Diversidade

Por Ana Clara Souza

Você, talvez, demore a raciocinar para chegar à resposta. Mas não se preocupe: creio que, até o final desta crônica, a resposta vai te encontrar, ou vice-versa. Agora, se for uma pessoa semelhante a mim, afrolatina, mulher gorda, com quadris fartos, cabelos castanhos escuros, boca carnuda, nariz largo, e artista da dança, possivelmente  isso nunca deixe de ser um questionamento. 

 

Chega a ser cômico quando lembro da reação das pessoas ao me assistirem dançar. Eu, junto de todos os outros adjetivos redigidos acima, ter a capacidade de saltar, levantar a perna, ter molejo e me destacar? Não é possível! (Indignação normativa de pessoa branca, com olhos claros e magra.)

 

É engraçado pensar que ainda existem pessoas que acham que corpos negros, gordos, ou qualquer outro humano que fuja da normativa europeia, branca, magra, olhos claros…, não possa sentir o gozo de dançar, principalmente, de forma profissional. O fato de ser um problema estrutural/cultural diz muito, mas não tudo. E por que não existe um esforço para mudar esses questionamentos, que, a meu ver, são fúteis? 

 

Bom, decerto essa resposta não estará no final desta crônica. É só uma pergunta retórica (talvez). Gastamos o ouro para quem descobrir a resposta do título. Não fique triste, porém! O que se passa na cabeça das pessoas, por mais que se trate de nós e de nossos corpos, não é nossa responsabilidade. O que não quer dizer que não nos importamos.

 

Há uns dois dias, uma amiga, também bailarina, veio questionar algo, no grupo de WhatsApp de nossa Cia., sobre o espetáculo a que havíamos assistido. Nos questionamentos, estava a inconformação pela quantidade de bailarinos negros a compor o espetáculo. Ela, como mulher negra, não aceitava o fato de uma companhia tão “desconstruída e diversa”, como ressaltado em todos os flyers de divulgação, contar com 98% do elenco branco, e com corpos tão “normais”.

 

Como lugar de troca, me indaguei. Antes de respondê-la, eu só sabia pensar na perfeição daquele espetáculo, que me fez cair o queixo com a composição, as luzes e os corpos-padrão. Aliás,  também admiro  ou  admirava  corpos-padrão, e, por muito tempo, quis me normalizar corporalmente. 

 

O que consegui responder, a ela, foi a realidade que sempre existiu para mim. Como já falado aqui, por ser um problema estrutural, corpos negros não conseguem se dedicar tanto a prazeres como a dança ou qualquer outra arte. Os motivos são vários. Dentre eles, a grande parte da população negra residente em periferias, distantes da polarização cultural das cidades. Pela forma como a cultura é elitizada no Brasil, a arte e as expressões culturais tornam-se extremamente caras e inviáveis para os cidadãos considerados negros, que se encontram na pobreza, segundo diversas pesquisas. 

 

Sinto que todas as oportunidades no mercado artístico e não só nele, mas nos mercados como um todo —, os normativos imagéticos, com características finas, claras e altas, abocanham tudo, como cães treinados e focados em não errar. “Como”, não! Eles são treinados e focados “para” não errar, pois têm mais oportunidades. Em sua grande maioria, são pessoas com estrutura para recomeçar, até que atinjam os objetivos almejados. 

 

Situação muito diferente  como todos sabemos daquele corpo que descobriu a dança já tardia (às vezes, até demais), e é criticado por toda a sociedade, que faz questão de lembrá-lo de seu lugar, muito distante da vida artística, mesmo que dotado de tanta cultura. 

 

Depois de tanto pensar, para redigir uma resposta a minha amiga, me orgulhei! Por saber que corpos fora do “padrão imagético”, dia a dia, tentam conquistar lugares de representatividade, e têm menos palco para esse tipo de companhia. 

 

Minha felicidade foi um delírio. Para grande parte das pessoas, nós, pessoas normais, que movimentam o corpo por prazer e amor, não temos o mesmo holofote. O porquê? Simples: preconceito. 

 

O corpo que se destaca pelo preconceito, porém, é um corpo. Normal. Simplesmente, corpo.

Obras e interdições já começam nesta semana

Por Keven Souza

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) divulgou nesta segunda-feira (6) que irá investir na revitalização do centro da capital mineira. Com o programa “Centro de Todo Mundo”, BH passa a ser mais atrativa e segura, melhor na mobilização urbana, além de completa no estímulo ao lazer e habitação social. 

O Programa de Requalificação possui um leque de benefícios para os belorizontinos. Entre as principais propostas, os cidadãos podem esperar: 

– Expansão do horário de funcionamento do Parque Municipal aos domingos para até às 21h;

– Expansão de pouco mais de 17,2  quilômetros de faixas exclusivas de ônibus;

– Implantação de novos pontos e paradas de ônibus;

– Viabilização de habitação de interesse social no Centro de BH, locação social e bolsa moradia;

– Instalação de equipamentos para videomonitoramento inteligente; 

– Requalificação da Rua Sapucaí, com obras e melhorias estruturais para o fechamento adequado da via aos domingos; e revitalização do conjunto histórico e paisagístico da Avenida Bernardo Monteiro. 

Em entrevista para o jornal O Tempo, o prefeito Fuad Noman (PSD) destacou que o “Centro de Todo Mundo” é bastante extenso e tem ações de curto, médio e longo prazos. “Tudo será feito até os próximos cinco anos. Vamos deixar o programa todo pronto e com verba para que o próximo governo dê continuidade aos trabalhos”, revelou a PBH, em coletiva de imprensa. 

Créditos/arte: Diário do Comércio.
Créditos/arte: Diário do Comércio.

Para saber mais detalhes sobre o programa e seus novos feitos para a cidade, acesse o site da PBH. 

foto: redes sociais
foto: redes sociais

O balanço divulgado trouxe números positivos, mais segurança e menos ocorrências.

Por Gustavo Meira

Terminou oficialmente no último domingo (26), o Carnaval de Belo Horizonte que foi o maior da história e já deixa saudade nos foliões. Em coletiva de imprensa concedida na manhã desta segunda-feira (27), o presidente da Belotur, Gilberto Castro, informou que Belo Horizonte recebeu 5,25 milhões de foliões no período oficial da festa, de 4 a 26 de fevereiro. Número que ultrapassou a expectativa.  

“Já estamos preparando para o Carnaval de 2024, tiveram alguns pequenos erros, tiveram, mas vamos trabalhar para consertar, porque nós queremos que o Carnaval de 24 seja melhor do que o 23, se é que é possível.”, foi o que disse o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman.

Foto: Rodrigo Clemente/PBH
Foto: Rodrigo Clemente/PBH

O Governo de Minas Gerais apresentou na última quinta-feira (23) o balanço das ações estaduais no Carnaval de 2023. Os indicadores de turistas superaram as expectativas, com registro de 11,2 milhões de foliões em todo o estado. A movimentação na economia mineira foi de R$ 1,5 bilhão, só na capital, foi R$ 720  milhões. 

240 mil pessoas desembarcaram no Aeroporto Internacional em Confins e 130 mil pela rodoviária de Belo Horizonte, para curtir a folia mineira em blocos de rua, desfiles das escolas de samba e festas privadas de carnaval, que reuniram estrelas da música nacional. 

milhares de pessoas curtindo o bloco Corte Devassa, na rua Sapucaí. foto: redes sociais
milhares de pessoas curtindo o bloco Corte Devassa, na rua Sapucaí. foto: redes sociais

Política pública ligada à economia criativa

Para estimular ainda mais os bons resultados do Carnaval para os mineiros, será lançada, em breve, a Política Estadual da Economia da Criatividade Carnavalesca em Minas Gerais, segundo o secretário de Estado de Cultura e Turismo (Secult) Leônidas Oliveira, “Não podemos fechar os olhos para um estado que tem o turismo cultural, a economia da criatividade como sua grande impulsionadora.” 

Carnaval mais seguro

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou redução d

Ações de prevenção a Importunação Sexual da PM em todo o estado: foto: redes sociais
Ações de prevenção a Importunação Sexual da PM em todo o estado: foto: redes sociais

e 75,2% no número de roubos em Minas em comparação com o carnaval de 2020, o último realizado oficialmente no estado. Foram 603 ocorrências naquele ano e 149 em 2023. Em relação aos furtos, a queda foi de 57,7% com 1750 registros no carnaval deste ano contra 4142 em 2020. Já os crimes de importunação sexual caíram de 51 para 38 ocorrências, acompanhados por redução de 33% e 45% nos crimes de estupro e estupro de vulnerável, respectivamente. 

O carnaval também ficou mais seguro nas estradas com a redução em torno de 47% dos acidentes com vítimas fatais. A melhora no índice é atribuída a ações preventivas, como a apreensão de 1,5 mil veículos pela PRF e a condução de 1,1 mil motoristas por embriaguez ao volante. Com redução de roubos, acidentes de trânsito e casos de violência,  Minas está entre os carnavais mais seguros do Brasil. 

O metrô fez falta para o folião da capital esse ano

A CBTU-MG declara que, devido à greve dos metroviários que iniciou em 14 de fevereiro de 2023, quando as estações foram fechadas às 20h, a Companhia estima um prejuízo de R$ 6 milhões, levando em conta, inclusive, o período de Carnaval. No Carnaval de 2020, o metrô transportou quase 800 mil usuários em todo o sistema, de sexta a terça-feira. Só a estação Central recebeu mais de 150 mil passageiros.

O metrô de BH é o transporte mais usado no carnaval, pelo fácil acesso. foto: reprodução
O metrô de BH é o transporte mais usado no carnaval, pelo fácil acesso. foto: reprodução

Campeões do Carnaval de BH

A Escola de Samba Acadêmicos de Venda Nova é a grande campeã da edição de 2023 do Carnaval de Belo Horizonte. A escola embolsou uma premiação de R$ 90 mil, além do Troféu Mandruvá de campeã.

componentes da escola antes do desfile que aconteceu na Av. Afonso Pena. foto: redes sociais
componentes da escola antes do desfile que aconteceu na Av. Afonso Pena. foto: redes sociais

O Estivadores do Havaí foi o grande vencedor entre os sete blocos caricatos que disputaram o título de campeão do Carnaval 2023, com o enredo Uma Noite no Museu. O grupo levou para o barracão na Região de Venda Nova, um prêmio de R$ 30 mil, além do troféu de campeão.

Foto: Redes Sociais

A fantasia fez sucesso e muitos admiradores, além da grana

Por Gustavo Meira

Nos últimos dias, ainda de carnaval, um vídeo de uma ‘’barraca do beijo’’ viralizou nas redes sociais e foi parar em vários portais e páginas de notícia. O motivo? É que essa foi a fantasia de Raphaela Oliveira em um dos dias da folia em Belo Horizonte, onde era cobrado R$ 1,00 o selinho e R$ 5,00 para levar um beijo de língua da estudante de Jornalismo. A barraca fez tanto sucesso, que teve até fila para beijá-la.

Confira pelo link

A barraca do beijo é tradicionalmente usada nas festas juninas. Mas Raphaela inovou e decidiu trazê-la para o carnaval, que esse ano foi o maior da história de BH, reunindo mais de 5 milhões de pessoas. Por ser conhecida como a ‘’beijoqueira’’ em seu grupo de amigos, uma vez foi desafiada a beijar um número x de pessoas. Ela realizou a brincadeira sem cobrar nada, e dessa vez decidiu arrecadar – por que não né?! ‘’Eu queria uma ideia criativa para o carnaval, e lembrei da barraca do beijo. Inicialmente não iria cobrar nada, mas lembrei que o tradicional cobra por beijo, aí decidi fazer a fantasia completa”, conta. 

Instagram/acervo Pessoal

O vídeo a princípio foi postado em seu Tik Tok. Depois de alguns comentários repudiando a atitude, o vídeo foi privado por ela mesmo, mas não teve jeito, ele viralizou em uma página no Twitter e foi tomando proporções gigantescas. Várias páginas de fofocas famosas e portais republicaram o vídeo. Com toda essa exposição, como de praxe, muitas pessoas expressam sua opinião, com comentários enaltecendo ou recriminando a atitude da estudante. ‘’Estou tentando não absorver os comentários negativos, por mais que eu responda alguns. Eu não levo isso pro meu coração e não fico mal com isso, porque sei que é a opinião da outra pessoa. Sei que eu não sou isso que eles estão falando’’, explica.

Comentários no post de Raphaela. Fonte: Instagram/@raphaoliveeira_

O faturamento

A pergunta que não quer calar. Quanto a beijoqueira faturou com a barraca do beijo? Raphaela faturou em torno de R$ 400,00 com a brincadeira. ‘’Não sei quantas pessoas foram, porque tiveram pessoas que pagaram mais de uma vez, pagaram via pix e dinheiro vivo. Esse valor já foi todo gasto, com comida e bebida no próprio carnaval’’, diz ela. 

Raphaela está adorando a repercussão em torno do vídeo, já que ela cria vários outros conteúdos pro Tik Tok que estão tendo um aumento de visualizações e trazendo admiradores nas redes sociais. Agora ela está esperando as propostas para uma futura parceria. Qual será a fantasia usada por ela no próximo ano? Ficaremos na expectativa. 

 

A desculpa de que não sabia que tal fantasia poderia ser ofensiva, não cola mais

Por Gustavo Meira

O Carnaval já está aí. Uma das coisas que o folião mais busca nesse período, são as fantasias, seja montando em casa ou comprando em alguma loja, o importante é arrasar na avenida. Porém o carnaval de hoje não é o mesmo de 30 anos atrás, onde qualquer fantasia era bem vista. Os tempos são outros e o principal é o respeito, por isso é importante ficar atento para não correr risco de alguma fantasia ser desrespeitosa para alguma cultura, minoria social ou povo, mesmo que sem intenção. 

Vamos listar algumas ‘’fantasias’’ que não se deve usar no carnaval:

Índio (a) (indigena):

Apesar de que para algumas pessoas possa parecer uma homenagem utilizar adereços da cultura indigena ou apenas uma brincadeira, a história recente e as pessoas pertencentes a esses grupos dizem que essa apropriação cultural é ofensiva. Se a desculpa para o uso for, por exemplo, uma homenagem aos Yanomamis, vai ser pior ainda. A tribo não quer homenagens, e sim ajuda.

Homens fantasiados de índio no carnaval. foto: rede social
Homens fantasiados de índio no carnaval. foto: rede social

Homem se fantasiar de mulher (e seus desdobramentos):

Quando um homem cis hétero se veste com roupas femininas para ‘’brincar’’ no carnaval, de alguma forma ele menospreza a realidade diária de mulheres brasileiras, já que vivemos em um país machista e misógino. Muitas delas morrem todos os dias por serem mulheres, além da desigualdade em comparação com o homem, o caso é pior quando se trata de uma mulher preta. Por outro lado, este homem também atinge travestis. Homens machistas, homofóbicos e transfóbicos, que menosprezam tudo que é considerado feminino, acabam se divertindo ao usar roupas que representam tudo o que repudiam.

Foto: rede social
Foto: rede social

“Nega Maluca” Black Face 

“Nega Maluca” satiriza as mulheres negras em suas características físicas como cabelo, lábios e formato do corpo, porém são características que devem ser exaltadas, valorizadas, vistas como belas e não como chacota. O uso desta fantasia vem se tornando cada vez mais rara (ainda bem). A prática racista do black face é de meados de 1830,  onde por anos, pessoas pretas foram proibidas de trabalhar no mundo das artes. Dessa forma, no teatro, cinema e televisão, personagens negros eram interpretados por atores brancos.

Foto: rede social
Foto: rede social

Iemanjá ou qualquer orixá

vestir-se como Iemanjá, por mais que pareça uma homenagem, acaba tendo o efeito

Foto: Rede Social
Foto: Rede Social

contrário, porque banaliza religiões de matriz africana perseguidas no Brasil e que sofrem até hoje com preconceito com os rituais e deuses e violência.

 

 

Japonesa, muçulmana, cigana e afins

Vestir-se baseado em trajes típicos de outros países de forma a representar a cultura é uma forma de estereotipar toda uma nação, banalizar os símbolos culturais, seus costumes e tradições. 

Fábio Assunção

A máscara com o rosto do ator Fábio Assunção foi febre no último carnaval. O artista passou a virar piada a partir do momento que sua dependência química veio a público, sua imagem passou a ser associada à desordem, quebra de regras, “vida louca”, irresponsabilidade. Foi então que as máscaras se espalharam fácil. Transformar a dependência química em fantasia é desconhecer a doença e como ela afeta a vida dos dependentes químicos e suas famílias. Os problemas de saúde de outro ser humano não devem servir para o divertimento, pois agravam ainda mais o sofrimento.  

Foto: Redes Sociais
Foto: Redes Sociais

Hitler 

Fazer menção ao nazismo é crime! Hitler é uma das figuras históricas mais terríveis do mundo. No seu comando, cerca de 5 milhões de judeus foram assassinados. As marcas deixadas pelo Holocausto ainda estão presentes nos dias de hoje e respeitar a história e sofrimento de um povo é importante. 

 

Terrorista

Os atentados terroristas ao World Trade Center e Pentágono, no EUA, em 2001, reacenderam o preconceito contra os povos árabes islâmicos em todo o mundo. No Ocidente, é comum associar o terrorismo ao islamismo. Uma coisa não tem a ver com a outra. Usar uma fantasia imitando a imagem de Osama Bin Laden acaba fazendo a associação direta entre as roupas típicas de povos árabes e o terrorismo. Ao fazer isso reforça a ideia de que o islamismo é ruim e de que árabes são perigosos. E não é isso.

Foto: Redes sociais
Foto: Redes sociais

Serial Killers

 

No ano passado, a série da Netflix sobre o assassino em série Jeffrey Dahmer levou vá

Foto: Redes sociais
Foto: Redes sociais

rias pessoas a se vestirem como o criminoso durante o Halloween. A atitude foi fortemente criticada baseada no desserviço em espetacularizar e ‘heroizar’ um homem que vitimou 17 homens nos Estados Unidos, em meio a casos de c@n1b@l1smo e n3cr0fil1a.

Covid-19, Vacinas e relacionados

 

A pandemia causada pelo Covid-19 matou milhões de pessoas ao redor do mundo. Fantasias relacionadas ao tema devem ser evitadas, por se tratar de um assunto muito sensível e ainda presente na vida de muitas pessoas que perderam entes queridos.

Você viu algumas fantasias que não devem ser usadas por serem ofensivas, no carnaval e em qualquer data. Evite-as, e passe esse recado para seus amigos que pensam em usar uma delas, já que embora a princípio não pareçam, fazem apologia a xenofobia, racismo, machismo entre outros. Nada melhor do que curtir sem ofender ninguém, né?

 

Bom carnaval!

 

Milhares de foliões reunidos na Praça Sete, cartão postal de Belo Horizonte. foto: redes sociais
Milhares de foliões reunidos na Praça Sete, cartão postal de Belo Horizonte. foto: redes sociais

Faltam uma semana para os dias oficiais da festa e mais de 100 blocos desfilarão no pré-carnaval mineiro

Por Gustavo Meira

O carnaval é uma festa tradicional que faz parte do calendário brasilero, e a cada ano que passa ele está melhor e mais presente. Todos fomos pegos de surpresa por uma pandemia devastadora que nos deixou dois anos sem carnaval, por isso a expectativa para este ano está gigante. As pessoas estão com saudade de ir para a rua, de se fantasiar, andar debaixo de sol quente atrás do bloco, sem reclamar e pular o mais alto possível quando tocar ‘’Eva’’.

O que não falta são foliões animados e contentes com as festas de carnaval que já estão acontecendo, o jornalista Caio Tárcia é uma delas. ‘’Depois de uma pandemia que prejudicou muita gente e precisou interromper essa festa, nada melhor do que retomar o carnaval. Impossível a gente não querer curtir nossa cidade, que sem dúvida nenhuma tem o melhor carnaval  do Brasil, quem nega é quem nunca veio”, declara.

Multidão de foliões reunidos na Av. Afonso Pena, centro de BH. foto: redes sociais

Em 2013, a capital mineira recebeu 500 mil foliões e cerca de 70 blocos. Dez anos depois, mais de 5 milhões são esperados para curtir quase 500 blocos, um aumento de 900%. Tornando assim, o maior carnaval da história de BH e o 3° maior do mundo, ficando atrás só de São Paulo e Rio de Janeiro.

Desde o dia 04 de fevereiro já é carnaval em Belo Horizonte. Para celebrar a volta da maior festa de rua, a cidade, que já está no clima da folia, conta com a presença de mais de 300 blocos desfilando pelas ruas no pré-carnaval, além dos ensaios. Uma oportunidade dos blocos finalizarem seus enredos e conquistarem mais público.

‘’Já tem umas três semanas que estou indo no pré-carnaval e não tem nada melhor. A gente faz novas amizades, toma uma cervejinha de leve e curte a música boa, o axé. Conexão Bahia Minas tem tudo pra dar certo”, é o que diz Caio Tárcia.

O funcionamento da cidade

Agentes da BHTrans, Polícia Militar e Guarda Municipal vão atuar para garantir a segurança e a mobilidade de todos nos blocos deste final de semana. 

Serão disponibilizadas no Waze e no Google Maps as interdições de trânsito das áreas reservadas para desfile dos blocos. Com essa informação os aplicativos vão traçar rotas alternativas.

As linhas do transporte coletivo convencional e suplementar vão operar normalmente, com quadros de horários de sábado, para o dia 11, e domingo, para o dia 12.

foto: PBH

Confira a lista de alguns blocos de pré-carnaval que estarão na rua este final de semana na capital:

 

Sábado, 11 de fevereiro

 

9h – Mama Na Vaca – Praça Cairo, 111, Santo Antônio

9h – Bloco do Chifrudo – Rua Kimberlita, 88, Santa Tereza

9h – Fera Neném (Bloco Infantil) – Rua Dominicanos, 52, Serra 

9h – Bloco do Copo Cheio – Praça Nova York, 18, Sion

10h – Uai cê Samba – Av. Fleming, 1670, Ouro Preto

10h – Forró Cabra Cega – Rua Mármore, 179, Santa Tereza

11h – Rzñaço Kids – Rua Rio de Janeiro, 2098, Lourdes

11h – Bloco Universitário – Rua Professor Moraes, 226, Savassi

11h – Bailinho Pet (bloco para pets) – Pet Park do Shopping Del Rey

12h – Bloco dos Camisa Preta – Expominas (Avenida Amazonas, 6200, Gameleira)

13h – Tapa de Mina – Rua Carmem Valadares, Santa Efigênia

13h – Bloco do Amor – Quem Ama Não Mata – Av. Cristóvão Colombo, 33, Savassi

13h – Garota eu vou pro Califórnia – Rua da Clarinetas, 11, Conjunto Califórnia II

13h – Banda Mole – Av. Afonso Pena, Centro

13h – Chá com Ousadia – Babado Novo + Vitão – Mineirão (Avenida Antônio Abrahão Caram, 1001 – Pampulha)

14h – Tá Caindo Fulô – Rua Edson, 360, União

15h – Boi Rosado – Rua Mármore, 273, Santa Tereza

16h – Bloco do Cachorrão – Rua Manhuaçu, 74, Santa Inês

16h – Panthera Disco Bloco – Rua Teixeira Magalhães, 189, Floresta

18h – Corujão do Casa Branca – Rua Professor Acidália Lott, 22, Casa Branca

 

Domingo, 12 de fevereiro

 

8h – Afronta BH – Av. Brasil, 2201, Savassi

9h – Pula Catraca – Praça do Colégio Batista, Floresta

9h – Relembrando o Corso do Carnaval dos Anos 50 – Rua Marília de Dirceu, 80, Lourdes

10h -Me Beija que eu sou Pagodeiro – Rua Tenente Brito Melo, 1090, Barro Preto

10h – Asa de Banana –  Av. Getúlio Vargas, 820, Savassi

11h – Morabloco – Av. Fleming, 680, Ouro Preto

13h – Backstreet Bloco –  Rua Monsenhor Horta, 60, Calafate

13h30 – Bruta Flor – CRJ – Praça da Estação

14h – @bsurda – Rua Aarão Reis, 481, Centro

14h – CarnavaKVSH – Rua Sergipe, 1180, Savassi

14h – Baianos Usados – Rua João Nascimento Pires, 321, Jaqueline

14h – Comunidade do Soul- Rua Rio de Janeiro, 700, Centro

14h30 – Sagrada Folia – Rua Pitangui, 3189, Sagrada Família

15h – Circuladô – Rua Mucuri, 356, Floresta

15h – Santo Chico – Rua Prados, 788, Carlos Prates

16h – Swing Safado – Rua Gentios, 1119, Conjunto Santa Maria

 

A programção completa do carnaval de Belo Horizonte você encontra no site: http://portalbelohorizonte.com.br/carnaval/2023/programacao/bloco-de-rua