Tecnologia

A revolução no enfrentamento da Hepatite C está vencendo grandes obstáculos para garantir a eficiência do tratamento. Hoje, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu o registro do medicamento Sofosbuvir, indicado para tratar o vírus da Hepatite C.

Este é o terceiro medicamento aprovado pela Anvisa em 2015 – em janeiro aprovaram o Daclatasvir e em março o Simeprevir. Juntos, esses remédios compõem um novo tratamento que é mais eficiente – dura 3 meses e tem um percentual de cura maior, de cerca de 90%. A expectativa é que os medicamentos sejam disponibilizados no Sistema Único de Saúde (SUS) até o final deste ano.

Na Atualização Global no Setor de Saúde feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2014, foi estimado que das 2 milhões de pessoas infectadas pelo HCV (vírus da hepatite C), 80% não têm conhecimento do seu estado serológico. Em nota divulgada pelo Portal da Saúde no dia 23 de outubro de 2014, 15,8 mil pessoas estão em tratamento contra a hepatite C no SUS. Isso significa que, dos MILHÕES de prováveis infectados pelo vírus, somente 15,8 MIL pessoas estão em tratamento.

Tratamento

O tratamento que vem sendo utilizado até o momento é um coquetel que leva Interferon Peguilado injetável, combinado com Ribavirina e em alguns casos vai um inibidor de proteases (Boceprevir ou Telaprevir). É longo, 48 semanas e é custoso, 30 mil dólares – aproximadamente 75 mil reais por pessoa, além de ser penoso – provoca muitos efeitos colaterais adversos.

“Um coquetel tão complicado, sensível e caro é receitado somente por médicos especializados em hepatite C.” explicou Carlos Varaldo, fundador da ONG Grupo Otimismo de Apoio ao Portador de Hepatite C. A situação muda com a chegada dos novos remédios aprovados pela Anvisa. “Uma grande vantagem da adoção do novo medicamento é ele ser menos agressivo, mais simples, e é de via oral – o que significa que mais médicos, não só os especializados, poderão tratar dos infectados.” concluiu Varaldo.

E com um bônus: os novos tratamentos são mais baratos que os usados hoje, então à substituição do atual pelos recém-aprovados permitem duplicar o número de tratamentos com o mesmo orçamento.

 

Camila Lopes Cordeiro

Belo Horizonte está prestes a se tornar a capital do conhecimento. Entre os dias 03 e 06 de Setembro, a capital mineira sediará a 8º Olimpíada do Conhecimento que reunirá cerca de 800 jovens de todo país para realizar diversas tarefas que desempenham em profissões técnicas da indústria, do setor de serviços e da agropecuária.

A cada dois anos a Olimpíada do Conhecimento prepara uma de nível, onde jovens de até 21 anos de diversas áreas profissionalizantes são premiados pela desenvoltura e conhecimento.

A competição destaca os melhores de cada área (Indústria, serviços e agropecuária) e classifica-os para uma vaga na competição internacional a “World Skills 2015”, que está programada para o ano de 2015, em São Paulo. Em 2013, o Brasil ficou em 5º lugar no ranking internacional.

Esse ano Minas Gerais é o campeã em número de alunos participantes, ao todo são 61 inscritos, contra os 53 de São Paulo e os 41 alunos do Rio de Janeiro. O diretor de operações do SENAI CNI, Gustavo Leal, explica que o número expressivo de inscritos está na qualidade e na infraestrutura do sistema FIEMG.  Para ele, o Sistema FIEMG pode ser considerado uma das melhores do país, já que ela está presente em todo território mineiro.

Estrutura

A logística da olimpíada ocupará os 105 mil metros quadrados da Expo Minas e mais algumas áreas da região, para completar os 21 ambientes da competição. Duas turbinas de avião, um helicóptero, seis estações geodésicas e um laboratório de inseminação artificial estão dentro das 900 toneladas de equipamento para o evento. Além das 6 mil pessoas que estarão envolvidas na organização e execução do evento.

Programação Especial

Durante o evento, palestras e oficinas integrarão jovens e alunos as atividades da Olimpíada. “Uma Profissão, Uma escolha” – 32 escolas do Ensino Fundamental de BH receberão atividades a serem desenvolvidas nos campos da tecnologia.  “INOVA SENAI” trará ao evento uma exposição com 50 projetos inovadores desenvolvidos por alunos e professores da instituição, além de promover o desfile Brasil Fashion, onde serão apresentados os trabalhos desenvolvidos pelos os ex-alunos do SENAI com a coordenação de estilistas renomados como o Alexandre Herchcovitch e Lino Villaventura.

Mulheres no Mercado

A quantidade de mulheres nos cursos técnicos também foi ressaltada. O Gerente de Educação e Tecnologia do SENAI, Edmar Alcântara destaca que “muitas mulheres estão ‘tomando’ cursos que antes eram de predominância masculina”. De acordo com os dados apresentado pelo gerente, 40% do total de alunos hoje, são mulheres.

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Foto João Alves

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Texto e foto: João Alves

Começou nesta terça-feira, a segunda edição do Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (FILE), no Espaço Oi Futuro em Belo Horizonte. Com a curadoria dos artistas plásticos Paula Perissinotto e Ricardo Barreto, o FILE que comemora 15 anos este ano, trás ao público a oportunidade de interagir com a exposição. Entre as obras expostas encontram-se duas inéditas, a da mineira Thembi Rosa e da polonesa Karina Smigla-Bobinski.

A bailarina mineira, Thembi Rosa em conjunto com os artistas Lucas Sander e Paula Santos, realiza a apresentação da vídeo instalação “Escada Adentro”, o vídeo foi criado durante um trabalho da bailarina no Palácio das Artes, em 2012. “Eu estava expondo o projeto Parâmetros e Movimento, e minha exposição ocupava toda a galeria Mari’Stella Tristão com várias obras interativas, ai no cantinho tinha essa escada de emergência que me deu a ideia de reproduzir um vídeo ali. Desenvolvi essa ideia e chamei o Lucas Sander para colocar ela em prática. Gastamos quase uma semana na galeria testando vídeo com projetor, o melhor ângulo e enquadramento, filmávamos e projetávamos tudo, tentando ver que tipo de movimentação se adequaria melhor na escada”, explicou a bailarina.

De São Paulo a exposição tem os pesquisadores Rejane Cantoni e Leonardo Crescenti que atuam em parceria no desenvolvimento de estratégias de experimentação e implementação de interfaces áudio-tátil-visuais. Já entre os convidados internacionais destacamos os artistas Candas Sisman, da Turquia e Karina Smigla-Bobinski, da Polônia.

Em um bate papo com o Jornal, a polonesa Karina explicou que quando se trata de artes não é possível definir uma data exata em que o projeto começou a ser formado. O SIMULACRA, projeto que está em exposição foi assim, destaca a artista. “Ele trás a observação que venho fazendo há tempos sobre a relação das pessoas com o mundo digital”. A aparelhagem exposta na galeria começou a ser montada somente há dois meses, para ela foi a forma que encontrou para expor sua observação para as outras pessoas.

Texto: Juliana Costa
Foto: Divulgação

Devido a um impasse na Câmara dos Deputados, o projeto de lei que cria o Marco Civil da Internet, até então tido como principal pauta em tramitação na casa, teve sua votação, que teria acontecido no ultimo dia 29, adiada. Os princípios e garantias de uso da Internet: essa é a síntese de um assunto que interessa aos milhões de usuários no Brasil.

O Marco Civil da Internet foi lançado em 2009, e sua construção foi toda feita de forma colaborativa, através de uma consulta publica. Esse conjunto de normas garante ao internauta que todos os seus dados continuarão circulando na rede e devem ser tratados de forma neutra, mantendo assim o principio chamado de neutralidade.

A privacidade do usuário também é um ponto importante do Marco Civil. Esse ponto defende que o usuário tem o direito de ter sua navegação guardada sob sigilo, sendo assim os provedores de internet não poderiam fornecer dados, por exemplo. O usuário só poderia ter seus dados vazados através de uma ordem judicial. O mesmo vale para dados pessoais que o identifique, além de ter o direito a excluir definitivamente todos os seu histórico de navegação na Internet.

A liberdade de expressão na rede é outro ponto importante. Hoje no Brasil, os provedores tem o papel de “juízes” do mundo virtual, isso porque estes administradores tem o poder de retirar qualquer dado da rede, sem nada que regulamente esta ação. Neste caso, o Marco Civil propõe que qualquer material posto na rede só deve ser retirado sob ordem judicial.

Por: Heberth Zschaber

Foto: Reprodução da Internet

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Mídias sociais como Facebook, Twitter, YouTube e Instagram têm sido uma das principais formas de propagação do surto de manifestações que tomaram conta do país. Além de ser uma forma de reunir e organizar os protestos, elas são usadas para relatar o que está acontecendo em tempo real, reunindo textos, fotos e vídeos. Os veículos de imprensa também tem feito largo uso dessas redes na cobertura das manifestações. O jornal Hoje em Dia, no decorrer da tarde de ontem, usou seu perfil no Facebook e Twitter para fazer postagens com links para as reportagens sobre a manifestação. Também publicaram tweets informando a situação de tráfego nas vias afetadas.

Assim como os demais veículos, o portal O Tempo mobilizou parte da equipe para acompanhar as manifestações in loco, fazendo várias fotos desde o início da passeata. Durante essa reportagem, o iPhone usado pelo jornalista Bernardo Miranda foi quebrado pelo major Jean Carlos, da Polícia Militar. O jornal Estado de Minas usou uma estratégia diferente, optando pela prática de jornalismo colaborativo, criando uma galeria com as fotos enviadas via Twitter por participantes do ato e outra feitas por jornalistas do EM. No caso do Estado de Minas, o uso do Facebook foi semelhante a estratégia usada pelo jornal O Tempo.

Mídias alternativas também fizeram a cobertura das manifestações pelas redes sociais. O BH nas Ruas convocou colaboradores a enviar material, utilizando o mote “Cobertura colaborativa das manifestações populares em Belo Horizonte. A revolução vai ser filmada por você“. No Twitter e Facebook, o grupo fez a cobertura em tempo real, usando as próprias redes como seu portal, veiculando vídeos e fotos feitos durante os protestos por colaboradores ou por manifestantes.

O Contramão foi o único jornal laboratório de Minas Gerais a fazer a cobertura em tempo real dos protestos em BH durante a tarde e noite de ontem. Através do perfil no Facebook e no Twitter, a equipe se empenhou em apurar fatos denunciados nas redes, os repórteres presentes na redação acompanharam as postagens através de hashtags nas duas mídias. Além disso, acompanhavam manifestações de perfis oficiais do Corpo de Bombeiros, Prefeitura de BH e de outros veículos. A equipe responsável pela cobertura em campo, além de produzir fotografias informavam constantemente sobre o que estava acontecendo através de contatos telefônicos, através dos quais transmitiam entrevistas e mais informações.

Por Alex Bessas e Juliana Costa

Um projeto de autoria do deputado Leonardo Moreira (PSDB), que prevê mudanças nos estabelecimentos que prestam serviços de acessos a internet, foi aprovado hoje pela Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia Legislativa de Minas. “O objetivo do projeto é tentar garantir a segurança dos usuários destes locais, principalmente porque em sua maioria são crianças e adolescentes”, afirma o deputado.

Os ambientes que hoje possuem películas, adesivos e outros objetos que dificultam a visibilidade de seu interior poderão, com uma possível aprovação do projeto, serem proibidos desta utilização e obrigados a retirar os já existentes. A intenção da Comissão não é criar uma nova legislação, mas sim aperfeiçoar a lei 16.685/2007, que regulamenta atualmente estes estabelecimentos.

Para Abraão Davi, funcionário de uma lan house da região centro-sul da capital, o projeto de lei pode ajudar caso seja aprovado. “Aqui não temos nada e nunca houve assalto, mas no bairro onde moro, existe lan house com película e que já foi assaltada”, comenta. Agora o projeto precisa ser aprovado no plenário para entrar em vigor.

Por Marcelo Fraga e Paloma Sena

Foto: Marcelo Fraga