Cultura

Por Keven Souza

A Rádio Una voltou a movimentar os seus projetos relacionados à produção de podcast nas últimas semanas de setembro. O Eu Que Fiz Podcast é sua nova aposta, uma temporada que promove o diálogo com alunos da Cidade Universitária que desenvolveram trabalhos e projetos incríveis fomentados pela universidade. E hoje (27), o episódio piloto está no ar! 

O Churrasco na Laje é o trabalho multiplataforma escolhido para estrear a temporada feito pelos alunos de Jornalismo, Ana Clara Souza, Caio Henrique, Júlia Thais, Katarine, Keven Souza, Millena Vieira, Pedro Almeida e Paulo Vieira, que se destacaram pelo engajamento e proatividade em volta do trabalho proposto em sala de aula. 

A ideia do Churrasco na Laje, bem como seu nome, surgiu a partir da Unidade Curricular (UC) de Produção de Conteúdo em Multiplataforma, ministrada pelas professoras Ana Carolina Souza e Daniela Savaget aos cursos de comunicação social no último semestre.

Grupo na gravação do videoclipe. Imagem: Jessi Góes.

A proposta consistia em desenvolver um projeto multiplataforma, acerca do tema “Comidas Típicas”. Dito isso, os estudantes deveriam apresentar um produto audiovisual – onde fizeram um curta-metragem, um produto sonoro – onde desenvolveram uma playlist, dois produtos textuais – onde produziram matérias jornalísticas – e três produtos fotográficos ou visuais, em que entregaram um ensaio fotográfico, além de um site completo. 

Tudo pensado para serem criativos, ousados e disruptivos. E não diferente disso, o Churrasco na Laje virou ponto de referência. É o que explica Ana Carolina Souza. “Eles conseguiram entregar um trabalho robusto, interessante, bonito e bem feito. Então se tornam sim uma referência de algo que é possível ser feito, de elementos visuais, estéticos e realmente de dedicação ao trabalho, que de fato pode se tornar referência para outros colegas. Colegas tanto nós professores, quanto também entre os próprios alunos”, diz a professora. 

Segundo Ana, após quase três meses de encerramento da UC, o sentimento que permanece é o de orgulho. “É com muito orgulho assim, que eu tenho de ter incentivado eles a fazerem isso. Gostei demais do resultado não só por conta deles terem associado todos os conceitos e elementos que eles trabalharam em sala. Mas de terem assumido esse lugar de serem donos dessa narrativa. E é um trabalho que tem personalidade, que você consegue ver as pessoas que criam esse material refletidas ali no resultado”, finaliza.

Como foi a estreia

Neste primeiro episódio do Eu que Fiz, quatro dos integrantes estiveram presentes. Ana Clara Souza, Júlia Thais, Keven Souza e Millena Vieira discutiram sobre toda a construção do trabalho em uma conversa descontraída.

Keven, Millena, Júlia e Ana, na gravação do podcast na Casa Una. Imagem: Gladison.

Com brilho nos olhos, Ana comentou em detalhes sobre o curta-metragem, na qual foi produtora. Júlia deixou claro que perrengue foi o que mais houve, ela citou os percalços presentes até a entrega final do trabalho. Já Millena, agradeceu aos colaboradores da Una que ajudaram diretamente, ou indiretamente, na execução do Churrasco na Laje. E Keven, mediou toda a conversa. Ao longo do episódio foi mostrado ainda os produtos exigidos na UC, feito por eles. Bem como, o vídeo, o site, as fotos, entre outros.

O Eu Que Fiz Ep 1 está disponível na plataforma do Youtube. Para assistir na íntegra o bate-papo acesse o canal TV Una Fábrica! Veja, reveja e fique por dentro do que está sendo produzido pelos futuros profissionais do mercado de trabalho. 

Redação com a nova tagline. Foto/divulgação: Site - Itatiaia
Redação com a nova tagline. Foto/divulgação: Site - Itatiaia

Há 70 anos no ar, a Itatiaia tem como objetivo expandir para outros meios de comunicação  

Por Matheus Dias

Celebrou ontem, 25 de setembro, o Dia Nacional do Rádio. Em 2022 completou cem anos desde a primeira transmissão radiofônica no país, muitas emissoras se transformaram nos últimos anos e ampliaram sua cobertura e comunicação para o universo digital, como a Rádio Itatiaia de Minas Gerais, uma das maiores do país. 

A data escolhida é para homenagear Edgar Roquette-Pinto, considerado o pai da radiodifusão no Brasil, mesma data de seu nascimento. A primeira transmissão radiofônica ocorreu no dia 07 de setembro de 1922 no Rio de Janeiro, data que comemorava cem anos da independência do Brasil, com o discurso do então presidente do país, Epitácio Pessoa.

Novo visual da marca Itatiaia. Foto/Divulgação: Site - Rádio Itatiaia
Novo visual da marca Itatiaia. Foto/Divulgação: Site – Rádio Itatiaia

Era de costume as pessoas terem um aparelho de rádio em suas casas para escutarem as notícias, acompanhar as radionovelas, ouvir as transmissões esportivas e os programas de entretenimento,  isso antes da chegada da televisão no Brasil e de sua popularização. 

Houve quem acreditasse que com a chegada da televisão o rádio iria desaparecer. Com o surgimento da era digital também tiveram novos rumores, mas aí ele continua presente e se reinventando. 

ITATIAIA: EMBLEMÁTICA EM MINAS 

Redação integrada de jornalismo, esporte e digital da emissora. Foto/Divulgação: Site - Rádio Itatiaia.
Redação integrada de jornalismo, esporte e digital da emissora. Foto/Divulgação: Site – Rádio Itatiaia.

Uma das três maiores rádios do Brasil está em Minas Gerais, a Itatiaia. Com 70 anos de existência, a chance de um mineiro não conhecê-la é pequena. A rádio emblemática pelo seu jornalismo e esporte é consagrada pela grande audiência e popularidade no estado. 

Genival Aparecido, 53, motorista de aplicativo, mora em Belo Horizonte e também já trabalhou como taxista na cidade, conta que o rádio sempre foi seu companheiro e tem o hábito de escutar a Itatiaia. “Acompanho há 20 anos Itatiaia, todos os dias, desde quando comecei a trabalhar na praça. De manhã até a noite, escuto a Itatiaia”, diz o motorista de aplicativo. 

Fiel a Itatiaia, Genival opta pela emissora por notar que mesmo com o decorrer do tempo  não perdeu a sua agilidade em informar. Um acontecimento que marcou o motorista com a precisão na notícia e na prestação ao público da rádio foi há 30 anos, quando a Itatiaia informou o falecimento de seu sogro: “A Itatiaia dá notícia de tudo e inclusive deu uma notícia para a família de minha esposa, que o pai dela, meu sogro, havia morrido,  informou para que meus cunhados se reunisse em tal local, pois não havia telefone naquela época”, relembra Genival. 

Hoje, além de escutar fielmente a programação da emissora, o motorista interage com os programas pelo WhatsApp para participar de sorteios e enviar mensagens para os comunicadores na hora dos seus programas que tanto admira e se criou uma relação, por exemplo, Eduardo Costa, todas as manhãs. 

NOVA PROPOSTA

Em 2021 a Itatiaia ganhou uma nova gerência com a proposta de ampliar sua comunicação no meio digital e com o desafio de manter a credibilidade e o carinho de sua audiência no tradicional rádio.  

Thais Silva, gerente de marketing da Itatiaia, conta que quando chegou na emissora, há pouco mais de um ano, junto com o atual presidente da rádio, Diogo Gonçalves, foi lançado o desafio e a necessidade de se expandir: “A marca que antes que era somente ouvida, começou a ser vista. A rádio que já estava perfeita na comunicação no meio tradicional  se reposicionou para mudar como era vista e percebida pelo público para alcançar novos patamares e dominar o espaço digital, que é a nossa missão”, destaca a gerente de marketing.   

Estúdio principal da Itatiaia. Foto/Divulgação: Site - Rádio Itatiaia.
Estúdio principal da Itatiaia. Foto/Divulgação: Site – Rádio Itatiaia.

Há um mês, no dia 26 de agosto, a emissora inaugurou sua nova sede em Belo Horizonte, a migração para um novo local se deu por necessidade devido ao crescimento da rádio, pois o antigo prédio não comportava mais. Também a mudança para nova casa foi feita para que tivesse um espaço em que as redações de jornalismo, esporte e do departamento voltado aos conteúdos do digital pudessem ficar mais integradas em um mesmo ambiente. 

Com o novo momento da emissora de ampliação na comunicação focada nos mineiros, o que antes tinha como tagline “A rádio de Minas” se tornou “Itatiaia  tudo que importa para Minas”. Hoje a Rádio está presente em Minas Gerais com filiais e afiliadas que retransmitem o conteúdo gerado e possuem correspondentes em outros locais do país, como em Brasília, e no mundo, por exemplo, na Europa, mas sempre voltado para os assuntos e temas de interesse dos mineiros. 

Atualmente a Itatiaia se prepara para uma das maiores coberturas, a Copa do Mundo do Catar, que ocorrerá em novembro deste ano, com um time de 19 pessoas no país, sendo a maior equipe de emissora de rádio brasileira atuando presencialmente, segundo Thais Silva, e com transmissão para o rádio e com vídeo no digital, que desde 16 de novembro de 2021 a Itatiaia transmite 15 horas de programação ao vivo no YouTube.

O país e o mundo conseguem acompanhar a Itatiaia pela internet e aplicativo, mas pretendem ampliar a cobertura. “A gente quer alcançar uma nacionalização, em um futuro breve queremos que a nossa rádio seja nacional e atingir o Brasil de uma forma mais forte”, comenta Thais Silva. 

NOVOS PÚBLICOS

Há sete décadas no ar, uma nova geração conheceu a Itatiaia e hoje a emissora também tem como objetivo conquistar novos públicos e estar no dia a dia com presença forte em todo o meio digital – YouTube, aplicativo, site e rede social. A estratégia foi investir no visual e produção de conteúdos com a linguagem específica para cada meio. 

Stheffany Marrone Ribeiro, 23, estudante de Direito em Belo Horizonte, acompanha e se informa pela Itatiaia somente pelas redes sociais, não tem costume de escutar o rádio: “Consumo muito a Itatiaia. Sigo o Twitter e acompanho o feed para atualizar todas as notícias, mas não ouço o rádio”, conta a estudante de Direito, que também comenta ter amizade que entra todos os dias no perfil do Instagram da Itatiaia para se informar. 

No YouTube com transmissão ao vivo da programação e com vídeos, a Itatiaia possui mais de meio milhão de inscritos. Nas redes sociais TikTok, Instagram, Twitter e Facebook somam juntos mais de 2,6 milhões de seguidores. Em fevereiro de 2022 a pesquisa Kantar Ibope Media divulgou a Itatiaia como a emissora de rádio mais ouvida no Brasil, que conta com um público variado de idades, classes sociais e econômicas.

rock in rio

Por Keven Souza 

Aconteceu no último domingo (11) o encerramento do Rock In Rio 2022, na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro. O evento que reuniu ​aproximadamente 100 mil pessoas no sétimo dia e contou a presença de mais de 36 artistas dos mais variados gêneros musicais, trouxe vida a Cidade Rock em 12 horas de música constante divididos em oito palcos. 

rock in rio
Dua Lipa, esbanjando talendo e brilho no palco mundo ( Foto: Keven Souza )

A atração mais aguardada da noite foi a cantora britânica de 27 anos, Dua Lipa. A artista era headliner do dia, onde, ao som de “Physical“, subiu ao Palco Mundo com todo um espetáculo de cores, luzes e hits. Esbanjando talento, apresentou o setlist com os sucessos de Future Nostalgia, seu segundo álbum de estúdio. Tudo muito bem pensado para quem estava presente no Parque Olímpico e também acompanhava de casa, pela transmissão do Multishow. 

Das músicas aos figurinos – quatro, ao todo – Dua Lipa brincou com cores e não dispensou brilho. Trouxe seu balé que performou garantindo um show à parte com coreografias. A cantora interagiu ainda com a plateia e finalizou, em português, dizendo: ‘obrigado gatinhos e gatinhas’.  

Megan Thee Stallion, Rita Ora e Ivete também foram outras cantoras que abrilhantaram o último dia de Rock In Rio, se apresentando no Palco Mundo. No Sunset, Liniker mostrou toda força da mulher trans preta juntamente com Luedji Luna. Logo após, Majur,  Agnes Nunes, Mart’nália, Gaby Amarantos e Larissa Luz uniram o samba, soul, blues, brega e jazz em um só espetáculo para homenagear Elza Soares.

Cidade do Rock é baile de favela

rock in rio
Toda a estrutura gigantesca do palco mundo. ( Foto: Keven Souza )

Já a cantora Ludmilla, de 27 anos, que também se apresentou no Palco Sunset, foi uma das artistas mais comentadas do mundo na internet após seu show. Isso porque, ela prometeu que faria algo grandioso e cumpriu. A dona do hit ‘Rainha de Favela” investiu em estrutura de palco, luzes e figurinos luxuosos. Além disso, não deixou de lado o funk!

Ludmilla construiu um setlist único, que privilegiava o gênero musical, fazendo com que a Cidade do Rock por um momento virasse baile de favela. Levou ainda a dupla Tasha e Tracie, MC Soffia, Tati Quebra Barraco e Majur para o palco. Como resultado, fez um show certamente histórico que trouxe questionamentos aos produtores do Rock In Rio sobre a participação de artistas brasileiros no Palco Mundo, que é o principal palco do festival. 

O Rock in Rio promoveu inclusão em seus shows deste ano, como intérpretes de Libras (Linguagem Brasileira de Sinais) e mais artistas negros e LGBTQIA+. Mas a principal crítica do público com os produtores foi colocar artistas femininas de grande público, que é o caso de Ludmilla e Avril Lavigne, em palcos menores, como o Sunset. 

A volta do Rock In Rio no Brasil 

Após dois anos desde a última edição do evento do Brasil, que aconteceu em 2019, a Cidade do Rock recebeu um público de 700 mil pessoas com o forte desejo de se reencontrar. Foram sete dias, 1.255 artistas, 300 shows e mais de 507 horas de experiência. 

As parcerias? Muitas! Stands do Globo Play, Tim, Itaú, TikTok, Coca-Cola, Doritos, Latam, Kit Kat, iFood, entre outros, decoraram o Parque Olímpico com cores e vida. E para mostrar que o Rock In Rio é um festival de números, esta edição foi recorde de turistas no Rio. Foram mais de 420 mil pessoas de outros estados do Brasil e uma estimativa de 10 mil de fora do país. 

O Rock In Rio é um festival que impacta diretamente na economia da cidade. É, ainda, patrimônio cultural imaterial do Rio de Janeiro que expande toda nossa brasilidade para o mundo. Que as próximas edições continue com ​​toda a energia e alto astral, pois o evento além de trazer grandes espetáculos para o Brasil, dá um show como festival de experiências!  

 

Por Ana Clara Souza 

Terminei de ler minha primeira revista Vogue, talvez, a minha primeira revista. Isso porque não me recordo de ler do início ao fim nenhuma revista se quer. Lembro que com uns nove anos eu pedi minha mãe para assinar a revista teen Atrevidinha, e recebia todos os meses, durante o período de um ano, capas com famosos do mundo pré-adolescente, como Justin Bieber (primeira revista que recebi), glee (a primeira série que assisti, onde eram abordados vários conflitos interessantes, e falava de arte), e também, capas de pessoas que nunca tinha visto ou ouvido falar. 

Estudava em uma escola particular, e não sabia de muita coisa que o meu ciclo comentava porque não tinha SKY, a TV a cabo de sucesso na época, que ditava as tendências norte-americanas, e por isso, muitas das capas eu ficava sem entender.  

“Você recebe as revistas e não lê tudo?”, disseram. Exatamente! Eu pulava para a parte dos joguinhos, como “descubra se ele está na sua”, “você é mais Emo ou mais paty”; e claro, como seria o meu mês de acordo com a previsão de alguma redatora. 

Eu sempre olhava os títulos das reportagens e só. Se não me engano, a única que li foi a do Justin, pois o universo há de nos unir algum dia e achei importante ler sobre ele falando que a mãe dele cozinha mal (risos). Agora me questiono de onde veio a vontade de ler uma Vogue? É um pouco longo, mas o desejo surgiu ouvindo um podcast, e se consolidou nos relatórios sobre a semana da moda no meu estágio. 

A experiência, meus amores? Simplesmente incrível! Desde a capa, nada mais e nada menos que Anitta comemorando os 47 anos da revista mais importantes do mundo, até o final, com editoriais lindos no decorrer das páginas. 

O intuito era experimentar, mas como graduanda de Jornalismo, eu me fascinei com as matérias, artigos de opinião e descobertas. A primeira vez é sempre estranha. Estranhamente boa ou ruim, e a primeira vez lendo uma Vogue, uma revista completa, foi memorável. 

O conselho que deixo é, se entregue e se permita pelas primeiras vezes. Porque certamente será incrível, assim como a minha experiência. 

A 9ª edição do evento foi realizada na Esplanada do Mineirão e fechou mais um ano sendo sucesso. 

Por Gustavo Meira 

Aconteceu no último sábado (27) na capital, o Festival Sarará 2022, evento que reuniu mais de 60 artistas de diversos segmentos e contou com a presença de mais de 35 mil pessoas na Esplanada do Mineirão, na Região da Pampulha. Foram quase 12 horas de música constante divididos em seis palcos. Os ingressos giravam em torno de R$ 150,00 a R$ 540,00.

Palco principal do Sarará 2022, na Esplanda do Mineirão. Imagem: Leo Caetano.

As atrações mais esperadas para esta edição eram Glória Groove, que trouxe o penúltimo show da ”Lady Leste Tour”, e contou com vários sucessos de seu último álbum e famoso medley de pagode com Ludmilla, no qual foi ovacionada. O show de Pabllo Vittar contou com a participação da cantora Urias e um corpo de ballet impecável. Um dia antes, PV esteve no Mercado Novo, onde gerou alvoroço e atendeu os fãs. Zeca Pagodinho, que sempre está com sua cerveja na mão, cantou seus maiores sucessos e de surpresa recebeu o rapper e fã Emicida no palco, levando o público ao delírio. 

Pabllo Vitar e Urias no palco principal do Sarará. Imagem: Alison Jones.
Gloria Groove em seu show no palco principal do Sarará.  Imagem: Leo Caetano.

A mineira de Taiobeiras Marina Sena, que em 2019 estava na plateia, fez sua estreia no Sarará e contou com a presença de Marcelo Tofani da banda mineira Rosa Neon. Ambos cantaram o hit ”Ombrim”. Já Gilsons fez a plateia cantar ”Várias Queixas” em um lindo couro. 

Marina Sena em seu show no palco principal do Sarará. Imagem: Alison Jones.

Homenagens e manifestações na Esplanada 

O line-up do festival contava com a presença de Elza Soares, porém a cantora faleceu em janeiro deste ano. Teresa Cristina, Nath Rodrigues, Paula Lima, Julia Tizumba e Luedji Luna fizeram um show em homenagem à Elza, contando com sucessos de sua carreira. 

“Elza é um nome muito importante da arte no Brasil e no mundo, uma mulher que sempre cantou tudo que tinha algum significado para ela e para todes no qual ela sempre defendeu com toda força e amor. Foram 91 anos de vida, bem vividos, 70 anos de carreira fantásticos, com reconhecimento no mundo todo e muito depois no país que ela tanto amava e defendia, mas Elza nunca fraquejou e agora tenho o orgulho de continuar trabalhando o nome da nossa eterna Rainha, para mim, Elzão. Ela ainda deixou muita coisa pronta para sair”. É o que disse Vanessa Soares, neta, produtora executiva e pessoal da cantora.

Cantoras em homenagem a Elza Soares no palco principal do festival. Imagem: Instagram Sarará/internet.

Houve manifestações políticas por parte dos artistas e do público em vários momentos do festival. O couro mais ouvido era a favor do ex-presidente Lula, candidato à Presidência das eleições deste ano.

Outras edições do festival 

As duas primeiras edições do Sarará aconteceram em 2014 e 2015, no Parque das Mangabeiras, em BH. Seu marco aconteceu quando o evento foi palco da Virada Cultural em 2016, com público de mais de 50 mil pessoas no Parque Municipal. Desde então, o festival cresceu e se transformou em um dos maiores do estado.

A 9ª edição do Sarará estava sendo preparada desde 2019. ”Tivemos momentos de sonhos, dúvidas, planejamentos constantemente alterados, nó na garganta, esperança… Nesse tempo todo, quisemos e queremos tanto viver”, diz a organização do evento. 

O Sarará é um #FestivalDeSentir, este ano foi possível sentir toda a energia dos artistas e do público, que estavam sedentos pela volta presencial do evento, que não aconteceu durante dois anos por conta do isolamento social. 

Anote na agenda, a próxima edição do Sarará já tem data marcada, 26 de agosto de 2023. Borá mais uma vez?!

 

Edição: Keven Souza. 

Sala de cinema doUna Cine Belas Artes ( Foto: José Ricardo da Costa Miranda Junior )

A ação gratuita aconteceu durante manhã e noite no coração do bairro de Lourdes


Por Keven Souza

No dia 16 de agosto, os acadêmicos do curso de Cinema e Audiovisual da Cidade Universitária Una (CDU) exibiram seus filmes no Una Cine Belas Artes. A ação foi fruto da parceria entre a universidade e o cinema, que foi palco para o encerramento de semestre das Unidades Curriculares (UCs) de Direção Cinematográfica e Realização.

Os alunos participantes eram do 5º, 6º, 7º e último período do curso, que apresentaram em um dos últimos cinema de rua de Belo Horizonte, mais de 10 obras divididas em duas sessões que abordavam diferentes temas e gêneros.

Programação do evento ( Foto: José Ricardo da Costa Miranda Junior )

“O encerramento foi muito bem sucedido. Havia uma dinâmica de funcionalidade, ritmo e tom dos filmes, que foi importante para os alunos entenderem o funcionamento de uma plataforma de fato do mercado, que é o caso do Belas Artes, onde é um cinema conhecido e frequentado por pessoas locais”, explica o professor de Cinema e Audiovisual da Una, José Ricardo da Costa Miranda Junior.

Orientados por José e demais professores das UCs, os alunos puderam vivenciar a prática do set e outros ambientes de produção durante a mão na massa dos curtas-metragens. “Consegui ver muita dedicação. A qualidade para produzir o que foi apresentado certamente foi perceptível, pude enxergar o nível de compromisso desses alunos, de entenderem que aquilo seria visto por alguém de fora do círculo de amigos e família”, relembra José.

Cada curta exibido passou pela curadoria dos professores e os diversos temas abordavam datas comemorativas que acontecem anualmente. É o que afirma o professor. “Tivemos filmes que retratavam o Natal, Dia das Mães, Ano Novo, entre outros. Inclusive foram exibidos na ordem do ano”, ressalta.

Julio Sales, que participou da ação e apresentou o filme “Pai em Versos”, relata que o encerramento das UCs no Belas Artes foi parte importante para mostrar seu trabalho ao mercado. “Foi incrível a sensação de estar em um cinema lotado exibindo meu filme.  Ao final da sessão, não pude deixar de me emocionar com os aplausos e ver que o esforço para fazer a história havia sido reconhecido. A recepção calorosa de estar em um cinema tão importante para a história de BH e poder ver as reações pessoalmente transformaram o momento em algo único pra mim, lembrarei disso pelo resto da minha vida”, conta.

O Una Cine Belas Artes

Sala de cinema doUna Cine Belas Artes ( Foto: José Ricardo da Costa Miranda Junior )

Localizado no coração do bairro de Lourdes, na região centro-sul de Belo Horizonte, o cinema possui um público diverso e fiel, que encanta frequentadores há mais de 29 anos. Com seu espaço de café e livraria, além de três salas de cinema, é ponto de encontro para prosear ou manter uma conversa casual.

No ano de de 2021, o Belas recebeu ordem de patrocínio do Grupo Ânima Educação, que é responsável pelo Centro Universitário Una, para permanecer aberto e continuar suas atividades. Hoje, o espaço possui inúmeras salas de cinemas abertas para o público e alunos da universidade, na qual possuem desconto nas entradas e produtos vendidos nas instalações do cinema.