curiosidade

24 horas de música, teatro e dança, circo, artes visuais, literatura, moda e gastronomia. A 3ª edição da Virada Cultural na capital mineira chega com a proposta de reunir o que Belo Horizonte tem de melhor no quesito cultura. Neste ano, o evento começa às 19h do dia 12 e segue sem interrupções até às 19h do dia 13.

A edição 2015 traz à tona conceitos discutidos pela cidade, como o uso do espaço público, sustentabilidade, mobilidade e novas vivências. Ao todo, 600 atrações gratuitas ocuparam a cidade atendendo a todos os gostos e públicos.

Entre as atrações, está o rock da banda mineira Sepultura, o pagode do grupo Molejo, o sertanejo da dupla Chitãozinho e Xororó, Felipe Cordeiro, Cia. Base, Mundialito de Rolimã, Festival Internacional de Corais, TODA DESEO! com a Gaymada e o GastroPark, no Museu Abílio Barreto .

Leônidas Oliveira, presidente da Fundação Municipal de Cultura (FMC), ressalta que a Virada está se consolidando como uma potência. Para ele, às 24 horas de cultura, das mais variadas vertentes e formas, revelam a diversidade da produção artística da capital e, que, apesar do momento delicado em que vive o país, a Prefeitura, seus parceiros e os artistas, se unem para fortalecer a vocação cultural de BH.

Veja toda a programação do evento no www.viradaculturalbh.com.br. 

 

Texto: Victor Barboza

Imagem: Divulgação/Virada Cultural 2014

Fonte: Portal PBH

 

Foto: Gabriel Peixoto

Setembro mal começou e já trouxe um fim de semana prolongado. Como de costume, listamos eventos que podem agitar seus dias (e noites) entre 4 e 7 desse mês.

Hoje, às 23h30, a Royalt ganha ares emo/góticos com a festa Pirigótica. A trilha transita entre Pitty, Nirvana e Evanescence, além de hist pops. A entrada com nome na lista, até 1h, custa 20 reais, e, sem o nome, 25. Depois desse horário o preço fica sob consulta no local.

Amanhã, a partir das 15h, a Praça Floriano Peixoto recebe a oitava edição do SlowMovie, uma “experiência de desaceleração que através de Cinema ao Ar Livre, Pic Nic, Música, Arte e Sustentabilidade conecta as pessoas à cidade e às pessoas.”. O evento ainda tem oficinas variadas, food bikes e a projeção do longa Pequena Miss Sunshine. A programação completa pode ser acessada no Facebook.

Está a fim de cantar muito e dançar até depois de o sol se pôr? A benfs, como é carinhosamente chamado o espaço benfeitoria, te dá a oportunidade de colocar em prática toda técnica vocal adquirida em anos de chuveiro. Os candidatos aprovados ainda ganham xotes de xiboquinha. Como consta na descrição do Karaokê da benfs, “chuta o balde”!

No domingo, dia 6, as bandas Seu Madruga e Black Dog se apresentam no aniversário do Uaimii, que conta com comidas especiais, food trucks, serviços de bar e espaço kids. A entrada é gratuita e outras informações estão disponíveis no blog Ingrediente da Vez.

No feriado, em clima de pré-carnaval, ocorre mais uma Praia da Estação. Os trajes litorâneos, cadeira de sol e protetor solar estão na lista de itens obrigatórios. O evento não tolera comportamentos machistas, racistas, homo-les-bifóbicos, transfóbicos e qualquer outro ato preconceituoso.

Por: Gabriel Peixoto

Foto: Marina Rezende

A vida moderna tenciona as pessoas a, cada vez mais, aumentarem a velocidade de suas atividades. O trânsito caótico e os horários “apertados” as tornam mais estressadas e, consequentemente, menos atentas a onde vivem. Na contrapartida disso, ainda existem pessoas que se desligam, pelo menos um pouco, do estresse da vida moderna e se empoderam da cidade.

No meio da Praça da Liberdade encontramos o estudante de Relações Internacionais, Felipe Xavier. Ele lia o início do livro Encontro Marcado, de Fernando Sabino, antes de ser abordado por nossa equipe. “As pessoas não costumam prestar atenção na cidade.”, aponta. Segundo Xavier, o momento crucial que sinaliza a necessidade de reduzir a velocidade do dia-a-dia é quando o cansaço (físico e mental) chega ao extremo. “A plasticidade da cidade é um refúgio, traz descanso e tranquilidade.”, finaliza.

“De tudo ficaram três coisas: a certeza de que ele estava sempre começando, a certeza de que era preciso continuar e a certeza de que seria interrompido antes de terminar. Fazer da interrupção um caminho novo. Fazer da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sono uma ponte, da procura um encontro.”

Encontro Marcado – Fernando Sabino

No banco ao lado de Xavier havia um casal. Vivendo em bairros distantes, Ana Carolina Cordeiro e Cairo Luís, ambos estudantes de 18 anos, fazem da região central um ponto de encontro. “Serve para aliviar, melhorar o humor, relaxar.”, argumenta Luís, enquanto segura a mão direita de Ana Carolina. Ela, por sua vez, ressalta as características da Praça da Liberdade que influenciam na escolha do local para dar uma pausa na rotina. “É um ponto que está mais acessível, no centro da cidade. É aconchegante, tem guarda-municipal, natureza, etc.” O casal, ainda, declara o amor um pelo outro. Luís conta que eles se conhecem há dez anos e que a amizade ajudou no namoro, que já dura um ano e um mês.

Também encontramos Rosilene Carneiro, coordenadora pedagógica de 50 anos que cuidava de crianças que se divertiam próximas às árvores. “Estamos na fila de um museu há um “tempão” e não conseguimos vagas. Daí, dividimos. Viemos com duas turmas: uma está lá dentro [museu] e nós estamos aqui, esperando, e aproveitando a Praça da Liberdade.”, explica. Quando a perguntamos da importância de as crianças terem, desde cedo, a cultura de passar pela cidade com calma, Carneiro fez sinal positivo e acrescentou que só faz isso nas férias. “Você não tem tempo para relaxar. É só trabalho, trabalho, trabalho, e você fica por conta disso. Não dá para, por exemplo, caminhar na praça, pois existem muitas, muitas outras atividades a serem feitas.”, justifica.

Com sacolas em punho, Ana Caldas, 46, servidora pública, caminhava com passos largos e ligeiros. “Durante a semana eu tenho obrigações. Horário de serviço, de levar minha filha na escola, de buscar, compromissos que não podem ser adiados para poder parar para apreciar a cidade”, declara enquanto corre. Ela diz que nem sempre o rápido e o devagar representam o que parecem. “Às vezes você pode fazer as coisas rapidamente de uma maneira tranquila. Não significa que é devagar e tranquilo.”, compara.

Por fim, avistamos uma idosa sentada com alguns papéis em mão. Ao nos aproximarmos, fomos recebidos com um sorriso largo e um convite para sentar no banco que, antes, era ocupado pelas sacolas que carregava. Berenice de Oliveira, de 74 anos, nos contou sobre seu dia. “Hoje eu tenho uma manicure, então resolvi sentar na praça para ler e relaxar. Eu não substituo esse momento, comigo mesma, por nada”, reconhece.

Por: Gabriel Peixoto

Foto: Marina Rezende

O fim de semana chegou! Programe-se:

1 º Circuito Gastronômico Fleming

A avenida mais boêmia da cidade recebe o 1 º Circuito Gastronômico Avenida Fleming,  no bairro Ouro Preto. Ao todo, 20 estabelecimentos estão participando, sendo eles: Camarote Music Bar, Bar e Boi, Barolio, Barril 211, Belga Brigaderia, Bistrô Vila Rica, Burgueria, Casarão, Don Carlo La Pizzeria, Dona Breja, Esbetos Espetaria Gourmet, Espeto Beer, Feijuada, Filé, Massas, Nostra Casa, Ochi Sushi, Seu Jorge, Siri, Surubim e Sushi House.

Baixo Centro Cultural

Baixo apresenta Charlie e os Marretas

Com um repertório inspirado na dualidade estética representada pela nova e pela antiga escola do funk, as composições da banda Charlie e os Marretas revelam influências de ícones da velha guarda do gênero, como James Brown, Parliament e The Meters, além de Afrika Bambaataa e DJ Premier. No trabalho desenvolvido pela banda paulista, essas influências convivem com o tempero das novas gerações do jazz-funk e do hip-hop, representadas por RH Factor, Madlib e J Dilla, além de ritmos dançantes contemporâneos como o reggeaton e o dubstep.

Data: 14 de agosto, sexta-feira

Horário: 22h

Ingressos: R$ 15 (promocional) – https://bit.ly/1OAx8Xf

Classificação: 18 anos

Local: BAIXO Centro Cultural – Rua Aarão Reis, 554, Centro

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Eu Não Presto Mas Eu Te Amo

Como sempre, a tradicional Eu Não Presto Mas Eu Te Amo apresenta altas doses de brega sincero, dor de cotovelo honesta e love songs. Musica pra maltratar os corações apaixonados. Os DJs Capitão Ingrato, Hambúrguer Leviano, Lobo Solitário, Kemille Lorraine, Ingrid Gabrielle envolvem a pista de dança com as canções mais inspiradas já feitas sobre amores e desamores e, claro, as inesquecíveis baladas bregas nacionais e internacionais que não saem da nossa cabeça.

Data: 15 de agosto, sábado

Horário: 22h

Ingressos: R$ 15 (promocional) – https://bit.ly/1IXR5sf

Classificação: 18 anos

Local: BAIXO Centro Cultural – Rua Aarão Reis, 554, Centro

Mais Informações

Horário de Funcionamento:

Quinta: das 20h às 2h | Sexta: das 22h às 5h | Sábado: das 22h às 5h

Aniversário CCBB

O cinema também tem espaço na programação de aniversário do CCBB, de 20 a 30 de agosto, acontece a 10ª Mostra Mundo Árabe de Cinema que vai apresentar um panorama social, cultural e político dos países árabes e da região do Oriente Médio e traz, ainda, importantes personalidades do cinema árabe contemporâneo. E de 13 a 16 de agosto será exibido o documentário de Carlos Nader, A Paixão de JL, que contará com a presença do Diretor para um bate-papo com público após a sessão do dia 16. A entrada é gratuita.

Data: 05/08 a 30/08

Diversas atividades envolvendo artes visuais, debates, cinema, teatro, música e ações educativas

Mais Informações  

Por Raphael Duarte

 

Foto por Bárbara Avelino

Belo Horizonte, dia 29 de julho de 2015, entre o meio dia e às 14h.

A artista Gilmara Oliveira, 48, estava sentada no quarteirão da Av. Afonso Pena com a Av. Amazonas. Ao lado dela placa com os dizeres Cafuné Grátis. “Foi uma vivência incrível, uma experiência fantástica. Eu estendi um tapete no chão e sentei ali. Ofereci cafuné de morador de rua até estudantes que passavam correndo“, relata a artista.

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Artista Gilmara Oliveira promoveu o Cafuné Grátis na Praça Sete

A ação foi desenvolvida em parceria com o grupo Vespa Víbice, do qual faz parte, e nasceu a partir de um drama pessoal. “Meu filho de 16 anos foi atropelado e ficou em coma no hospital. A situação dele ficou muito séria, depois que ele saiu de risco e foi para enfermaria. Uma coisa que ele me pediu muito foi o cafuné para dormir”, explica.

A primeira edição do Cafuné Grátis foi realizada durante uma feira do Vespa no segundo andar do Edifício Maletta, no espaço ao lado do bar Olympia. A ação foi oferecida por um real o minuto. “Tivemos uma excelente rotatividade”, o que fez com que Gilmara experimentasse esse o ato na rua, explica Gilmara Oliveira.

Valor sentimental

Para o estudante, Lucas Duarte, 23, esse tipo de ação revela lições importantes de cordialidade. “Nos dias atuais, os abraços e carinhos estão tão extintos. Mostrar que uma ação tão simples, mas com um valor sentimental tão forte, é grátis e produz um bem enorme”.

Segundo pesquisa realizada pelo IHA, Belo Horizonte é a 8ª capital mais violenta do país. Segundo a Secretaria de Defesa Social ocorrem cerca de 108 roubos por dia, totalizando 16.327 só nos cinco primeiros meses de 2015.  Gilmara Oliveira trabalha com pesquisas relacionadas à questão da violência como mote para ação artística, pois acredita que esse tema tem que ser discutido com o objetivo de revisão de conceitos.

Por ora, a artista não pretende realizar uma terceira edição do Cafuné Grátis, em Belo Horizonte, mas pretende leva a ação até a Bienal na Colômbia ainda esse ano. “A ação é muito interessante, mas quando você repete demais cai muito no banal”, esclarece.

Mais informações:

O Grupo Vespa Víbice se encontra toda terça-feira às 19h no segundo andar do Edifício Maletta, no espaço ao lado do bar Olympia e está aberto ao público que queira participar de experimentações e performances.

Texto e foto: Julia Guimarães

Lojas realizam liquidações, na esperança de atrair clientes.

A Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) publicou uma pesquisa que aponta uma retração no número de vendas para o Dia dos Pais, se comparado com semelhante período do ano passado. A pesquisa foi realizada entre os dias 10 a 22 de julho, com 372 consumidores da capital mineira. “A redução do poder de compra das famílias diante da inflação e juros é um dos principais motivos para os consumidores que não vão presentear nesta data”, explica o vice-presidente da CDL BH, Marco Antônio Dutra.

A intenção de compra da maioria dos consumidores belo-horizontinos (52,33%) para este Dia dos Pais está menor, na comparação com a mesma data em 2014. Para 27,33%dos entrevistados o consumo será igual ao do ano passado, outros 18,31% pretendem consumir mais. Não souberam responder 2,03% dos entrevistados.

Presentes

Para a estudante universitária Ana Lívia Gomes, 20, que foi às ruas de Belo Horizonte em busca de um presente, a alternativa será a “lembrancinha”. “Não vou comprar presente, estou em busca de promoções, mas os preços estão muito altos, vim aqui para buscar uma promoção.”, explica.

O economista Silvério Dias esclarece que para entender a inflação é preciso pensar na sociedade. “Muitas vezes, se há um excesso de dinheiro, e com isso, há uma tendência dos preços aumentarem, desde que eu não tenha produção suficiente para suprir essa demanda do mercado. Esse é um conceito básico chamado oferta e demanda. Então, quanto maior a demanda por produtos, maior é a necessidade do ofertante de aumentar os preços por que se tem muita gente procurando, ai entra a questão da escassez, não tem quem pague mais”, explica.

Índices

Segundo dados divulgados, hoje, pelo IBGE, em julho, a alta de preços medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 0,62%, contra 0,79 % de junho e 0,01% do mesmo período do ano passado. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de 0,58% em julho e ficou 0,19 p.p. abaixo do resultado de junho (0,77%).

Com isso, o acumulado no ano foi para 7,42%, acima da taxa de 3,92% relativa mesmo período de 2014. Em julho de 2014 o INPC fora de 0,13%.Os produtos alimentícios apresentaram variação de 0,56% em julho, enquanto em junho a taxa foi de 0,69%. O grupamento dos não alimentícios teve variação 0,59% em julho, abaixo da taxa de junho (0,81%).

O que estamos vivenciando no país hoje?

Para o economista Silvério Dias, estamos com um problema de credibilidade política no país, ou seja, quem tem dinheiro não investe devido a uma série de fatores que estamos vivenciando no Brasil, não só os que tem dinheiro aqui, mas no exterior também. “As pessoas estão guardando seu dinheiro em instituições financeiras e em outros lugares fora do país, com isso a nossa produção fica estagnada. Nesse período há um interrompimento do processo produtivo e deixamos de gerar renda, ou seja, nesse momento paramos de contratar pessoas e promover as pessoas”, esclarece.

Foto: Raphael Duarte
Lojas realizam liquidações, na esperança de atrair clientes. Foto: Raphael Duarte

De acordo com o economista, o Brasil enfrente, hoje, um processo de recessão, as empresas não contratam funcionários e começam a demitir, devido a queda de produção. “Há dois fatores permeiam a economia, hoje, o primeiro fato é cenário da demissão e a avaliação das necessidades básicas para consumo. “As pessoas que foram demitidas precisam canalizar o seu dinheiro que restou para a sobrevivência, para a alimentação, que são as necessidades básicas. Nesse caso, o comércio não está muito otimista, por que as pessoas estão receosas de gastar com presentes caros, por que seria considerado um gasto de segundo plano”, explica Dias.

O segundo fator é o momento de crise econômica que gera uma sensação de insegurança. “Não se pode gastar dinheiro com qualquer coisa que não seja de primeira necessidade, pois as pessoas temem se encontrar na situação de desempregado posteriormente”.

Lojas realizam liquidações, na esperança de atrair clientes. Foto: Raphael Duarte
Lojas realizam liquidações, na esperança de atrair clientes. Foto: Raphael Duarte

Esses fatores causam retração no poder de compra das pessoas e isso recai sobre o movimento da economia. O governo tem tentado minimizar a alta de preços, aumentando a taxa básica de juros, essa ação dificulta o crédito para compras a prazo. “Essas ações são para que as pessoas parem de comprar e que, com isso, os empresários baixem os preços e a inflação volte a ficar controlada”, esclarece o economista. “As políticas macro econômicas que o governo está adotando não vêm surtindo o efeito esperado, ou seja a população já está sofrendo as consequências, com medo de perder a sua renda/emprego, e aqueles que já perderam a sua renda e, é claro, isso influência o processo de consumo”, finaliza.

Por: Raphael Duarte