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O dia amanheceu e mais uma vez veio aquela dúvida: “A Netflix” ou “O Netflix”? As discussões acerca de qual artigo definido devemos usar são contastes e em algum ponto até mesmo acaloradas. Como se fosse um caso de responsabilidade pública decidi resolver esse dilema e fui atrás de quem poderia me responder com total segurança sobre o fato: os funcionários da empresa.

Acionei o bate papo, e em cerca de segundos, alguém me respondeu, queria que as operadoras fossem assim. O nome do funcionário: Lucas. Rapaz educado, brincalhão e disposto a me ajudar. Então, surgiu a pergunta de 1 milhão de dólares: “A ou O”? O que segue é a transcrição da minha consulta, dá uma olhada e tire suas próprias conclusões.

You

Boa tarde. Tenho uma coluna sobre curiosidades no Jornal da Faculdade na qual estudo e gostaria de fazer uma sobre a Netflix. Há algum e mail no qual eu possa entrar em contato? Obrigada.

Netflix Lucas

Bem-vindo à Netflix. Meu nome é Lucas, com quem eu teclo? :D

You

Olá Lucas, tudo bem? Com Ana Paula.

Netflix Lucas

Olá Ana Paula :D

Netflix Lucas

Já identifiquei a sua situação. Não se preocupe estou aqui para te ajudar. :D

Netflix Lucas

Ok entendi :D já te explico

You

Ok. Obrigada

Netflix Lucas

Ana Paula, da minha parte eu posso dizer que nós aqui na formação também levantamos essa pergunta :D

Netflix Lucas

Vou te passar o que nos foi transmitido

Netflix Lucas

Netflix é um produto Americano né, e com base nisso lá ele é chamado de The Netflix… um produto

Netflix Lucas

Lá o produto não sofre como esse problema de saber se é A ou O.… é como se fosse um anjo :D são assexuados hehe

You

Bacana! :D Adorei a comparação

Netflix Lucas

Kkkkkk eu tb quando ouvi gostei bastante

Netflix Lucas

Então no seu artigo… se for se referir como produto podes tratar por O Netflix, mas se for somente uma alusão à marca, podes muito bem também usar A Netflix

Netflix Lucas

Em ambos os casos não há erro

You

Muito legal!

Netflix Lucas

Da minha parte mais alguma situação em que posso te ajudar?

You

Era só isso mesmo Lucas. Muito obrigada e vai um elogio: vcs arrasam.

Netflix Lucas

Muito obrigado pelo seu contato … Desejo te um ótimo dia, tudo de bom para você e sua família fica na paz! :D

 

Por Ana Paula Tinoco

 

Arte: Divulgação Pixar/Disney

A Pixar é um dos grandes nomes do cinema. Dona de sucessos, como: Toy Story, Os incríveis, Carros, entre outros. Não é fato desconhecido que em 1986, Steve Jobs comprou a empresa e a transformou em referência no mundo da animação. Jobs que a comprou por U$5 milhões, 20 anos depois a vendeu por U$7, 4 bilhões a Disney.

Devido ao sucesso, a Pixar sozinha arrecadou U$4 bilhões com seus 9 filmes, ela se tornou a “casa de filmes” mais sucedida na história do cinema. Esse feito fez com a revista londrina Total Film, em 2004, classificasse a venda para Jobs como a “6ª decisão mais idiota do cinema”.

Mas, você sabe quem a vendeu?

Divulgação: Pixar/Disney
Foto: Pixar/Disney

Criada em 1979, ela começou como uma divisão da Lucasfilm. Na época, não se chamava Pixar, e era apenas uma divisão da produtora de George Lucas conhecida como: “Setor de Gráficos”.

 

Reportagem Ana Paula Tinoco

Imagem divulgação: Netflix

No dia 15 de julho, a Netflix disponibilizou o mais novo fenômeno da cultura pop: Stranger Things. A série virou febre e ganhou fanfics, espaço em salas de bate-papo, memes, facebook e outras mídias. Assinada pelos irmãos Matt e Ross Duffer, com uma segunda temporada confirmada, o pano de fundo dessa história são os anos de 1980.

Essa ambientação traz ótimas homenagens a grandes obras dessa década que foi importante para a concretização da cultura pop tal como conhecemos hoje. Durante o desenrolar da trama é possível ver e se deliciar com sequências baseadas em Goonies, Conta Comigo, E.T. – O Extra Terrestre, Contatos Imediatos de Terceiro Grau, entre outros.

Os gêmeos Duffer fizeram com que adultos voltassem ao passado num saudosismo gritante dos tempos áureos da Sessão da Tarde e aos adolescentes e crianças trouxeram uma viagem ao passado de novidades mergulhadas no suspense/terror leve e digno de palmas em apenas oito episódios.

As críticas com relação ao enredo da série foram em sua maioria boas, principalmente quando se fala dessa homenagem prestada há filmes que são a base da cultura pop dos dias de hoje.

Stranger Things é bem definida e exala homenagens, mas não depende apenas disso. Em sua trama central, cria por si só uma história eficiente, pra lá de assustadora e intrigante, ao mesmo tempo contendo muito coração. “, Pablo Bazarello – CinePop

Irmãos Duffer - foto reprodução internet/divulgação
Irmãos Duffer – foto reprodução: internet/divulgação

Mas você sabe como os irmãos Duffer apresentaram a ideia da série para os produtores e incentivaram criativamente os roteiristas?

Eles montaram um trailer com trechos de 25 filmes, entre eles: Halloween, A Hora do Pesadelo, Super 8, Scanners, Poltergeist, A hora do Pesadelo, Alien, Gremilins, O Enigma do Outro Mundo, entre outros grandes sucessos desse universo pop da aventura, terror e suspense. Assim como a clara referência que já começa na fonte usada para a logo da série às obras literárias de Stephen King.

https://www.youtube.com/watch?v=XWxyRG_tckY

Reportagem Ana Paula Tinoco

Trecho de "O Eixo" - Fotografia/Divulgação

Revivendo os áureos tempos das telas de cinema projetadas ao ar livre, o evento Mini Festival de Webfilm irá preencher a noite de sábado, 16, em pleno inverno belo-horizontino. Idealizada pelo Coletivo Luminária, a primeira edição do festival reunirá webfilmes produzidos por nomes do cenário independente nacional e internacional. As projeções serão realizadas na calçada, na escadaria e no quintal do espaço do BDMG cultural, localizado na rua da Bahia 1600, no Circuito Cultural da Praça da Liberdade, região centro sul da capital mineira.

Com entrada franca, as projeções do festival terão início às 18h e irá proporcionar ao público a oportunidade de conhecer 40 trabalhos de animações, curta metragens, documentários, fashion filmes, ficções e vídeo performances nacionais e internacionais, todos com classificação Livre. De acordo com a organização do evento, o principal objetivo deste festival é a ocupação do espaço urbano através da utilização de formas audiovisuais criativas além da consolidação de um ponto de encontro para os apreciadores dos trabalhos audiovisuais.  

Em meio à programação, uma série desses trabalhos foram produzidos por autores de Belo Horizonte. Dentre eles, o curta “BH no Ritmo da Luta”. Com produção e direção de Dandara Andrade, nele é abordado o contexto do carnaval da cidade que, a partir do ano de 2009, voltou a receber os tradicionais bloquinhos de rua. Com um engajamento político, os bloquinhos tomaram novamente o espaço urbano e ultrapassaram os limites da Avenida do Contorno, hipercentro da cidade, para alcançar novos espaços da região metropolitana de BH.

Dandara Andrade é formada em comunicação social e jornalismo, especializada em cinema e iniciou os trabalhos com audiovisual na emissora Rede Minas. Atualmente, é diretora de produção da Gabiroba Vídeo e produz documentários e vídeos educativos. Ela comenta sobre o processo criativo de direção do curta, “eu já era stalker do carnaval de rua de BH e a Mariana Fantini, que trabalhava conosco e teve participação fundamental no projeto, também estava ligada na importância e militância que a juventude vinha desenvolvendo antes e durante o feriado festivo. A ideia foi buscar a resposta para uma pergunta que estava se tornando comum por aqui: de onde veio esse carnaval? Queríamos mostrar que aquela festa nunca tinha morrido e ia muito além da folia e do entretenimento. Desejávamos mostrar como o carnaval de rua era, na verdade, de luta.”, completa.

Assim como outros eventos da cidade, o carnaval de BH se tornou um momento de representatividade política e social que, a partir dos anos de 2008 e 2009, voltou a mobilizar uma quantidade significativa de adeptos. ela explica um pouco da importância política na abordagem desse tema em um trabalho audiovisual, “acho que BH no Ritmo da Luta é um registro muito útil para nos lembrar sempre, enquanto cidadãos-foliões, de onde viemos, para quê viemos, porque e onde queremos chegar com esse movimento e suas revoluções e, consequentemente, com a relação que construímos com a cidade.”, comenta Andrade sobre o papel em que o documentário pode atender.  

Mini Festival de Webfilm

O festival é uma oportunidade, também, para os adeptos e apreciadores do estilo. A utilização da internet para a promoção e divulgação dos trabalhos realizados de forma independente é tido como uma alternativa de acesso ao mercado. Andrade pontua, “Coletividade. Juntar a sua turma, unir suas experiências, técnicas e estruturas, em busca de uma produção que traga sentido para sua vida e toque de verdade aqueles que terão acesso a ela – acredito que esse seja o primeiro passo. É óbvio que o fomento governamental ao audiovisual está crescente, mas, não podemos ficar dependentes dele, por isso, ter atitude de pegar e fazer é extremamente importante. Acho interessante também que quebrem o mito da glamourização do cinema e da direção e abram a cabeça para a internet, para as “lentes sociais” e para a responsabilidade que temos ao registrarmos e exibirmos algo. Nesse caso, a mensagem é mais importante que o meio.”, finaliza.  

Fotografia/Divulgação
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Reportagem: Lucas D’Ambrosio

A curiosidade do Coutinho era avassaladora, não havia nada que não o interessasse.”

A 11ª edição da CINEOP homenageou o jornalista e cineasta Eduardo Coutinho, considerado pela crítica como um dos maiores documentaristas da história do cinema brasileiro. Na sessão especial, dedicada ao cineasta, foi exibido o longa “Um Dia na Vida”. Para falar sobre o filme, Cezar Migliorin, Consuelo Lins e João Moreira Salles foram convidados para compor a banca do seminário “Fragmentos da vida: sobre um dia na vida, de Eduardo Coutinho.”.

Em outubro de 2009, Coutinho gravou por 24h a programação dos canais de TV abertos brasileiros. Trechos de programas, intervalos comerciais, chamadas e fragmentos de novelas, telejornais, entre tantos outros formatos de imagens compõe o filme que, por meio de citação, levam o espectador a questionar a televisão aberta, o Brasil, o tempo atual e os valores cultivados.

A professora Consuelo Lins, que trabalhou diretamente com Coutinho, discutiu a importância de se eternizar essas imagens que, com o tempo, cairiam no esquecimento. Para Lins, esses fragmentos são nosso bem comum e, portanto, o filme “Estimula o espectador a ser um montador em potencial, um decifrador por excelência, apto a usar a sua memória das imagens para comparar o que vê e o que já viu, e criar sua própria impressão das configurações propostas”, pontuou a professora.

Segundo produtor do filme, João Moreira Salles, o formato do longa se liga de maneira muito clara com as preocupações de Coutinho a respeito de “Quem diz a verdade?”, “Como diz a verdade?”, para ele, tudo que Coutinho experimentou de maneira muito explícita no documentário “Jogo de Cena”, não foi abandonado neste projeto. “Tem uma coisa que ele adorava e queria explorar neste filme, que são as maneiras de dizer”, conta.

Outro fato observado ao longo do seminário foi a preocupação do cineasta com a recepção do filme. De acordo com Consuelo, os efeitos múltiplos pensados por Coutinho, são mais eficazes quando o filme é exibido em uma sala de cinema, “Ele não sobrevive inteiramente como objeto autônomo, vendo em casa”, explica. João Moreira Salles observa: “A ideia da apropriação de uma coisa, levada para outro lugar, estava no centro das atenções de Coutinho quando ele decidiu fazer Um Dia na Vida”.

A importância da desambientação, isto é, tirar as imagens da TV e trazer para uma tela de cinema, foi explicado ao longo do seminário. Quando se está assistindo, na sequência que lhe foi imposta pela programação e com o controle nas mãos, podendo trocar de canal, não fica evidenciado de maneira tão clara as configurações da programação da TV aberta. Um dos participantes da plateia destacou: “A TV naturaliza aberrações e as torna naturais”.

No desenrolar do debate, muitas questões vieram à tona a respeito da construção do filme, da maneira de trabalhar de Eduardo Coutinho entre outras. Assista no vídeo abaixo:

Texto Bruna Dias
Vídeo: Yuran Khan

Stanley Kubrick é um diretor controverso, são dele alguns dos maiores clássicos de todos os tempos da sétima arte, como: “O Iluminado” (1980) e “2001 – Uma Odisseia” (1968). Quando se trata de Kubrick não há meio termo ou você o ama ou o odeia. Mas, o longa-metragem em questão é outro clássico do diretor, o filme “Laranja Mecânica” – 1971.
Baseado na obra homônima de Anthony Burgess, “Laranja Mecânica” foi um sucesso de público e crítica. Mas Pauline Kael e Roger Ebert, críticos influentes da época, disseram que o único intuito de Kubrick era promover a violência. O que levou o diretor a impedir que o filme fosse exibido no Reino Unido até o ano de sua morte, 1999.
O filme possui cenas únicas e a forma como a violência é construída de take em take as tornam memoráveis. Como a cena em que Alex DeLarge (Malcolm McDowell) recebe o tratamento Ludovico ou a cena em que DeLarge e seus amigos enfrentam uma gangue e espancam um mendigo. Controvérsias a parte o momento do filme que mais nos chama atenção por sua singularidade e paradoxo é o que DeLarge e seus amigos invadem uma casa e fazem o casal refém. O que se dá a seguir e um amontoado de horrores.
Alex deve invadir e destruir a casa, agredir o marido e estuprar a esposa. A cena que é uma das mais famosas quando se trata de filmes que têm como pano de fundo a violência gratuita, traz nas entrelinhas o fato de que o personagem está se divertindo ao infligir àquela mulher tamanha brutalidade, pois enquanto ele age, ele canta “Singing in the rain”.

Foto: Reprodução Retirada da Internet
Foto: Reprodução Retirada da Internet

A curiosidade:
Kubrick após filmar várias vezes e não gostar do resultado pediu a McDowell, para que ele fizesse o que viesse à mente. McDowell atendendo ao pedido do diretor improvisou e enquanto desenvolvia a cena ele cantava a clássica “Singing in the rain”. Ao terminar de filmar, Kubrick saiu e conseguiu os direitos da música para que assim a cena fizesse parte do resultado final do filme.

https://www.youtube.com/watch?v=pP4lWzlO894

Texto Ana Paula Tinoco