Cultura

Por Júlia Garcia 

O fim de semana em Belo Horizonte está repleto de eventos para todos os gostos. Confira hoje a agenda que o Contramão separou para você curtir o final de semana.

Sexta

Hoje (28), a Autêntica completa 1 ano de casa nova! Para celebrar a data,a casa vai receber artistas da cidade. Shows com Djonga, Douglas Din e Bebela. O evento começa às 21h, na Rua Álvares Maciel e os ingressos estão disponíveis no próprio site da Autêntica. 

E o Palácio das Artes recebe a Banda Melim, com o show de lançamento do álbum Quintal. Os irmãos Rodrigo, Diogo e Gabi se apresentam hoje, às 21h, na Av. Afonso Pena. Ingressos disponíveis no site Eventim!

Sábado

Os amantes da música popular brasileira poderão prestigiar os shows de Zé Ramalho e Elba Ramalho. Cantando os maiores sucessos de suas carreiras, os artistas se apresentam no sábado (29), na Star415. O evento começa às 19h e os ingressos podem ser adquiridos através do Sympla.

Às 20h30, no Palácio das Artes, a Orquestra OPUS traz a cantora e compositora Vanessa da Mata. O repertório contará com diversos sucessos da carreira da artista e arranjos exclusivos da orquestra. Para comprar seu ingresso, basta acessar o site Eventim.

Domingo

Se você curte artesanato, poderá aproveitar as exposições de artesanato e variedades na Feira Hippie. A feira acontece aos domingos na Av. Afonso Pena, de 7h às 14h.

Para fechar o final de semana, no domingo (30), Belo Horizonte recebe a banda Titãs. Depois de 30 anos sem pisar no mesmo palco, os músicos voltam com a turnê Encontro. O show acontece no ExpoMinas, Av. Amazonas e os portões abrem às 18h30. Para comprar os ingressos, basta acessar o site Eventim.

Na última terça-feira (25), a capital mineira recepcionou no Cine-Theatro Brasil Vallourec a primeira apresentação do projeto Première Minas, com apoio da Casa do Jornalista e do CEC –  Centro de Estudo Cinematográfico -, que se dedica ao lançamento de filmes autorais. O intuito é ser um evento mensal, com objetivo de exibir filmes de curta,  longa-metragem e séries. Na abertura do  evento, o filme escolhido foi “Bar Relicário – Filme-tributo a Hélio Zolini” do cineasta Fábio Carvalho.

O Centro também está usando o espetáculo para chamar as pessoas para participarem do  Amigos do CEC, que são compostas por membros associados e todos que se envolvem, contribuindo para a manutenção da entidade e assim, mantendo a cultura e aprendizado para os próximos que irão à Casa.

Por Michelle Assis e Carla Chaves

* Texto produzido originalmente para o Minas Trend.

A empreendedora Janaíne Rocha sempre administrou grandes empresas, mas veio ao Minas Trend pela primeira vez com sua própria marca, a Jeraa Premiumm, que foi criada há um ano e meio.

Foto: Beatriz Nithack

A loja está localizada no tradicional bairro de comércio vestuário Bom Retiro, em São Paulo, e traz como diferencial a matéria prima utilizada. Suas peças são feitas com o couro do peixe pirarucu, material autossustentável, que vem de fornecedores autorizados no Brasil, tendo o selo do Ibama para reforçar que todo o produto é legalizado.

O material traz a exclusividade em cada peça, pois nenhuma pele é igual a outra. Além disso, o processo de tingimento é feito sob demanda. A marca passa para o fornecedor a coloração específica que querem para cada coleção, recebendo assim um material único. O metro do couro do peixe, atualmente, é vendido pela Jeraa Premiumm a R$ 1,8 mil. Seus produtos são inspirados em grandes marcas, mas nem por isso perdem a autenticidade, pois em seu trabalho Janaína faz a sua leitura de um material diferente.

Foto: Beatriz Nithack

Além dessa linha, a loja também trabalha com o couro comum, em vários modelos de bolsas, que são vendidas por atacado para todo o Brasil. Porém, o diferencial que ela trouxe para apresentar nessa edição do Minas Trend é a linha feita a partir do couro do pirarucu.

 

 

 

O Minas Trend

O Minas Trend é uma realização do SESI, SENAI e FIEMG, com apoio master do Sebrae Minas e patrocínio da CDL, Bling e Banco Inter.

Por Júlia Garcia

Escrita por Glória Perez, dirigida por Marcos Schechtman e transmitida pela Rede Globo, a novela Caminho das índias estreou em janeiro de 2009 e se encerrou em setembro de 2009. Com 203 capítulos, a telenovela fez um sucesso e acumulou ótimas pontuações de exibição.

Trama na Índia e no Brasil

A trama principal, que se ambientou na Índia, conta a história de um triângulo amoroso formado por três jovens indianos, Maya Meetha (Juliana Paes), Bahuan (Márcio Garcia) e Raj (Rodrigo Lombardi).

A novela mostrou como funcionam algumas das tradições indianas, o casamento arranjado e o sistema de castas no país.

Raj (Rodrigo Lombardi), Maya (Juliana Paes) e Bahuan (Márcio Garcia). Foto/Divulgação: Globo

 

Já o núcleo ambientado no Brasil, contou a história de dois irmãos, Raul (Alexandre Borges) e Ramiro (Humberto Martins). Na trama, os Raul e Ramiro gerenciam o império do pai e vivem em discórdia.

Temas em debate
Yvone (Letícia Sabatela) e Tarso (Bruno Gagliasso). Foto/Divulgação: Globo

A autora Glória Perez abordou temas relacionados com doenças mentais. O ator Bruno Gagliasso interpretou o jovem Tarso, que após sofrer pressão da família, desenvolve esquizofrenia.

Além do jovem, a personagem Yvone (Letícia Sabatela) esconde um desvio de personalidade. Ela é psicopata e aproveitou a confiança que as pessoas tinham nela para destruir muitos sonhos.

Prêmio Emmy Internacional e o sucesso 

Em 23 de novembro de 2009, Caminho das Índias foi eleita a melhor telenovela na edição do prêmio Emmy Internacional, sendo a estreante a ganhar a premiação. 

Além do Emmy, a novela que marcou altas pontuações durante sua exibição, levou o sucesso para fora da telinha. Nas ruas, era possível ouvir palavras estrangeiras como bordões populares, como “are baba” e “tike”.

Caminho das Índias foi exportada para 90 países e chegou a três continentes além da América, Europa, Ásia e Europa.

A escritora Glória Perez recebendo o Emmy. Foto/Divulgação: AFP
Catálogo do Globoplay

Hoje, 28 de abril, a novela entra para o catálogo do Globoplay. Todos os capítulos estão disponíveis e você pode assistir onde e quando quiser, basta acessar o streaming da Globo. 

Imagem/Divulgação: Globo

 

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A novela Vai Na Fé marcou a segunda maior pontuação de audiência no último sábado (1) e ultrapassou o Jornal Nacional. 

 

Por Júlia Garcia
Foto: João Miguel Júnior/Globo.
Escrita por Rosane Svartman e transmitida pela TV Globo, a novela das sete teve sua estreia em 16 de janeiro. A trama, que se passa no Rio de Janeiro, conta a história de Solange (Sheron Menezzes), mais conhecida como Sol, que agora é mãe, evangélica e ex-princesa do baile funk.
A protagonista que tinha o sonho de se tornar dançarina, teve seus planos mudados e agora, adulta, vende quentinhas junto com sua melhor amiga de infância, Bruna (Carla Cristina Cardoso).
O antes e depois de Ben e Sol. Foto: TV Globo/Reprodução.
Recheada de flashbacks, a história consegue encaixar perfeitamente os acontecimentos do presente e passado. O telespectador é levado para as antigas vivências dos personagens, tendo uma experiência imersiva ao universo narrativo da história. 
Elenco quase 70% preto
Não é só o enredo de “Vai na Fé” que prende a atenção do público. O elenco da telenovela é composto por diversos talentos, alguns rostos já são conhecidos na telinha e outros estão em sua estreia.
Um ponto importante é que pela primeira vez na Rede Globo, o elenco de uma novela é composto por quase 70% de atores pretos e a trama conta com personagens em diferentes espaços. Os núcleos são divididos entre pessoas bem sucedidas e trabalhadoras tipicamente brasileiras.
O ator Samuel de Assis, que dá vida ao protagonista Ben, informou ao Splash Uol que nunca teve tanta gente preta em papéis de destaque. [] Acho importante que a gente assista e diga ao mundo: nós merecemos estar aqui, nós temos que estar aqui e nós damos audiência., afirma.
Foto: João Miguel Júnior/Globo.
Religião sem didática 
Para mais, é ímpar a forma como Rosane aborda a religião na novela. Os personagens praticam sua fé de forma natural, como na vida real, sem ditar o que é o certo. É possível notar três religiões na trama, como: cristianismo, candomblé e budismo
Em uma coletiva de imprensa, a autora afirmou que a religião não é o viés da novela. “Apesar da religiosidade não ser um pilar da novela é sim um dado importante, porque aparece na construção dos personagens.”, comentou Svartman. 
Onde assistir?
Imagem: Reprodução/TV Globo/Instagram.
A novela “Vai na Fé” está disponível na grade da TV Globo e é exibida de segunda a sexta, após a segunda edição do jornal local
Se você perdeu o capítulo na íntegra, basta assistir a reapresentação, disponível de segunda a sexta, após o Conversa com Bial.
Além do mais, todos os capítulos exibidos na íntegra estão disponíveis no Globoplay, é só conferir!

 

 

Fonte: arquivo pessoal.

Por Ana Clara Souza

Meu primeiro contato com o Teatro foi quando eu tinha oito/nove anos. Assistia novelas e filmes mas não tinha noção que era preciso estudar Teatro para ser uma personagem fictícia dos palco e telinhas, e por isso,  sempre digo que o meu primeiro contato com, essa arte magnífica foi quando interpretei o meu primeiro papel para um público – muito importante ressaltar a palavra público, por que sempre interpretei inúmeras coisas. Porém, eu e meu mundo, de frente ao espelho.

Fonte: arquivo pessoal.

Nessa peça, eu era a protagonista de uma história onde uma criança incompreendida não se sentia pertencente a nenhum lugar. Eu amei interpretar! Mas nada além de uma inquietação momentânea de uma garotinha que sempre amou tudo relacionado à arte. Poucos anos depois, minha turma da escola teria que realizar uma peça para apresentar em um evento. Minha personagem? uma macaca serelepe. Desta vez, eu não era a protagonista, mas minha professora se encantou com a minha intimidade na caracterização de um animal, e sem intenção, começou a plantar uma sementinha cênica na minha cabeça.

No ano seguinte, com os meus 12 anos, novamente precisei fazer outra peça para escola. A escolha do meu grupo foi atualizar a clássica história da Branca de Neve, para ‘A Preta de Neves’. Na nossa cabeça, infanto – juvenil,  era um trocadilho muito dos bons já que morávamos em uma cidade cujo nome é Ribeirão das ‘Neves’, e a intérprete principal era negra. Minha personagem? a versão contemporânea do sujeito que é designado para matar Branca de Neve, mas desiste. Uma empregada/espiã que tenta fazer o mesmo mas que também não consegue. Desde então, tudo mudou. Aquela semente que já germinava nos meus jovens pensamentos, desabrochou com o questionamento de uma outra professora que me perguntou; “Você já pensou em fazer Teatro?”.

De fato nunca tinha pensado, mas a partir dali, só desejava adentrar por esse mundo das representações. Em Fevereiro de 2013, eu era a mais nova estudante de Teatro! Depois de dois anos e seis meses, com 16 anos,  era uma profissional da área com registro no Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões – SATED.

Sem romantizar,  ser Atriz é uma das maiores dádivas da minha passagem por esse mundo. Eu me descubro e descubro o universo. Compreendo e questiono. Provoco sensações e sou provocada. A quinta arte já me ofertou muitos momentos inenarráveis que nunca me imaginaria vivendo, e meu maior sonho como artista, é que outras pessoas pudessem sentir algo semelhante ao que narrei acima.

No Brasil, as artes no geral são negligenciadas e elitizadas. A maioria das pessoas  que escolhem o caminho artístico, não tem apoio. Muitos jovens nunca nem cogitaram a possibilidade de exercer essa profissão. Fui bastante criticada e taxada como louca quando escolhi ir para esse ramo ao ir de encontro com os diversos cursos técnicos ofertados pelo Governo, todos voltados para áreas de Gestão e Negócios, e nenhum com viés artístico. É urgente  o aumento de verbas e políticas públicas, a reformulação do senso comum diante ao mundo artístico, e o reconhecimento e valorização do Teatro, que é uma profissão de respeito e muito digna como todas as outras.

Neste Dia Mundial do Teatro, termino esse texto reforçando a minha gratidão por ter ido de encontro à essa arte, e te faço o convite para ir assistir algum espetáculo teatral, até mesmo na Internet, assim que chegar no ponto de exclamação. Se divirta!