amigável com os nossos clientes e isso nos permite estar mais próximos deles. Trabalhamos fortemente para deixá-los atualizados sobre os seus processos, sobre as novas regras, mudanças e etc. Enquanto especialistas de educação internacional, estamos a todo momento analisando os cenários e trabalhando com transparência, para que eles possam tomar as melhores decisões sem grandes preocupações.

6. Na sua opinião, qual a importância de um intercâmbio na vida de um jovem? E o que você diria como incentivo para que eles não desistam, mesmo em um momento tão complicado?

Buscamos todos os dias tornar a educação internacional mais acessível aos diferentes tipos de público, para que todos possam ter a oportunidade de vivenciar essa experiência. 

Muitos vão em busca do desenvolvimento acadêmico, seja estudar inglês, fazer o ensino médio no exterior, ou a universidade, porém a experiência nos permite aprendizados superiores ao acadêmico, digo isso por experiência própria, há uma Jacqueline antes e uma pós o intercâmbio. Aprendemos a ser mais flexíveis, a respeitar mais o próximo, a entender as nossas diferenças e a ter mais empatia, são habilidades que só aprendemos através das experiências.  

Com muita frequência eu recebo áudios e mensagens dos nossos estudantes sobre como eles tiveram a oportunidade de se conhecerem melhor durante o intercâmbio, alguns pensam em empreender, outros começam a dar mais valor a vida que levam aqui no Brasil, e outro dia, eu ouvi uma estudante dizer o quão feliz ela fica em ver o sol, pois onde ela está morando hoje tem pouco sol. 

São coisas simples que mudam a nossa vida e o olhar que temos sobre o mundo. 

O momento é muito complicado, mas é preciso ter fé que vai passar e que as coisas vão melhorar. É momento de se planejar para realizar o seu sonho, busque mais informações, converse com especialistas da área, com estudantes que já moraram fora, pois isso tudo vai passar.  Não desista, jamais! 

 

 

Edição: Daniela Reis 

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Por Bianca Morais

No ano em que comemora seu sexagenário, a Una (campus Liberdade e campus Contagem) lançou uma grande novidade: As Rádios Una Fábrica e Una Contagem.  Os canais estrearam neste mês de Julho e já estão fazendo sucesso, com novos episódios de podcasts toda segunda (Fábrica) e terça-feira (Contagem), com edições repletas de assuntos interessantes e convidados especiais. 

As rádios são canais de conteúdo informativo e de entretenimento desenvolvidos pelos universitários, com temas que permeiam a instituição, os jovens e o momento atual em que vivemos.

“Com uma linguagem leve, acessível, com expressão universitária, pretendemos trazer assuntos diversos a partir da percepção dos próprios alunos em conteúdos curtos e relevantes para ouvir no intervalo das aulas, no deslocamento para o trabalho, estágio ou até enquanto lava a louça. Além disso, podem contar com uma curadoria musical exclusiva e playlists pensadas para o dia a dia dos nossos universitários”, explica Larissa Santiago, uma das coordenadoras do projeto.

O começo

Idealizado pela aluna do curso de Publicidade e Propaganda, Lara Trigo, a ideia da Rádio Una, nasceu durante os intervalos das aulas, onde a jovem passou a colocar músicas, o que gerava uma interação entre os colegas de sala que acabou em uma playlist colaborativa da turma, posteriormente, virou um projeto apresentado. 

Rádio Una Fábrica

Lara teve o desejo de levar o intervalo diferenciado para toda a Una, e foi então que levou aquela sua proposta para Larissa, líder do Laboratório de Publicidade e Design, após conversa elas pensaram na criação de um podcast que seria uma forma de levar informação do mundo da comunicação e da economia criativa para todos. 

Junto a tudo isso, a diretora da Una Contagem, Tatiane Puiati, já havia demonstrado o desejo de ter uma rádio própria do campus, enquanto a Fábrica tinha a vontade de fomentar o podcast, como um formato de conteúdo tendência do mercado.

Rádio Una Contagem

“A partir de todas essas congruências que demos vida ao projeto, com o apoio do nosso ex-líder Elias Santos e a parceria do Raphael Campos, líder da Fábrica AV, que topou coordenar comigo essa extensão universitária desde o início”, conta Larissa.

Seleção dos alunos

Para a rádio Una Fábrica, foram abertas vagas para os alunos de comunicação (jornalismo, cinema e audiovisual, publicidade e propaganda, design gráfico e relações públicas), enquanto na Rádio Una Contagem, a intenção era que o projeto fosse multidisciplinar abrindo vagas para todos os cursos do campus.

A seleção foi feita a partir do recebimento dos currículos e testes solicitados de acordo com as vagas ofertadas, entre elas: 

  • Hosts – entrevistadores, responsáveis pela seleção das pautas, produção dos roteiros e contato com o convidado.

 

  • Editores – responsáveis por acompanhar as gravações, edição e entrega dos episódios finalizados.

 

  • Social Media – responsável pela proposta de comunicação nas redes sociais, do planejamento à interação. 

Os hosts, por exemplo, tiveram que gravar uma chamada de um minuto de fala e os editores, enviar uma proposta de vinheta. 

Do Campus Liberdade os alunos participantes foram: Cristhiano Rodriguês, Eugênio Ferreira, Gabriel Souza, Giovanni Corrêa, Iago Bicalho, Inah Argentina, Lara Trigo e Virginia Cunha.

Da Una Contagem: Jonas Rocha, Karoline Beijamim, Paulo Vitor e Wendell Rafael.

Os preparativos

Com o objetivo de preparar os alunos para o começo das gravações, até porque a grande maioria começaria do zero, João Victor Rocha, especialista em podcast (@casadopodcaster) e produtor na Rádio Band News, foi convidado para ministrar uma oficina de quatro aulas sobre dicas essenciais para produção de podcast, bem como apresentar as perspectivas desse mercado.

“Aprendi muito com João sobre a produção de podcasts, desde o roteiro até a gravação, escolha do ambiente, da ferramenta para gravação, dos vícios de linguagens que temos e nem percebemos, foi engrandecedor o conhecimento oferecido por ele”, relata Lara Trigo.

Nos encontros online, foram passadas técnicas de gravação em casa, com os próprios recursos: um celular, fone de ouvido e computador com acesso à internet. Além de técnicas que ajudam a tornar o ambiente mais adequado para a gravação. 

“Algumas das dicas foi gravar dentro do guarda-roupa para ter maior isolamento acústico ou criar uma espécie de cabana com colchões e cobertores para o mesmo propósito, e nossos alunos fizeram”, relembra Larissa.

As gravações

Na Rádio Una Fábrica todos os encontros foram online, desde a oficina até a gravação e finalização do material. Já na Rádio Una Contagem as gravações foram feitas presencialmente com os alunos, mas convidados de forma remota.

Para se ter uma melhor qualidade na gravação foi orientado aos estudantes fazer em dois dispositivos: no computador, via Zoom ou Zencast e no próprio gravador do celular, podendo inclusive utilizar uma meia na saída do microfone para ter uma gravação ainda mais limpa.

“Dessa forma acabamos minimizando possíveis problemas de conexão que podem acontecer gravando de casa”, completa Raphael. 

Além dos alunos, a equipe técnica da Fábrica Luna esteve envolvida em todo o processo, especialmente no apoio à produção do material de divulgação. Na criação das peças gráficas e avaliação da proposta de planejamento e execução do aluno Iago Bicalho, de Publicidade e Propaganda e social media do projeto.

Em relação às dificuldades, a orientadora do projeto acredita que muitas delas partiram do apoio remoto e tempo de produção, o projeto foi uma grande novidade na Una, e aos poucos eles foram aprendendo a alinhar tudo.

“O tempo de produção e de lançamento dos episódios foi desafiador, por ser a primeira vez de um fluxo que depende do alinhamento entre todos. De qualquer forma os desafios deixam um saldo positivo, pois agora os alunos conseguem produzir este conteúdo, independente da estrutura disponível e principalmente a equipe desenvolvida quanto ao trabalho em coletivo”, compartilha ela.

Os episódios

Ficou na responsabilidade dos alunos a escolha dos temas e dos convidados a partir da pauta sugerida. Nesta primeira edição veremos profissionais do mercado especialistas nos assuntos, professores da instituição e grupo Ânima, como Joana Meniconi, Fernando Isidoro, Luiz Lana e Gustavo de Val Barreto. 

Os episódios também terão participação de personalidades reconhecidas nos meios em que atuam como a artista Efe Godoy, o empreendedor e ativista Felipe Gomes, Léo Moraes do Batekoo, o Diretor de Marketing da Lotus E-Sports e CEO do curso Fórmula Avante Wesley Moura.

Resultados positivos

Além dos alunos aprimorarem habilidades técnicas, eles também desenvolveram soft skills como colaborativo de gestão do tempo, autoconfiança e comunicação interpessoal. Alguns deles citaram que após a participação no projeto retiraram seus projetos pessoais de podcast do papel e estão colocando em prática. 

“A participação a distância de todos proporcionou desafios, mas muitos aprendizados para quem quer montar o próprio podcast e ainda houve estímulos junto à produção do projeto rádio UNA. Um dos principais desafios foi realizar as entrevistas sem a garantia da estrutura para qualidade de áudio”, diz Gabriel Souza, aluno de Publicidade e Propaganda.

“Eu como um dos editores do podcast tive desafios ao tratar os áudios gravados dos convidados, afinal nem todos tinham bons equipamentos, então passei algumas boas horas melhorando a qualidade. Apesar de ser um grande desafio, envolvi-me com muita aprendizagem nesse meio tempo, além de descobrir novos truques de edição com os outros editores, aprendi métodos de gravações interessantes”, Jonas Rocha, aluno de Publicidade e Propaganda.

“O resultado final foi muito agregador, experiência única, muito bom trabalhar em equipe e estar com o pessoal da Fábrica, tendo a oportunidade de ter voz, conseguir conhecer os outros projetos já desenvolvidos, indico a participação de todos nos projetos de extensão por justamente ter a praticidade do que é visto nas aulas ao decorrer dos semestres, espero continuar junto nas próximas edições com novas ideias e aqui deixo o meu muito obrigado”, Cristhano Rodriguês, aluno de Publicidade e Propaganda.

“Eu indico demais o projeto para os meus colegas de curso, mesmo com a dificuldade de gravação devido a pandemia foi muito proveitoso, produtivo, onde pude realizar o início de um sonho e vou levar para sempre na minha história, vou contar com orgulho que fiz parte desse projeto”, Wendell Rafael, aluno de Jornalismo.

“Esse projeto foi algo que desde o início me animou bastante por gostar muito de Podcasts e edição de áudio, mesmo sendo algo fora do meu curso é uma coisa que me interessa bastante, após essa experiência tenho vontade de estudar mais sobre o assunto e se possível participar das próximas temporadas e de outros projetos similares”, Paulo Vitor, aluno de Engenharia Elétrica.

Com a palavra, os organizadores.

“Apesar de não ser um formato novo, a produção de podcasts está em alta e o seu mercado está em crescimento. Levar essa experimentação para os nossos alunos é introduzi-los a uma possibilidade de carreira em sinergia com o que o futuro está apontando.

Ter uma rádio na instituição também é um canal próprio e potencial para levar discussões importantes aos universitários. Por isso, acreditamos que é só o início das rádios e elas têm muito a serem exploradas ainda para gerar mais benefícios especialmente à nossa comunidade acadêmica, mas também ao nosso entorno” – Larissa Santiago, orientação técnica e planejamento.

“Em ambos os projetos dividi a coordenação com a Larissa Santiago, por conta da minha área de atuação, estive mais próximo da produção e pós-produção, dando todo o suporte aos alunos nas gravações, edições e distribuição dos episódios.

O podcast é uma mídia que está crescendo muito ano após ano e demanda profissionais aptos a exercerem com propriedade cada passo de sua produção. Esse projeto de extensão capacita de forma responsável os alunos participantes, oferecendo um espaço de aprendizado e experimentação. 

Essa troca de experiência ainda é muito importante para o aluno, ele se torna um profissional preparado para enfrentar adversidades ao longo da sua carreira. Da mesma forma que nós coordenadores do projeto aprendemos com os alunos a todo momento” – Raphael Campos, orientação técnica, edição e roteirização.

Depois de uma primeira temporada de sucesso, Larissa e Raphael já começaram as reuniões de planejamento para a outra edição. Para o próximo semestre, eles prometem aprimorar as produções a partir dessa primeira experiência com os alunos. Como spoiler, eles contam ao Jornal que pretendem lançar de forma mais recorrente os episódios durante todo o semestre e incluir mais possibilidades dentro da rádio.

Acesse: 

Rádio Una Fábrica

Rádio Una Contagem

 

Edição: Daniela Reis 

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Por Daniela Reis

O vôlei brasileiro já trouxe muitas alegrias e medalhas para o Brasil, mas nem sempre foi assim. O Brasil se consolidou como uma potência mundial de vôlei efetivamente a partir da década de 1990, embora a geração de prata já tenha feito história nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984. Aquela foi a primeira medalha das seleções brasileiras no vôlei em Olimpíadas.

Seleção masculina de 1984

O Brasil é o segundo país com mais medalhas na história da disputa do vôlei em Jogos Olímpicos. As seleções brasileiras conquistaram 5 ouros, 3 pratas e 2 bronzes, totalizando 10 medalhas.

Entre os homens, o Brasil é o líder do quadro de medalhas. Já no feminino, a União Soviética ainda ocupa a primeira colocação. Brasil é tricampeão olímpico e líder no quadro de medalhas do vôlei masculino

Maiores campeões do vôlei masculino em Olimpíadas

  1. Brasil – 6 medalhas (3 de ouro)
  2. União Soviética – 6 medalhas (3 de ouro)
  3. Estados Unidos – 5 medalhas (2 de ouro)
  4. Rússia – 4 medalhas (1 de ouro)
  5. Japão – 3 medalhas (1 de ouro)
  6. Holanda – 2 medalhas (1 de ouro)
  7. Iugoslávia – 2 medalhas (1 de ouro)
  8. Polônia – 1 medalhas (1 de ouro)
  9. Itália – 6 medalhas (0 de ouro)

Maiores campeões do vôlei feminino em Olimpíadas

  1. União Soviética – 6 medalhas (4 de ouro)
  2. China – 6 medalhas (3 de ouro)
  3. Cuba – 4 medalhas (3 de ouro)
  4. Japão – 6 medalhas (3 de ouro)
  5. Brasil – 4 medalhas (2 de ouro)
  6. Estados Unidos – 5 medalhas (0 de ouro)
  7. Rússia – 2 medalhas (0 de ouro)

Primeiro ouro olímpico do Brasil no vôlei

Seleção masculina e o primeiro ouro em Olimpíadas

Mais acostumado a disputar medalhas, o Brasil conquistou seu primeiro ouro no vôlei em Jogos Olímpicos na edição de Barcelona, em 1992.

O time comandado por José Roberto Guimarães contava com atletas bastante promissores, como Giovane, Marcelo Negrão, Tande, Maurício, Paulão e Carlão.

Depois de vencer todos os 5 jogos da primeira fase, o Brasil bateu o Japão nas quartas de final e os Estados Unidos nas semifinais.

Na decisão, a Seleção Brasileira enfrentou a Holanda e venceu por 3 a 0, chegando ao lugar mais alto do pódio pela primeira vez.

Primeira medalha de ouro do vôlei feminino brasileiro

Seleção feminina e o primeiro ouro em Olimpíadas

Se a derrota para a Rússia em Atenas deixou uma imagem negativa, as jogadoras da Seleção Brasileira entraram com vontade de calar os críticos nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.

Após vencer todos os 5 jogos da fase inicial, a equipe comandada por José Roberto Guimarães fez 3 a 0 sobre Japão e China, nas quartas de final e nas semifinais, respectivamente.

Na disputa pelo ouro, o Brasil derrotou os Estados Unidos, por 3 a 1, coroando a geração de Fofão, Fabi, Sheilla, Mari, Paula Pequeno, Fabiana, Jaqueline, Carol, Thaísa, Walewska, Valeska e Sassá.

 

 

 

Por Bianca Morais

Ana Carolina Sarmento trabalhou durante muito tempo na Diretoria de Planejamento e Expansão da Una, se mudou para Joinville, onde assumiu a liderança da Diretoria de Marketing e Comunicação da UniSociesc, instituição que também integra o Grupo Ânima. Por lá, desenvolveu grande aprendizado, e retornou a Belo Horizonte recentemente para assumir a diretoria da Cidade Universitária.

Com vasta experiência de mercado, Sarmento, promete trazer vários novos projetos para a instituição, incluindo grandes propostas relacionadas a inovação. Em entrevista para o Jornal Contramão, a diretora compartilha experiências de vida e visões de mercado. Confira.

Como surgiu o convite para ser diretora da Cidade Universitária?

O Cicarini, reitor da Una, com quem já trabalhei há um tempo atrás, quando ele era diretor do Campus Liberdade e eu Diretora de Planejamento e Expansão, me ligou e me fez esse convite, dizendo que a Cidade Universitária precisava de um gás diferente, de um olhar mais voltado para o mercado, com mais força de ocupação da cidade de Belo Horizonte. 

Como eu estava em Joinville, juntaram-se duas grandes possibilidades para mim, uma de aceitar e assumir esse desafio, que é algo que me motiva muito, principalmente porque eu entrei na Ânima pela Una, e a Cidade Universitária é o coração da Una e também conciliando a parte familiar, pois já era um desejo ficar mais perto da família. 

Como você avalia sua trajetória no mercado de trabalho e crescimento profissional até hoje?

Uma das coisas mais importantes para mim é trabalhar com algo que realmente faça meus olhos brilharem, encontrei isso na educação, já são 17 anos dos meus 21 anos como profissional da Ânima e realmente fazendo diferença, tanto para as pessoas as quais trabalho, quanto para os alunos que passam pela instituição e também para mim, que vivencio tudo isso.

Tenho muito orgulho e gratidão pelo aprendizado, pelas trocas, pela possibilidade de entregar projetos tão diferentes e que me fizeram crescer. Orgulho principalmente das relações e profissionais que encontrei durante essa trajetória. 

Com tantos anos de mercado, o que você pretende trazer de novo para a Cidade Universitária?

Essa minha ida para Santa Catarina me trouxe um olhar diferente sobre inovação e tecnologia, o estado tem uma densidade tecnológica de inovação muito grande, um ecossistema muito sólido, isso em todas as cidades que atuamos, tanto em Joinville, quanto Florianópolis e em Jaraguá. A gente percebe um ecossistema mais pronto e fazendo aí uma ligação entre os três atores, o público, a academia e a iniciativa privada. 

O que eu pretendo trazer é essa conexão com o mundo do futuro do trabalho, colocando os alunos dentro como protagonistas dessa iniciativa, para que eles possam fazer essa ponte com o que vai ser esse futuro do trabalho. 

Estamos desenvolvendo um grande projeto que internamente temos chamado de Alma Una, que será esse centro de conexões, inovações, conhecimentos e de transformação, no qual os alunos estarão a frente, por meio de uma cocriação e da própria participação do dia a dia dessa comunidade acadêmica, alunos, professores e o entorno.

Um grande objetivo também é abraçar esse entorno, entender as necessidade e colocar essa nossa comunidade acadêmica a disposição na resolução e entrega de projetos que façam realmente a diferença na comunidade na qual estamos inseridos, sempre olhando para os pilares da Una que são: diversidade, inclusão, empregabilidade, acessos e comodidade. 

Quais são suas expectativas para o futuro da Cidade Universitária?

Minha expectativa é que a gente realmente faça uma entrega diferenciada para a nossa comunidade acadêmica e para o nosso entorno, e que sejamos referência em educação no ensino superior em Belo Horizonte.

Falamos também em projetos de transformação, de extensão voltados para o mundo do trabalho e que consigamos colocar a CDU em lugar de destaque na cidade, crescendo nosso número de alunos, fazendo com que as pessoas que pretendem fazer um curso superior deseje cada vez mais estar nesse lugar diferente.

E da Una como um todo?

Tenho a expectativa de tudo aquilo que estamos pensando e construindo na Cidade Universitária possa reverberar para toda Una, e que a Una, seja vista como a escola de referência nos estados de Minas Gerais e Goiás, que possamos ser cada vez mais lembrados como o lugar que prepara os nossos estudantes para o mundo do trabalho, seja qual for este mundo, por meio de competências e habilidades que são desenvolvidas no nosso dia a dia por meio de um modelo acadêmico inovador.

Como você avalia a educação superior como base da transformação do país? 

A educação é a base de transformação de qualquer sociedade, ela está ali no centro dessa transformação, é por meio do acesso ao conhecimento, ao desenvolvimento dessas habilidades que as pessoas conseguem gerar conhecimentos, se empoderar, ganhar confiança, autoestima para poder entregar para o mundo o trabalho que elas aprenderam.

Eu diria que sem educação não temos crescimento, não abrimos nem expandimos. Não evoluímos, a evolução é a base de toda essa transformação, ela começa com uma transformação individual, que vai impactando a família, o mundo do trabalho, e essas transformações somadas conseguem elevar uma sociedade em um patamar de desenvolvimento muito maior, geração ciência, de mais empregos, empreendedorismo, tudo isso como um motor de economia de um país, gerando melhores rendas e melhores condições de vida.

Na sua opinião, como a educação, principalmente nas universidades, vem se transformando através dos projetos de inovação e tecnologia?

Hoje a inovação e tecnologia fazem parte da nossa vida, não tem como dissociar mais, vivendo esse ecossistema de inovação, respirando tudo isso, o que vem de dentro da universidade e do mundo do trabalho, é algo que se conecta, uma interação desses dois atores que entregam de volta para a sociedade algo que vai melhorar nossas condições de vida.

Dentro do próprio ensino superior vemos uma evolução também, por meio do uso de tecnologias dentro das metodologias de aprendizagem, em sala de aula. Não temos como negar que o acesso à informação hoje é muito diferente do que era antigamente, por causa dessa tecnologia que proporcionou tudo isso. Então também precisamos evoluir as metodologias de ensino, as formas de aprender, as novas ferramentas, o debate com os professores, eles que se reinventam e estão mais preparados para essa nova realidade.

Como você avalia o futuro da educação superior pós-pandemia? 

A pandemia acelerou um processo de hibridez das relações, hoje percebemos que não precisamos nos deslocar fisicamente para estar em alguns lugares, em algumas reuniões e da mesma forma a sala de aula. Óbvio que muitas das coisas dependem do presencial, mas muitas vão acabar sendo colocadas em prática com a ajuda da tecnologia, uma tecnologia mais avançada, por meio de simuladores, de realidade virtual, realidade aumentada, e muito vai ser a distância.

Eu enxergo três vertentes dentro da sala de aula, a presencialidade, a sala de aula online e o uso de ferramentas de aprendizagem por meio dessas novas tecnologias, não vejo como voltarmos para o patamar que tínhamos antes da pandemia.

Na sua opinião, quais as características do profissional do futuro? 

A gente tem visto que os profissionais do futuro cada vez mais serão exigidos nas suas competências socioemocionais, então destacamos muito forte a questão da liderança, da criatividade, da comunicação e relacionamento interpessoal, também a flexibilidade, adaptabilidade, que são competências na inteligência emocional a serem desenvolvidas dentro de um contexto educacional que irá colocar esses estudantes diante de situações que exijam isso deles.

Como a Una tem se preparado para formar esses profissionais?

Temos um currículo baseado em competências, ele desenvolve e trás os conteúdos técnicos de uma forma que possibilita o desenvolvimento dessas competências socioemocionais, que vão para além do conteúdo técnico. Ele é integrado, como a vida é integrada, não estamos divididos em caixinhas de disciplinas separadas, a gente trata de problemas de forma interdisciplinar.

Uma outra capacidade é a de resolução de problemas e o nosso currículo nos possibilita tudo isso, também temos componentes curriculares que nos impulsionam nesse sentido, como as próprias práticas dos projetos e cursos de extensão, os trabalhos interdisciplinares voltados e baseados para a resolução de problemas, são técnicas que contribuem para o desenvolvimento e para que nossos alunos saiam mais preparados para esse mundo do trabalho.

Além de profissional você também exerce outro grande cargo, o de mãe. Como você concilia sua carreira com a maternidade?

Ana Carolina Sarmento e família

Outro dia eu recebi uma charge que mostra uma corrida com as mulheres e os homens, as mulheres com aquelas atividades todas da casa, da maternidade. Eu sempre tive a sensação que eu entrei em uma reunião devendo, menos preparada para aquela reunião do que um outro colega.

Digo que é complexo conciliar tudo isso, mas é possível, extremamente possível, e gratificante, porque eu sempre quis ser mãe, eu sempre me enxerguei nesse papel e eu sou muito feliz, não me imagino não tendo meus filhos, é uma responsabilidade enorme e que precisamos nos dedicar, aprendo todos os dias.

Meu grande recado para as mulheres é que elas não desistam das suas carreiras, dos seus sonhos, de serem protagonistas da sua própria vida e que é possível conciliar todos esses papéis, com uma grande rede de apoio, contando com os pais dos filhos como sendo parte, dividindo igualmente essa responsabilidade, apesar das crianças ainda terem essa questão da mãe como uma referência, a gente acaba tendo com eles um papel diferente, mas que tenho buscado sempre tentar fazer com que eles vejam que nós dois temos o mesmo peso. 

Durante a pandemia vimos muitas mulheres abrindo mão de seus empregos para ficar em casa e cuidar dos filhos. Em algum momento isso passou pela sua cabeça?

Não, em nenhum momento isso passou pela minha cabeça. Os meus filhos são um pouco maiores, por isso eles têm um pouco mais de autonomia. Foi um desafio, mas eu sempre tive na minha cabeça de que a gente iria passar por isso junto, como eu disse, ter o pai das crianças comigo, dividindo essa responsabilidade da aula online, quando um não pode o outro pode estar ali ao lado deles, pensar em alternativas para eles nesse momento de isolamento que fosse para além das telas, busquei uma professora que pudesse dar aula umas duas vezes na semana, principalmente para o meu menor, que teve muita dificuldade de adaptação sobre o ensino remoto. É pensar em alternativas junto com meu marido, e ter persistência, resiliência, porque tinha dias em que tudo dava errado, todo mundo ficava nervoso, mas em nenhum momento o pensamento de desistir assim.

Qual o principal desafio enfrentado por você no dia-a-dia?

Acho que o principal desafio é ocupar um cargo de liderança importante e conciliar alguns compromissos com os outros papéis, o de mãe, esposa, dona de casa e de filha. Acho que conciliar isso e manter o equilíbrio, sempre pensando no bem estar de todo mundo é bem difícil.

Outro desafio é separar o profissional do pessoal, é impossível, não existe isso, nós somos uma pessoa só, mas saber colocar limite, no momento em que você está se dedicando ao trabalho e na hora em que você está se dedicando aos seus filhos, saber até aonde você vai com uma coisa e com outra. Acho que isso é muito importante, até a hora de parar, de dar atenção para um filho, de olhar ali pela educação deles, um outro grande desafio é fazer esse dia a dia deles ser produtivo e construtivo, de grandes desenvolvimentos, gerando memórias afetivas, de estar presente, isso tudo para mim é muito importante para que eles cresçam e se tornem adultos emocionalmente saudáveis.

Precisamos também nos manter saudáveis, ter um tempo para a gente, o tempo do lazer, do esporte, da prática do esporte, para cuidar da saúde, do corpo, e da própria mente, porque esses esportes nos desconectam do ritmo frenético e nos conectam conosco.

Tudo isso falta tempo, o desafio é conciliar tudo e sem ter culpa se as vezes não deu certo, se em um dia, não produzi o tanto que tinha que produzir, ou não fiquei com meus filhos o tanto que gostaria. Não sentir culpa e levar de uma forma leve, porque afinal a vida é uma só, e temos que ser felizes para conseguir evoluir, acho que estamos aqui para isso, evoluir através das relações que a gente tem com as pessoas.

Estando onde chegou, qual conselho você daria às mulheres que enfrentam diariamente as dificuldades do mercado de trabalho?

Não desistam, lutem pelos seus sonhos, busquem ao máximo o seu desenvolvimento e crescimento, lembre-se que vocês são incríveis, que cada uma de nós tem um talento que precisa ser colocado a favor do mundo. Descubram e valorizem seus talentos, sejam felizes, tenham um propósito e se realizem.

 

Edição: Daniela Reis 

 

 

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Por Keven Souza

Nas redes sociais é quase improvável você rolar o feed do Instagram ou visualizar os vídeos do Tik Tok sem ao menos perceber que tanto as mulheres, quanto os homens estão usando a nova tendência do momento. A nail art é uma técnica que prioriza pintar as unhas de forma elaborada e criativa, e que podemos encontrá-la desde os salões de beleza no gueto ou até mesmo nos espaços da alta sociedade. A moda, que é queridinha de muitas pessoas, alcançou seu pico de sucesso na era digital e veio com o objetivo de apostar em unhas divertidas que possam ser usadas para agregar valor ao look. 

No Met Gala de 2019, evento tradicional que reúne diversos famosos internacionais, a nail art foi consagrada e apresentada ao mundo como uma nova tendência do universo masculino, e naquela noite, concedeu holofotes no red carpet a diversas celebridades. O ex- One Direction, Harry Styles, foi um dos anfitriões do evento que se tornou o assunto mais comentado entre as revistas de moda pelo sucesso das unhas pintadas em preto e verde. Entretanto, não darei o prazer, novamente, aos homens héteros de levarem os créditos de serem pioneiros em uma prática que não é de hoje que existe.

O ego masculino faz com que, até hoje, os homens sejam como uma “estrela” inapagável do centro da sociedade, com o reflexo hipócrita de que mesmo com a evolução de debates sobre apropriação cultural, identidade de gênero e igualdade social, a liberdade de se expressar sem ao menos serem julgados é um privilégio restrito somente à eles. 

Talvez seja doloroso aceitar que quando um homem branco e heteronormativo, se apropria de algo, seja uma tendência ou uma causa social, logo em seguida ela se torna relevante e é pautada em diversos veículos de comunicação. 

E, por incrível que pareça, a moda vai muito além do que dispor de uma tendência, é por si só um sistema que acompanha o comportamento humano e que ao longo do tempo desempenha um papel imprescindível na vida das pessoas. É em torno dela que as roupas e as tendências carregam significados sociais, econômicos e culturais, que nos dizem quem somos e de onde viemos, sendo significativa no que se refere a nos comunicarmos, e a nos expressarmos mediante ao que usamos.  

Para nós da comunidade lgbtqia +, usar esmalte não é só mais uma tendência passageira que grandes celebridades usam e usufrui quando querem. É uma vivência, uma prática cotidiana que faz parte da construção da identidade de diversas pessoas e que existe muito antes da nail art chegar ao red carpet como um momento estético e eufórico.  

Um dos exemplos de que pintar as unhas não é uma pauta atual, temos o ator, cantor e supermodelo, RuPaul Andre Charles, que desde os anos 90 nos EUA comanda o seu programa “RuPaul ‘s Drag Race” montada de drag queen com roupas, cabelos e unhas do universo feminino. 

Na comunidade, ele é celebrado como um ícone da arte drag que atua no audiovisual (televisão) sendo homem, gay, e afeminado, que não se compara com o Harry Styles, Bad Bunny ou Zac Efron que se apropriam de uma estética efêmera para estarem em alta na sociedade. RuPaul é a prova de que há muito tempo a nail art existe, e que os LGBTs afeminados lutam para fazerem parte do palco principal e se expressarem como seres humanos livres de rótulos, mas que em suma são ofuscados e esquecidos pela mídia. 

No Brasil, a realidade é pior, celebridades como Gui Araujo, Leo Picon e Lucas Jagger, são alguns dos homens que na maior parte das vezes fazem sucesso nas redes sociais exibindo as unhas coloridas e divertidas, aplaudidos pelo uso da técnica e aceitos por um grande número de  pessoas.

Eu diria que as transexuais e as travestis que pintam as unhas, fazem o cabelo e assumem a sua identidade, não têm a mesma sorte, já que ultrapassam até mesmo os gays em números de mortes violentas no Brasil. Esse dado é do Relatório Anual de Mortes Violentas de LGBT no país, realizado pelo o Grupo Gay da Bahia (GGB), que nos diz que só no ano de 2020, 161 travestis e trans foram vítimas da transfobia e 237 pessoas da comunidade morreram de forma violenta por serem quem são.

O cenário é super cruel e me faz pensar, o que falta para sermos considerados pautas relevantes, e sobretudo, o quanto os holofotes permanecem voltados somente aos homens héteros com estereótipo padrão. Até quando iremos aceitar que, o que os homens heteronormativos fazem é normal, bonito e relevante, e o que produzimos não é plausível suficiente ao ponto de sermos lembrados de um movimento na qual fazemos parte há décadas? Até onde é possível romantizar o ato de usar esmalte em aspecto divertido e bonito, para alguns e para outros que exercem a prática como parte da sua identidade, o resultado ser a morte? 

 

Edição: Daniela Reis 

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Por Keven Souza

Identificar e resolver problemas é uma capacidade desejada em todos os departamentos, agências e escritórios ao redor do mundo. No campo criativo não é diferente, a carreira de um publicitário ou de um designer gráfico é traçada pela curiosidade e a vontade de aprender coisas novas todos os dias, o graduando da área deve ser inquieto, ter disposição para correr atrás de referências e inovar com soluções que valorizem cada trabalho desenvolvido. 

No Centro Universitário Una, por ser uma área extremamente mutável e inovadora, a criação publicitária é um campo que tem crescido e transformado diversas ideias em excelentes resultados. Para a instituição, é imprescindível ofertar habilidades para além das exigidas na área, o esforço em aprimorar os domínios técnicos dos alunos é um viés estimulado para torná-los profissionais multifacetados com diversas possibilidades de atuar no mercado.

Como uma das séries de conteúdos dos 60 anos da Una, o Contramão traz uma agência que faz parte da Fábrica, que entre os laboratórios é o mais antigo, e se configurou como o núcleo dos cursos de Publicidade e Propaganda e Designer Gráfico. O laboratório que atua no mercado há mais de dezessete anos tem prezado em potencializar o crescimento profissional dos alunos, através do estágio supervisionado e dos projetos de extensão para proporcionar novos saberes aos estudantes.

A Fábrica Luna ou Laboratório Luna, é uma agência experimental, fundada em 2004 como Laboratório de Comunicação Integrada que acolhe os alunos dentro da própria academia e oferece serviços no setor de produção de conteúdo, além de estimular infinitas possibilidades aos estudantes de solucionar diversos tipos de demandas no campo dos sentidos visuais. 

Equipe Luna

Atualmente, está situada nas unidades da Una Liberdade (Cidade Universitária) e na Una Contagem, sendo gerida pela líder Larissa Santiago, que enquanto publicitária especialista em Inteligência de Mercado, está à frente da gestão do laboratório desde 2019, com o suporte da supervisora técnica Larissa Bicalho, formada em Design Gráfico, junto a um time inteiramente feminino composto pelas estagiárias Amanda Serafim, Emanuely Iolanda, Isadora Ayala e Jéssica Goés. 

A Luna ser uma agência experimental com participação da academia é um propósito desde o início, mas assim como a Una, têm se adaptado às tendências de mercado. Hoje, além de incluir os conhecimentos profissionais requisitados no setor, busca trabalhar ao lado dos alunos as soft skills de relacionamento interpessoal, a autoconfiança, a colaboração e o autoconhecimento para torná-los profissionais do futuro.

Por esta razão, obter a oportunidade de integrar o time da agência é única, capaz de construir uma experiência gradativa e enriquecedora que é favorável para fomentar o pensamento fora da caixa, aprimorar a organização, desenvolver a versatilidade e a ativar a criatividade. 

Aos alunos é uma vitrine ensejada de caráter introdutório no mercado de trabalho que promete fortalecer a postura profissional, além de atribuir conhecimentos e técnicas específicas exigidas no dia a dia do setor de criação. A oferta de uma vivência ávida ao lado da seguridade de enriquecer o portfólio com a elaboração de campanhas para uma instituição de reconhecimento nacional, como o grupo Ânima, é uma brecha para todos os estudantes engajados que sonham construir uma polida carreira de sucesso. 

Para o estudante João Lucas Moreira Soares, que foi um dos estagiários de criação de Publicidade e Propaganda no ano de 2020, a sua participação que durou cerca de um ano se tornou uma experiência extraordinária para iniciar sua entrada no mercado de trabalho. “A Luna foi o pontapé na publicidade pra mim, me permitiu experimentar muitas coisas, sair fora da caixa e pensar mais alto, nada era engessado, cada ideia era bem vinda que a longo prazo ajuda a você ter um olhar mais analítico que muitas vezes é exigido na profissão.” 

Segundo ele, a trajetória foi pautada em uma excelente relação ao lado da equipe, sua líder Larissa Santiago, na época foi uma das pessoas em que o fez entender sobre a diferença entre uma agência tradicional e uma agência experimental, e com ela pôde absorver na íntegra o significado de profissionalismo, carisma e acessibilidade enquanto liderança.

“Por conta da liderança que tive na Luna, hoje consigo liderar outras pessoas no meu trabalho, a minha líder me inspirou muito nessa parte. E fica a gratidão pela abertura que tive, porque nunca tinha trabalhado na área e tive a oportunidade que foi muito rica para mim”, desabafa João. 

João afirma que, na Luna, sempre existiu abertura para as alcançar novos horizontes e construir novas ideias, a oferta de uma visão macro da comunicação era destinada aos estagiários. E que através das funções que exercia como criador de peças gráficas, desenvolvedor de campanhas, social media e redator publicitário, construiu bagagem suficiente para dar um start no mercado de trabalho e iniciar um novo desafio como profissional. A sua participação se tornou uma porta de entrada para o então emprego, atual, em uma startup de franquia de reforço escolar como assistente de marketing. 

À vista disso, está à frente de tantas outras agências universitárias com foco na experiência do aluno, possui em um de seus pilares a prática e a teoria alinhadas com a vivacidade e em suma importância, cultiva a criatividade dos estudantes ao favorecer um ambiente pautado na colaboração que alimenta laços sociais significativos para a equipe. 

Na Luna, as conquistas ao longo do tempo enquanto agência, são plausíveis a todos os integrantes do time que fazem o trabalho acontecer de maneira fluida que são a partir um dos outros que ocorre o fortalecimento dos potenciais de cada um e se torna o lugar onde é possível crescer, se desenvolver de maneira profissional, e desejar novos desafios pessoais.

Jéssica Gabriella Góes, que está no quinto período de Publicidade e Propaganda e é estagiária há mais de oito meses da agência, diz que participar do laboratório propiciou desenvolver habilidades essenciais no mercado da publicidade, sua capacidade de compreender melhor o briefing foi a parte mais trabalhada que antes não o tinha muito apurado. 

“Antes de ser estagiária no laboratório não possuía nenhum tipo de experiência no mercado de trabalho, nem mesmo em outras empresas, por isso para mim foi e está sendo muito importante desenvolver as tarefas, principalmente em grupo”, explica. 

Para ela, a conexão entre a equipe trouxe a possibilidade de se comunicar com pessoas de diferentes ideias e pensamentos, e que é um exercício que tem agregado bagagem para prepará-la para chegar ao mercado. 

Além disso, o ambiente unido ofereceu a rica experiência de melhorar o cotidiano do curso e permitiu momentos inesquecíveis dentro da Luna. “Uma demanda que fiz e tenho muito orgulho foi a do Gastrouna. Logo quando entrei, estava um pouco acanhada, não sabia muito, mas ao longo do processo a Larissa foi me auxiliando e por fim tudo deu certo. Fiquei muito feliz, meu primeiro KV realizado”, desabafa Jéssica. 

Parcerias e demandas 

Por causa da pandemia de Coronavírus, o laboratório tem se adaptado para priorizar a prestação de demandas institucionais. Os serviços voltados a alcançar mais alunos e experienciar o trabalho dos estagiários é atualmente possibilitado através do auxílio no setor de marketing do grupo Ânima e funciona como “braço direito” em projetos ao lado dos cursos de jornalismo, cinema, relações públicas, arquitetura, moda e gastronomia. 

A criação de materiais gráficos é a engrenagem de eixo que move a atuação da agência que em sua jornada executa mais de duzentos e quatro materiais por mês e realiza em média de uma a duas campanhas para instituição e clientes externos. Em sua função, as principais demandas estão a produção de conteúdo, a gestão de redes sociais, o planejamento de campanhas, a produção audiovisual, a produção de podcasts, a produção de livros e e-books, além da comunicação corporativa e criação de identidades visuais. 

Em sua história o laboratório conta com diversas parcerias ao longo dos anos, na própria Una produz desde 2019 as campanhas de Volta às Aulas, e nos últimos anos, colaborou com a FIEMG, no desenvolvimento da identidade visual do Conecta Hub e no desenvolvimento conceitual e de identidade visual da Fábrica, enquanto Núcleo de Economia Criativa da Una que integra os laboratórios. 

E com ineditismo há a parceria com as rádios Una Fábrica e Una Contagem que estrearam em Julho deste ano e são extensões universitárias em parceria com a Fábrica, ao lado do projeto de rebranding do café “Manní Cafés Especiais”, alocado na Una Cine Belas Artes.

Isadora Cristina Bicalho Ayala, que está indo para o segundo período de Design Gráfico e faz parte da equipe a três meses, afirma que descobriu novas possibilidades de atuar no mercado além da sua área e que em particular sua participação foi essencial para acrescentar conhecimentos ao seu curso e alinhar a teoria com a prática. 

“Meu curso necessita de habilidades específicas como os softwares de criação e de ilustração, dentro da Luna consigo desenvolvê-los e levar novas habilidades, onde também a criatividade conta muito e na agência a esse estímulo” explica.

Para ela entregar as demandas dentro do prazo solicitado e receber um feedback positivo, ajuda no estímulo pessoal, além de significar que está no caminho certo ao lado de pessoas que tem a agregar profissionalmente.   

E conclui que, fazer parte do time e poder realizar as demandas, o sentimento que resta é o de orgulho. 

A proposta da Luna é ser mais do que uma agência comum, é ser um lugar que sintetize a vontade do aluno de crescer profissionalmente ao lado de oportunizar uma experiência  ímpar nas diversas ações no campo da publicidade, e também no próprio ambiente acadêmico. 

Por isso, vai além do tradicional, é uma agência multidisciplinar que se preocupa na íntegra com a experiência do graduando e está há muito tempo no mercado cultivando e aprimorando os vários lados de um profissional. O que simplifica para a instituição que obter agências disruptivas como a Luna, é a maneira imprescindível de capacitar e desenvolver uma visão macro de possibilidades de atuação a todos os estudantes.    

Com a palavra, a líder

Larissa Santiago, publicitária e líder da Luna

“Pensar que estamos a contribuir para o sonho de quem está entrando para a faculdade buscando um futuro melhor para si, para a família e que com um laboratório com o propósito como o da Luna conseguimos de fato apoiar esses alunos, a sensação é de trabalhar com propósito e é emocionante. Em suma, a Luna poderia ser definida no conjunto das palavras: experimentação, crescimento, aprendizados, criatividade, apoio e futuro. Um lugar para alinhar teoria e prática com vivacidade” – Larissa Santiago.

 

Edição: Daniela Reis