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24 horas de música, teatro e dança, circo, artes visuais, literatura, moda e gastronomia. A 3ª edição da Virada Cultural na capital mineira chega com a proposta de reunir o que Belo Horizonte tem de melhor no quesito cultura. Neste ano, o evento começa às 19h do dia 12 e segue sem interrupções até às 19h do dia 13.

A edição 2015 traz à tona conceitos discutidos pela cidade, como o uso do espaço público, sustentabilidade, mobilidade e novas vivências. Ao todo, 600 atrações gratuitas ocuparam a cidade atendendo a todos os gostos e públicos.

Entre as atrações, está o rock da banda mineira Sepultura, o pagode do grupo Molejo, o sertanejo da dupla Chitãozinho e Xororó, Felipe Cordeiro, Cia. Base, Mundialito de Rolimã, Festival Internacional de Corais, TODA DESEO! com a Gaymada e o GastroPark, no Museu Abílio Barreto .

Leônidas Oliveira, presidente da Fundação Municipal de Cultura (FMC), ressalta que a Virada está se consolidando como uma potência. Para ele, às 24 horas de cultura, das mais variadas vertentes e formas, revelam a diversidade da produção artística da capital e, que, apesar do momento delicado em que vive o país, a Prefeitura, seus parceiros e os artistas, se unem para fortalecer a vocação cultural de BH.

Veja toda a programação do evento no www.viradaculturalbh.com.br. 

 

Texto: Victor Barboza

Imagem: Divulgação/Virada Cultural 2014

Fonte: Portal PBH

 

Ação da PMMG, durante ato contra o aumento da Tarifa, repercute nas redes sociais

A manifestação organizada nas redes sociais pelo Movimento Passe Livre BH (MPL-BH) e Tarifa Zero contra o aumento da tarifa das passagens (R$ 3,10 para R$ 3,40) começou por volta das 17h30 de ontem na Praça Sete, de forma pacífica.  Pouco depois do inicio da passeata, que seguiria da Praça Sete até a porta da Prefeitura de Belo Horizonte, para contemplarem o ato de “pular a catraca”, o grupo de manifestantes, cerca de 5 mil, segundo os organizadores e 400 conforme a Policia Militar, encontraram um bloqueio militar na avenida Afonso Pena, impedindo que os manifestantes seguissem até a PBH.  Desviando a rota, os manifestantes entram pela Rua da Bahia encontrando outro cerco de policiais.

De acordo com relatos postados no Facebook, a confusão deu inicio após a negociação com os policiais – de liberarem uma faixa da via. Policiais dispararam bombas de efeito moral, bala de borracha e gás lacrimogêneo contra os manifestantes, ação que foi registrada e confirmada por diversos vídeos e relatos nas redes sociais.

“Mal eu me virei para ver o que os manifestantes iam decidir, ouço a primeira bomba. Me assustei e imediatamente comecei a procurar o fotógrafo que estava comigo. Meio cega pelo gás de pimenta e tudo o mais que eles jogavam eu o vi. Em sua frente, os militares com armas em punho atirando a esmo. Tentei gritar, dizer que estava trabalhando e que queríamos apenas sair. Pareceram não ouvir. Vejo que o fotógrafo parou de correr e só o ouço dizer: ‘Acho que fui atingido’.”   Bárbara Ferreira, repórter do Jornal O Tempo.

“Alcancei a multidão quando já subiam a Rua da Bahia… o clima estava muito tranquilo, nenhum sinal de baderna ou confronto. Mas havia um cordão de policiais impedindo a passeata de seguir. Alguém passou dizendo que eles deram 3 minutos pra liberar a via. (Oi???). De repente… BOMBA…. várias…!!! Posso dizer com experiência de causa…nunca vi tantas ao mesmo tempo, em tão pouco tempo e em circunstância mais desnecessária!! Corri pro primeiro refúgio que vi junto com um monte de gente…o hotel Sol!! Uma chuva de bombas de gás encurralaram manifestantes e vários funcionários dentro do saguão que ficou tomado pela maldita fumaça.” Teo Nicácio, artista.

Violência Gratuita

Para os participantes do Ato Contra o Aumento, a ação foi considerada “gratuita e violenta”.  Após a investida da PM, houve correria na Rua da Bahia e dezenas de pessoas buscaram refúgio no Hotel Sol.

“Cenário de guerra” assim descreveu a assessoria do Hotel Sol. Segundo a assessora Larissa Tonnich, eles estavam em meio ao confronto: “Policiais descendo e Manifestantes Subindo. Quando começaram as bombas muita gente correu para se proteger. Não tínhamos como controlar a entrada, não era só de manifestantes. Tinham pessoas que não estavam na protesto, mas que entraram para se proteger. Vários andares foram invadidos. Alguns manifestantes chegaram a bater na porta dos hospedes.”, relatou.

“A gente não solicitou a entrada da PM eles entraram atrás dos manifestantes, soltaram bombas (tem tudo registrado em vídeo). A ação durou 4 horas e os manifestantes ficaram contidos na área do restaurante”, declarou Tonnich. Sobre eventuais prejuízos materiais, a assessora destacou o cancelamento de reservas, hospedes solicitando a troca de hotel, além de um portão e um granito quebrado durante a invasão.

Nas redes sociais, manifestantes relataram a tentativa de se refugiar no hotel e como ficaram confinados lá, durante a investida da PMMG.

“Assustador e bizarro: mais de 50 pessoas, inclusive eu, foram mantidas nos fundos de uma hotel pela Polícia Militar. Sem poder sair ou gravar a situação, sem poder telefonar e sem que ninguém de fora pudesse entrar até determinado momento. (…) Havia menores lá dentro, 5 eu contei. Havia aposentados. Havia jovens. Havia adultos. Tudo que a PM queria que houvesse, porém, era terror. Por isso o tenente* discursava eternamente, por isso nos filmaram rosto a rosto e anotaram nossos nomes, por isso ameaçaram, por isso meus amigos continuam lá, presos. Pelo terrorismo que aqui não é crime, mas ordem (e progresso)”. Nina Lavezzo de Carvalho, estudante.

Durante a confusão, 62 pessoas foram detidas, alguns jornalistas foram proibidos de registrarem as ações, várias pessoas ficaram feridas entre elas o repórter o Jornal O Tempo, Denilton Dias, que foi atingido por uma bala de borracha. Ao tomar conhecimento do fato, às 23h37, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais, publicou a “Nota de Repúdio à PMMG”.

(…) “O Sindicato dos Jornalistas não aceita a violência contra a imprensa livre. O ataque e intimidação a jornalistas é temerário no Estado democrático de direito, tendo em vista a necessidade de preservação da liberdade de expressão e das garantias constitucionais da atividade jornalística. Assim, o Sindicato exige uma resposta do Governo de Minas sobre o atentado contra a imprensa, assim como espera esclarecimentos sobre as demais denúncias de prisões arbitrárias e violações de Direitos Humanos durante a manifestação.”.

Em nota oficial, o Governo do Estado determinou uma apuração rigorosa dos fatos, destacando que, a Secretária de Direitos Humanos e Cidadania está acompanhando os desdobramentos do conflito.

Com relação aos lamentáveis fatos ocorridos na noite de hoje, no conflito com manifestantes contra a Prefeitura de Belo Horizonte pelo aumento das tarifas de ônibus, o Governo do Estado determinou uma apuração rigorosa dos fatos. A Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania está acompanhando os desdobramentos do conflito e participará diretamente da investigação a ser feita pelos órgãos competentes, incluindo a escuta livre de todos os envolvidos e a perícia das imagens obtidas pela imprensa e pelas câmeras de vigilância. O Governo de Minas Gerais reitera também sua posição de garantir o direito democrático de livre manifestação, assim como o de ir e vir de todos cidadãos, e a não tolerância com agressão a agentes públicos no exercício de sua função.

Novo Ato

Está marcado para ás 17h, desta sexta-feira, o 2º Ato Contra o Aumento da Tarifa. A Defensoria Pública de Minas Gerais protocolou nessa terça-feira (11) uma nova Ação Civil Pública (ACP), com pedido de liminar, suspendendo o aumento das passagens de ônibus em Belo Horizonte. No documento, a defensoria questiona dados que apontam redução no número de passageiros, prejuízo com a não fiscalização do projeto do Move e o elevado custo de manutenção do serviço.

Da Redação
Foto colaborativa: Reginaldo da Silva

Um salão, seis barbeiros e muitas histórias curiosas na porta do Mercado Central, na Rua Goitacazes

Eram aproximadamente 11h15 quando um jovem rapaz parou na frente do Salão Kimila com seu filho para perguntar o preço do corte infantil. Assim que obteve uma resposta, seguiu a caminho do caixa eletrônico mais perto para que pudesse sacar a quantia. Antes mesmo de retornar, o barbeiro, de apenas 21 anos, Rodrigo Vinícius, comentou com seu outro colega de trabalho que não iria fazer o corte da criança. Sem entender muito bem, seu colega de trabalho apenas falou que estava tudo bem e que ele, ou outro barbeiro, cortaria. Cinco minutos depois, o pai e seu filho retornaram ao salão.

“Vamos cortar o cabelo”, disse o pai ao filho, que aparentava ter mais ou menos 3 anos de idade. A resposta da criança foi simples e firme: “Não”. Mas o pai insistiu, pegando seu filho no colo enquanto caminhava em direção à cadeira desocupada. A criança, que antes demonstrava apenas apatia, agora se encontrava chorando e, mesmo que seu pai insistisse em colocá-lo na cadeira, ele tentava pular para fora. “Por que não senta e o coloca no colo?”, sugeriu Sthefany Toso, que até então apenas estava ali observando o movimento do salão para que pudesse fazer anotações que a ajudassem num trabalho acadêmico. No mesmo instante o pai trocou de lugar com o menino e o colocou no colo. Mas isso não amenizou o choro.

Passados 10 minutos, a criança permanecia chorando, enquanto dois barbeiros tentavam chamar a atenção dele para que pudessem cumprir seu trabalho. “Alguém tem uma bala para dar a ele? Posso ir comprar na loja da frente”, mais uma vez sugeriu Sthefany. Um dos barbeiros lhe deu uma pequena quantia para que ela pudesse comprar algum doce a fim de acalmar o menino. Enquanto ela corria até a loja da frente, a criança permanecia chorando, até que um dos clientes retirasse uma bala de seu bolso e entregasse para ele. Naquele momento de distração, que durou bem menos de um minuto, o barbeiro conseguiu raspar a parte da frente do cabelo da criança, mas assim que ela notou ao se olhar no espelho, o desespero voltou a imperar. “Não, não, não”, gritava a criança. Sthefany retornou com uma sacola cheia de jujubas e a entregou para o pai do menino, que rapidamente colocou algumas na boca da criança. Outro barbeiro, que assistia a todo o desespero, se voluntariou para ajudar o que tentava finalizar o trabalho. Segurou com firmeza a cabeça da criança, sem o machucá-lo, e só assim todo o cabelo foi cortado.

“Viu, não foi tão ruim assim!” exclamou o pai da criança, que agora se levantava da cadeira para limpar seu filho. Enquanto ele retirava a camisa do menino para limpá-lo dos cabelos que haviam caído em seu corpo, o barbeiro que cortou o cabelo da criança ligou o secador para ajudar o pai. Se o menino já havia entrado em desespero só com o corte, ele gritou com ainda mais força ao ouvir o barulho do secador, e quarenta minutos depois de ter chegado, finalmente se sentiu aliviado por ir embora.

Segundo os barbeiros, histórias como essa são normais no Salão Kimila, que se encontra na entrada do Mercado Central, na Rua Goitacazes. Inaugurado a cerca de 30 anos, alguns barbeiros possuem casos engraçados ou no mínimo interessantes para contar. “Durante toda a semana, 300 pessoas, mais ou menos, passam pelo salão; em sua maioria para cortar o cabelo ou fazer a barba. O movimento nos finais de semana é bem maior do que de segunda a sexta, principalmente no sábado, onde atendemos cerca de 100 pessoas”, afirma o gerente José Lourenço, que trabalha no Salão Kimila há 11 anos. Os seis barbeiros trabalham durante seis dias da semana, e quase sempre estão muito ocupados, já que o local de espera para ser atendido sempre permanece cheio.

“Algumas semanas atrás, um rato entrou aqui e dois funcionários correram atrás dele e o chutaram ao mesmo tempo… O rato voou e foi parar no peito da mulher que estava sentada esperando o seu marido terminar o corte”, conta Rodrigo Vinícius caminhando até um cliente para cortar o cabelo, “ela xingou demais”.

Frequentador do Mercado Central há 70 anos, o senhor Raimundo Silva, 91, costuma recorrer ao Salão Kimila nos dias mais frios. O motivo? O salão que frequenta em seu bairro, Serra, fica distante do centro, não trabalha com água morna para lavar os cabelos. “Sempre que o clima está mais fresco, pego um ônibus até o centro, dou uma passada no Mercado Central e aproveito para cortar o cabelo. A água daqui é quentinha”, comenta.

Concorrência

O Kimila não é o único salão que podemos encontrar na entrada do Mercado Central, na Rua Goitacazes. De frete ao Kimila, existe outra barbearia, um pouco menor, com apenas três barbeiros. Para o gerente do Kimila, José Lourenço, existe concorrência sim, “eles cobram um real mais barato no corte e na barba, e os passageiros que passam uma vez ou outra preferem cortar lá por causa do preço, mas nada que dificulte nosso trabalho ou gere uma rivalidade. Temos clientes fiéis que cortam o cabelo e fazem a barba todas as semanas com a gente desde que o Kimila abriu”.

Apesar da concorrência, devido ao grande número de barbearias e salões na Rua dos Goitacazes, e também do maior preço de corte masculino da região, 16 reais, o Kimila possui uma clientela fixa e atrai os novatos com um ambiente descontraído graças aos seis barbeiros que trabalham no local e que interagem de forma divertida entre si e com seus clientes.

O Salão Kimila atende de segunda a sábado, das 8 às 18 horas, e aos domingos de 8 às 14 horas.

Reportagem produzida para o Trabalho Interdisciplinar Dirigido V que tem como temática o cotidiano das ruas de Belo Horizonte. Belo Horizonte, junho de 2015.

Matéria por Julia Guimarães, fotos por Sthefany Toso

A livraria Van Damme, localizada na Rua dos Guajajaras, 505 no centro de Belo Horizonte, se mantém fiel a seu propósito: Vender Livros. Contradizendo a forma trabalhada pelas livrarias de shoppings que vendem diversos outros artigos além de livros, tais como, CD’s, videogames, a aclamada Van Damme não comercializa nada além de livros.

Fundada em 1971, a livraria não se sente ameaçada com os concorrentes das livrarias de shoppings, como conta o diretor financeiro Johan Van Damme Junior, 44. “A Van Damme foi fundada há muito tempo e é tradicional, ela tem um público cativo e tem um perfil diferente das livrarias de shopping. Não as vejo como nossas concorrentes”, explica.

Em uma época em que duas grandes livrarias tradicionais da capital mineira fecharam, a Van Damme acredita que isso ocorreu após a revitalização da Savassi, a Mineiriana e a Status se viram obrigadas a fecharem em função dos aumentos dos aluguéis, que estão altíssimos. “A Van Damme sobrevive no mercado porque o imóvel é próprio e também porque meu pai, fundador do estabelecimento é referência em livraria, em cultura e experiência que ele adquiriu ao longo dos anos com o estabelecimento”, destaca Van Damme Jr.

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Sobre os preços

Evitada pelo público mais jovem que procura economizar gastos e uma comodidade maior com os inúmeros sites de vendas onlines, o diretor financeiro defende que livraria não cobra mais caro pelos produtos. De acordo com o comerciante isso se trata dos preços estabelecidos pelas próprias editoras: “Livro é tabelado e os preços são impostos pelas editoras. A Van Damme pratica o preço que a editora coloca.

Ele acredita que as livrarias de shopping para atrair a clientela, colocam as promoções e que lá, não é necessário isso, já que os clientes que frequentam o local são fiéis. “Não vendemos mais caro, apenas colocamos os preços das editoras. Meu pai é coerente com isso desde o início. Quando informatizamos em 1995, para facilitar o trabalho, nós pegamos alguns livros antigos e fizemos uma liquidação, mas isso foi uma prática isolada e não é pratica da Van Damme normalmente”, finaliza.

www.vandammelivraria.com.br/Reportagem produzida para o Trabalho Interdisciplinar Dirigido V que tem como temática o cotidiano das ruas de Belo Horizonte. Belo Horizonte, junho de 2015.

Por: Lucas Freitas e Luna Pontone
Fotos por: Moniele Vilela

Como forma de refletir sobre as diversas modos de percepção e facilitar o acesso a obras de arte, a exposição “Sentidos”, do escultor mineiro Leandro Gabriel, marca a comemoração dos 50 anos do Setor Braille na Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa.

De acordo com a Assessoria da Biblioteca, a experiência sensorial é algo único e passa despercebido por quem se firma em enxergar apenas com os olhos, e ver apenas com os olhos é uma ação muito limitada com base no que os sentidos podem oferecer.

Serão exibidas oito obras, sendo sete delas inéditas, parte do acervo particular do artista Leandro Gabriel, que, apesar do aspecto rústico, transmite delicadeza em suas criações. Quem não puder ver a textura sentirá por meio do tato.

A mostra faz parte da celebração dos 50 anos do Setor Braille da Biblioteca que, nesse período, facilitou o atendimento ao deficiente visual na orientação de pesquisas e estudos para o acesso à informação e à literatura por meio de audiolivros e obras em braille.

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Estantes de livros no Setor Braille da Biblioteca Pública Luiz de Bessa

A exibição foi idealizada pelo coordenador do Setor Braille, Glicério Ramos, e pelo coordenador das Galerias de Arte da Biblioteca, Ricardo Girundi. “Devemos mudar a forma de ver a arte no Brasil. Precisamos criar exposições nas quais se transmitam às pessoas a essência das obras que não podem ser vistas por deficientes visuais”, ressalta Girundi. O coordenador ainda enfatiza o objetivo da mostra, que é torná-la mais interativa no uso de outros sentidos, seja por meio da fala, do toque ou do cheiro.

As obras ficarão expostas até 11 de julho, no segundo andar da Biblioteca Pública Municipal Luiz de Bessa (Praça da Liberdade, 21 – Funcionários, Belo Horizonte/MG). A entrada é gratuita.

 

Texto e Fotos: Victor Barboza

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As estações Venda Nova, Vilarinho, Pampulha, São Gabriel, Diamante e Barreiro foram fechadas nesta quarta-feira, 10, completando o terceiro dia da manifestação dos rodoviários em Belo Horizonte.

Os passageiros do transporte público enfrentam dificuldades para se locomoverem pela cidade. Pela manhã, muitas pessoas utilizaram transportes alternativos para chegar ao trabalho. Utilizar o carro próprio, pegar carona, táxi ou metrô foi a alternativa de muitos.

Para a universitária, Priscila Zavagli, 31, chegar ao trabalho foi um desafio. “Ontem e hoje, nenhuma das linhas que posso pegar pra trabalhar está rodando normalmente. Eu precisei apelar para carona do namorado pra ir trabalhar”, relatou a estudante.

O Jornal Contramão entrou em contato com o Sindicato dos Rodoviários de Belo Horizonte e Região. Segundo o órgão, havia uma reunião agendada para ontem, 9, o que não aconteceu. De acordo com a categoria, não existe nenhuma negociação aberta pela BHTrans, e a greve vai ser mantida até que seja aberto um diálogo.

Os rodoviários alegaram não terem recebido a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) Segundo eles, hoje, 10, a paralisação atingiu as estações e não se sabe a quantidade de linhas que vão aderir à paralisação no decorrer do dia e nem os pontos da cidade que serão atingidos pelo movimento grevista amanhã, 11.

Em nota, a BHTrans disse ter implantado um plano de contingência, direcionando os usuários da Estação São Gabriel para o metrô ou para as demais linhas diametrais. De acordo com a empresa, a Estação Venda Nova e algumas linhas alimentadoras continuam levando os usuários até a Estação Vilarinho, de onde também podem utilizar o metrô. Na volta para casa, ao chegar de metrô nas Estações São Gabriel e Vilarinho, os usuários devem pegar linhas alimentadoras no entorno dessas estações.

No caso da Estação Pampulha, a companhia informou que algumas linhas alimentadoras saem do Bairro e continuam seguindo direto até ao Centro. Na volta para casa, para pegar a linha alimentadora no Centro em direção ao bairro, os usuários devem embarcar na Rua dos Guaicurus, entre as ruas São Paulo e Curitiba.

 

Texto: Victor Barboza e Raphael Duarte

Fotos: Victor Barboza e Tiago Aredes