Cultura

Em comemoração aos 15 anos da Mostra de Cinema de Tiradentes a Universo Produção editou a publicação especial Cinema sem fronteiras – 15 anos da Mostra de Cinema Tiradentes, reflexões sobre o cinema brasileiro 1998-2012. O lançamento ocorreu no último dia 24, na Academia Mineira de Letras (ACM). “O presente que resolvemos dar para os espectadores do evento foi compartilhar o conteúdo e as experiências deste evento, que é hoje o maior evento dedicado ao cinema brasileiro do país”, explica a diretora da Universo Produção Raquel Hallak.

O lançamento foi parte do programa Bate-papo com o autor e contou com a presença dos diretores da Universo Produção, Raquel Hallak, Fernanda Hallak e Quintino Vargas  e do crítico de cinema e curador da mostra, Cleber Eduardo. O livro reúne crônicas, artigos, reflexões e entrevistas sobre a trajetória da Mostra.

A diretora da Universo produção, Raquel Hallak, analisa a importância da Mostra de Tiradentes em entrevista exclusiva:


Por: Bárbara de Andrade

 

 O dia do autor foi comemorado na segunda, 23, e um dos maiores problemas dessa categoria, hoje, são as constantes violações dos direitos autorais. de acordo  com a jornalista, advogada e perita judicial, Elisângela Menezes, as formas mais comuns de violação autoral são conhecidas pelos nomes de pirataria, contração, reprografia e plágio. “Cada uma delas tem especificidades ditadas pela lei, pela doutrina e pela própria jurisprudência”, explica.

A perita informa que, geralmente, quem fiscaliza as violações autorais são os próprios autores que podem entrar com um processo civil com objetivo de receber uma indenização. O governo só interfere quando a reprodução indevida é feita com o objetivo de lucro, como na pirataria. Neste caso, há uma violação ao Código Penal e a pena varia de dois a quatro anos de reclusão, mais multa. “Sob o ponto de vista jurídico, falta fiscalização e repressão por parte dos agentes públicos”, salienta Elisângela Menezes. “Falta também iniciativa dos autores, no sentido de promoverem as respectivas ações judiciais, que não só punam os responsáveis, mas, também, sirvam de exemplo para desencorajar novas violações”, pontua.

Hoje, esta discursão tem ganhado força devido às facilidades de acesso pela internet. No mundo virtual, a fiscalização dessas violações se torna difícil. “Toda vez que se omite ou usurpa a autoria de uma obra, lesa-se a moralidade do autor. Igualmente, quando se modifica o seu conteúdo, rouba-se o direito de integridade. Quem perde, em primeiro lugar, é sempre o autor”, enfatiza.

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Texto Bruno Coelho

O Centro de Arte Popular – Cemig está localizado à rua Gonçalves Dias. O museu que foi inaugurado no dia 19 de março integra o Circuito Cultural da Praça da Liberdade. O espaço conta com cinco salas, quatro permanentes e uma temporária. A arte popular é o destaque do local.

A cada andar, dos três existentes, e a cada uma das cinco salas, características populares podem ser admiradas, a religiosidade é uma das características mais presentes nas exposições. O caixa de banco Cléber Machado, 22, diz já ter visitado todos os museus do Circuito. “Este é o mais bonito e a exposição mexeu comigo, retrata mais de Minas”, destaca. A estudante de história Maria Cabral, 19, também, gostou do que viu no museu. “Achei maravilhoso, a proposta da exposição. É ótima, também, achei a estrutura muito bonita, de longe o mais belo de BH”, afirma.

O museu está instalado em um prédio histórico, construído em 1928. Segundo o coordenador Juliano Januzzi o trabalho feito foi bem legal. “A casa é tombada e o anexo novo é bem moderno, então acaba tendo essa mistura de novo e antigo”, explica. “Apesar de o museu estar no centro do Circuito Cultura Praça da Liberdade, ele é gerido pela Superintendência de Museus (SUMAV)”, informa Januzzi.

As exposições reúnem artistas renomado e iniciantes. “A ideia é transformar o museu em um centro muito frequentado, abraçando todos os movimentos que se referem à arte popular como música, dança e expressões culturais”, destaca o coordenador. “A estrutura do prédio é muito boa ainda vamos inaugurar uma loja de artesanato e um café”, afirma.

Centro de Arte Popular - Cemig

A divulgação

A assessora de comunicação Angelina Gonçalves explica que o museu é divulgado através de jornais e redes sociais. “Quando foi inaugurado, o museu foi 1° página dos principais jornais de Minas Gerais e da revista Encontro”. “Fazemos divulgação, também, no Facebook. O museu é muito recente, mas o diferencial para divulgação é a beleza do espaço. Temos que dar ênfase no que acontece, como quando tem novas exposições”, declara a assessora.

 Por: Bárbara de Andrade e Bruno Coelho

Foto: Bruno Coelho

Os eventos culturais vêm se firmando e tornando uma realidade cada vez mais presente no perfil das opções de lazer do belorizontino. E no final de Março, o prefeito Márcio Lacerda sancionou uma lei que define a realização da Virada Cultural.

A ideia é trazer para a capital um evento semelhante ao que acontece tradicionalmente em São Paulo com 24 horas de duração de muita cultura em diversos palcos. Ainda não tem data definida para a realização do evento em 2012, porém fomos às ruas para perguntar as pessoas o que elas acham da capital receber um evento desse porte e quais são as atrações que elas gostariam de ver na Virada, veja no vídeo abaixo:

Texto e reportagem: Natália Alvarenga
Imagens e edição: Eduarda Gonzalez
Produção: Bruno Coelho

Na semana em que se comemora o Dia do Livro, as livrarias destacam a força da literatura infantil para o setor. O gerente da Livraria Status, Gustavo Batista, 31, acredita que a população, hoje, investe mais em cultura. “O reflexo disso [investimento] está no aumento nas vendas em livros infantis que são fundamentais para atrair novos leitores, desde cedo”, afirma. O livreiro, Bernardo Marcedo, 23, da Livraria Mineriana, avalia o crescimento das vendas dos livros, apesar de não ter dados numéricos, mas enfatiza que a internet é um concorrente forte. “As vendas caíram muito nesse semestre devido à facilidade da internet”.

No entanto, nem todos os livreiros acreditam nesse aumento de vendas, é o caso do Betinho da Livraria Scriptum que aponta um fator importante desse setor, a presença dos governos. “Dos 17 anos que trabalho com vendas e edições de livros, o setor infantil obteve um aumento substancial. O que o corre é que quem mais compra livros no país é o governo, investindo mais nesse setor, distribuindo para escolas e bibliotecas”, explica. “Esses dados de vendagem são difíceis de apurar, pois o governo compra direto das editoras a onde o preço lhe é favorável”, informa.

A Jornalista, Marina Moura, trocando um livro por uma rosa

Ontem, 23, Dia Internacional do Livro e do Direito de Autor, a Praça da Liberdade recebeu a 14ª edição do “São Jorge de Livros e Rosas” evento idealizado pelo programa “Sempre um papo” em parceria com o Circuito Cultural Praça da Liberdade. No evento, as 200 primeiras pessoas que doaram livros receberam rosas, ação inspirada em uma tradição da região da Catalunha (Espanha). O dia 23 de abril marca os falecimentos de dois representantes das literatura mundial, o espanhol Miguel de Cervantes (1616) e do inglês William Shakespeare (1616).

 

 

Texto e Foto: Bruno Coelho

Moradores e comerciantes compareceram, ontem, na Câmara Municipal de Belo Horizonte, para uma Audiência Pública que discutiu o Projeto de Lei (2031/11), que visa implantar o espaço cultural “Praça da Savassi”.

A Audiência contou, também, com a participação de representantes de classe, dentre esses agentes culturais, a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) e Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), além de representantes dos moradores da região da Savassi.

A proposta do vereador Tarcísio Caixeta (PT) levanta questões sobre um espaço para a cultura em cena em espaços públicos. Na contramão das reivindicações dos moradores da região da Savassi, Leonardo Cezário, 32, coordenador do Duelo de MC’s, defende uma cidade para todos, com a promoção de eventos e espaços culturais. A despeito disso, ele relembra e se indigna com a forma na qual pessoas denominadas do movimento Hippie são tratados na Praça 7, no centro Belo Horizonte. “Uma cidade silenciosa é uma cidade oprimida. Temos que ter espaço pra fazer barulho”, diz.

Confira a entrevista com Leonardo Cezário no podcast:

Por Felipe Bueno e Raquel Ribas

Edição de áudio: Anelisa Ribeiro