Manifestação

Entidades que compõe a CUT-MG, frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo ocupam a Praça da Liberdade desde domingo (01) em um acampamento a favor da democracia que está previsto para durar até a quarta-feira (11), quando ocorrerá a votação no senado para decidir a aprovação ou não da abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma.lBQclnvMkjg

Para o jornalista Thiago Alves da Frente Brasil Popular o acampamento é um espaço público de denúncia, um espaço para debater o que está sendo proposto para a sociedade brasileira, para defender e propor um novo modelo que amplie os direitos sociais, e não que os corte.  “Nós consideramos existir hoje, no Brasil um processo de golpe. Apesar de ser um governo com limitações, e a Frente Brasil tem muitas críticas quanto à condução da política econômica e social, mas nós consideramos que temos que avançar e não retroceder”, afirma Alves.

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Além do espaço ocupado pelo movimento, que até a primeira contagem já estava com cem pessoas acampadas, as frentes irão realizar ações de visitas em algumas periferias de Belo Horizonte com grupos de militantes para conversar com os moradores sobre a atual situação do país. “Muita gente não compreendeu ainda porque o Brasil está dividido nesse momento, o que está em jogo. Queremos gerar esse debate e conscientização”, salienta o jornalista.

Todos os dias serão realizados ações na Praça da Liberdade, às 18h30 como exibição de filmes e debates.

Tragédia de Mariana

A Frente Brasil Popular planeja para o dia 05 de abril um ato na Praça da Liberdade para lembrar os seis meses da tragédia de Mariana. “Nós estamos pensando em chamar a imprensa, possivelmente a participação das viúvas e parentes. Queremos fazer a denuncia, lembrar que o crime fez seis meses e até o momento ninguém foi preso. Mais para frente teremos informações”, finaliza Thiago Alves.

Por Julia Guimarães

Um grupo de aproximadamente 100 pessoas, com várias faixas e cartazes, saiu às ruas em uma manifestação para a nomeação dos aprovados no concurso público de 2013 para o cargo de agente penitenciário, eles exigem uma reunião com o governador do estado para discutir as questões referentes às nomeações, já que eles alegam que existem pessoas contratadas trabalhando no lugar dos aprovados excedentes. Eles se reuniram na Praça da Liberdade, depois iriam descer pela Avenida João Pinheiro e seguir pela Avenida Afonso Pena.

Os manifestantes afirmam que já foram aprovados na prova escrita e no teste físico. Entretanto, resta apenas a sexta fase, que é o curso de formação para agentes. Apesar do concurso, eles apontam que o governo tem mantido apenas os aprovados em processos seletivos simplificados.

Para o manifestante Milerson Martins, 30, que é um dos aprovados no concurso, ele explica que o sistema prisional se encontra em déficit e que a nomeação precisa ser rápida ‘’Faço parte da comissão do concurso de 2013, e estamos reivindicando a nomeação dos excedentes aprovados nesse concurso ASE 2013, estamos na quinta etapa do concurso e falta apenas a convocação para a sexta etapa, que é o curso de formação, onde que até agora o nosso governo não deu nenhuma posição para a convocação e estamos fazendo uma manifestação pacífica aqui na Praça da liberdade, para que essa nomeação aconteça e que possamos participar do curso de formação, para posteriormente tomar posse do cargo.”

Paolo Leite, 35, que é o presidente da comissão dos aprovados no concurso para o cargo de agentes penitenciários e sócio-educativos do estado de Minas Gerais explica que foram 3550 vagas e que suprem a necessidade do sistema prisional. ”No estado de Minas Gerais, nós temos hoje, a segunda maior população carcerária do Brasil, e a nossa reinvindicação aqui hoje é para que o governo cumpra com o prometido, que é a convocação de todos os candidatos aprovados na prova do concurso público”, esclarece.

Para Leite, a manifestação é pacífica e tem por objetivo convocar um diálogo com o governador do estado Fernando Pimentel, que ainda não se pronunciou esse ano sobre o concurso “Infelizmente ano passado recebemos a notícia de que o governador não iria nomear os excedentes aprovados no concurso e iria manter os contratos provisórios, exigimos o bom uso do dinheiro da máquina pública”, complementa.

Até o fechamento dessa matéria, nossa redação não conseguiu contato com a Secretária de Estado da Defesa Social para esclarecimentos sobre a nomeação dos aprovados no concurso de 2013 para o cargo de Agente penitenciário e socioeducativo.

Por Raphael Duarte